Crnica n 4 - Pensar mais frente Agora ficou tudo mais claro, mesmo que a maioria dos portugueses no consiga

a perce ber como foi possvel chegar at aqui. O FMI toma conta do pas, teremos eleies em Junho . Apesar dos dias j comearem a aquecer e o sol se apresentar sem a timidez primave ril, os dias que a vm sero sombrios. neste quadro que proponho que faamos um exerccio e comecemos a pensar mais frente. Ningum em Portugal est satisfeito com a situao a que nos conduziram mas, e agora? No quero pensar nos aumentos de impostos nem na reduo de benefcios. No quero pensar n os dias difceis que teremos pela frente nem nas enormes mudanas que sero impostas a Portugal. No quero pensar nas mudanas de hbitos que seremos obrigados. A minha pro posta pensarmos mais frente. Espero que daqui a 10 anos todos estes episdios tristes e difceis faro parte da memr ia e, tambm, que os polticos portugueses e quem mais decide no nosso pas tenha apre ndido a lio: Governar pelo povo e para o povo a essncia da democracia. Bastou comear em a governar para os mercados e j agora para as negociatas e a coisa deu no que deu. Mas tambm espero, daqui a 10 anos, que todos ns portugueses tenhamos aprendido uma lio: mais importante o SER que o TER. A solidariedade e o estabelecimento de rede s sociais com os restantes cidados fundamental. Temos de mudar atitudes individua is e colectivas. Quanto s primeiras, cada um saber de si. Mas quanto s atitudes soc iais, colectivas, que temos de mudar, esta crise deixa-nos 3 lies: 1. A Governao de Portugal e das nossas cidades demasiado importante para as d eixarmos apenas para os polticos e para as mquinas partidrias. urgente uma particip ao activa dos cidados na sociedade. 2. temos de criar padres de exigncia acrescidos em relao aos dirigentes e em re lao aos grupos em que estamos inseridos. 3. Ao estarmos integrados em contextos alargados, como a Unio Europeia, ganh amos um conjunto de direitos e deveres. Temos de defender de forma intransigente os primeiros e ser ainda mais exigentes no cumprimento das obrigaes individuais e colectivas. de Cultura que falamos, de uma mudana cultural que no fcil mas por esta via consegu iremos afirmar-nos como povo e fazer parte de um mundo moderno. Pode ser um mund o ainda longe das nossas utopias e dos nossos desejos. Conseguiremos mud-lo e con seguiremos aproxim-lo do nosso mundo ideal na medida em que participarmos e formo s motor dessas mudanas. E teremos de comear j no prximo dia 5 de Junho! Joo Paulo Macedo Maio 2011