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o É trabalho pioneiro.

Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.


anglo Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tare-
resolve fa de não cometer injustiças.
Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no pro-
cesso de aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada
questão, seguida da resolução elaborada pelos professores do Anglo.
No final, um comentário sobre as disciplinas.

a prova O Instituto Tecnológico de Aeronáutica — ITA — é uma escola de


engenharia mundialmente conhecida.
de Com o mesmo zelo com que trata seus excelentes cursos (Engenharia
Matemática Aeronáutica, Engenharia Mecânica Aeronáutica, Engenharia de Infra-Es-
trutura Aeronáutica, Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação),
do ITA trata seu vestibular, que é realizado em 4 dias:
1º- dia: FÍSICA, com 20 questões de múltipla escolha e 10 questões dis-
dezembro sertativas.
2º- dia: PORTUGUÊS, com 20 questões de múltipla escolha e uma
de 2008 redação, e INGLÊS, com 20 questões de múltipla escolha.
3º- dia: MATEMÁTICA, com 20 questões de múltipla escolha e 10 ques-
tões dissertativas.
4º- dia: QUÍMICA, com 20 questões de múltipla escolha e 10 questões
dissertativas.
Cada prova tem duração de 4 horas.
A nota da prova de Inglês, embora seja eliminatória, não entra na clas-
sificação final.
Em Matemática, Física e Química, as questões de múltipla escolha equi-
valem a 50% do valor da prova, e a parte dissertativa, aos outros 50%.
Na prova de Português, as questões de múltipla escolha equivalem a 60%
do valor da prova, e a Redação, a 40%. É eliminado o candidato que tirar
ZERO na Redação.
Só é corrigida a parte dissertativa das provas dos 650 melhores classifi-
cados nas questões de múltipla escolha.
Serão considerados aprovados nos exames de escolaridade os candidatos
que obtiverem nota igual ou superior a 40 (na escala de 0 a 100) e média
igual ou superior a 50 (na escala de 0 a 100).
A nota final é a média aritmética das provas de Matemática, Física,
Química e Português.
MATEM ÁT ICA
NOTAÇÕES
IN = {0, 1, 2, 3, ...} i : unidade imaginária: i2 = – 1
IR : conjunto dos números reais |z| : módulo do número z ∈ CI
CI : conjunto dos números complexos Re z : parte real do número z ∈ CI
[a, b] = {x ∈ IR; a  x  b} Im z : parte imaginária do número z ∈ CI
(a, +∞) = ]a, +∞[ = {x ∈ IR; a  x  +∞} Mm × n (IR): conjunto das matrizes reais m × n
A\B = {x ∈ A; x ∉ B} At : transposta da matriz A
AC: complementar do conjunto A det A : determinante da matriz A

P(A) : coleção de todos os subconjuntos do conjunto A


n(A) : número de elementos do conjunto finito A

AB : segmento de reta unindo os pontos A e B
trA : soma dos elementos da diagonal principal da matriz quadrada A

Observação: Os sistemas de coordenadas considerados são cartesianos retangulares.


Questão 1
Sejam A e B subconjuntos do conjunto universo U = {a, b, c, d, e, f, g, h}. Sabendo que (BC ∪ A)C = {f, g, h},
BC ∩ A = {a, b} e AC\B = {d, e}, então, n(P(A ∩ B)) é igual a
A) 0.
B) 1.
C) 2.
D) 4.
E) 8.

Resolução

De (Bc ∪ A)c = {f, g, h}, temos: U


{x ∈ U: x ∉ (Bc ∪ A)} = {f, g, h} A B

{x ∈ U: x ∉ Bc e x ∉ A} = {f, g, h} •f •g •h

{x ∈ U: x ∈ B e x ∉ A} = {f, g, h}

De Bc ∩ A = {a, b}, temos: U


A B
{x ∈ U: x ∈ Bc
e x ∈ A} = {a, b}
{x ∈ U: x ∉ B e x ∈ A} = {a, b} •a •b •f •g •h

De Ac \ B = {d, e}, temos: U


{x ∈ U: x ∈ Ac e x ∉ B} = {d, e} A B

{x ∈ U: x ∉ A e x ∉ B} = {d, e} •a •b •f •g •h

•d •e

ITA/2009 3 ANGLO VESTIBULARES


Como c ∈ U, c ∉ A\B, U
c ∉ B\A e c ∉ (A ∪ B)c, A B

podemos concluir que c ∈ A ∩ B. •a •b •c •f •g •h

Temos A ∩ B = {c}, P(A ∩ B) = {∅, {c}}


•d •e
e, portanto, n (P(A ∩ B)) = 2.
Resposta: C

Questão 2
Uma empresa possui 1000 carros, sendo uma parte com motor a gasolina e o restante com motor “flex” (que
funciona com álcool e com gasolina). Numa determinada época, neste conjunto de 1000 carros, 36% dos car-
ros com motor a gasolina e 36% dos carros com motor “flex” sofrem conversão para também funcionar com
gás GNV. Sabendo-se que, após esta conversão, 556 dos 1000 carros desta empresa são bicombustíveis, pode-
se afirmar que o número de carros tricombustíveis é igual a
A) 246.
B) 252.
C) 260.
D) 268.
E) 284.

