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Da Oi! Music ao White Noise

Da Oi! Music ao White Noise
Revista de História
2/9/2007

Apesar de ter nascido como forma de protesto em uma Inglaterra assolada por problemas sociais
criados pela crise do trabalhismo na metade da década de 1970, o punk rapidamente tornou-se
moda e perdeu sua capacidade de chocar. Em protesto, jovens proletários não aceitaram tais
mudanças. Nasciam os street punks e, a partir deles, a segunda geração de skinheads, com sua
própria estética musical. Surgia a oi! music, não muito mais que uma versão do punk rock
pontuada por gritos de “oi! oi! oi!”, interjeição tradicional do cockney english, o inglês em estado
bruto do operariado britânico. A invenção é creditada aos Cockney Rejects, banda de hooligans
da equipe de futebol West Ham United. Assim, em princípio, a oi! music tinha por lema agregar
verdadeiros punks e os novos skinheads. Apesar de não gritarem contra a imigração ou
declararem os não-brancos inferiores, as letras eram carregadas de um nacionalismo difuso e
acabaram associadas diretamente ao neonazismo. Não demorou para que muitos skins fossem
cooptados pelo principal partido de extrema-direita da Inglaterra à época, o National Front (NF),
e a partir dele formassem um projeto musical chamado de White Noise (Barulho Branco), que
agregou bandas abertamente nazistas, como Skrewdriver e Brutal Attack. A partir de então a oi!
music cairia em desgraça.

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