Você está na página 1de 2

Muito Alm das Flores De

Alexandre Lopes

Eplogo

O meu corpo treme pelo frio constante que invade a minha alma. A lembrana de Joana permanecia imvel em minha mente, talvez seria melhor no conviver neste tormento com as lembranas de minha amada. Doce veneno de meu passado, em meio a tanta escurido apenas a imegem de seus olhos me trazia um pouco de sanidade. Olho para cima e vejo o cu turvo e enegrecido, assolado por estranhos relmpagos que anuncia uma tempestade que numca chega. Me escondo bem encolhido entre as rochas deste imenso vale, a solido se torna a cada instante em uma amiga companhia, pois no vejo em quem confiar. Para onde olho vejo a degradao humana, o cheiro empobrecido me entorpece a alma. Me encosto para descansar, interessante como este lugar cansativo, observo a cicatriz em minha mo, resultado de uma das nossas brigas, uma dor que hoje me alivia, por fazer eu pensar em voc. Me pergunto, onde voc esta? Quem neste momento voc esta pensando? Queria te dar uma rosa, mas nem sei onde encontra-las,como poderia recebe-la sujo de lama e angustiado como estou agora? Me desespero por no te ter aqui comigo, me desespero por no ver a sada. Ento fecho meus olhos e lembro-me de teu rosto, de teu sorriso. E a paz to intensa que sinto at a sentir os cheiros das rosas.

Capitulo 1

Dona Sara estava impaciente aquela noite, sentou-se a porta para apreciar a paisagem desrtica daquela pequena cidade. Nada mais a surpreendia, nada de novo ocorria fazia tempos, mas seu corao apertava forte nesta noite, sensitiva de bero sabia perceber quando algo aconteceria, tirou do bolso um mao de cigarro e aps acender deu uma forte tragada, sabia o quanto aquilo lhe fazia mal, mas a sensao de tranquilidade auxiliava mais naquele instante. O frio do inverno que se aproximava, j arrepiava a pele, Sara aguardava inquieta pela chegada de algum que nem conhecia, mas logo logo mudaria muitas vidas.

Aps algumas horas, subiaa ladeira principal um homem jovem vestindo uma linda casaca que o protegia do frio, portando um chapu engraado, passou a frente de Sara a olhando subitamente em seus olhos, o arrepio aumentou a sensao de frio, o jovem continuava sua caminhada, carregando em suas mos uma pequena maleta. Pronto o peregrino chegou, ouviu Sara o sussurrode seus amigos invisveis.

Você também pode gostar