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o 83 — 8 de Abril de 2003
3 — Não se considera existir falta de conformidade, 3 — Para exercer os seus direitos, o consumidor deve
na acepção do presente artigo, se, no momento em que denunciar ao vendedor a falta de conformidade num
for celebrado o contrato, o consumidor tiver conheci- prazo de dois meses, caso se trate de bem móvel, ou
mento dessa falta de conformidade ou não puder razoa- de um ano, se se tratar de bem imóvel, a contar da
velmente ignorá-la ou se esta decorrer dos materiais data em que a tenha detectado.
fornecidos pelo consumidor. 4 — Os direitos conferidos ao consumidor nos termos
4 — A falta de conformidade resultante de má ins- do n.o 1 do artigo 4.o caducam findo qualquer dos prazos
talação do bem de consumo é equiparada a uma falta referidos nos números anteriores sem que o consumidor
de conformidade do bem, quando a instalação fizer parte tenha feito a denúncia, ou decorridos sobre esta seis
do contrato de compra e venda e tiver sido efectuada meses.
pelo vendedor, ou sob sua responsabilidade, ou quando 5 — O decurso dos prazos suspende-se durante o
o produto, que se prevê que seja instalado pelo con- período de tempo em que o consumidor se achar privado
sumidor, for instalado pelo consumidor e a má instalação do uso dos bens em virtude das operações de reparação
se dever a incorrecções existentes nas instruções de da coisa.
montagem.
Artigo 6.o
Artigo 3.o
Responsabilidade directa do produtor
Entrega do bem
1 — O vendedor responde perante o consumidor por 1 — Sem prejuízo dos direitos que lhe assistem
qualquer falta de conformidade que exista no momento perante o vendedor, pode o consumidor que tenha
em que o bem lhe é entregue. adquirido coisa defeituosa optar por exigir do produtor,
2 — As faltas de conformidade que se manifestem à escolha deste, a sua reparação ou substituição.
num prazo de dois ou de cinco anos a contar da data 2 — O produtor pode opor-se ao exercício dos direitos
de entrega de coisa móvel corpórea ou de coisa imóvel, pelo consumidor verificando-se qualquer dos seguintes
respectivamente, presumem-se existentes já nessa data, factos:
salvo quando tal for incompatível com a natureza da
coisa ou com as características da falta de conformidade. a) Resultar o defeito exclusivamente de declara-
ções do vendedor sobre a coisa e sua utilização,
ou de má utilização;
Artigo 4.o
b) Não ter colocado a coisa em circulação;
Direitos do consumidor c) Poder considerar-se, tendo em conta as circuns-
1 — Em caso de falta de conformidade do bem com tâncias, que o defeito não existia no momento
o contrato, o consumidor tem direito a que esta seja em que colocou a coisa em circulação;
reposta sem encargos, por meio de reparação ou de d) Não ter fabricado a coisa nem para venda nem
substituição, à redução adequada do preço ou à reso- para qualquer outra forma de distribuição com
lução do contrato. fins lucrativos, ou não a ter fabricado ou dis-
2 — A reparação ou substituição devem ser realizadas tribuído no quadro da sua actividade profis-
dentro de um prazo razoável, e sem grave inconveniente sional;
para o consumidor, tendo em conta a natureza do bem e) Terem decorrido mais de dez anos sobre a colo-
e o fim a que o consumidor o destina. cação da coisa em circulação.
3 — A expressão «sem encargos», utilizada no n.o 1,
reporta-se às despesas necessárias para repor o bem 3 — O representante do produtor na zona de domi-
em conformidade com o contrato, incluindo, designa- cílio do consumidor é solidariamente responsável com
damente, as despesas de transporte, de mão-de-obra e o produtor perante o consumidor, sendo-lhe igualmente
material. aplicável o n.o 2 do presente artigo.
