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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SUBESPECÍE DOS AGENTES PÚBLICOS- vinculados à


Administração por relações profissionais, em razão de investidura em
cargos e funções, a título de emprego e com retribuição pecuniária.

REGIME JURÍDICO- preceitos legais sobre acessibilidade aos cargos


públicos, a investidura em cargo efetivo (por concurso público) e em
comissão, as nomeações para funções de confiança; os deveres e
direitos dos servidores; a promoção e respectivos critérios; o sistema
remuneratório (subsídios ou remuneração, envolvendo os
vencimentos, com as especificações das vantagens de ordem
pecuniária, os salários e as reposições pecuniárias); as penalidades e
sua aplicação; o processo administrativo; e a aposentadoria.

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A E.C. 19 alterou a redação original do caput art. 39 – suprimiu a
obrigatoriedade de um regime jurídico único para todos os servidores
públicos.

Assim, o regime jurídico pode ser estatutário, celetista e administrativo


geral.

CLASSIFICAÇÃO- Emenda da reforma Administrativa n. 19.

Quatro espécies: agentes políticos, servidores públicos em sentido


restrito ou estatutários, empregados públicos e os contratados por
tempo determinado.

ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇO PÚBLICO


As entidades estatais são livres para organizar seu pessoal para o
melhor atendimento dos serviços a seu cargo, mas há três regras
fundamentais: a que exige que a organização se faça por lei; a que
prevê a competência exclusiva da entidade ou Poder interessado; e a
que impõe a observância das normas constitucionais federais
pertinentes aos servidores públicos e das leis federais, de caráter
nacional.

1. Organização legal – CF è acessibilidade dos cargos empregos e


funções a todos os brasileiros que preencham os requisitos em lei,
assim como estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I).
Todo cargo público só pode ser criado e modificado por norma legal
aprovada pelo Legislativo. Todavia, o Executivo pode, por ato
próprio, extinguir cargos públicos, na forma da lei (CF,a rt. 84,
XXV), competindo-lhe, ainda, provê-los e regulamentar seu
exercício, bem como praticar todos os atos relativos aos servidores
(nomeação, demissão, remoção, promoção, punição, lotação,
concessão de férias, licença, aposentadoria etc.).

2- Conselho de política de administração e remuneração de


pessoal.
EC 19 inseriu a obrigatoriedade de a União, os Estados, o D.F e os
Municípios instituírem, no âmbito de suas Administrações,
conselhos de política de administração de remuneração de pessoal,

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integrada por servidores designados pelos respectivos Poderes.
A composição deverá ser paritária sendo recomendável que seus
integrantes tenham investidura a termo certo, para ter maior
independência na formulação da política pretendida pela norma
constitucional.

Também deverão participar integrantes do Tribunal de Contas e do


Ministério Público, uma vez que estes órgãos constitucionais
autônomos e independentes têm competência para a iniciativa de
leis a previsto de sua Administração e da remuneração de seus
membros e pessoal.

Escolas de Governo - o § 2° do art. 39 determinou à União,os


Estados e o D.F. a instituição e manutenção de escolas de governo
para formação e aperfeiçoamento dos servidores públicos,
facultada a celebração de convênios ou contatos entre os entes
federados.

Os Municípios não se encontram abrangidos pela norma, porém,


poderão instituir suas escolas.

Alguns órgãos constitucionais poderão ter escolas próprias como, a


título de exemplo, ocorre com a Magistratura, o Ministério Público, a
Advocacia Pública e os órgãos de fiscalização tributária.

3- Cargos e funções.
Cargo público é o lugar instituído na organização do serviço
público com denominação própria, atribuições e responsabilidades
específicas e estipêndios correspondente, para ser provido e
exercido por um titular, na forma estabelecida em lei.
Função é a atribuição ou o conjunto de atribuições que a
Administração confere a cada categoria profissional ou comete
individualmente a determinados servidores para a execução de
serviços eventuais, sendo comumente remunerada através de pro
labore. Diferencia-se do cargo em comissão pelo fato de não
titularizar cargo público.

CF art. 37, V - funções de confiança, só podem ser exercidas por


servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-se,

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obrigatoriamente, apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

TODO CARGO TEM FUNÇÃO, MAS PODE HAVER FUNÇÃO


SEM CARGO. As funções do cargo são definitivas; as funções
autônomas são, por índole, provisórias, dada a transitoriedade do
serviço que visam atender, como ocorre nos casos de contratação
por prazo determinado (CF, art. 37, IX). Daí porque as funções
permanentes da Administração só podem ser desempenhadas
pelos titulares de cargos efetivo, e as transitórias, por servidores
designados, admitidos ou contratados precariamente.

Cargo em comissão - é o que só admite provimento em caráter


provisório. São declarados em lei de livre nomeação (sem concurso
público) e exoneração (art. 37, II), destinando-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento (37, V). Todavia,
pela E.C., 19, o preenchimento de uma parcela dos cargos em
comissão dar-se-á unicamente por servidores de carreira, nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei (37, V).

Cargo de chefia - É o que se destina à direção de serviços. Pode


ser de carreira ou isolado, de provimento efetivo ou em comissão,
tudo dependendo da lei que o instituir.

Lotação - é o número de servidores que devem ter exercício em


cada repartição ou serviço. A lotação pode ser numérica ou básica
e nominal ou supletiva: a primeira corresponde aos cargos e
funções atribuídos às várias unidades administrativas; a segunda
importa a distribuição nominal dos servidores para cada repartição,
a fim de preencher os claros do quadro numérico. Ambas são atos
administrativos típicos e, como, tais, da competência privativa do
Executivo, no que concerne aos serviços. Por lei se instituem os
cargo e funções, por decreto se movimentam os servidores.
Na omissão da lei, entende-se amplo e discricionário o poder de
movimentação dos servidores, por ato do Executivo, no interesse
do serviço, dentro do quadro a que pertencem.

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CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS
FUNÇÕES OU EMPREGOS PÚBLICOS
Exige lei de iniciativa do Presidente da República, do Governadores
dos Estados e do D.F. e dos Prefeitos Municipais, abrangendo a
Administração Direta, autárquica e fundacional (CF., art. 48, X, c/c art.
61, 1°, II, “d” )

EC 32/2001 (art. 84, VI, “ b” ) - Ao chefe do Executivo compete


privativamente dispor sobre a extinção de funções ou cargos quando
vagos. Assim não estando vago, a extinção depende de lei, também
de iniciativa própria.

A privatividade do Executivo torna inconstitucional o projeto oriundo do


Legislativo, ainda que sancionado e promulgado pelo Chefe do
Executivo, porque as prerrogativas constitucionais são irrenunciáveis
por seus titulares.

Transformação - pela transformação extinguem-se os cargos


anteriores e se criam os novos, que serão providos por concurso ou
por simples enquadramento dos servidores já integrantes da
Administração, mediante apostila de seus títulos de nomeação. Assim,
a investidura nos novos cargos poderá ser originária (para os
estranhos ao serviço público) ou derivada (para os servidores que
forem enquadrados), desde que preencham os requisitos da lei.

Servidor estável - extinto o cargo, será ele colocado em


disponibilidade remunerada proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo (CF art. 41, 3°). Antes da
EC 19 a remuneração era integral.
No Poder Legislativo a criação, transformação ou extinção de cargos
empregos ou funções cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal, às Assembléias Legislativas e às câmaras de Vereadores
(CF, arts. 51, IV, e 52, XIII).

Os atos neste caso serão por resoluções, conforme interpretação do


art. 48, c/c os arts. 51 e 52, da CF.