Resolução
Sejam g e f, nessa ordem, o número de carros com motor a gasolina e o número de carros com motor flex;
g = 1000 – f.
Com a conversão, temos:
0,36g + (1 – 0,36)f = 556
0,36(1000 – f) + 0,64f = 556
0,28f = 196

∴ f = 196
0,28
O número de carros tricombustíveis é dado por 0,36f. Temos:
196
0,36f = 0,36
0,28
0,36f = 252
Resposta: B

Questão 3
Seja f: IR → IR\{0} uma função satisfazendo às condições:
f(x + y) = f(x)f(y), para todo x, y ∈ IR e f(x) ≠ 1, para todo x ∈ IR\{0}.
Das afirmações:
I. f pode ser ímpar.
II. f(0) = 1.
III. f é injetiva.
IV. f não é sobrejetiva, pois f(x)  0 para todo x ∈ IR.
é (são) falsa(s) apenas
A) I e III.
B) II e III.
C) I e IV.
D) IV.
E) I.

ITA/2009 4 ANGLO VESTIBULARES


Resolução
• f(0 + 0) = f(0) ⋅ f(0)
f(0) = [f(0)]2
Como, para todo x real, f(x) ≠ 0, temos f(0) = 1.
A afirmação II é verdadeira.
Se f é ímpar, então, para todo x real, f(–x) = –f(x), ou seja, f(x) + f(–x) = 0.
Como f(0) + f(–0) = 2, podemos concluir que f não é ímpar.
A afirmação I é falsa.
• Com x ∈ IR, temos:
x x x x
f  +  = f   ⋅ f  
2 2 2 2
 x 2
f(x) =  f   
 2 

x
Como f   ∈ IR\{0}, temos f(x)  0.
2
Logo, f não é sobrejetiva.
A afirmação IV é verdadeira.
• Sejam a e b números reais quaisquer.
Temos:
f(b + a – b) = f(b) ⋅ f(a – b)
f(a) = f(b) ⋅ f(a – b)
Como é dado que f(x) ≠ 1, para todo x ∈ IR\{0}, podemos afirmar que, se a ≠ b, então a – b ≠ 0, f(a – b) ≠ 1
e, portanto, f(a) ≠ f(b).
Logo, f é injetiva.
A afirmação III é verdadeira.
Resposta: E

Questão 4
  54
π π π π
Se a = cos e b = sen , então, o número complexo  cos + isen  é igual a
5 5  5 5
A) a + bi.
B) –a + bi.
C) (1 – 2a2b2) + ab(1 + b2)i.
D) a – bi.
E) 1 – 4a2b2 + 2ab(1 – b2)i.

Resolução
  54
 cos π + isen π  = cos 54π + isen 54π
 5 5 5 5

4π  
4π 
= cos  10π + + isen  10π +
 5   5 
4π 4π
= cos + isen
5 5

= cos  π –
π  + isen  π – π 
 5  5

= –cos
π + isen π
5 5
= –a + bi
Resposta: B

ITA/2009 5 ANGLO VESTIBULARES



Questão 5
O polinômio de grau 4
(a + 2b + c)x4 + (a + b + c)x3 – (a – b)x2 + (2a – b + c)x + 2(a + c),
com a, b, c ∈ IR, é uma função par. Então, a soma dos módulos de suas raízes é igual a
__
A) 3 + √ 3.__
B) 2 + 3_√_3.
C) 2 + √ 2.__
D) 1 + 2√_2.
_
E) 2 + 2√ 2.

Resolução

A função polinomial é par se, e somente se:


1424

a+b+c=0
2a – b + c = 0
3

–3
Somando-se membro a membro, resulta 3a + 2c = 0, ou seja, c = a.
2
a
Subtraindo membro a membro, resulta –a + 2b = 0, ou seja, b = .
2
a a –a
Temos: a + 2b + c = ,a–b= ea+c= .
2 2 2
De P(x) = (a + 2b + c)x4 + (a + b + c)x3 – (a – b)x2 + (2a – b + c)x + 2(a + c) e das conclusões acima, temos:
a 4 a 2 –a
P(x) = x + x +2⋅
2 2 2
a 4
P(x) = [x + x2 – 2], com a ≠ 0, pois o polinômio é de grau 4.
2
__ __
De P(x) = 0, temos x_2_ = 1 ou__x2 = –2, isto
__ é, x = 1 ou x = –1, ou x = i√ 2 ou x = –i√ 2.
Temos |1| + |–1| + |i√ 2| + |–i√ 2| = 2 + 2√ 2
Resposta: E

Questão 6
Considere as funções f(x) = x4 + 2x3 – 2x – 1 e g(x) = x2 – 2x + 1. A multiplicidade das raízes não reais da função
composta fog é igual a
A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.
E) 5.

Resolução

Note que f(1) = 0.


1 2 0 –2 –1
1 1 3 3 1 0
Logo, f(x) = (x – 1)(x3 + 3x2 + 3x + 1), ou seja, f(x) = (x – 1)(x + 1)3.
1 é raiz de multiplicidade 1 de f(x) = 0.
–1 é raiz de multiplicidade 3 de f(x) = 0.

