Você está na página 1de 269
Supremo Tribunal Federal i RE 603583 ( fis” vols RECURSO EXTRAORDINARIO —_— RECURSO EXTRAORDINARIO 603583 PROCED, RIO GRANDE DO SUL Distsaio en: 087102000 ORIGEM _-AC-200771000990340-TRF . RELATOR: MIN. MARCO AURELIO RECTE(S) 1040 ANTONIO VOLANTE. ADV.AS) ‘CARLA SILVANA RIBEIRO D AVILA, RECDOLAS) UNIAo bY a) ABVOGADO-GERAL DA UNTO RECDOLAS) CCONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ADVIAS) MIRIAM CRISTINA KRAICZK E OUTRO(AS) 000002 5 Exmo(a) Sr(a) Dr{a) Juia(a) Titular da__ Vara Federal da Seeglo Judictiria de Porto Alegre do Estado do Rio Grande do Sui a - 61210 saat Dra. Carla Silvana Ribeiro D Avila 2067.71, 00.099008-2 yh JOAO ANTONIO VOLANTE, CPF 1° 195.443.750-15, C.1, 009604009 SISIRS, brasileiro, casado, bacharel em direito, residente ¢ domiciliado & Rua Comendador Corvja, 417/303 ~ Bairro Floresta ~ Porto Alegre! RS, vem respeltosamente perante V. Exa, por sua Advogads que este subserove, habilitada na forma da Lei, conforme mandato incluso ~ (DOC. 1), propor a presente ACAO DECLARATORIA DE NULIDADE DE_ATO ADMINISTRATIVO e/e IMISSAO DE POSSE. com pedi de antecipacto dos efeitos dda tutela, na forma do art. 3, 4,1, Parigrafa Unico, 282 seguintes, 273, 1, 486, 355, 359, 798, 926, do CPC e com esteio nos ants, 2", 3°, 7, 8 9, 11, 21, 24, 28, da Declaragio Universal dos Direitos Humanos, Convengto n°, II] da OFT, de 25/06/58, egulamentada pelo @ Decreto n°, 62.150, de 19/01/68; ans. 1°, 1, 1V, V, Parigrafo Unico; 2%: 3°51, IV: 4°; 1, V VIE 8, “caput”, I, 1V, IX, XII, XVII, XX, XXXIV, “a”, XLI, LV, LXXIV, LXXVII, §§1°¢ P’saris. 6, P, XXXIV; 12, 1,“3", 21, Il, XVI, XXIV, 22, XIL, XVI, XXIV, ats, 37 “caput”, £84, IV, 85, I, 87, Ie IV, 90, 93,1, 102, TL, “3”, 103, VI, 109, 1 Il, 133, 170, Parigrato Unico, 193, 205, 206, VIL, 207, todos da Consttuigdo Federal, os ats. 15 ¢ 20, 1e1V, da Lei 1°. 8884, de 1] de junho de 1994, ants 12 1, Il, IM, IV, VI, VII IX, X, XI, 5%, $538, 4 VM, 13, tl, 16,39, 43,1, Vy Vi, 44 1, Pardgrafo Unico, 47, §82°, 4°, 48, 50, 53, VI, X, 6,1, da Lei n° 9.39496, de 20 de dezembro de 1996, as. 8°, ds CLT, art. 2, 1° an, 5°, do Decreto-Lai a” 4.657/42, at. 1°, 2°, 11, 12, amt. 166, 1V, V, VI, 186, 384, 422, 23, 424, 667, do CC, contra ato (Provimento n°. 10912005) do. CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, pessoa juridica, inserto no CNPY sob 0 n 33.205.451/0001-14, com sede na SAS, Quadra 05, Lote Ol, Bloco M, Brasiia/DF, CEP 0070-939, requerendo integrar @ lide 9 UNIAQ FEDERAL, pessoa jurdica de dircto piiblico, que poderd ser citada na pessoa de seu Procurador Geral, com enderego na SAF ‘Sul Quadra 4 ~conjunto C ~ Brasilia/DF, pelas razBes de fatoe de dreto que passa a aduzir. ; I-DOS FATOS E DO DIREITO. Visandéo a habilitapio em bacherelado em dirito, o autor ingressou na Universidade Luterana do Brasil - ULBRAVCanoasiRS, tendo colado grau em 06.10.07. Conforme certficado de conclusto do curso, © autor fol aprovado em todas as dscipinas. Cin Cot, 20Pae Ao RS 1 ibeiro D Avila 000003 © Autor que conclu o curso de Dircito, curso