Porém, a fixação ou alteração de vencimentos só pode ser efetuada


mediante lei específica, sujeita, evidentemente, a sanção (CF, art. 37,

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X). Não, porém, a fixação dos subsídios dos Deputados Federais e
Senadores, do Presidente e do Vice-Presidente e dos Ministros de
Estado, uma vez que tal matéria, por força do art. 49, VII e VIII, esta
entre aquelas de competência exclusiva do CN, para as quais não se
exige sanção, o que constitui exceção à regra introduzida pela
Reforma Administrativa, de que a fixação ou a majoração de subsídio
e vencimentos está sujeita ao princípio da reserva legal específica.

NO Poder Judiciário a criação e a extinção de cargos e a


remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem
vinculados bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos
juízes, inclusive dos tribunais inferiores, observado o disposto no art.
169 da CF dependem de lei de iniciativa privativa do STF, dos
Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça (CF, art. 96, II, “ b” ),
salvo no tocante aos subsídios do STF, cuja fixação deve obedecer o
disposto no art. 48, XV, da CF.

Tribunais de Contas - embora órgãos auxiliares do Poder Legislativo,


por serem órgãos constitucionais autônomos e independentes, têm
quadro próprio de pessoal e exercem no que couber, as atribuições
previstas no art. 96 (CF, art 73)

Ministério Público - A C.F. de 1988 estendeu-lhe a faculdade de


propor a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares.
Agora, coma EC 19 também ficou assente sua competência para
propor ao Poder Legislativo a sua política remuneratória (CF, art. 127,
2°) – já havia decisão do STF a respeito (RDA 188/255

ACESSIBILIDADE AO CARGOS/FUNÇÕES E EMPREGOS


Art. 37, I da Cf. assegura aos brasileiros natos e naturalizados, salvo
as exceções constitucionais do art. 12, 3°, o direito de acesso aos
cargo, empregos e funções públicas. Pela EC 11 de 30.4.96,
acrescentou parágrafos ao art. 207 da C.F./88, as universidades e as
instituições de pesquisa científica e tecnológica na forma da lei federal.

De acordo com a EC 19, os cargos, empregos e funções são também


acessíveis aos estrangeiros , na forma da lei, também lei federal de
natureza nacional.

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Por outro lado, o mesmo art. 37, I, condiciona a acessibilidade aos
cargos públicos, funções e empregos públicos ao preenchimento dos
requisitos estabelecidos em lei.

Mas a lei específica de caráter nacional, é vedado dispensar


condições estabelecidas em lei nacional para investidura em cargos
públicos, como p. ex., as exigidas pelas leis eleitoral e do serviço
militar, ou para o exercício de determinadas profissões (art. 22, XV).

Assim, desde que a lei genérica, de cunho nacional, condicione o


exercício de determinada atividade à habilitação profissional na forma
que prescreve, como ocorre com a Medicina e a Engenharia, não é
permitido à lei específica dispensar ou inexigir a mesma habilitação
para a investidura em cargo cuja função precípua se confunda com
aquela atividade.
Princípio da Isonomia -

Decisão do STF - as limitações impostas por lei só podem ser


admitidas quando forem razoáveis, ou seja, a razoabilidade deverá ser
aferida em razão da natureza das atribuições do cargo a preencher.

A Ec. 19 inseriu o dispositivo permitindo que a lei estabeleça requisitos


diferenciados de admissão quando a natureza ou a complexidade do
cargo exigirem (art. CF, art. 37, II).

OBRIGATORIEDADE DE CONCURSO PÚBLICO

-ressalva - cargos em comissão e empregos dessa natureza.

O concurso é o meio técnico posto à disposição da Administração


Pública para obter-se moralidade, eficiência e aperfeiçoamento dos
serviços público,e ao mesmo tempo, propiciar igual oportunidade a
todos os interessados que atendam aos requisitos da lei, fixado de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
consoante art. 37, II da CF.

Desde a Carta de 1967 para os cargos públicos efetivos e a quase


totalidade dos vitalícios os concursos públicos só podem ser de provas

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ou de provas e títulos, ficando, assim, afastada a possibilidade de
seleção com base unicamente em títulos, como ocorria na vigência da
Carta de 46, que fazia exigência para a primeira investidura em cargos
de carreira, silenciando, entretanto, quanto à modalidade do concurso
(art. 186, cf. art. 37, II, a atual CF). Tratando-se de pessoa jurídica de
Direito Privado integrante da Administração indireta admite-se que o
certame seja feito sem essa complexidade.

O concurso ai referido tem o significado de processo seletivo, na forma


dos respectivos regulamentos internos de cada empresa estatal.
Porém, deve haver competição e igualdade. Nesse sentido o STF,
Pleno, entendeu que mesmo as empresas estatais previstas no art.
173 §1° da CF estão sujeitas a processo seletivo, que há de ser
público (DJU 23.4.93). De igual entendimento o TCU (RDA 181-
182/335).

E o TRT da 13ª Região entendeu que o concurso é obrigatório mesmo


quando o aposentado vai ser novamente contratado como empregado
público (BAASP 2.154).

Como atos administrativos, devem ser realizados através de bancas


ou comissões examinadoras, regularmente constituídas com
elementos capazes e idôneos dos quadros do funcionalismo ou não, e
com recurso para órgãos superiores, visto que o regime democrático é
contrário a decisões únicas, soberanas e irrecorríveis. De qualquer
forma, caberá sempre reapreciação judicial do resultado dos
concursos, limitada ao aspecto da legalidade da constituição das
bancas, comissões examinadoras, dos critérios adotados para o
julgamento e classificação dos candidatos. Isto porque nenhuma lesão
ou ameaça a direito individual poderá ser excluída da apreciação
judicial (ar. 5°, XXXV).

E conveniente que as bancas ou comissões examinadoras, se


constituídas por servidores, o sejam somente com os efetivos, para se
assegurar a independência no julgamento e afastar as influências
estranhas. Outra cautela recomendável é a de não se colocar
examinadores de hierarquia inferior à do cargo e concurso ou que
tenham menos títulos científicos ou técnicos que os eventuais
candidatos, sem o quê ficará prejudicada a eficiência das provas.

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Os concursados remanescentes, têm prioridade sobre novos
concursados (CF,a rt. 37, IV). A reserva de percentual de cargos para
pessoas portadoras de deficiência prevista ao rt. 37, VIII, da CF., não
afasta a exigência de caráter geral relativa ao concurso público.

O primeiro colocado adquire direito subjetivo à nomeação com


preferência sobre qualquer outro, desde que a Administração se
disponha a prover o cargo ou o emprego público.

O concurso tem validade de até dois anos, contados da


homologação, prorrogável uma e, por igual período, conforme dispõe o
art. 37, III, da C.F. Tratando-se de cargo público segue-se o
provimento do cargo, através da nomeação do candidato aprovado. A
nomeação é o ato de provimento de cargo, que se completa com a
posse e o exercício.

A investidura do servidor no cargo ocorre com a posse. A posse é a


conditio juris da função pública. Por ela se conferem ao servidor ou o
agente político as prerrogativas, os direitos e os deveres do cargo ou
mandato. Sem a posse o provimento não se completa, nem pode
haver exercício. É a posse que marca o início dos direitos e deveres
funcionais, como, também, gera as restrições, impedimentos e
incompatibilidades para o desempenho de outros cargos, funções ou
mandatos.