ITA/2009 6 ANGLO VESTIBULARES


g(x) = (x – 1)2
f(g(x)) = [(x – 1)2 – 1][(x – 1)2 + 1]3
De (x – 1)2 – 1 = 0, temos x – 1 = 1 ou x – 1 = – 1, isto é, x = 2 ou x = 0.
De (x – 1)2 + 1 = 0, temos x – 1 = i ou x – 1 = – i, isto é, x = 1 + i ou x = 1 – i.
Considerando o fator [(x – 1)2 + 1]3 em f(g(x)), podemos concluir que 1 + i e 1 – i são, ambas, raízes de
multiplicidade 3.
Resposta: C

Questão 7
Suponha que os coeficientes reais a e b da equação x4 + ax3 + bx2 + ax + 1 = 0 são tais que a equação admite
solução não real r com |r| ≠ 1. Das seguintes afirmações:
I. A equação admite quatro raízes distintas, sendo todas não reais.
II. As raízes podem ser duplas.
III. Das quatro raízes, duas podem ser reais.
é(são) verdadeira(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas III.
D) apenas II e III.
E) nenhuma.

Resolução
Como os coeficientes são reais, o número r’, conjugado complexo de r, é raiz da equação. Como r não é real,
temos r’ ≠ r e r’ ∉ IR.

Como a equação é recíproca, os números 1 e 1 também são raízes da equação. Temos:


r r’
1 1
≠ , pois r ≠ r’
r r’
1
≠ r, pois r ≠ 1 e r ≠ –1
r
1 ≠ r’, pois r’ ≠ 1 e r’ ≠ –1
r’
1 1
≠ r e ≠ r’, pois |r|2 ≠ 1.
r’ r
Logo, podemos afirmar que a equação admite 4 raízes, duas a duas distintas, sendo todas não reais.
Resposta: A

Questão 8
Se as soluções da equação algébrica 2x3 – ax2 + bx + 54 = 0, com coeficientes a, b ∈ IR, b ≠ 0, formam, numa
determinada ordem, uma progressão geométrica, então, a é igual a
b
A) –3.
1
B) – .
3
1
C) .
3
D) 1.
E) 3.

ITA/2009 7 ANGLO VESTIBULARES


Resolução
Seja (x1, x2, x3) a progressão geométrica formada pelas raízes e seja q, q ≠ 0, a razão dessa progressão.
Temos:
x1 ⋅ x2 ⋅ x3 = – 54
2
x2 ⋅ x ⋅ x q = –27 ∴ x23 = –27.
2 2
q
__ __
3 3
Logo, x2 = –3, ou x2 = (1 + i√ 3), ou x2 = (1 – i√ 3).
2 2
3 2
• Como os coeficientes de 2x – ax + bx + 54 = 0 são reais, podemos afirmar que:
__ __
Se 3 (1 + i√ 3) é raiz, então 3 (1 – i√ 3) é raiz
2 2
__ __
Se 3 (1 – i√ 3) é raiz, então 3 (1 + i√ 3) é raiz
2 2
Como o produto das três raízes é –27, podemos concluir que, em ambos os casos, –3 é raiz.
Sendo assim, temos 2x3 – ax2 + bx + 54  2x3 + 54, ou seja, a = 0 e b = 0.
__ __
3 3
Do enunciado, temos b ≠ 0 e, portanto, x2 ≠ (1 + i√ 3) e x2 ≠ (1 – i√ 3).
2 2
Com x2 = –3, temos:
2(–3)3 – a(–3)2 + b(–3) + 54 = 0
–54 – 9a – 3b + 54 = 0
–9a = –3b
a –1
Com b ≠ 0, temos = .
b 3
Resposta: B

Questão 9
Dados A ∈ M3×2(IR) b ∈_____
e_____
_____ (IR), dizemos que X0 ∈ M2×1(IR) é a melhor aproximação quadrática do sistema
M3×1_____
AX = b quando (AX0 – b)t(AX0 – b) assume o menor valor possível. Então, dado o sistema

–1 0 1
  x   
 0 1  = 1 ,
  y   
 1 0 1
a sua melhor aproximação quadrática é
1 1
A)   D)  
–1 0
1 0
B)   E)  
1 1
–2
C)  
 0 

Resolução
 x0 
Seja x0 =  
 y0 
–1 0 1 –x 0 – 1
  x     
A ⋅ x0 – b =  0 1 ⋅  0  – 1 =  y 0 – 1 
 1 0 y 0  1  x 0 – 1 
    

ITA/2009 8 ANGLO VESTIBULARES


Assim:
 – x0 – 1
 
(A ⋅ x0 – b)t ⋅ (A ⋅ x0 – b) = [–x0 – 1 y0 – 1 x0 – 1] ⋅  y0 – 1  =
 x0 – 1 
 
= [(–x0 – 1)2 + (y0 – 1)2 + (x0 – 1)2]

Admitindo que (Ax 0 – b)t ⋅ (Ax 0 – b) se refira à raiz quadrada do elemento da matriz produto, temos:

( Ax0 – b) t ⋅ ( Ax0 – b) = ( x0 + 1)2 + ( y0 – 1)2 + ( x0 – 1)2


= 2x20 + 2 + ( y0 – 1)2

Essa expressão assume o menor valor possível quando x0 = 0 e y0 = 1.


Assim:
0
x0 =  
1
Resposta: E

Questão 10

O sistema
1424

a1x + b1y = c1
, a1, a2, b1, b2, c1, c2 ∈ IR,
a2x + b2y = c2
3

com (c1, c2) ≠ (0, 0), a1c1 + a2c2 = b1c1 + b2c2 = 0, é


A) determinado.
B) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 ≠ 0.
C) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 = 0 ou c1 = 0 e c2 ≠ 0.
D) impossível.
E) indeterminado.

