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TRT anula contratos de trabalho entre a Cagepa e ocupantes de cargos em comisso

Por maioria de votos, os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho julgaram procedentes os pedidos formulados pelo Ministrio Pblico do Trabalho para declarar a nulidade absoluta dos contratos de trabalho firmados entre a Companhia de gua e Esgotos da Paraba - CAGEPA e os ocupantes de "cargos em comisso", funes comissionadas, funes gratificadas, ou outra nomenclatura, sem que tenha havido prvio concurso pblico, exceo dos cargos de Presidente, Diretor de Expanso, Diretor Administrativo Financeiro, Diretor de Operao e Manuteno, membros do Conselho de Administrao e membros do Conselho Fiscal. A ao, que tramitou em primeira instncia na 3 Vara do Trabalho de Campina Grande, foi proposta pelo procurador do Trabalho Paulo Germano Arruda e foi julgada improcedente pelo juiz Arnbio Teixeira de Lima, tendo o TRT, apreciando recurso do Ministrio Pblico do Trabalho, modificado a sentena para tambm afastar os pronunciamentos de incompetncia absoluta da Justia do Trabalho e de ilegitimidade ativa do Ministrio Pblico do Trabalho emitidos na sentena. Na sesso de julgamento, a Cagepa foi condenada ainda ao cumprimento de obrigaes como: abster-se, definitivamente, de contratar trabalhadores a ttulo de emprego em comisso, cargo em comisso, funo de confiana, funo gratificada ou outra terminologia, sem prvia aprovao em concurso pblico, sob pena de pagamento de multa no valor de R$10 mil, por trabalhador contratado nessas condies. A empresa foi condenada tambm a afastar o pessoal contratado irregularmente, sem concurso pblico, no prazo de 120 dias, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia de atraso e por trabalhador mantido irregularmente. Os valores das multas sero revertidos ao FAT- Fundo de Amparo ao Trabalhador. Processo n. 0078400 -67.2010.5.13.0009. Fizeram parte da sesso os desembargadores Vicente Vanderlei (Presidente da Sesso), Edvaldo de Andrade (Revisor), Ana Madruga e Ubiratan Delgado, alm dos juzes convocado Eduardo Srgio de Almeida e Herminegilda Machado (Relatora), com a presena da Procuradora do Trabalho Maria Edlene Felizardo.

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