este reconhecido conforme Portaria da ‘Atoridade Competent, tendo cumprido todas formalidades previstas em lei, que mio violam a Constituigio Federal de 1988, ¢ realizado sua Colagio de Grau em solenidade pibica, esta apto a exercer sua profissio, ou seja, & Advocacia, No entanto, esbarra no EXAME DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Dra. Carla Silvana, © Autor encontra-se om sério prejuizo moral, econémico e social a) moral, dada a {rustragao de realizar todos atos necessrios para conseguir 0 Bacharelado em Dircito e, 20 final, ndo poder exercer a advocacia, apenas por deixar de cumprir 0 Gnico ato que, ato este flagrantemente inconstitucional; b) econdmico, pois sem sombra de divida que Canteira Profissional abre as portas do caminho profissional; c) social, pois a participagso cfetiva na sociedade, como conhecedor ¢ aplcador do Direito,resta obstaculizada em 4280 dda omissio da ré que se nega a conceder a Carteira Profissional ao Bacharel em Direlto antes de prévia aprovagto no EXAME DE ORDEM. corre que, da mesma forma que qualquer prfissional quando se forma e recebe seu DIPLOMA nfo esté obrigado a prévia aprovacio em EXAME semelhante, posto que 0 seu DIPLOMA ja ¢ garanta suficente de que esté apto para exercer a sua profissio, podendo, inclusive, requerer, & sua Entidade de Classe Profissional, 2 sua respectiva Carteira Profissional tio logo obtena seu DIPLOMA, independentemente de ter sido ou no aprovado ‘em EXAME semelhante, assim também deve acorter, em igualdade de condigées, com 0 Bacharel em Direto, ou soja, este timo deve ter 0 mesmo direito de requerer, & sua Entidade de Classe Profissional tio logo oblenha seu DIPLOMA, a sua respectiva Cartcira Profisional, independentemente de ter sido ou ndo aprovado em EXAME DE ORDEM. fe 0 Bacharel em Dircito, a0 contririo de todos demais profissionais, nao & considerado apto para exercer a sua profissio, a Advocacia, apis receber seu DIPLOMA, ao menos, deveria ser considerado presumivelmente apto a excreé-la até prova em contrério, ou sej, até sobrevirsentenga condenatéria que prove ser ele inapto para exercer a Advocacia, sendo estaria cometendo-se violagio expressa ¢ indubitivel dos seguintes prineiplos constitucionai 1") Prinefpio da Presungao da Inocéncia (art. 5, ine, LVI, da CFI88): 0 Bacharel ‘em Direito nao sera considerado inapto para exercer a advocacia até o teiasito em Julgado de sentenea condenatérla que prove ser cle inaptos 2°) Principio do Devido Processo Legal (art. S*, inc. LIV, da CF/88): o Bacharel ‘em Direito no sera privado da liberdade de exercer sua profilo, a Advocacia, sem 0 devido processo legal; 3°) Principio do Contraditorio ¢ Ampla Defesa (art. 5", inc. LV, da CE/88): 20s acusados em geral (como, por exemplo, © Bacharel em Dircito acusado de ser incompetente e inapto para exercer a Advocacia antes sequer de poder exercé-la para ‘demonstrar se tem ou nao fundamento esta acusaglo), slo assegurados 0 contraditorio © ampla defesa, com os meios c recursos a ela inerentes. sitive Cel. 20—Fe Ae RS 2

Você também pode gostar