Resolução

a1x + b1y = c1 ⋅ (c1) a1c1x + b1c1y = c12


123

123


a2x + b2y = c2 ⋅ (c2) a2c2x + b2c2y = c22

∴ (a1c1 + a2c2) ⋅ x + (b1c1 + b2c2) ⋅ y = c12 + c22 ∴ 0x + 0y = c12 + c22


Como c1 e c2 não são simultaneamente iguais a zero, c12 + c22 ≠ 0, e, assim, o sistema é impossível.
Resposta: D

Questão 11

Seja A ∈ M2×2 (IR) uma matriz simétrica e não nula, cujos elementos são tais que a11, a12 e a22 formam, nesta
ordem, uma progressão geométrica de razão q ≠ 1 e trA = 5a11. Sabendo-se que o sistema AX = X admite
2 + q2 é igual a
solução não nula X ∈ M2×1 (IR), pode-se afirmar que a11
101 49
A) . D) .
25 9
121 25
B) . E) .
25 4
C) 5.

ITA/2009 9 ANGLO VESTIBULARES


Resolução
Como A é simétrica e (a11, a12, a22) é P.G. de razão q, q ≠ 1, podemos escrever:
a a11q 
A =  11 
2
a11q a11q 
Do enunciado, trA = 5a11.
a11 + a11q2 = 5a11 ∴ a11 ⋅ q2 = 4 ⋅ a11 ∴ q2 = 4 (pois a11 ≠ 0)
 x
Sendo X =   e A ⋅ X = X, temos:
 y

a11 ⋅ x + a11 ⋅ q ⋅ y = x (a11 – 1)x + a11 ⋅ q ⋅ y = 0


 ∴ 
a11 ⋅ q ⋅ x + a11 ⋅ q2 ⋅ y = y a11 ⋅ q ⋅ x + (a11 ⋅ q2 – 1)y = 0

Para o sistema homogêneo ter solução diferente da nula:


a11 – 1 a11 ⋅ q 2 ⋅ q2 = 0
=0 ∴ (a11 – 1) ⋅ (a11 ⋅ q2 – 1) – a11
a11 ⋅ q a11 ⋅ q2 – 1
Como q2 = 4, temos:
2 2 2 1
(a11 – 1) ⋅ (4a11 – 1) – 4a11 =0 ∴ 4a11 – a11 – 4a11 + 1 – 4a11 =0 ∴ a11 =
5
2 + q2 = 1 101
Logo: a11 +4=
25 25
Resposta: A

Questão 12
Uma amostra de estrangeiros, em que 18% são proficientes em inglês, realizou um exame para classificar a
sua proficiência nesta língua. Dos estrangeiros que são proficientes em inglês, 75% foram classificados como
proficientes. Entre os não proficientes em inglês, 7% foram classificados como proficientes. Um estrangeiro
desta amostra, escolhido ao acaso, foi classificado como proficiente em inglês. A probabilidade deste
estrangeiro ser efetivamente proficiente nesta língua é de aproximadamente
A) 73%. D) 65%.
B) 70%. E) 64%.
C) 68%.

Resolução
Foram classificadas como proficientes em inglês após o exame:
• 75% dos 18% dados anteriormente como proficientes, isto é, 0,75 ⋅ 0,18 = 0,135;
• 7% dos 82% dados anteriormente como não proficientes, isto é, 0,07 ⋅ 0,82 = 0,0574.
Um estrangeiro desta amostra foi classificado como proficiente. A probabilidade de ele ser efetivamente
proficiente é:
0,135 0,135
P   0,703  70%
0,135 + 0,057 0,192
Resposta: B

Questão 13
—— —— ——
Considere o triângulo ABC de lados a = BC , b = AC e c = AB e ângulos internos α = CÂB, β = AB̂C e γ = BĈA.
Sabendo-se que a equação x2 – 2bxcosα + b2 – a2 = 0 admite c como raiz dupla, pode-se afirmar que
A) α = 90º.
B) β = 60º.
C) γ = 90º.
D) O triângulo é retângulo apenas se α = 45º.
E) O triângulo é retângulo e b é hipotenusa.

ITA/2009 10 ANGLO VESTIBULARES


Resolução
A

α
c b

β γ
B a C

Se c é raiz dupla da equação x2 – 2bxcosα + b2 – a2 = 0, então, pelas relações de Girard:


2 2
c⋅c= b –a ∴ b2 = a2 + c2
1
Logo, ABC é um triângulo retângulo, e b é a hipotenusa.
Resposta: E

Questão 14
No plano, considere S o lugar geométrico dos pontos cuja soma dos quadrados de suas distâncias à reta t: x = 1
e ao ponto A = (3, 2) é igual a 4. Então, S é
A) uma circunferência de raio 2 e centro (2, 1).
B) uma circunferência de raio 1 e centro (1, 2).
C) uma hipérbole.
D) uma elipse de eixos de comprimento 22  e 2.
E) uma elipse de eixos de comprimento 2 e 1.

