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EIS

14/10/2006 Vila Velha - ES - primavera de 2006 Eis que como despenseiros de Deus, nos vemos repletos de coisas boas a serem dadas. Eis como servos inteis, procuramos apenas poder servir da melhor maneira possvel. Eis a poesia como objeto de doao explicita das nossas prprias almas. Eis-me aqui, como doador de mim mesmo. Eis De De Eis Eis que o mundo se reveste de trevas. uma nova era nuclear. uma guerra de nervos sem trguas. os prmios nobis da hipocrisia. os esforos sdicos da poltica v.

Eis-me aqui, como pensador potico. Eis a iseno dos meus sentimentos. Como se isto fosse possvel em poesia. Eis a diferena que fao num esforo proletrio de tentar que algum sorria. Eis minha grata satisfao em interagir. Eis-me aqui, como porta voz das iluses. Eis os calos em minhas mos. Eis o meu suor fdido, de tanto garimpar o que resta de alguma esperana deste peito imaculadamente imbecil. O que me resta de to nobre labuta? Eis-me aqui, como sonhador incurvel. Eis a poesia como cano do exilio de minha prpria alma que teima em ser feliz. Que teima em pensar que todos so bons e o nico que no presta o diabo. Eis o paradoxo do ser que vive pelos outros. Eis-me aqui, como sonhador incurvel. Eis a poesia como cano do exilio de minha prpria alma que teima em ser feliz. Que teima em pensar que todos so bons e o nico que no presta o diabo. Eis o parodxo do homem que cr. Eis-me aqui, como romntico incorrigvel. Eis a certeza da vida, a morte atroz. Eis os tmulos cheios de incertezas, onde os esqueletos tremem de medo. Onde a f nos d todas as respostas, mas no tira todos os prazeres. Eis-me aqui. como servo fiel da verdade.

Eis o poeta. Eis o menino. Eis o pecador. Eis o Louco. Eis sua poesia. Eis sua coragem, a coragem de ser a voz insignificante que clama no deserto das intenes mais puras. As intenes de um corao que ama. Eis-me aqui! Um no enviado que teve a ousadia de mesmo assim, ir! fim

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