4 — Os direitos de resolução do contrato e de redução 4 — Considera-se produtor, para efeitos do presente
do preço podem ser exercidos mesmo que a coisa tenha diploma, o fabricante de um bem de consumo, o impor-
perecido ou se tenha deteriorado por motivo não impu- tador do bem de consumo no território da Comunidade
tável ao comprador. ou qualquer outra pessoa que se apresente como pro-
5 — O consumidor pode exercer qualquer dos direitos dutor através da indicação do seu nome, marca ou outro
referidos nos números anteriores, salvo se tal se mani- sinal identificador no produto.
festar impossível ou constituir abuso de direito, nos ter- 5 — Considera-se representante do produtor, para o
mos gerais. efeito do n.o 3, qualquer pessoa singular ou colectiva
que actue na qualidade de distribuidor comercial do
Artigo 5.o produtor e ou centro autorizado de serviço pós-venda,
à excepção dos vendedores independentes que actuem
Prazos apenas na qualidade de retalhistas.
1 — O comprador pode exercer os direitos previstos
no artigo anterior quando a falta de conformidade se Artigo 7.o
manifestar dentro de um prazo de dois ou cinco anos
a contar da entrega do bem, consoante se trate, res- Direito de regresso
pectivamente, de coisa móvel ou imóvel.
2 — Tratando-se de coisa móvel usada, o prazo pre- 1 — O vendedor que tenha satisfeito ao consumidor
visto no número anterior pode ser reduzido a um ano, um dos direitos previsto no artigo 4.o bem como a pessoa
por acordo das partes. contra quem foi exercido o direito de regresso gozam
2282 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 83 — 8 de Abril de 2003
Artigo 13.o
Artigo 9.o
Alterações à Lei de Defesa dos Consumidores
Garantias voluntárias
Os artigos 4.o e 12.o da Lei n.o 24/96, de 31 de Julho,
1 — A declaração pela qual o vendedor, o fabricante passam a ter a seguinte redacção:
ou qualquer intermediário promete reembolsar o preço
pago, substituir, reparar ou ocupar-se de qualquer modo
da coisa defeituosa vincula o seu autor nas condições «Artigo 4.o
constantes dela e da correspondente publicidade. Direito à qualidade dos bens e serviços
2 — A declaração de garantia deve ser entregue ao
consumidor por escrito ou em qualquer outro suporte Os bens e serviços destinados ao consumo devem ser
duradouro a que aquele tenha acesso. aptos a satisfazer os fins a que se destinam e a produzir
3 — A garantia, que deve ser redigida de forma clara os efeitos que se lhes atribuem, segundo as normas legal-
e concisa na língua portuguesa, conterá as seguintes mente estabelecidas, ou, na falta delas, de modo ade-
menções: quado às legítimas expectativas do consumidor.
2 — As normas previstas no artigo 9.o entram em Nos termos do n.o 4 do artigo 13.o, a Convenção
vigor 90 dias após a publicação deste diploma. entrou em vigor para a República de Cuba em 27 de
Dezembro de 2001.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 20
de Fevereiro de 2003. — José Manuel Durão Bar- Direcção-Geral dos Assuntos Multilaterais, 11 de
roso — António Manuel de Mendonça Martins da Março de 2003. — A Directora de Serviços das Orga-
Cruz — Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona — José nizações Económicas Internacionais, Graça Gonçalves
Luís Fazenda Arnaut Duarte — Carlos Manuel Tavares Pereira.
da Silva.
Aviso n.o 129/2003
Promulgado em 20 de Março de 2003.
Por ordem superior se torna público que, em 11 de
Publique-se. Janeiro de 2002, o Governo da República da Moldávia
depositou o seu instrumento de ratificação do Protocolo
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Que Consolida a Convenção Internacional de Coope-
ração para a Segurança da Navegação Aérea EURO-
Referendado em 25 de Março de 2003. CONTROL de 13 de Dezembro de 1960, na sequência
de diversas modificações introduzidas, emitido em Bru-
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. xelas em 27 de Junho de 1997.
Portugal é Parte do mesmo Protocolo, aprovado, para
ratificação, pela Resolução da Assembleia da República
n.o 35/2001, publicada no Diário da República,
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS 1.a série-A, n.o 103, de 4 de Maio de 2001, tendo depo-
sitado o seu instrumento de ratificação em 12 de Julho
Aviso n.o 127/2003 de 2001, conforme o Aviso n.o 103/2001, e tendo entrado
em vigor para Portugal em 13 de Julho de 2001.