Resolução
y (t) x – 1 = 0
P(x, y)

2 A(3, 2)

0 1 3 x

Sendo P(x, y) um ponto de S, devemos ter:


(dP, t)2 + (dP, A)2 = 4
 2 2
 | x – 1|  +
 2  ( )
( x – 3)2 + ( y – 2)2 = 4
 1 + 02 
x2 – 2x + 1 + (x – 3)2 + (y – 2)2 = 4
x2 – 2x + 1 + x2 – 6x + 9 + y2 – 4y + 4 = 4
2x2 + y2 – 8x – 4y + 10 = 0
2x2 – 8x + … + y2 – 4y + … = –10
2(x2 – 4x + 4) + y2 – 4y + 4 = –10 + 8 + 4
2(x – 2)2 + (y – 2)2 = 2
(x – 2)2 (y – 2)2
+ =1
1 2
A equação representa uma elipse de eixos com comprimentos 22 e 2.
Resposta: D

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Questão 15
——
Do triângulo de vértices A, B e C, inscrito em uma circunferência de raio R = 2 cm, sabe-se que o lado BC mede
2 cm e o ângulo interno AB̂C mede 30º. Então, o raio da circunferência inscrita neste triângulo tem o compri-
mento, em cm, igual a
A) 2 – 3. D) 23 – 3.
1 1
B) . E) .
3 2
2
C) .
4

Resolução
Do enunciado, temos a figura:
P

O A

R=2
30º

O’
30º
B 2 C

Como BC = 2 = R, então BC = 60º.



Como AB̂C = 30º, então CA = 60º.




Logo, BA = 120º ∴ BPA = 240º ∴ BĈA = 120º.


Daí, conclui-se que BC = CA = 2 (∆ABC é isósceles).
Pelo teorema dos co-senos, vem:
(AB)2 = 22 + 22 – 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ cos120º ∴ AB = 12

Sendo S a área do triângulo, p o semi-perímetro, e r a medida pedida, temos:
S=p⋅r
1
⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ sen120º = (2 + 2 + 
 ⋅r
12)
2
2 + 2 + 12

3 = ⋅r
2
4 + 23
3 = ⋅r ∴ r = 23 – 3
2
Resposta: D

Questão 16
A distância entre o vértice e o foco da parábola de equação 2x2 – 4x – 4y + 3 = 0 é igual a
3
A) 2. D) .
4
3 1
B) . E) .
2 2
C) 1.

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Resolução
y
2x2 – 4x = 4y – 3
3 F 1, 3
3
x2 – 2x = 2y – 4 4
2
1 1
x2 – 2x + 1 = 2y – 4 V 1, 1
2 4
1 0 1 x
(x – 1)2 = 2 y –  1
 4 –
4

Sendo p o parâmetro da parábola, temos 2p = 2 e, portanto, p = 1.


p 1
Sendo V e F, nessa ordem, o vértice e o foco da parábola, temos VF = , ou seja, VF = .
2 2
Resposta: E

Questão 17
A expressão
  11   x
2 sen x + π + cotg 2 x  tg
  2   2
x
1 + tg 2
2
é equivalente a
A) [cosx – sen2x]cotgx. D) [1–cotg2x]senx.
B) [senx + cosx]tgx. E) [1 + cotg2x][senx + cosx].
C) [cos2x – senx]cotg2x.

Resolução
  11π   x
2 ⋅ sen x +  + cotg2 x ⋅ tg
  2   2
=
x
1 + tg2
2
  3π   x
2 ⋅ sen x +  + cotg2 x  ⋅ tg
  2   2
=
x
sec2
2
x
sen 
2 cos2x 
2⋅ ⋅ – cos x + 
cos
x  sen2x 
= 2
1
x
cos2
2
x x  –sen2 x ⋅ cosx + cos2 x 
= 2 ⋅ sen ⋅ cos ⋅  
2 2  sen2 x 
senxcosx
= ⋅ [cosx – sen2x]
sen2 x
= cotgx ⋅ [cosx – sen2x]
Resposta: A

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Questão 18


Sejam C uma circunferência de raio R  4 e centro (0, 0) e AB uma corda de C. Sabendo que (1, 3) é ponto

— ——
médio de AB, então uma equação da reta que contém AB é
A) y + 3x – 6 = 0.
B) 3y + x – 10 = 0
C) 2y + x – 7 = 0
D) y + x – 4 = 0.
E) 2y + 3x – 9 = 0.

Resolução
— ←→ ←

Se M(1, 3) é o ponto médio de AB, então PM é perpendicular a AB.

M
C
B
P(0, 0)

←→ 3–0
Coeficiente angular de PM : mPM = =3
1–0

→ 1
Logo, o coeficiente angular de AB é – .
3
←→
Equação de AB:
1
14243

M(1, 3) y– 3=– (x – 1)
3
1
mAB = – ∴ x + 3y – 10 = 0
3
Resposta: B

Questão 19

Uma esfera é colocada no interior de um cone circular reto de 8 cm de altura e de 60º de ângulo de vértice.
Os pontos de contato da esfera com a superfície lateral do cone definem uma circunferência e distam 23 cm
do vértice do cone. O volume do cone não ocupado pela esfera, em cm3, é igual a
416
A) π.
9
480
B) π.
9
500
C) π.
9
512
D) π.
9
542
E) π.
9

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Resolução
Sendo r a medida do raio da esfera, e R a medida do raio do cone, temos a figura:
M R B

