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Quinnipiac

This was where I saw the river for the last time this morning, about here.

as ltimas luzes supinas e tranquilas cacos de um espelho quebrado refletindo alm das coisas suas curvas fora da vista alm do crepsculo alm do anoitecer a gua luzes tremendo na claridade plida do ar um pouco como a borboleta cruzo o Quinnipiac os arcos da ponte lentos altos entre o silncio e o nada tudo jaz na minha frente limpo de tudo mais a comida no o seu nome em nome de nada em nome de ningum vazio de sonhos no havia sacrifcio fome nascida no momento em que a fruta madura alcana a boca aberta mas era a morte tambm e eu tremi por dentro e virei as costas e fugi correndo aquele era o frio que vem com o medo esta a molstia na gota quase impalpvel o imenso edifcio as velhas cicatrizes coando os trs vivas ao ressentimento derramadas na mesa mil formas de solido todos os cantos da casa alguma coisa na luz em si mesma mais forte at eu me deitar na cama pensando uma corrente de vento na porta um hlito hmido constante quando as flores vm e chove na primavera agora eu sou o que nunca foi mas me escute aqui: quando eu estiver morto me ponha l bem no meio dessa gua grande profunda calma incessante a terceira margem desse rio to longe to distante a ento eu rio abaixo rio afora rio adentro eu o Quinnipiac.

Autor: Letcia Carneiro da Cunha

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