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Câmeras digitais
Câmeras digitais produzem fotos sem utilizar filmes. As imagens captadas são
armazenadas na sua memória, podendo ser posteriormente transferidas para
um computador. Uma vez sendo recebidas pelo computador, na forma de
arquivos gráficos, as imagens podem ser processadas, gravadas em meios de
armazenamento permanente e impressas.
Figura 31.1
Uma câmera digital.
Figura 31.2
CCD de uma câmera digital.
Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-3
Não apenas as câmeras digitais usam CCD. Podemos encontrar este
componente em outros dispositivos que captam imagens, como câmeras de
vídeo e scanners.
Figura 31.3
Câmera que armazena fotos em disquetes.
Existem ainda modelos que possuem uma saída de vídeo NTSC, e desta
forma, podemos visualizar as fotos armazenadas na câmera com o auxílio de
uma TV, desde que possua entrada para vídeo composto NTSC.
Figura 31.5
Uma impressora para câmera digital.
Resolução
Esta é a mais importante característica de uma câmera digital, e está
diretamente relacionada com o seu CCD (ou seja, o seu sensor ótico). As
primeiras câmeras digitais utilizavam CCDs idênticos aos de câmeras
filmadoras VHS, limitados a baixas resoluções, inferiores a 640x480. Hoje
encontramos facilmente modelos com resoluções chegando na faixa de
2000x1500.
Número de cores
Aqui está um item também bastante importante. As primeiras câmeras
digitais geravam fotos em preto e branco. Os arquivos gráficos apresentavam
256 tonalidades de cinza. Com a proliferação de aplicações que exigem cor,
as câmeras digitais em preto e branco caíram em desuso. Os modelos atuais
produzem fotos com 24 bits, chegando a 16 milhões de cores (True Color).
Compressão de imagem
Imagens em alta resolução ocupam muito espaço na memória. Uma foto
com resolução de 640x480 e 16 milhões de cores ocupa quase 1 MB. Desta
forma, a memória da câmera poderia armazenar uma reduzida quantidade
de fotos, e o tempo de transmissão para o PC seria extremamente longo.
Para evitar esses problemas, as câmeras digitais usam o método de
compressão JPEG para armazenar suas imagens. Dependendo da quantidade
de detalhes, uma foto de 640x480 pode ser armazenada ocupando entre 50
kB e 100 kB. Mesmo usando a compressão JPEG, as imagens resultantes
possuem uma qualidade muito boa para a visualização na tela, e bastante
31-6 Hardware Total
satisfatória para a impressão em papel. Digamos que a imagem captada pelo
CCD perde um pouco (bem pouco mesmo) da sua qualidade, para que
assim possa ocupar um espaço de memória de 10 a 20 vezes menor.
Baterias
Muitos modelos utilizam pilhas comuns, de preferência alcalinas, alguns
usam baterias próprias, do tipo recarregável e outros oferecem um adaptador
DC (em alguns casos é opcional, podendo ser adquirido separadamente),
através do qual podem funcionar, mesmo sem pilhas, ou então realizar o
carregamento de suas baterias. Existem ainda modelos que usam uma ou
mais baterias de lítio com tensão de 3 volts, adquirida com facilidade nas
lojas de material fotográfico. São as mesmas baterias usadas em muitas
câmeras convencionais.
Zoom
O zoom é uma operação ótica muito útil nas câmeras convencionais, e
possui utilidade idêntica nos modelos digitais. É usado para fazer fotos de
objetivos localizados a grandes distâncias. Considere o zoom como uma
característica altamente desejável em uma câmera digital, mesmo que para
isto seja preciso pagar um preço um pouco maior. A maioria dos modelos
atuais possui zoom, exceto no caso dos modelos mais baratos.
Flash
A maioria das câmeras digitais possuem um flash, permitindo a realização de
fotos em locais onde a luminosidade é precária. Em geral o flash pode ser
programado de três formas: desativado, ativado e automático. Ao ser desati-
vado, não acenderá, mesmo que a luminosidade seja pequena. Ao ficar
ativado, acenderá sempre a cada foto, mesmo que a luminosidade do
ambiente seja boa. Em modo automático, o flash acenderá apenas quando o
ambiente tiver pouca luminosidade, e ficará apagado em ambientes muito
claros.
Foco
Para que a imagem seja projetada corretamente sobre o CCD, é preciso que
seja focalizada. As câmeras mais simples possuem foco “no infinito”. Isto
31-8 Hardware Total
significa que não importa a que distância está o objetivo a ser fotografado,
sua imagem sempre estará focalizada sobre o CCD. Devido a imperfeições
do sistema ótico, existe uma distância mínima a partir do qual a focalização é
feita. Câmeras mais simples podem requerer uma distância mínima de 50 cm
a 1 metro. Não seria portanto possível usar essas câmeras para fotografar
diretamente pequenos objetos localizados a curtas distâncias. Para isto será
preciso acoplar lentes adicionais.
Viewfinder
Todas as câmeras possuem um visor para o enquadramento do objeto a ser
fotografado (viewfinder). Assim como na maioria das câmeras convencionais,
muitas câmeras digitais possuem um viewfinder completamente ótico,
composto de lentes. A maioria das câmeras digitais modernas possuem, ao
invés de lentes, um viewfinder formado por um pequeno display colorido de
cristal líquido. A imagem é visualizada neste display exatamente da mesma
forma como é recebida pelo CCD. Desta forma é possível fazer um
enquadramento muito mais preciso.
