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(Koch, Ingedore V. A inter-ao pela linguagem, So Paulo:Contexto, 1995, p.

29-44)

ARGUMENTAO E TEXTUALIDADE
Podemos afirmar que o uso da linguagem essencialmente argumentativo: pretendemos orientar os enunciados que produzimos no sentido de determinadas concluses (com excluses de outros). Procuramos dotar nossos enunciados de determinadas fora argumentativa. Mecanismos, marcas lingusticas da enunciao, modalizadores, conectivos. O modo como aquilo que se diz dito

OS OPERADORES ARGUMENTATIVOS
Que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido de

determinada concluso: at, mesmo, at mesmo, inclusive.


Que somam argumentos a favor de uma mesma concluso: e, tambm, ainda,

nem (= e no), no s...mas tambm, tanto...como, alm de..., alm disso..., a par de..., etc.
Que introduzem uma concluso relativamente a argumentos apresentados em

enunciados anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrncia, conseqentemente, etc.
Que introduzem argumentos alternativos que levam a concluses diferentes ou

opostas: ou, ou ento, quer...quer, seja...seja, etc.


Que estabelecem relaes de comparao entre elementos, com vistas a uma

dada concluso: mais que, menos que, to...como, etc.


Que introduzem uma justificativa ou explicao relativamente ao enunciado

anterior: porque, que, j que, pois, etc.


Que contrapem argumentos orientados para concluses contrrias: mas

(porm, contudo, todavia, no entanto, etc.), embora (ainda que, posto que, apesar de (que), etc.).
Que tm por funo introduzir no enunciado contedos pressupostos: j,

ainda, agora, etc.


Que se distribuem em escalas opostas (afirmao total, negao total): um

pouco e pouco; quase e apenas (s, somente).

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