O exercício do cargo é decorrência natural da posse. Normalmente, a


posse e o exercício são dados em momento sucessivos e por
autoridades diversas, mas casos há em que se reúnem num só,
perante a mesma autoridade. É pelo exercício que marca o momento
em que o funcionário passa a desempenhar legalmente suas funções
e adquire direito às vantagens ao cargo e à contraprestação
pecuniária devida pelo Poder Público.

Com a posse o cargo fica provido e não poderá ser ocupado por
outrem, mas o provimento se completa com a entrada em exercício do
nomeado. Se este não o faz na data prevista, a nomeação e,
conseqüentemente, a posse tornam-se ineficazes, o que, juntamente
com a vacância do cargo, deve ser declarado pela autoridade
competente. Lei 8112/90, se a posse não ocorrer no prazo legal, o ato

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de provimento será tornado sem efeito, e , se o servidor empossado
não entrar em exercício será exonerado (art.13, 6°, e 15, 2º).
O art. 13 da Lei 8.429/92, que trata do enriquecimento ilícito, a posse e
o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de
declaração de bens e valores, a fim de ser arquivada no Serviço de
Pessoal.

Desinvestidura de cargo ou emprego público


A desinvestidura de cargo pode ocorrer por demissão, exoneração ou
dispensa. A demissão é punição por falta grave. Exoneração é
desinvestidura:
a) a pedido do interessado – neste caso, desde que não esteja
sendo processado judicial ou administrativamente;
b) de ofício, livremente (ad nutum, nos cargos em comissão); e
c) motivada, nas seguintes hipóteses:
1) dos servidor não estável no conceito do art. 33 da
EC 19, para os fins previsto pelo art. 169, § 4º, II,
da CF;
2) durante o estágio probatório (CF, art. 41, § 4º); 3)
do servidor estável, por insuficiência de
desempenho (CF. art. 41, § 1º, II),ou para
observar o limite máximo de despesas com
pessoal ativo e inativo (CF. art. 169, § 4º). A
dispensa ocorre em relação ao admitido pelo
regime da CLT quando não há a justa causa por
esta prevista.

Paridade de vencimentos
No atual sistema os vencimentos pagos pelo Poder Executivo
constituem o teto para a remuneração dos servidores que exerçam
funções iguais ou assemelhadas no Legislativo e no Judiciário (CF,
art. 37, XII), Sendo assim, estes poderes, tendo em vista suas
disponibilidades orçamentárias, podem estabelecer a retribuição a
seus servidores em bases idênticas à do Executivo, ou lhes atribuir
menor remuneração, mas nunca pagar-lhes mais.

Vedação de equiparações e vinculações.

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A vedação de equiparações e vinculações de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração do pessoal dos serviços
público (CF, at.37, XIII) . Na Constituição de 1967 (art. 96) já existia.

Há vedação quando ocorre a fixação de fator que funcione como


índice de reajustamento automático, como salário mínimo ou
arrecadação orçamentária (vinculação), para fins de remuneração do
pessoal administrativo.

Equiparar significa previsão, em lei, de remuneração igual à de


determinada carreira ou cargo.

A própria Constituição e alguns casos prevê a equiparação o a


vinculação, como ocorre com os Ministros dos Tribunais de Contas
sendo equiparados aos Ministros do STJ (CF, art. 73, § 3º) e com a
vinculação entre os subsídios dos Ministros do STF com os do STJ e
demais magistrados, previstas no art. 93 , V, da CF.

Acumulação de cargos, empregos e funções públicas.


A proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e
funções, tanto na Administração direta como nas autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo
Poder Público(CF, art. 37, XVI e XVII), visa impedir que um mesmo
cidadão passe a ocupar vários lugares ou a exercer várias funções
sem que as possa desempenhar proficientemente.

As origens dessa vedação vêm desde o Decreto da Regência, de


18.6.1822, de José Bonifácio.
Acumulação sem remuneração. A doutrina entende possível e a
designação de funcionário para acumular funções de outro cargo por
falta ou impedimento de seu titular, com a faculdade de opção pela
maior remuneração, é expediente corriqueiro nas administrações.

Exceções à regra: cargo de Magistratura e do Magistério (art. 95,


parágrafo único, I); M.P. (art. 128, § 5º, II, d); a dois cargos de
Magistério (art. 37, XVI, a), a de um destes com outro técnico ou
científico (art. 27, XVI, b), e a de dois cargos ou empregos privativos
de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37,

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XVI, c, red. Da EC 34/01). Observa-se que mesmo nestes casos
aplica-se o teto remuneratório previsto o art. 37, XI da CF.
Verificar, ainda, o art. 38 da CF. quanto a mandato eletivo.

Estabilidade - é a garantia constitucional de permanência no serviço


público outorgada ao servidor que, nomeado para o cargo de
provimento efetivo, em virtude de concurso público, tenha transposto o
estágio probatório de três anos, após ser submetido a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade
(art. 41).
“Julgado- É inconstitucional lei municipal que, invadindo competência
privativa da União, assegura estabilidade a empregados da Prefeitura,
regidos pela C.L.T. (STS, RE 116.419-1-SP, DJU 24.9.93).

E.C. 19- alterações: atender o princípio da eficiência e reduzir os


gastos com o servidores públicos.

Na avaliação de desempenho é assegurada a ampla defesa (at. 41, §


1°), ou só a motivação, tratando-se de atendimento aos limites de
despesas de pessoal (at. 169), permitindo, assim, que haja um melhor
controle sobre elas.

A nomeação para o cargo de provimento efetivo é a condição


primeira para a aquisição da estabilidade.

Não há que se confundir efetividade com estabilidade, porque aquela


é uma característica da nomeação e esta é um atributo pessoal do
ocupante do cargo, adquirido após a satisfação de certas condições
de seu exercício. A efetividade é um pressuposto necessário da
estabilidade. Sem efetividade não pode ser adquirida a estabilidade.

Como segunda condição a nomeação deve ocorrer em virtude de


concurso público, sendo esta a segunda condição para a aquisição da
estabilidade. É por isso que os nomeados em comissão e os admitidos
na forma do art. 37, IX, da CF, cujos vínculos empregatícios têm
sempre um caráter provisório, jamais adquirem estabilidade.

Terceira condição é aprovação no estágio probatório de três anos.


Neste período ocorre a verificação dos requisitos estabelecidos em lei

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para aquisição da estabilidade (idoneidade moral, aptidão, disciplina,
assiduidade, dedicação, eficiência, etc.). O prazo era de dois anos
antes da EC 19. Por isso, esta norma transitória (art. 28), assegura tal
prazo aos servidores em estágio probatório na data da sua
promulgação, sem prejuízo da avaliação especial de desempenho.

Não se computa para esse período o tempo de serviço prestado em


outra entidade estatal, nem o período de exercício de função pública a
título provisório.

O arts. 95 e 128, 5°, I, “a”- manteve para os Magistrados e membros do


Ministério Público o estágio probatório de dois anos.

Quarta condição é obrigatoriedade de avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade (CF, art. 41,
§ 4°).

Comprovado durante o estágio probatório que o servidor público não


satisfaz as exigências legais da Administração ou que seu
desempenho é ineficaz, pode ser exonerado justificadamente pelos
dados colhidos no serviço, na forma legal, independentemente de
processo administrativo disciplinar, mesmo porque não se trata de
punição.

Os Tribunais têm sustentado que a exoneração na fase probatória não


é arbitrária, nem imotivada. Deve basear-se em motivos e fatos reais
apuráveis e comprováveis pelos meios administrativo consentâneos
(ficha de ponto, anotações na folha de serviço, investigações regulares
sobre a conduta e o desempenho do trabalho, etc), sem o formalismo
de um processo administrativo disciplinar.

