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INTRODUO TEOLOGIA EVANGLICA KARL BARTH

Editora Sinodal

COMPROMETIMENTO
Oitava Preleo

Chamamos de comprometimentoaquele terceiro fator que faz o telogo ser telogo. uma coisa luminosa e bela, mas tambm coisa severa, enlevante e mesmo assustadora, sermos comprometidos pelo Deus do evangelho, o assunto da teologia evanglica. (...) `ser abalado` do telogo fenmeno que inclui sua vida particular no poder ser outra a conseqncia: Tambm seu comprometimento (...) tem dimenso de totalidade. Abrange o todo do seu ser. De momento, porm, limitaremos nossa ateno ao fato de sua existncia ser existncia comprometida, em virtude de sua funo especfica isto , existncia agradecida com liberdade especfica e chamada para o uso especfico desta liberdade. Interessa-nos a medida de seu comprometimento atravs do assunto de sua cincia: at que ponto ele libertado e convidado para participar de maneira especfica, de perceber e de pesquisar, de raciocinar e de falar, maneira que ele no inventou nem escolheu por si mesmo, mas que se lhe impe por si. (...) trata-se (...) do mtodo peculiar teologia quer dizer, do estabelecimento de regras adequadas ao seu procedimento. Tambm seria lcito dizermos: trata-se da lei sob a qual o telogo ter de entrar em cena comprometimento a conhecer e a confessar transcendendo sua condio de admirado e de abalado. O que no deve acontecer que os termos mtodoe lei sejam ligados noo de uma carga colocada sobre seus ombros, idia de disciplina existente numa priso em resumo a idia de qualquer tipo de coao de que venha sendo vtima. Trata-se do mtodo e da lei da liberdade, dentro da qual o telogo ter de pesquisar, de raciocinar e de falar. (...) Somente a obrigao de ter de usar outro mtodo, de respeitar e de cumprir outras e estranhas leis cognitivas poderia significar-lhe carga, coao, priso babilnica. Mas justamente tal orao que ele superou, supondo-se que tenha comeado a trilhar o caminho do intellectus fidei e que no o tenha intencionalmente abandonado. sobre o regulamento deste intellectus que haveremos de entender em seguida. p.52.

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