A verdadeira páscoa!

Desprezamos nossa identidade toda vez que buscamos bem ou admitimos o mal fora de nós
de nós, como algo superior ou inferior!

Qual é o nosso papel aqui? Buscar a um Deus invisível, tentando agradá-lo para recebermos
suas benesses e transferindo a este ser fora de nós toda honra do bem que recebemos é um
conceito já firmado em nossas crenças. E quando as coisas vão mal, então achamos um bode
expiatório para culpar, outro ser invisível a quem chamam de diabo; em nome deste último o
pedófilo, o estrupador, o tirano e outros malfeitores atribuem-lhe a causa de toda sorte de
males!

Foi realmente esta a missão do Evangelho anunciado por Aquele a quem conhecemos por
Jesus? Será?! Há algo mais real que nossos pensamentos e sentimentos? Se Deus ou o diabo
existem fora de nós, há certos questionamentos a respeito, entretanto, ninguém duvida da
própria existência, logo VOCÊ é real, sim, você existe e por isto é o único responsável por sua
vida e fiel depositário de seus atos!!!

Se Deus e o diabo existem, o que não discordo inteiramente, eles devem ganhar vida através
de nós! Pense nisto.

Vemos na sociedade pessoas solidárias, honestas, amigas do bem, trabalhadoras, zelosas pelos
bons costumes, pela moral, pela ética, pela família e amantes da vida e prósperas! Esta é a
mais alta expressão de seu Deus interno! Ironicamente a maioria destas pessoas não são tão
religiosas como a religião esperava, de contra-partida, pessoas inescrupulosas, assassinas,
pérfidas, caluniadoras e libertinas expressam seu diabo interno, independente de serem ateus
ou religiosos também!

Exatamente, Deus e o diabo são manifestações internas do ser humano, são estruturas
arquetípicas e inerente a cada ser humano e, portanto, sob o controle de cada pessoa. Se
pensarmos assim, não nos anularemos diante de uma fé cega que exclui-nos da
responsabilidade de existir, interagir e interferir no processo de nossa existência, na existência
do meu igual e do planeta.

O poder do serumano não tem limites, com ele inventamos o avião da mesma forma que
inventamos a bomba para o extermínio de nossos semelhantes! O poder está em nós, sempre
esteve, basta olhar este poder na vida das pessoas, repare nas pessoas de sucesso e nas
pessoas que se dizem fracassadas o alto poder construtivo e destrutivo. Quem impeliu a
pessoa a pensar positivo e vencer na vida? Quem persuadiu alguém a andar no crime e se
destruir nas drogas?

Deus e o diabo são manifestações através de nossos pensamentos, de nossos juízos e escolhas,
um direito inalienável que nos torna o que somos – Humanos. E somente nós, somos os
responsáveis pelo que nos ocorre. Se errar em algo, reconheça o erro, avalie os estragos e
conserte, não corra para a primeira igreja ou grupo prometendo ajuda que encontrar pra se
esconder e fazer-se de vítima, a vida é sua, não do padre, pastor, rabino ou algum mestre que
não seja você mesmo. Quando fizer algo bom, reconheça que a decisão foi sua e avalie novas
condições para continuar acertando e manifestando Deus em sua vida.

PÁSCOA! Sem buscar uma interpretação religiosa ou comercial sobre a páscoa, creio que a
páscoa significa libertação da cegueira em que fomos contaminados pelos dogmas religiosos ,
criadores do bem e do mal exterior a nós, mantenedores das superstições e crenças da
carochinha! A páscoa representa um renascimento de si para si, não para um Ser exterior e
alheio a cada um.

Deus não pode fazer nada por você se não for através de você mesmo e nenhum diabo
subsiste a um coração puro que conhece a si próprio e sua capacidade de expressar o bem,
então diabo aqui é nossa própria ignorância e a herança atávica de culpar outros pelo nossos
problemas! Eis o grande mercado de organizações que crescem explorando os medos
ancestrais das pessoas e cobram impostos para isto, como se Deus tivesse pedágios no
caminho de nossa felicidade, entendeu? Pedágios, impostos, dizi..., deixa prá lá você
entendeu.

Seja Deus, pra isto você está aqui e não querer sê-lo e a mais nítida vaidade do diabo!!!

Feliz Páscoa, feliz você mesmo!!!

Reflexão extraído do livro: “O Cristo que o mundo não conhece”

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