O STF se posicionou: “Funcionário em estágio probatório não pode


ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades
legais de apuração de sua capacidade” (súmula 21). Entre essas
formalidades estão, sem dúvida, a observância do contraditório e a
oportunidade de defesa (TJSP, RT 734/929).

A lei 8112/90 (regime jurídicos dos servidores federias assegura ao


estável nomeado para o novo cargo efetivo o direito de ser

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reconduzido ao cargo anterior se exonerado por não lograr aprovação
no estágio probatório desse novo cargo. Tal garantia só pode ser
reconhecida se prevista em lei.

O estável não é inamovível. É conservado no cargo enquanto bem


servir e convier à Administração. Nisso se distingue do vitalício, que
tem direito ao exercício do cargo, enquanto existir, conservando as
vantagens respectivas, no caso de extinção.

Extinguindo-se o cargo em que se encontrava o servidor estável ou


declarada sua desnecessidade, ficará ele em disponibilidade
remunerada proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro de natureza e vencimentos compatíveis com
o que ocupava (CF art. 41, § 3°), diversamente do que ocorre com o
vitalício que não é obrigado a aceitar outro cargo, embora idêntico ao
seu que fora extinto. Se a extinção do cargo ou a declaração de
desnecessidade ocorrer no estágio probatório, poderá o estagiário ser
exonerado de oficio, uma vez que ainda não tem estabilidade (Súmula
22 do STF): “O estágio probatório não protege o funcionário contra a
extinção do cago”.

A declaração de desnecessidade decorre do juízo de conveniência e


oportunidade da Administração Pública, descabendo, assim, cuidar de
lei que discipline a matéria, na medida em que o dispositivo
constitucional é auto-aplicável.

Ao servidor estável garante, ainda, a Constituição o direito de reintegra


no mesmo cargo quando invalidada por sentença judicial a demissão,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, será reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade remunerada proporcional (CF, art. 41, § 2°).

Pela EC 19- o estável só pode perder o cargo por demissão ou por


exoneração (CF, arts. 41, § 1°e incisos,e 169, § 4°).

A demissão, como pena administrativa que é, pode ser aplicada em


qualquer fase, ao estável e ao instável, desde que o servidor cometa
infração disciplinar ou crime funcional regularmente apurado em
processo administrativo ou judicial. Não há demissão ad nutum, como

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não há exoneração disciplinar.

A exoneração do estável pode ser iniciativa do próprio servidor (a


pedido) ou por iniciativa da Administrativa Pública motivada por
insuficiência de desempenho do servidor ou para a observância do
limite de despesa com pessoal previsto no art. 169 da CF. Estas duas
foram instituídas pela EC 19.

O art. 169, § 4° a exoneração quando da redução de despesa de


pessoal prevê “desde que o ato normativo motivado de cada um do
Poderes especifique a atividade funcional , o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal”.

A título de indenização, o servidor estável exonerado em razão da


redução de despesa fará jus a indenização correspondente a um mês
de remuneração por ano de serviço (art. 169, § 5°).

Compreende o décimo terceiro salário, férias proporcionais e não


gozadas, etc. Ainda, o cargo do servidor estável e exonerado será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos (cf
art. 169, § 6°.)

Art. 33 da Ec 19 para fins do art. 169, § 3°, consideram-se servidores


não estáveis aqueles admitidos na Administração direta, autárquica e
fundacional sem concurso de provas ou de provas e títulos após o dia
5 de outubro de 1983. Tal data decorre do art. 19 do ADCT da Carta
de 1988, que declarou estáveis os servidores em exercício na data da
promulgação da Constituição há pelo menos cinco anos continuados.

O art. 169, § 7°, da CF estabelece que lei federal disporá sobre as


normas gerais a serem obedecidas na efetivação das exonerações de
servidor.

A exigência foi atendida com a edição da Lei 9.801, de 14.6.99. O seu


art. 2° determina que a exoneração deverá ser precedida de “ato
normativo motivado dos Chefes de cada um dos Poderes da União,
dos Estados, dos Municípios e do D.F.”Esse ato deverá especificar,
obrigatoriamente, o que determina o § 1° desse artigo.

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Dentre as especificações se tem “o critério geral impessoal escolhido
para a identificação dos servidores estáveis serem desligados”,a ser
fixado, necessariamente, entre o menor tempo de serviço público,
maior remuneração e menor idade, podendo qualquer um deles “ser
combinado com critério complementar do número de dependentes (cf
§§ 2° e 3°).

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Competência- Para legislar sobre previdência social, proteção de


defesa à saúde é concorrente entre a União, os Estados e o Distrito
Federal cabendo à União, nesse setor, apenas editar as normas
gerais (art, 24, XII, e § 1º)

A EC 2o estabeleceu regras de previdência diferenciadas para os


servidores titulares de cargo vitalício, de cargo efetivo, cargo em
comissão ou de outro cargo temporário e de emprego público da
União, dos Estados, do D.F. e Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações de Direito Público. Para o servidor vitalício e servidor
efetivo assegura-se o regime de previdência peculiar (art. 40, caput,
73, 3°, 93, VI, e 129, 4°), enquanto para o servidor em comissão ou
em outro cargo temporário e servidor público empregado determina a
aplicação do regime geral (art. 40, 13) de previdência social previsto
pelo art. 201 da CF, que é o regime dos trabalhadores regidos pela
CLT. Se o servidor for vitalício ou efetivo e, sem perder a titularidade
do cargo, passar a ocupar cago em comissão, cargo temporário ou
emprego público, continuarão enquadrados no regime peculiar.

Os dois regimes são de caráter contributivo e devem observar os


critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial dos benefícios
(CF, art. 40 e 201). Em qualquer caso, a lei não poderá estabelecer
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40,
§10).

Veda-se a percepção simultânea de proventos de aposentadoria,


concedidos aos titulares de cargo vitalício ou efetivo e também aos
militares com remuneração de outro cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na força da Constituição,

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os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração (art. 37,§ 10).
O teto geral é estabelecido pelo § 11 do art. 40, ao determinar a
aplicação do art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade,
inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos e empregos
públicos.

Limite ou teto individual - para os proventos e a pensão, por ocasião


de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo
servidor no cargo efetivo ou vitalício em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para concessão da pensão (at. 40,§ 2º, da
CF). Não é permitida a dupla percepção de aposentadoria e de
pensão à conta do regime peculiar previsto no art. 40 da Cf, salvo
aquelas decorrentes dos cargos acumuláveis (art. 40, § 6º).

O regime de previdência peculiar, observará no que couber os


requisitos e critérios fixados para o regime geral (art. 40, § 12).

A União os Estados, o D.F. e os Municípios poderão instituir regime de


previdência complementar para os servidores submetidos ao regime
peculiar, podendo, então, fixar o valor dos proventos e da pensão, o
limite máximo, previsto pelo regime geral (art. 40, 14, c/c art. 201, da
CF e art. 13 da EC 20). O sistema de previdência complementar que
vier a ser instituído somente poderá ser aplicado ao servidor que tiver
ingressado no serviço público até a data da publicação da lei que o
instituiu, mediante sua prévia e expressa opção (at. 40, § 16).

APOSENTADORIA

MODALIDADES: INVALIDEZ, COMPULSÓRIA, VOLUNTÁRIA,


IDADE

ANTES DA E.C. 20 – CF. 1988

Voluntária-

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Tempo Serviço - 35 anos integral = Homem – proporcional = 30
- 30 anos integral = Mulher – proporcional = 25

Professor - 30 anos = Homem e 25= Mulher em funções de


magistério

Compulsória - 70 anos = proventos proporcionais ao tempo de


contribuição

INVALIDEZ PERMANENTE = proventos proporcionais (regra)

Exceto- acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,


contagiosa ou incurável

APOSENTADORIA ESPECIAL - condições penosas, insalubres ou


perigosas.

