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As teorias organizacionais existentes foram surgindo à medida que novos contextos as exigiam,
como novas alternativas, seguindo o que poderia-se chamar de processo evolutivo, adequado
às mudanças do ambiente.
Na última década, novos modelos de gestão passaram a ser adotados, formas alternativas,
mistos dos conhecimentos existentes com diferentes concepções.
No estudo a seguir irei mostrar e dar ênfase ao Toyotismo como uma administração
revolucionário que foi criado por um rapaz japonês que começou sua grande empreitada
olhando sua mãe tecendo em uma máquina de tecelagem e resolveu mehorar o modo de
produção dos tecidos criando assim uma tecelagem automática.
O sistema de Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do
século XX predominou no mundo até a década de 90. Procurava reduzir os custos unitários dos
produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto
este sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia
grande preocupação com a qualidade do produto.
Já no Sistema Toyota de Produção, os lotes de produção são pequenos, permitindo uma maior
variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-se
10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são
multifuncionais, ou seja, conhecem outras tarefas além de sua própria e sabem operar mais
que uma única máquina. No Sistema Toyota de Produção a preocupação com a qualidade do
produto é extrema. Foram desenvolvidas diversas técnicas simples, mas extremamente
eficientes para proporcionar os resultados esperados, como o Kanban e o Poka-Yoke.
Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos
coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e
gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de
produção múltiplo, em pequenas quantidades.
* Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados.
* Movimentação
Entretanto, como o próprio Ohno (e Krafcik) reconheceram, é mais importante insistir sobre as
continuidades que sobre as rupturas do toyotismo com respeito ao taylorismo/fordismo. De
certo modo, o toyotismo conseguiu "superar", no sentido dialético (superar/conservando),
alguns aspectos predominantes da gestão da produção capitalista sob a grande indústria no
século XX, inspirados no taylorismo e fordismo, que instauraram a parcelização e repetividade
do trabalho. Mas, por trás da intensificação do ritmo do trabalho que existe no toyotismo, em
virtude da "maximização da taxa de ocupação das ferramentas e dos homens" (Coriat),
persiste ainda uma nova repetitividade do trabalho.
Analisando as características do toyotismo, uma das principais diferenças que sobressaem com
relação ao fordismo é a prioridade da equipe sobreo indivíduo. No toyotismo é necessário
trabalhar em grupo, porque a produção é organizada em minifábricas, e também devido à
complexidade obtida nas linhas de produção a partir dos avanços da eletrônica e mecatrônica.
É praticamente impossível ter o domínio de todo o conhecimento e experiência existentes
dentro de uma fábrica. Assim, na solução de determinados problemas, somente o trabalho em
equipe é viável.
Nos níveis de supervisão e gerência também houve mudanças significativas. Segundo LIMA
(1995), este foi o nível mais afetado e de forma mais negativa, na medida em que as situações
de trabalho passaram a ser altamente competitivas, até agressivas, exigindo posturas
diferenciadas para quem pretenda manter-se neste sistema produtivo. Para ela, o novo
trabalhador, principalmente em nível de chefias intermediárias e gerências, dentre outras
características deve ser:
Teatral, especialmente o gerente deve saber jogar com as aparências. No entanto, esta
exigência de “teatralidade’ pode ser generalizada entre o pessoal, pois observa-se, em todos
os níveis, a idéia de que a aparência é mais importante que a realidade: “a máscara, a persona,
substitui a pessoa” (Enriquez, 1989);
Duro, viril, exigente e forte, e, ao mesmo tempo, charmoso, persuasivo, sedutor e sorridente
(Enriquez, 1989);
Capaz de se auto-superar;
Deve ser narcisista e ao mesmo tempo flexível, deve saber “comunicar, animar e persuadir”;
ter uma personalidade “como se”, esse comportar sempre “como se estivesse bem consigo
mesmo, como se gostasse verdadeiramente dos outros”. A identidade deve ser um verdadeiro
“Proteu”, isto é, mudar constantemente de opinião e interpretar todo tipo de personagem. Ele
deve saber jogar tanto com a cólera e a violência quanto com a suavidade e a ternura. Os
gerentes “seduzem, encantam, repreendem e insultam” (Enriquez, 1989) (LIMA, 1995, p.44-
45).