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A teoria do Mnimo tico foco de muitas divergncias doutrinrias, no havendo uma unanimidade a respeito de sua aplicao ou no.

. Segundo essa teoria o Direito representa o mnimo de preceitos morais que so necessrios para o bem-estar da sociedade. Ou seja, traz a moral como tendo uma maior amplitude em relao ao Direito, estando este inserido naquela, de modo que tudo que Direito Moral, mas o inverso improcedente. Alguns doutrinadores, a exemplo de Miguel Reale, criticam essa teoria desenvolvida pelo filsofo alemo Jellinek, dizendo que existem vrios fatos que esto inseridos em normas de Direito, mas que no necessariamente inserem-se no campo da Moral como, por exemplo, uma norma de trnsito que determina como mo correta a da direita e que, se modificada, no traria nenhuma conseqncia em relao Moral; o mesmo ocorreria com a regra processual civil que estabelece que o ru, quando citado para a ao, deve oferecer sua contrariedade num prazo de 15 dias. Se, por acaso, essa norma fosse alterada para um prazo de 5, 10, 30 ou qualquer prazo, no ocorreria nenhuma influncia no campo da Moral. Entretanto, entendemos como sendo procedente a teoria do Mnimo tico, pois, o que se deve levar em conta, no que tange relao Direito e Moral, no fato de a modificao de uma norma jurdica acarretar ou no conseqncias na Moral. O que se deve considerar, mesmo nos exemplos citados, a influncia dos preceitos morais quando da criao das normas de Direito, ou seja, a conscincia que o legislador deve ter de que as normas devem sempre ter um fundamento moral. Assim, quando o legislador cria uma lei, ele leva em conta aquilo que acredita que a sociedade tem em mente como sendo o mais correto, o mais tico, ou seja, o mais condizente com a Moral. De modo que se determinadas normas, qualquer que sejam, forem modificadas, porque o estado acreditou que seria mais correta, mais sensata essa mudana, no se desvinculando jamais da idia de Moral. Portanto, a teoria do mnimo tico a que representa de forma mais adequada a relao existente entre Direito e Moral, uma vez que toda as normas devem conter um mnimo de preceitos morais, de tal sorte que o legislador jamais poder prescindir de uma apreciao moral das leis que o povo lhe deu a incumbnci a de criar.

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