APÓS EC. 20
Filiação após 16.12.98 -
Requisitos iniciais - 10 anos de efetivo exercício e cinco no cargo para
aposentadoria.

Tempo se contribuição - 35 = H e 30 = M e 60 id. e 55 id.


respectivamente.
Idade - 65 = H e 60 = M = proporcional

Professor = 30 anos = H e 25 = M - funções de magistério - educação


infantil e no ensino fundamental - retirou nível universitário
Aposentadoria compulsória
Aposentadoria por invalidez permanente

1. Aposentadoria integral
Segurado que contar cumulativamente:
I- 53 anos =H e 48= M
II- Tempo de contribuição no mínimo:
a) 35= h e 3 0= m

b) Período adicional (pedágio) de contribuição equivalente a no


mínimo 20% do tempo que faltava completar (35h e 30 m) até
16.12.98

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2. Aposentadoria proporcional ao tempo de contribuição
I - 53 =H e 48= M e

Revisão de proventos e pensão


A revisão é obrigatória observância por todas as entidades estatais (at.
40 § 8º) assim, sendo os valores, obedecidos os limites do art. 37, XI
da CF, serão revistos na mesma proporção e na mesma data em que
se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo
estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou
vantagens, de natureza geral, posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive decorrentes da transformação ou
reclassificação do cargo ou função em que se deu aposentadoria ou
serviu de referência para concessão da pensão, na forma da lei.

Acrescentado pela EC 20.

Julgado STF - o contido no 8º da CF é de eficácia imediata e não


depende de lei específica para sua aplicação.

Reversão e cassação da aposentadoria.

Reversão é o retorno do inativo ao serviço, em face da cessação dos


motivos que autorizaram a aposentadoria por invalidez.
Cassação da aposentadoria é penalidade assemelhada à demissão,
por acarretar a exclusão do infrator do quadro de inativos e,
conseqüentemente, a cessação do pagamento de seus proventos. Por
penalidade, deve observar a ampla defesa e do contraditório. Pode ser
anulada (ato administrativo ilegal. por ex. ilegalidade a contagem de
tempo de serviço).

Pensão por morte - a lei disporá sobre a concessão do benefício da


pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos dos servidor
falecido ou o valor dos proventos a que teria direito o servidor em
atividade na data de seu falecimento (art. 40, § 7º). Norma de eficácia
limitada.

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Contagem de tempo de contribuição

Entre os entes políticos, o tempo de contribuição será contado apenas


para efeito de aposentadoria e disponibilidade (at. 40, §9º).

è contagem recíproca de tempo de contribuição na Administração


Pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios
estabelecidos em lei (art. 20, § 9º da CF, e arts.94 a 99 da Lei
8.213/93

Julgado- STF, RDA 98/150, 108/207.


“ O tempo de serviço que exceder o necessário para aposentadoria de
servidor público pode sr computado para efeito de aposentadoria em
outro cargo, desde que não haja acumulação ilícita” (STJ, MS 174-PR,
rel. Min. Gomes de Barros, DJU 20.4;92)

Demissão de vitalícios
Servidores investidos em caráter perpétuo no cargo. Não podem ser
exonerados ex-officio e somente perdem os respectivos cargos
quando se exonerarem a pedido ou forem punidos com pena de
demissão, ficando em disponibilidade com remuneração proporcional
na hipótese de extinção (STF)

Julgado STF- súmula 11- “A vitaliciedade não impede a extinção do


cargo, ficando o funcionário em disponibilidade, com todos os
vencimentos”.

Para o vitalício o único meio é o processo judicial, geralmente o penal.


Nada impede, porém, que, através de processo judicial não
consubstanciado no crime definido em lei, constituam falta grave,
ensejadora da penalidade máxima. Na primeira hipótese a perda do
cargo é efeito da aplicação da pena principal pelo judiciário, enquanto
na segunda a Justiça faculta à Administração a aplicação da pena
demissionária, reconhecendo a materialidade e a autoria do fato.

Tanto o vitalício como o estável pode ocorrer, ainda, a perda da


função pública como pena resultante da condenação judicial civil por

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improbidade administrativa nos termos do art. 12, I, II e II, da Lei
8.429/92, que só será efetivada com o trânsito em julgado da sentença
condenatória, como determina o seu art. 20.

Reintegração, recondução, reversão, readmissão e


aproveitamento

Reintegração - é retorno ao mesmo cargo de que fora demitido, com


pagamento integral dos vencimentos e vantagens do tempo em que
esteve afastado, uma vez reconhecida a ilegalidade da demissão em
decisão judicial ou administrativa. Acarreta necessariamente, a
restauração de todos os direitos de que foi privado o servidor .

Recondução - o servidor estável retorna ao cargo anteriormente


ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo
a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante (at. 29 L.
8112/90)

Reversão - ocorre o retorno à atividade do aposentado por invalidez


quanto junta médica oficial declarar insubsistente os seus motivos, ou
no interesse da Administração, no caso de aposentadoria voluntária,
desde que atendidas as seguintes condições: solicitação do inativo
(estável quando na atividade), haja cargo vago e a aposentadoria
tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação. Nas duas
espécies o retorno dar-se-á no mesmo cargo ou ao cargo resultante
de sua transformação, ou simplesmente ao serviço, como excedente
(na terminologia da lei), se o antigo cargo estiver provido. Em ambas
às hipóteses perceberá, em substituição aos proventos de
aposentadoria, a remuneração que voltar a exercer (cf. art.25 da lei
8.112/90)

Aproveitamento - é retorno obrigatório à atividade do servidor em


disponibilidade, em cargo de atribuições e remuneração compatíveis

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com o ocupado anteriormente (art. 30 da Lei 8112/90)

Readmissão - quando a terminologia é utilizada por alguns Estados e


Municípios no lugar da reintegração. Na verdade o termo que deveria
ser utilizado é a reintegração. De outro modo não poderá ocorrer à
antiga readmissão (sem concurso).

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

• REGIME JURÍDICO ESTATUTÁRIO

• O QUE É MESMO REGIME JURÍDICO ?

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Regime jurídico dos servidores públicos é o conjunto de
princípios e regras referentes a direitos, deveres e demais
normas que regem a sua vida funcional. A lei que reúne estas regas
é denominada de Estatuto e o regime jurídico passa a ser chamado
de regime jurídico Estatutário.

No âmbito de cada pessoa política - União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios - há um Estatuto. A lei 8.112/90, de
11/12/1990, com suas alterações, é o regime jurídico Estatutário
aplicável aos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e
fundações públicas federais, ocupantes de cargos públicos.

• O REGIME JURÍDICO É ÚNICO ?

Era, não é mais. Como já vimos, o Regime Jurídico Único


existiu até o advento da Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98.
A partir de então é possível admitir-se pessoal ocupante de emprego
público, regido pela CLT, na Administração federal direta, nas
autarquias e nas fundações públicas; por isto é que o regime não é
mais um só, ou seja, não é mais único.

No âmbito federal a Lei nº 9.962, de 22.02.2000, disciplina o


regime de emprego público do pessoal da Administração federal
direta, autárquica e fundacional, dispondo que :

• O pessoal admitido para emprego público terá sua relação


de trabalho regida pela CLT (art. 1º, caput);

• Leis específicas disporão sobre a criação de empregos,


bem como sobre a transformação dos atuais cargos em
empregos (§1º);

• Vedou submeter ao regime de emprego público os cargos


públicos de provimento em comissão, bem como os
servidores regidos pela lei 8.112/90, às datas das
respectivas publicações de tais leis específicas (§2º).