C
r
8
A

2 3
30º 30º

V
___
r__
No triângulo VAB: tg30º = ∴ √ 3 = r__ ∴ r = 2
2√ 3 3 2√ 3
___ ___
R √ 3 R 8√ 3
No triângulo VMB: tg30º = ∴ = ∴ R=
8 3 8 3
Logo, o volume do cone não ocupado pela esfera é
___
 
1 ⋅ π ⋅  8√ 3  2 ⋅ 8 – 4 ⋅ π ⋅ 23 , ou seja, 416π cm3.
3  3  3 9

Resposta: A

Questão 20


Os pontos A = (3, 4) e B = (4, 3) são vértices de um cubo, em que AB é uma das arestas. A área lateral do octae-
dro cujos vértices são os pontos médios da face do cubo é igual a
A) 8 . D) 4.
B) 3. E)   .
18
C)  
12.

Resolução

A medida da aresta é: AB = ( 4 – 3)2 + ( 4 – 3)2 = 2

P
a

M N
A 2 B

Sendo a a medida de uma aresta do octaedro, temos que:


a2 = (MN)2 + (NP)2
___ ___
 2  2
2
a =  √ 2 √
 +  2 ∴ a=1
 2   2 
___
12 ⋅ √ 3 ___ ____
Logo, a área pedida é 8 ⋅ = 2√ 3, ou seja, √ 12.
4
Resposta: C

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Questão 21

Seja S o conjunto solução da inequação


(x – 9) | logx + 4(x3 – 26x) |  0.
Determine o conjunto SC.

Resolução

Consideremos, primeiramente, a função real de variável real dada por f(x) = logx + 4(x3 – 26x) e seu domínio D.
Temos o sistema:
x+40ex+4≠1
123 123

x3 – 26x  0
–4 –3
x  –4 e x ≠ –3 x
– 0 + 0 – 0 +
x(x2 – 26)  0 x
– 26 0 26

Logo, D = {x ∈ IR: –4  x  0 e x ≠ –3 ou x  26}



Para obter o conjunto solução S, é suficiente estudar os dois casos a seguir.
1º caso: x – 9  0 e logx + 4(x3 – 26x) ∈ IR
x9ex ∈D
2º caso: x – 9  0 e logx + 4(x3 – 26x) = 0
x  9 e x3 – 26x = 1
x  9 e x(x2 – 26) = 1
Note que não existe x, nessas condições, pois com x  9 temos x2 – 26  55 e, portanto, x(x2 – 26)  1.
Logo, S = {x   x  9}
∈ IR: x  9 e x ∈ D}, ou seja, S = {x ∈ IR: –4  x  0 e x ≠ –3 ou 26
S
–4 –3 0 26 9 x

SC é o complementar de S.
Resposta: SC = {x ∈ IR: x  –4 ou x = –3 ou 0  x  26
 ou x  9}

Questão 22

Sejam x, y ∈ IR e w = x2(1 + 3i) + y2(4 – i) – x(2 + 6i) + y(–16 + 4i) ∈ CI . Identifique e esboce o conjunto
 = {(x, y) ∈ IR2; Re w  –13 e Im w  4}.

Resolução

w = x2 + 3x2i + 4y2 – y2i – 2x – 6xi – 16y + 4yi


w = x2 – 2x + 4y2 – 16y + (3x2 – 6x – y2 + 4y)i
144424443 144424443
Re w Im w
• De Re w  –13, temos:
x2 – 2x + 4y2 – 16y  –13
x2 – 2x + 1 + 4y2 – 16y + 16  –13 + 1 + 16
(x – 1)2 + 4(y – 2)2  4
(x – 1)2 + (y – 2)2  1
22 12

ITA/2009 16 ANGLO VESTIBULARES


• De Im w  4, temos:
3x2 – 6x – y2 + 4y  4
3x2 – 6x + 3 – y2 + 4y – 4  4 + 3 – 4
3(x2 – 2x + 1) – (y2 – 4y + 4)  3
3(x – 1)2 – (y – 2)2  3
( x – 1)2 ( y – 2)2
– 1
12 ( 3 )2
2 2
• 1: (x – 1) + (y – 2)  1
22 12

( x – 1)2 ( y – 2)2
2: – 1
12 ( 3 )2
 = 1 ∩ 2
Resposta: y
5
4
3
2
1

–1 0 1 2 3 x
–1

Questão 23

2x + 3
Seja f: IR\{–1} → IR definida por f(x) = .
x+1
a) Mostre que f é injetora.
b) Determine D = {f(x); x ∈ IR\{–1}} e f–1: D → IR\{–1}.

