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deixa de receber algo de que precisa para sobreviver. A diferena entre eutansia voluntria e involuntria est na participao do paciente. Numa, ele coopera, tomando parte na escolha. Na outra, a ao praticada sem o seu aval ou mesmo sem o seu conhecimento. Outra classificao, que cruza fins e voluntariedade, divide a eutansia libertadora (aquela que abrevia a dor de um doente incurvel), piedosa (aplicada a pacientes terminais e em estado inconsciente) e eugnica (do tipo que os nazistas praticavam para eliminar indivduos loucos e associais). A grande e talvez mais duvidosa questo : quem tem o poder, de decidir se o indivduo pode ou no continuar vivendo?. Quando uma pessoa incapaz sendo menor de idade ou tendo doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado ela tem todas as suas questes representadas pelo seu procurador, tutor ou representante. Sendo assim o detentor da vida de quem est nesse estado pode escolher a morte desse indivduo que o representa? No legislativo o Projeto de Lei 125/1991 pretendia permitir a prtica em casos determinados, porm foi arquivado e em contra partida a este no Projeto de Lei 5058 de 2005 propunha uma lei que proibisse contundentemente a prtica definindo-a como crime hediondo este tambm arquivado Como todos os temas polmicos existentes no mundo moderno tudo depende em que momento social se vive, e em muitas vezes como a mdia nos motiva a pensar e a opinar em casos extremos. O que se deve levar em conta que a morte sendo dolorosa ou no, no pode ser definida como boa ou ruim necessria ou inevitvel. Ningum pode decidir sobre isso, at mesmo o mdico que deu o diagnstico sobre a situao do paciente pode morrer antes dele. Temos que ver o que melhor para a pessoa, e talvez e em quase todos os casos essa resposta incerta, duvidosa e sobre tudo injusta. Porque vemos casos e casos de pessoas que aps anos de coma, acordam e retomam as suas vidas ou se curam de doenas at ento sem cura, o que ocorreria se elas tivessem sofrido a eutansia? Viver um fato, e a morte chega para todos e em muitas vezes no avisa. Nos definimos em ns mesmos, e por essa razo a vida no pode ser instrumento de interesses ou realizao de objetivos coletivos, viver com dignidade e o que nos torna ser humanos.