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A Arbitragem um importante meio pacfico de resoluo de conflitos, que cada vez mais ganha importncia na sociedade, mas isso

o no significa que seja a ela atribuda uma parcela do poder jurisdicional. Sem dvidas, o argumento mais consistente de que a favor da teoria de que o rbitro esteja investido de jurisdio o fato de que sua sentena faz coisa julgada material.No entanto, apesar da sentena arbitral servir como ttulo judicial, necessrio que a execuo seja judicial, por o rbitro no tem poder executrio algum, o que por si s j denota certa fragilidade no argumento. Isso sem falar na decretao de nulidade da sentena por via judicial. S isso, na minha humilde opinio, serve para afirmar a nojurisdio da arbitragem. Qual seria o sentido da jurisdio se fosse creditada ao arbitro uma parcela desse poder, sem, no entanto vincula-lo aos padres jurdicos nas suas sentenas; sem atribuir ao rbitro o poder de constranger as partes a se submeterem arbitragem ou mesmo de transportar coercitivamente uma testemunha audincia. Em todos esses casos o rbitro fica sujeito autorizao ou no do juiz de direito. Alguns doutrinadores reconhecem na arbitragem uma natureza jurisdicional limitada e indicam terminologias como natureza quase-jurisdicional, contratual e jurisdicional limitada,entre outras, mas ainda assim reafirmo meu entendimento de que no h na arbitragem nada de jurisdio, o que h uma cesso de uma parcela da autonomia da vontade em favor de uma resoluo rpida e extrajudicial do conflito.

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