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• REGIME ESTATUTÁRIO – é o conjunto de regras (estatuto) que
regulam a relação jurídica entre o servidor público ocupante de
cargo público – cargo público efetivo e cargo público em
comissão - e o Estado. As regras estatutárias estão contidas
em lei de cada pessoa federativa, respeitada, obviamente, os
princípios e as regras estabelecidas pela Constituição. Assim a
primeira característica é que há um estatuto para o servidor da
União, de cada Estado, do Distrito Federal e de cada Município.
A segunda característica é que a relação estatutária tem
natureza legal, institucional, não contratual e de direito
público. O servidor estatutário não assina um contrato de trabalho.
Na União o estatuto está contido na lei nº 8.112/90, no estado de
Pernambuco na lei 6.123/68 e alterações posteriores.

• REGIME TRABALHISTA – é o conjunto de regras que regulam


a relação jurídica dos ocupantes de emprego público (na
empresa pública, na sociedade de economia mista e nas
fundações de Direito Privado instituídas pelo Poder Público), é o
mesmo aplicável às relações entre empregados e empregadores
das empresas privadas. Encontra-se na Consolidação das leis
do Trabalho-CLT. O regime trabalhista, em oposição ao que
foi dito sobre o regime estatutário, é o mesmo para os
empregados públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. A outra característica é que a
relação jurídica tem natureza contratual, o empregado público
assina um contrato de trabalho nos mesmos moldes adotados
para as empresas privadas. É claro que na relação incidem
normas constitucionais como a de ingresso por concurso e a
proibição de acumular empregos e cargos públicos.

• REGIME ESPECIAL – é o conjunto de regras que regulam a


relação jurídica entre os contratados por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público. A CF/88 reza no art. 37, IX : “ a lei
estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público”. Assim a contratação
independe da realização de concurso público. Resta claro

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que a natureza é contratual, entretanto, a lei, que será de cada
pessoa federativa, poderá incluir normas especiais, que mais se
aproximem do regime estatutário. As principais características
deste regime estão no comando constitucional : tempo
determinado; necessidade temporária, excepcionalidade do
interesse público. Claro está que se as contratações se derem
por prazo indeterminado, para o exercício de funções
permanentes e visarem situações comuns estará sendo burlada
a Constituição no que concerne ao concurso público. Na União
a lei 8.745 de 9.12.93, estabeleceu os casos excepcionais :
recenseamentos, calamidade pública e surtos endêmicos, entre
outros.

• SERVIDOR PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

• ACESSO AOS CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS

Os cargos, empregos públicos e funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei
(art. 37, I, da CF/88).

• EXIGIBILIDADE DO CONCURSO PÚBLICO

A investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração (CF,art. 37, II).

Cargos em comissão são aqueles de ocupação transitória, seus


titulares são nomeados em função da relação de confiança que existe
entre eles e a autoridade que nomeia.

A CF/88, art. 37, V, dispõe que :

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"As funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;

RESUMINDO :

• Funções de confiança : (serão exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo).
• Cargos em comissão : (a lei definirá o percentual que será
preenchido por servidor de carreira).
• Tantos as funções de confiança quanto os cargos em comissão
destinam-se apenas as atribuições de direção, chefia ou
assessoramento.

Há ainda cargos vitalícios, nos casos expressamente previstos


na Constituição. Só haverá perda do cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado. Há cargos vitalícios cujo ingresso se
dá através de concurso público a exemplo de juízes, membros do
ministério público (promotores e procuradores). Em outros a
investidura se dá sem a necessidade de concurso público a exemplo
dos membros dos Tribunais do Poder Judiciário e dos Tribunais de
Contas.

• PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO E SUA


PRORROGAÇÃO

A Constituição prevê no art. 37, III e IV, que o prazo de validade


previsto no edital de convocação do concurso será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período, durante o qual
aquele aprovado será convocado com prioridade sobre novos
concursados, para assumir cargo ou emprego.

• PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA

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"A lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão" (CF/88, art. 37, VIII).

• CONTRATAÇÃO EXCEPCIONAL SEM CONCURSO

Além do caso dos cargos em comissão, a Constituição prevê em


seu art. 37, IX, expressamente outra hipótese em que a contratação
independe da realização de concurso : a lei estabelecerá os casos de
contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público. Vê-se logo que
determinadas situações excepcionais a serem previstas em lei, por
exemplo, calamidade pública, combate a surtos epidêmicos, são
incompatíveis com a realização de concurso público.

• PROIBIÇÃO DE ACUMULAR CARGOS E EMPREGOS

A Constituição no art. 37, XVI, estipula que é vedada a


acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários :

a) dois cargos de professor;


b) um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) dois cargos privativos de médico.

A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas direta ou
indiretamente pelo poder público (CF, art. 37, XVII). É importante
acrescentar que esta proibição alcança órgãos e entidades da
Administração Direta e Indireta, das diversas áreas do governo
federal, estadual, distrital federal, e municipal.

Do que foi exposto, resta claro que é permitido acumular um


cargo público com emprego no setor privado.

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• EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO

Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições :

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital,


ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade
de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso
anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício
de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse.

A regra geral é o afastamento do servidor para o exercício do


mandato eletivo sem percepção de remuneração. Esta regra geral
se aplica aos mandatos eletivos federais, estaduais e do distrito
federal.

A exceção se aplica aos mandatos eletivos municipais quais


sejam Prefeito e Vereador. No primeiro caso o servidor ficará
afastado do cargo emprego ou função, mas ser-lhe-á permitido
optar pela remuneração que lhe for mais favorável. Para o cargo
de Vereador, havendo compatibilidade de horários, não precisará se
afastar do cargo emprego ou função e também poderá perceber
as duas remunerações. Se não houver compatibilidade de
horários será obrigado a afastar-se do cargo, mas ser-lhe- á
permitido optar pela remuneração que lhe parecer mais favorável.

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Esse tempo de afastamento será contado para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

• DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS SERVIDORES

• É garantido direito à Livre associação sindical (art. 37, VI);

• O direito de greve, será exercido nos termos e limites de lei


específica (art. 37, VII). Ë importante salientar que esta norma é
de eficácia limitada, o que significa que, enquanto não for
editada a lei prevista, não será permitida a greve;

• Percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas


portadoras de deficiência a ser estabelecido em lei (art. 37,
VIII);
Além destes a Constituição, art. 39, § 3º, aplica aos servidores
ocupantes de cargo público efetivo alguns direitos sociais constantes
do artigo 7º, próprios do regime trabalhista. Vejamos :

• Salário mínimo (IV);


• garantia de salário nunca inferior ao mínimo aos que percebem
remuneração variável (VII);
• décimo terceiro salário (VIII);
• remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (IX);
• salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de
baixa renda, nos termos da lei (XII);
• duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44
semanais (XIII);
• repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos
(XV);
• remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo,
em cinqüenta por cento a do normal (XVI);
• gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço
a mais do que o salário normal (XVII);
• licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias (XVIII);
• licença-paternidade nos termos fixados em lei (XIX);

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• proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei (XX);
• redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas
de saúde, higiene e segurança (XXII);
• proibição de diferença de salários, de exercícios de funções e
de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil (XXX).

