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Introdução

A fibra alimentar vem despertando um grande interesse nas últimas


décadas, tendo-se várias pesquisas a respeito. Ela influencia de várias formas
o organismo sendo importante no metabolismo de carboidratos, gorduras e
outros nutrientes.
As fibras podem ser classificadas pelo seu efeito fisiológico ou sua
solubilidade em água, podendo ser solúveis ou insolúveis. As insolúveis
encontram-se principalmente nos derivados de grãos inteiros como farelo de
trigo e aveia, alguns cereais matinais, pão integral e também verduras;
enquanto as fibras solúveis são encontradas nos legumes, aveia e frutas.
Nutricionalmente, o termo fibra é restrito ao material filamentoso dos
alimentos, sendo todas as estruturas celulares das paredes dos vegetais,
constituídas principalmente pela soma de polissacarídeos e ligninas vegetais,
que não são digeridas pelos sucos digestivos humanos. Atualmente a
denominação de fibra crua foi substituída por fibra alimentar, que designa a
parte residual dos vegetais resistentes à hidrólise enzimática no intestino
humano. Embora sejam parcialmente atacadas pelas bactérias do cólon,
sugere-se também que são parcialmente digeridas no trato gastrintestinal e que
algumas partículas são realmente absorvidas.
Sendo uma definição incompleta, pois não incluem outras fontes de fibra
como gomas e mucilagens.
O termo fibra crua (bruta) é utilizado para descrever o resíduo
heterogêneo que resta após os alimentos vegetais terem sido tratados
sucessivamente com ácidos e álcali diluídos, sob condições especiais
realizadas em laboratório.
Fibra alimentar solúvel é composta por pectinas, beta-glicanos,
mucilagens, algumas hemiceluloses e amido resistente. Os componentes das
insolúveis são: lignina, celulose e hemiceluloses. Esta classificação tem
importância na sua ação, pois os efeitos fisiológicos das fibras solúveis são
diferentes das fibras insolúveis.
As fibras solúveis retardam a passagem intestinal, o esvaziamento
gástrico e a absorção da glicose, ajudando a reduzir o colesterol no soro
sanguíneo. As insolúveis aceleram o trânsito intestinal, aumentando o peso das
fezes, desaceleram a hidrólise da glicose contribuindo para a redução de
alguns males do cólon.
Possuem vários efeitos fisiológicos dependendo de suas propriedades
físico-químicas que são: o aumento do volume fecal, diminuição de nutrientes
disponíveis, redução dos níveis de colesterol no plasma, e redução do nível de
glicose após as refeições.
O consumo de fibra alimentar diminuiu o risco de doenças
cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, algumas patologias
gastrintestinais e certos tipos de câncer.
Estudos recentes mostram que a alta ingestão de fibras reduz a
concentração de lipídeos e glicose no sangue, aumentam a sensibilidade à
insulina, diminuem a pressão sanguínea e ajudam no controle de peso.

Objetivo

Determinar a porcentagem de fibra bruta.

Materiais

Béquer
Cadinho de fundo poroso
Sebelin
Kitassato
Estufa
Dessecador
Mufla
Balança analítica
H2SO4 à 1,25%
NaOH à 1,25 %
Água quente
Filtro
Aveia

Procedimentos

Pesa-se aproximadamente 3-5 g da amostra e adiciona-se 100 mL de


H2SO4 à 1,25% ao béquer. Leva-se ao Sebelin para fervura durante 30 minutos
a partir da ebulição. Liga-se ao Kitassato (com sílica gel) e coa-se a solução
utilizando o filtro. Lava-se o béquer com água quente para retirar o resíduo da
amostra e o H2SO4. Transfere-se o resíduo para o béquer e adiciona-se 100 mL
de NaOH à 1,25%. Leva-se novamente a amostra ao bloco digestor para
fervura durante 30 minutos a partir da ebulição.
Pega-se o cadinho de fundo poroso do dessecador e o pesa. Liga-se a
bomba à vácuo e filtra-se a solução sobre o cadinho. Lava-se o béquer com
água quente para retirar o resíduo da amostra e o NaOH. Leva-se o cadinho
contendo fibras e resíduos para a estufa a 105ºC por 3 a 4 horas e em seguida
coloca-se no dessecador por 30 minutos a 1 hora.
Novamente pesa-se o cadinho (fibra bruta + mineral) e o transfere para a
mufla a 550ºC por 2 horas e 30 minutos (destruição da matéria orgânica). Após
o resfriamento no dessecador, pesa-se o cadinho. A diferença entre o peso
inicial e o peso final é a fibra bruta.

Referências
SILVA, D.J, Queiroz, A.C, Análise de Alimentos. 3ª edição.
Universidade Federal de viçosa, Editora UFV – 2004.

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