Resolução
a) Sejam a e b elementos quaisquer de R\{–1}.
De f(a) = f(b), temos:
2a + 3 2b + 3
=
a+1 b+1
2ab + 3b + 2a + 3 = 2ab + 3a + 2b + 3
–a = –b ∴ a = b
Como f(a) = f(b) ⇒ a = b, ou seja, a ≠ b ⇒ f(a) ≠ f(b), concluímos que f é injetora. (c.q.d.)
2x + 3 , com x ≠ –1, temos:
b) De f(x) =
x+1
x ⋅ f(x) + f(x) = 2x + 3
x ⋅ f(x) – 2x = 3 – f(x)
x ⋅ [f(x) – 2] = 3 – f(x)
Com f(x) = 2, temos x ⋅ 0 = 1; logo, não existe x, tal que f(x) = 2.
3 – f(x)
Com f(x) ≠ 2, temos x = .
f(x) – 2
3–y.
Resumindo, com x ≠ –1, y = f(x) e y ≠ 2, temos x =
y–2
3–x
Resposta: D = IR\{–2} e f–1(x) =
x–2

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Questão 24

Suponha que a equação algébrica


10
x11 + ∑ anxn + a0 = 0
n=1
tenha coeficientes reais a0, a1, …, a10 tais que as suas onze raízes sejam todas simples e da forma β + iγn, em
que β, γn ∈ IR e os γn, n = 1, 2, …, 11, formam uma progressão aritmética de razão real γ ≠ 0. Considere as três
afirmações abaixo e responda se cada uma delas é, respectivamente, verdadeira ou falsa, justificando sua
resposta:
I. Se β = 0, então a0 = 0.
II. Se a10 = 0, então β = 0.
III. Se β = 0, então a1 = 0.

Resolução
As raízes são da forma xn = β + iγn, com n inteiro e 1  n  11.
Como os coeficientes da equação são reais, o número de raízes imaginárias é par e, portanto, há pelo menos
uma raiz real: β + i ⋅ 0.
Como as raízes imaginárias existem aos pares (conjugados) e como, numa dada ordem, formam uma PA, de
razão γ, podemos afirmar que elas são da forma β + i ⋅ h ⋅ γ, em que h, –5  h  5, é um número inteiro.
• Sendo β = 0, o conjunto das raízes é {–5γi, –4γi, –3γi, –2γi, –γi, 0, γi, 2γi, 3γi, 4γi, 5γi }.
O produto das raízes é nulo e, como esse produto é –a0, temos a0 = 0.
Logo, a afirmação I é verdadeira.
Excluindo a raiz nula, temos 10 raízes cujo produto é –(5!)2 ⋅ γ10 ⋅ i10 = (5!)2 ⋅ γ10
Com qualquer outra combinação de dez das 11 raízes, o produto é nulo.
A soma de todos os produtos possíveis com 10 das 11 raízes é igual a a1.
Logo, a1 = (5!)2γ10.
Com γ ≠ 0, temos a1 ≠ 0.
A afirmação III é falsa.
• A soma das 11 raízes é igual a –a10.
Portanto 11β = –a10.
Se a10 = 0, então β = 0.
A afirmação II é verdadeira.
Resposta: As afirmações I e II são verdadeiras e a afirmação III é falsa.

Questão 25
Um determinado concurso é realizado em duas etapas. Ao longo dos últimos anos, 20% dos candidatos do
concurso têm conseguido na primeira etapa nota superior ou igual à nota mínima necessária para poder parti-
cipar da segunda etapa. Se tomarmos 6 candidatos dentre os muitos inscritos, qual é a probabilidade de no
mínimo 4 deles conseguirem nota para participar da segunda etapa?

Resolução

1
Do enunciado, a probabilidade de um candidato ser aprovado na primeira etapa é , e a de não ser aprovado
5
4
é .
5
Tomando-se 6 candidatos, a probabilidade de pelo menos 4 serem aprovados é:
1 4 4 2 6 1 5 4 1 6 1 6
P=   ⋅   ⋅   +   ⋅   ⋅   +  
 5  5  4  5  5  5  5
16 6! 4 6! 1
P= ⋅ + 6 ⋅ + 6
56 4! ⋅ 2! 5 5! ⋅ 1! 5

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265 53
P= =
56 3125

53
Resposta:
3125

Questão 26

Sejam A, B ∈ M3 × 3(IR). Mostre as propriedades abaixo:


a) Se AX é a matriz coluna nula, para todo X ∈ M3 × 1(IR), então A é a matriz nula.
b) Se A e B são não nulas e tais que AB é a matriz nula, então detA = detB = 0.

Resolução
 
 a b c 
 
a) Seja A =  d e f .
 g h i 
 
   
 1   0 
   
Se AX = 0 para todo X ∈ M3 × 1(IR), então AX = 0, em particular, para as matrizes X =  0  , X =  1  e
 0   0 
   

 
 0 
 
X=  0 .
 1 
 
Nessa ordem, temos:
     
 a   b   c 
     
AX =  d  , AX =  e  e AX =  f  .
 g   h   i 
     
Como, em todos os casos, AX = 0, temos a = 0, d = 0, g = 0, b = 0, e = 0, h = 0, c = 0, f = 0 e i = 0.
Logo, A = 0 (c.q.d.)
b) (Método indireto)
Suponhamos que detA ≠ 0.
Nesse caso, existe A–1 e, de A ⋅ B = 0, temos:
A–1 (AB) = A–1 ⋅ 0
(A–1 ⋅ A)B = 0
I3 ⋅ B = 0
B = 0 (absurdo)
Logo, detA = 0.
Analogamente, podemos mostrar que detB = 0. (c.q.d.)