• REMUNERAÇÃO

As normas constitucionais relativas a remuneração dos


servidores foram bastante alteradas em razão das emendas nº 19, de
04.06.98 e nº 20, de 15.12.98. A principal mudança talvez seja a
que introduziu a modalidade de remuneração através de subsídio.

Para os que não forem remunerados por subsídios permanece o


regime normal de remuneração. Importante registrar que, sejam ou
não remunerados por subsídio, há exigência da fixação da
remuneração através de lei.

Subsídio é a nomenclatura adotada para a remuneração de


determinados cargos. Sua principal característica é a de ser fixado
por lei em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória. Tal providência visa dar maior
transparência e facilitar o controle social.

Vejamos quais os cargos para os quais a Constituição prevê


sejam remunerados por subsídio :

1- Os agentes políticos :

• Executivo :Presidente e Vice da República, Governador e Vice


dos Estados, Prefeito e Vice dos Municípios;
• Legislativo : Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Vereadores;
• Ministros de Estado, Secretários Estaduais, Secretários
Municipais.

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Fonte : art. 39, § 4º.

2 – Servidores expressamente determinados :

• Ministros do STF, dos Tribunais e demais magistrados do Poder


Judiciário;
• Membros do Ministério Público;
• Ministros do TCU e Conselheiros dos Tribunais de Contas dos
Estados;
• Servidores da Carreira da Advocacia Geral da União,
Defensoria Pública e os Procuradores dos Estados e Distrito
Federal;
• Policiais civis federais e estaduais.
Fonte : 93, V; 128, § 5º, I," c"; 73, § 4º c/c 75; 135; 144, § 9º.

3 – A remuneração dos servidores públicos organizados em


carreira, poderá ser fixada na modalidade de subsídios (art. 39,
8º). Atenção ao fato de que, neste último caso, não é obrigatória a
aplicação do subsídio.

• LIMITE DE REMUNERAÇÃO

A emenda nº 19/98, deu nova redação ao art. 37, XI e introduziu


o chamado teto remuneratório ( tetão ) , eis o seu teor :

A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos funções


e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Resumo sobre limite de remuneração :

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• Qual o teto remuneratório ? é o valor do subsídio mensal dos
Ministros do STF (37, XI);

• Como será fixado o valor do limite ? será fixado por lei de


iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (art.
48, XV);.

• Quem está submetido ao limite ? - todos quanto percebam


dos cofres públicos r sob a modalidade remuneração ou na
modalidade de subsídio, na administração direta, autarquias,
fundações (art. 37, XI). Além destas, o teto aplica-se também as
empresas públicas e sociedades de economia mista e suas
subsidiárias que receberem recursos da União, Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral (art. 37, §9º).

• Quem não está submetido ao teto ? apenas os ocupantes de


empregos nas empresas públicas, sociedades de economia
mista e suas subsidiárias, desde que estas entidades, se auto-
mantenham, ou mais especificamente, não recebam recursos
para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral (art. 37, §9º).

• ESTABILIDADE

São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
de concurso público (art. 41, caput). Como condição para a
aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para finalidade (art. 41,§ 4º).
Assim, nunca é demais reforçar que o prazo, que era de 2 anos,
após a EC n. 19/98, passou a ser de 3 anos. E mais, apenas os
titulares de cargo público efetivo (servidores estatutários) é que
adquirem estabilidade.

Não têm direito a estabilidade :

• os que ocupam cargos em comissão,

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• os contratados por período determinado,
• ocupantes de emprego público, estes últimos apesar de
ingressem por concurso público.
• PERDA DO CARGO PELO SERVIDOR ESTÁVEL

O servidor público estável só perderá o cargo por :

• sentença judicial transitada em julgado (art. 41, §1º, I);


• processo administrativo, em que lhe seja assegurado ampla
defesa (art. 41, §1º, II);
• insuficiência de desempenho - comprovada mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (art. 41,
§ 1º, hipótese acrescida pela EC 19);
• excesso de despesas - se não for cumprido o limite de
despesas com pessoal - 50% no caso da União e 60% no
caso de Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 169, §
4º,hipótese acrescidao pela EC 19), Nesta hipótese o
servidor fará jus a indenização correspondente a um mês
de remuneração por ano de serviço (§5º). Desde que
adotadas as seguintes providências :

• redução de pelo menos 20% das despesas


com cargos em comissão e funções de confiança;
• exoneração dos servidores não estáveis,
aqueles admitidos na administração direta,
autárquica e fundacional sem concurso público
após o dia 05/10/1983 (art. 33, da EC 19).

As leis estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda


do cargo pelo servidor estável que, em decorrência das atribuições de
seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado (CF,
art. 247, artigo acrescentado pela EC 19)

O cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a


criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de 4 anos (art. 166, § 6º).

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• DECORRÊNCIA DA ESTABILIDADE : REINTEGRAÇÃO-
DISPONIBILIDADE-APROVEITAMENTO

• REINTEGRAÇÃO

Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço (art. 41, §2º).

• DISPONIBILIDADE

Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional
ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo (art. 41, § 3º).

• PREVIDÊNCIA SOCIAL

São dois os regimes de previdência previstos na Constituição


com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº 20/98
(emenda da reforma da previdência). São eles o Regime de
Previdência do ocupante de cargo público efetivo (conhecido como
regime próprio de previdência)e o Regime Geral de Previdência
Social – RGPS.

O primeiro regime aplica-se aos servidores titulares de


cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações - servidores
estatutários - encontra-se previsto no capítulo da Administração
Pública, art. 40, caput., O regime de previdência tem caráter
contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial. Aplica-se também aos militares dos Estados
e do Distrito Federal - membros das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares. As normas gerais deste regime foram
regulamentaddas através da lei nº 9.717, de 27.11.98.

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O segundo apresenta-se no título da ordem social, capítulo da
previdência social, arts. 201,denominado Regime Geral da
Previdência Social aplicável aos trabalhadores em geral pertencentes
a iniciativa privada. Por expressa disposicão constitucional, art. 40, §
13, este regime aplica-se também ao servidor ocupante
exclusivamente de cargo em comissão, os casos de contratação
temporária por tempo determinado e ao ocupante de emprego
público (servidor da empresa pública, sociedade de economia mista e
fundações de direito privado instituídas pelo poder público). Esta
modalidade está disciplinada nas leis 8. 212 e 8.213 de 24-7-91.

• APOSENTADORIA

Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações é assegurada aposentadoria. As hipóteses
são :

• Invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao


tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificadas em lei, nestes casos os proventos serão
integrais;

• Compulsoriamente - (obrigatoriamente) aos 70 (setenta) anos de


idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

• Voluntariamente, por vontade do servidor :

• Com proventos integrais quando reunidas simultanemente as


seguintes condições :

a) 10 anos de efetivo exercício no serviço público;


b) 5 anos no cargo efetivo
c) idade : homem : 60 anos de idade; mulher : 55 anos de
idade
d) tempo de contribuição : homem 35 anos de contribuição;
mulher 30 anos de contribuição

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• Com proventos proporcionais ao tempo de contribuição quando
reunidas as seguintes condições ;

a) 10 anos de efetivo exercício no serviço público;


b) 5 anos no cargo efetivo
a) idade : homem : 65 anos de idade; mulher : 60 anos de
idade

• APOSENTADORIA DO PROFESSOR

A Constituição no art. 40, § 5º, assegurou aposentadoria especial


ao professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental e médio terá os requisitos de idade e tempo
reduzidos em 5 (cinco) anos para aposentadoria voluntária com
proventos integrais, ou seja :

a) 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público


b) 5 (cinco) anos no cargo efetivo
c) idade : homem : 55 anos de idade; mulher : 50 anos de
idade
d) tempo de contribuição : homem 30 anos de contribuição;
mulher 25 anos
Observação : a norma constitucional da aposentadoria especial
não se aplica ao professor do ensino superior.

