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Unio de facto, Casamento e Economia Comum.

A unio de facto prende-se com a convivncia de duas pessoas em condies anlogas s dos cnjugues, noo essa que para se adoptada exige que se abstraia do requisito da diversidade de sexo que efectivamente condio de existncia de um casamento. Por este motivo prefervel reconduzir a unio de facto a uma coabitao, na tripla vertente de comunho de leito, mesa e habitao. Distingue-se do casamento no plano da constituio, dos efeitos e da extino. Forma-se logo que os sujeitos vivam em coabitao, no sendo necessria uma cerimnia ou qualquer outra forma especial. A lei no prev direitos e deveres que vinculem reciprocamente os membros da unio de facto, nem estabelece regras prprias em matria de administrao e disposio de bens ou de dvidas e a ligao entre os companheiros dissolve-se pela mera vontade de uma das partes. Distingue-se do concubinato duradouro presente no Art. 1871/ 1 alinea C) do CC no sentido em que neste no h comunho de mesa e habitao, verificando.se apenas um relacionamento sexual estvel. E distingue-se da convivncia em economia comum, pois nos termos do Art. 2/1 da LEC, a situao de pessoas que vivam em comunho de mesa e de habitao, suprindo o elemento da comunho sexual. Pode ser heterosexual ou homosexual e protegida ou no protegida, consoante goze das medidas de proteco previstas na LUF. Relativamente a este ponto, s gozam destas medidas as unies de facto que tenham: a) durao superior a 2anos (a reconciliao no renova a unio de facto, origina uma nova unio com os mesmos membros da anterior) b) inexistncia dos impedimentos estabelecidos no Art.2 LUF (estes impedimentos correspondem aos impedimentos dirimentes ao casamento, com uma alterao quanto ao impedimento da bigamia Art. 1601 al. C) uma vez que atribuda proteco unio de facto composta por uma pessoa casada quando ela esteja separada de pessoas e bens art. 2 al C) da LUF) Relativamente lei de proteco das unies de facto a regulao da situao jurdica de duas pessoas no se extende unio de facto composta por mais de dois membros. No meu entender a hiptese de uma pessoa constituir uma unio de facto com algum e a seguir com outra pessoa no significa que a iniciativa de formao da segunda unio se confunda com uma vontade de dissolver a primeira, pois essa pessoa pode querer ter duas unies de facto simultneas

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