Questão 27

 
Sabendo que tg2  x + 1 π  = 1 , para algum x ∈  0, 1 π  , determine senx.
 6  2 2 

ITA/2009 19 ANGLO VESTIBULARES


Resolução

tg2  x +
π  = 1 , x ∈  0, π 
 6  2  2 

sec2  x +
π  = 1 + tg2  x + π  = 1 + 1 = 3
 6   6  2 2
Assim:

cos2  x +
π  = 2 e sen2  x + π  = 1
 6  3  6  3

Com 0  x 
π ,temos π  x + π  2π .
2 6 6 3

Nesse intervalo, cos  x +


π  = 2 e sen  x + π  = 1
 .
6  3  6  3
Logo:
 π  – π 
senx = sen   x +
 6  6 

= sen  x +
π  ⋅ cos π – sen π ⋅ cos  x + π 
 6  6 6  6 

1 3 1 2
= ⋅ – ⋅
3 2 2 3

3 – 2 3 3 – 6


= ⋅ =
23 3 6

3 – 6
Resposta:
6

Questão 28
Dadas a circunferência C: (x – 3)2 + (y – 1)2 = 20 e a reta r: 3x – y + 5 = 0, considere a reta t que tangencia C,
35
forma um ângulo de 45º com r e cuja distância à origem é . Determine uma equação da reta t.
5

Resolução
123

Centro: C’(3, 1)
(x – 3)2 + (y – 1)2 = 20
Raio: 20


C
45º
(r) 3x – y + 5 = 0
mr = 3
C’(3, 1)

20

3 5
———
5
(t) y = mx + q
O(0, 0) mx – y + q = 0

ITA/2009 20 ANGLO VESTIBULARES


Devemos ter:
| m–3 | 1
| | = tg45º ∴ m = –2 ou m =
|1 + 3 ⋅ m| 2

Assim: (t1) –2x – y + q = 0 ou (t2) x – y + q = 0


2
Da condição de tangência para t1:
⋅ _____
|–2_____
(3) – 1 + q|
____ = 20
 ∴ q = 17 ou q = –3
√(–2)2 + (–1)2
Logo, (t1) –2x – y + 17 = 0 ou (t1) –2x – y – 3 = 0.
Da condição de tangência para t2:
|3/2_____
– 1 +____
q| 9 11
_____ = 20
 ∴ q= ou q = – .
(1/2) + (–1)2
2 2 2

Logo, (t2) x – y + 9 = 0 ou (t2) x – y – 11 = 0
2 2 2 2
35
Das quatro retas obtidas, só a reta (t1) –2x – y – 3 = 0 dista da origem.
5
De fato:
|–2 ⋅_____ – 3| = 3
0 – 0____ 35
_____ =
√ (–2)2 + (–1)2 5 5

Resposta: 2x + y + 3 = 0

Questão 29

Considere as n retas
ri: y = mix + 10, i = 1, 2, …, n; n 5,
em que os coeficientes mi, em ordem crescente de i, formam uma progressão aritmética de razão q  0. Se
m1 = 0 e a reta r5 tangencia a circunferência de equação x2 + y2 = 25, determine o valor de q.

Resolução
Do enunciado, temos a figura, onde a reta r5 tem coeficiente angular m5  0 e tangencia a circunferência
x2 + y2 = 25:

y
10

5 α
α β
x
r5

No triângulo retângulo assinalado, temos:

cosα = 5 ∴ cosα = 1 ∴ α = 60º


10 2
Assim, m5 = tg60º, ou seja, m5 = 3.

ITA/2009 21 ANGLO VESTIBULARES


Na progressão aritmética, temos:
m5 = m1 + 4 ⋅ q
3 = 0 + 4 ⋅ q
3
q=
4
3
Resposta:
4

Questão 30

A razão entre a área lateral e a área da base octogonal de uma pirâmide regular é igual a 5. Exprima o volu-
me desta pirâmide em termos da medida a do apótema da base.

Resolução
Do enunciado, temos a figura que representa a pirâmide VABCDEFGH com aresta da base igual a b, apótema
da base igual a a, apótema da pirâmide igual a m e altura igual a h:

h m

A E
O a M

B D b

Ainda, do enunciado, temos:


1
8⋅ ⋅ b ⋅m
2 = 5 ∴ m = a5
1
8 ⋅ ⋅ b ⋅a
2
No triângulo VOM:
h2 + a2 = m2
h2 + a2 = (a5)2 ∴ h = 2a
No triângulo ODE (OD = OE), temos:
b2 = (OD)2 + (OD)2 – 2 ⋅ (OD)(OD) ⋅ cos45º
b2 = 2(OD)2 – 2 ⋅ (OD)2 ∴ b2 = (OD)2(2 – 2)
No triângulo ODM:
2
(OD)2 = a2 +  b 
2
(OD)2 (2 – 2)
(OD)2 = a2 +
4
∴ (OD)2 = 2a2(2 – 2)

ITA/2009 22 ANGLO VESTIBULARES


O volume da pirâmide é:
1
V= ⋅ Abase ⋅ h
3

1  8 ⋅ 1 ⋅ (OD)(OD) sen45º  ⋅ 2a
V= ⋅
3  2 

1  8 ⋅ 1 ⋅ 2a2(2 –  ⋅ 2  ⋅ 2a


V= ⋅ 2)
3  2 2 
V = 8(2 – 1)a3
2 – 1)a3
Resposta: 16 (
3

ITA/2009 23 ANGLO VESTIBULARES


CO MENTÁRIO
Prova muito boa, mantendo a tradição.
Apenas uma ressalva: na questão número 9, confunde-se matriz de ordem 1 com o seu elemento.

ITA/2008 24 ANGLO VESTIBULARES

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