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Nada é tão estranho quanto a morte.

Nos sentimos mal sempre que alguém morre, e


o motivo é um só, não fomos criados para a morte. Quando Deus criou o homem e
o pós no jardim, não havia morte. Mas pecamos, todos pecamos, e então surgiu a
morte. E há coisas bem piores que a morte.... O estar eternamente longe de Deus. A
ponto, de se sentir tão sozinho, tão vazio, tão triste, que chegamos a preferir a
morte do que viver.
E quem não tiver sido à isso tentado que atire a primeira pedra.
Não conhecemos o real significado da vida, nem reconhecemos sua preciosidade,
até que, nossa própria vida corra risco, ou alguém muito próximo de nós,
simplesmente, deixe de existir...
Ah... isso nos faz pensar, pensar e refletir... Naqueles momentos de dor, onde a
perda nos apavora, vemos o quanto somos frágeis, como é breve nosso tempo, e
como, descuidados, desperdiçamos esse precioso dom da vida.
Perdi um amigo querido, um amigo que tive poucos momentos juntos, uma
convivência de bons momentos espaçados. De longe, ou em breves encontros, tinha
a possibilidade de acompanhar o andamento da sua vida... Certa feita soube, por
outro amigo, que esse amigo havia se aborrecido e aparentemente , abandonado os
caminhos de Deus.
Tudo o que eu disse, foi que eu o procuraria, falaria com ele, tentaria entender
porque. Não queria julgar, ou corrigir, ou se quer aconselhar, só queria ajudar meu
amigo confuso e sozinho a se encontrar...
Mas o tempo passou, faculdade, namoro, trabalho, problemas, falta de tempo, de
dinheiro, de coragem... só não me faltou desculpas para adiar a visita, ou
para um telefonema, ou um simples email... Vivia em um constante “Depois
eu faço isso, depois eu escrevo, outro dia eu ligo, outra hora vou lá”. Mas o
tempo devora-nos.... E, se esperamos e admiramos nossos castelos de
Areia, o tempo, esse, não para. Essa semana, fui surpreendido com a morte
desse meu amigo.
E que amigo eu fui....
Nada fiz, nem falei, nem ajudei, nem
se quer me preocupei em ir atrás...
Sei que um dia ele se entregou a
Cristo, e por isso, creio que salvo
está. Ainda que tenha andado
perdido, confuso, ou a beira do
caminho...
O que me machuca, o que me faz
chorar, não é não mais ver seu
sorriso, ou com ele conversar... E
não ter sido amigo quando ele
precisou. Não que eu pudesse mudar
algo, provavelmente não. Mas ao
menos, a culpa de não ter feito nada,
não me consumiria, nem me faria
sentir-me tão mal...

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