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Amor Impossvel Contaram-me uma estria de amor entre uma biloga mergulhadora e um polvo, um amor i nter-espcies e portanto impossvel.

A estria verdadeira. A biloga todos os dias mergulha entre polvos, tubares e garoupas para os alimentar . Um polvo em particular agarrava-se a ela e acariciava-a quando ela lhe dava comi da. Agarrava-se ela tirava-o, ele voltava a agarrar-se num ritual que se repetia dia aps dia. Sempre no fim deste ritual, o polvo tentava prend-la para no a deixar fugir. Ela r etirava-lhe o tentculo e ele fugia para um buraco na rocha. Ela nadava de volta no sem antes lhe lanar um olhar. O polvo, sempre espreita do buraco, quando a via virar-se para lhe dar uma ltima olhada escondia-se "amuado". Um dia, tendo-se repetido o ritual, e depois do polvo ter fugido para o seu bura co, ela olha de volta e pela primeira vez o polvo no estava l. A biloga no ligou e seguiu a sua vida. Mais tarde vieram a encontrar o polvo, seco e morto em frente ao cacifo dela. Enquanto ela lhe virou as costas o polvo saiu do oceanrio e t-la- seguido, ou segui do o cheiro dela at ao cacifo. A resolveu ficar e esperar at secar e morrer de amor . Moral da histria: apaixona-te pela tua espcie se no, fora do teu meio, sufocas e mo rres. Pedro Bidarra BBDO

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