• VALOR DOS PROVENTOS

Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião da


sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão (art. 40, §2º).

• VEDAÇÃO DA ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS COM


REMUNERAÇÃO

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É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública, ressalvados os cargos acumulavéis na forma desta
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, §10).

________________________________________________________
__________________________

QUESTÕES

QUESTÕES - O SERVIDOR PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO DE


1988

01 - (AGU/96). Assinale a assertiva correta

a) A exigência de concurso público para a investidura em cargo público


exclui a possibilidade de que a Administração se utilize do instituto
da ascensão funcional.

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b) Os cargos públicos são acessíveis apenas aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei.
c) A Constituição assegura ao servidor público civil o direito de livre
associação sindical e irrestrito direito de greve.
d) A proibição de acumular cargos é restrita aos servidores da
administração direta.

02 - (TFC/93). Assinale a opção correta:

a) prazo de validade do concurso público será de quatro anos,


prorrogável uma vez, por igual período.
b) É garantido ao servidor público militar o direito à livre associação
sindical.
c) Admite-se a acumulação de dois cargos privativos de médico na
administração direta, quando houver compatibilidade de horários.
d) É vedada a acumulação de um cargo de professor com outro
técnico ou científico, mesmo que compatíveis os horários, se um
deles for empresa pública com sociedade de economia mista.

03 - (TTN/97). Assinale a assertiva correta.

a) A Constituição Federal não proíbe a realização de concurso de


ascensão funcional.
b) A lei pode estabelecer, em qualquer hipótese, limite de idade para
admissão no serviço público.
c) É eficaz a criação de cargo público independentemente da
existência de previsão orçamentária.
d) Em caso de dano contra terceiros, o funcionário público há de
responder civilmente, independentemente da configuração de
culpa ou dolo.
e) É vedada a acumulação de proventos da aposentadoria como os
vencimentos de cargo efetivo obtido mediante concurso público,
salvo nas hipóteses, expressamente autorizadas na Constituição.

04 - (AFTN – mar/94). Quanto a disciplina constitucional de cargos


públicos é correto dizer:

a) os cargos públicos de provimento efetivo bem como os vitalícios


somente podem ser providos de concurso público de provas e de
provas e títulos, em qualquer hipótese

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b) a Constituição não admite distinção entre brasileiros natos e
naturalizados para a ocupação de cargos públicos quaisquer
c) servidor público federal da administração direta pode acumular um
cargo técnico com outro cargo da mesma natureza em empresa
pública, desde que haja compatibilidade de horário
d) servidor deve afastar-se de seu cargo, para o exercício de mandato
eletivo estadual, período que não será contado para promoção por
merecimento
e) estrangeiro não pode, em qualquer hipótese, ocupar cargo público

05 - (Analista Judiciário TRT/ES/1999 - FCC) Os cargos em


comissão e as funções de confiança serão exercidos, na forma da
Constituição (adaptada),

(A) preferencialmente, por servidores da Administração Direta; se


se tratar de estranhos ao serviço público, deve ser respeitado o
percentual destinado a pessoas portadoras de deficiência.
(B) sempre, por servidores ocupantes de cargos de carreira técnica
ou profissional.
(C) por servidores ou não, defesa a admissão por prazo inferior a
dois anos.
(D) por servidores ou não, inaplicáveis, neste último caso, as
normas relativas à vedação de acumulação de cargos.
(E) As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargos efetivos; os cargos em
comissão por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei .
06 - (AFTN – set/94). Assinale a assertiva correta.

a) Investido no mandato de Vereador, o servidor público será afastado


do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
b) Havendo compatibilidade de horário, o servidor público federal,
estadual, distrital ou municipal perceberá as vantagens do seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo.
c) tempo de serviço do servidor público afastado para o exercício do
mandato eletivo será contado para todos os efeitos legais, exceto

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para promoção por merecimento.
d) servidor público federal, estadual ou distrital, no exercício do
mandato eletivo, ficará afastado do seu cargo, emprego ou função,
computando-se o tempo de serviço para todos os efeitos legais,
inclusive para promoção por merecimento.
e) servidor público federal, estadual, distrital ou municipal, no exercício
do mandato eletivo, ficará afastado do seu cargo emprego ou
função.

07 - (PFN/98) São direitos trabalhistas estendidos aos servidores


públicos, exceto ;

a) repouso semanal remunerado


b) férias anuais remuneradas com acréscimo de 1/3
c) remuneração do serviço extraordinário superior no mínimo em 50%
à do normal
d) fundo de garantia por tempo de serviço
e) licença à gestante

08 - (Assistente Jurídico - AGU/99) Quanto ao instituto da


disponibilidade não é correto afirmar (adaptada) :

a) só se aplica ao servidor estável


b) o aproveitamento do servidor em disponibilidade pode-se dar em
outro cargo público
c) a remuneração do servidor em disponibilidade é proporcional ao
tempo de serviço
d) o tempo de disponibilidade não é computado para fins de
aposentadoria
e) a desnecessidade do cargo pode ser revertida, com a volta à
atividade do servidor em disponibilidade

09- (AFRF-2000) Em relação ao regime constitucional dos servidores


públicos, é correto afirmar:

a) Os cargos de provimento em comissão são privativos dos servidores de


carreira
b) É vedado o direito de greve aos servidores públicos
c) Os casos de contratação por tempo determinado são destinados,
exclusivamente, ao atendimento de necessidade temporária de

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excepcional interesse público
d) a admissão de pessoas portadoras de deficiência, para cargos efetivos,
independe de concurso público
e) é permitida a vinculação para o efeito de remuneração no serviço público

10 - (AFRF-2000) Serão obrigatoriamente remunerados por meio de


subsídio, fixado em parcela única, exceto:

a) o detentor de mandato eletivo


b) os Ministros de Estado
c) os Secretários Estaduais e Municipais
d) o membro de Poder
e) o servidor público organizado em carreira

11- (AFRF-2000) Em relação à aposentadoria do servidor não é


correto afirmar:

a) Para a aposentadoria voluntária é exigida a comprovação de ter o


servidor cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos na carreira em que se dará a aposentadoria
b) Os proventos de aposentadoria, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo
em que se deu a aposentadoria
c) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, aplica-se o regime geral de
previdência social
d) Os requisitos de idade e de tempo de contribuição necessários para a
aposentadoria serão reduzidos para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério no
ensino fundamental e médio
e) a aposentaria compulsória, por implemento de idade, ocorre aos setenta
anos, seja homem ou mulher o servidor

12- (AFC–SFC/2000)O regime jurídico típico da Administração

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Pública, denominado estatutário, caracteriza-se por ser:

a) de direito público, de natureza legal e unilateral


b) De direito público, de natureza contratual e bilateral
c) De direito privado, de natureza contratual e bilateral
d) De direito público, de natureza legal e bilateral
e) De direito privado, de natureza legal e unilateral

GABARITO – O SERVIDOR PÚBLICO NA CONSTITUIÇAO DE 1988

Nº LETRA FUNDAMENTAÇÃO

01 - A CF, art. 37,II e Jurisprudência


02 - C CF, art. 37,XVI
03 - E CF, art.37,§ 10
04 - D CF, art.38,I,IV
05 - E CF, art. 37, V
06 - C CF, art.38,IV
07 - D
08– D
09 - C
10 - E
11– A
12 - A

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