Por ordem superior se torna público que, em 20 de
Fevereiro de 2002, o Governo da Guiné Equatorial apre- Direcção-Geral dos Assuntos Multilaterais, 11 de
sentou uma reserva em virtude do artigo 298.o da Con- Março de 2003. — A Directora dos Serviços das Orga-
venção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, con- nizações Económicas Internacionais, Graça Gonçalves
cluída em Montego Bay em 10 de Dezembro de 1982, Pereira.
referindo:
«O Governo da República Equatorial da Guiné for- Aviso n.o 130/2003
mula pelo presente instrumento uma reserva conforme Por ordem superior se torna público que, a 6 de Maio
o parágrafo 1 do artigo 298.o da Convenção declarando de 2002, o Governo de São Vicente e Grenadinas depo-
que não reconhece como obrigatórios de pleno direito sitou o seu instrumento de adesão ao Tratado de Coo-
os procedimentos previstos na secção 2 do capítulo XV peração em Matéria de Patentes (PCT), concluído em
da Convenção no que respeita a categorias de diferendos Washington a 19 de Junho de 1970, modificado em 28 de
evocados na alínea a) do parágrafo 1 do artigo 298.» Setembro de 1979, em 3 de Fevereiro de 1984 e em
3 de Outubro de 2001.
Portugal é Parte da mesma Convenção, aprovada, Portugal é Parte do mesmo Tratado, aprovado para
para ratificação, pela Resolução da Assembleia da adesão pelo Decreto n.o 29/92 e publicado no Diário
República n.o 60-B/97 e publicada no Diário da Repú- da República, 1.a série, n.o 144, de 25 de Junho de 1992,
blica, 1.a série-A, n.o 238, de 14 de Outubro de 1997, tendo depositado o seu instrumento de adesão em 24
tendo depositado o seu instrumento de ratificação em de Agosto de 1992, conforme o Aviso n.o 157/92, de
3 de Novembro de 1997, conforme o Aviso n.o 81/98, 12 de Outubro, e tendo o Tratado entrado em vigor
e tendo a Convenção entrado em vigor para Portugal para Portugal em 24 de Novembro de 1992.
em 3 de Dezembro de 1997. O Tratado entrou em vigor para São Vicente e Gre-
Direcção-Geral dos Assuntos Multilaterais, 20 de nadinas em 6 de Agosto de 2002.
Fevereiro de 2003. — A Directora dos Serviços das Direcção-Geral dos Assuntos Multilaterais, 13 de
Organizações Económicas Internacionais, Graça Gon- Março de 2003. — A Directora de Serviços das Orga-
çalves Pereira. nizações Económicas Internacionais, Graça Gonçalves
Pereira.
Aviso n.o 128/2003
Aviso n.o 131/2003
Por ordem superior se torna público que, a 27 de
Novembro de 2001, o Governo de Cuba depositou o Por ordem superior se torna público que, em 10 de
seu instrumento de adesão à Convenção para a Repres- Janeiro de 2003, o Governo da República da Coreia
são da Captura Ilícita de Aeronaves, concluída na Haia depositou o seu instrumento de adesão ao Protocolo
a 16 de Dezembro de 1970. de 1989 referente ao Acordo de Madrid Relativo ao
Portugal é Parte da mesma Convenção, aprovada para Registo Internacional de Marcas, adoptado em Madrid
ratificação pelo Decreto n.o 386/72 e publicada no Diário em 27 de Junho de 1989.
do Governo, n.o 238, de 12 de Outubro de 1972, tendo Portugal é Parte do mesmo Protocolo, aprovado, para
depositado o seu instrumento de ratificação em 27 de ratificação, pelo Decreto n.o 31/96 e publicado no Diário
Novembro de 1972 e tendo a Convenção entrado em da República, 1.a série, n.o 248, de 25 de Outubro de
vigor para Portugal em 27 de Dezembro de 1972. 1996, tendo depositado o seu instrumento de ratificação