Timer
O Timer é um recurso que permite tirar uma foto depois de alguns segundos
que o botão é apertado. Assim o seu operador pode tirar uma foto de si
próprio. Se você quiser tirar uma foto sua junto com uma pessoa que o
acompanha, focalize primeiro a pessoa, coloque a câmera sobre uma base
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fixa (uma mesa, por exemplo), ligue o timer e corra para o lado da pessoa.
Fique parado por alguns segundos até que a câmera tire a foto sozinha.
Especificações técnicas
A sua resolução é de 832x608. Pode operar em modo Color, gerando cores
de 24 bits, totalizando mais de 16 milhões de cores, ou ainda em modo
monocromático, com 8 bits, totalizando 256 tonalidades de cinza.
Sua memória flash interna de 1 MB não é tão generosa no que diz respeito
ao número de fotos que podem ser armazenadas, quando levamos em conta
as altas resoluções. Uma média de 5 fotos podem ser armazenadas na
resolução de 832x608, usando a qualidade “Fine”. Quanto à qualidade da
imagem, pode ser Fine, Normal ou Economy. A diferença entre as três é o
grau de compressão que é utilizado. Existe um nível de qualidade ainda
melhor, o CCD RAW, no qual as imagens são armazenadas sem compres-
são, exatamente da forma como são recebidas pelo CCD. A qualidade é
excepcional, mas cada foto ocupa cerca de 1,7 MB. Para usá-lo é preciso
instalar uma expansão de memória de 4 MB (Flash Card) ou de 170 MB
(HD Card). Já o modo Fine resulta em fotos com cerca de 150 kB. São
bastante compactadas e quase tão boas como as do modo CCD RAW.
Características
A figura 6 mostra a Canon PowerShot 600 e seus acessórios. A estação
(Camera Station) possui um conector tipo Centronics, idêntico ao de uma
impressora, próprio para ser ligado em uma interface paralela. Possui ainda
uma conexão para o adaptador AC/DC (carregador de bateria). Desta forma,
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enquanto a câmera está acoplada à estação, além de não ser consumida
carga da bateria, é ainda feito o seu carregamento.
Figura 31.6
Câmera e seus acessórios.
Figura 31.7
Parte frontal da câmera.
Ainda na parte superior da câmera existem três botões para selecionar várias
operações possíveis. O botão seletor de qualidade permite escolher entre três
níveis de compressão de imagem (Fine, Normal e Economy). O melhor
modo é o Fine, e melhor ainda que ele, só mesmo o CCD RAW.
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O botão Macro é usado para fazer fotos a pequenas distâncias, de 10 a 40
cm. Este botão também é chamado de F1, e é usado na ativação de algumas
outras funções da câmera. O outro botão é o F2/Microfone. Devemos
pressioná-lo para fazer anotações de voz (observe o microfone localizado
também na parte superior da câmera). Funciona ainda para ativação de
algumas funções especiais. Ainda na parte superior existe um display
indicador de status e várias informações, tais como o número de fotos que
ainda cabem na memória, o modo de compressão utilizado, etc.
Na parte frontal da câmera temos o botão F3, usado para controlar o modo
de operação do flash (sempre ligado, sempre desligado ou automático).
Ainda na parte frontal existe um emissor de luz infravermelha, usado para o
cálculo de distância para efeito de focalização. Finalmente, também
localizado na parte frontal da câmera, está o shutter, o botão que apertamos
para fotografar.
Figura 31.8
Parte traseira da câmera.
Na parte inferior existe um encaixe para tripé. É útil para manter a câmera
fixa sobre uma base, para fazer por exemplo, fotos a curta distância, ou fotos
nas quais a câmera precisa ficar absolutamente parada. O tripé pode ser
adquirido com facilidade em lojas de material fotográfico. Temos também
um conector para o carregador de bateria. Através dele a bateria da câmera
pode ser carregada, sem que seja necessário acoplar a câmera na estação. O
mais importante de tudo nesta parte inferior é o conector de dados, usado no
encaixe com a estação. Fica protegido por uma pequena tampa que é aberta
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automaticamente quando a câmera é acoplada na estação. Na parte direita
da figura vemos a tampa do compartimento para a instalação dos cartões
PCMCIA para expansão de memória.
Figura 31.9
Camera station.
Operação
A figura 10 mostra como é feita a ligação da câmera com o PC. Usamos um
cabo paralelo comum para ligar a estação à porta paralela. Observe que não
é permitida a ligação simultânea da interface paralela na estação e na
impressora, como ocorre com diversos outros dispositivos paralelos (um
exemplo típico é o ZIP Drive). Se for preciso usar a impressora e a estação
(não simultaneamente) sem precisar conectar ou desconectar cabos, é preciso
usar uma caixa comutadora. O uso da estação pode entretanto ser feito em
conjunto com outros dispositivos paralelos que permitam conexões múltiplas,
como um scanner paralelo ou um ZIP Drive. Por exemplo, no caso do
scanner paralelo, ligamos o scanner ao PC e a estação ao scanner, no
conector reservado para a ligação da impressora.
Figura 31.10
Ligação com o PC.
Para transferir fotos para o PC, a estação deve estar conectada pela interface
paralela. A seguir, colocamos a câmera sobre a estação e movemos a
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alavanca para a direita, como mostra a figura 11. A câmera deve permanecer
desligada. Podemos agora conectar na estação o carregador de bateria, e
ligar este carregador na rede elétrica. Não acople a câmera na estação
estando ligada, nem com o carregador de bateria ligado na rede elétrica. A
câmera deve permanecer desligada, e o carregador é ligado apenas depois
que a câmera está travada na estação.
Figura 31.11
Câmera acoplada na estação.
Figura 31.12
Para fotografar.
1. Abrir o compartimento.
2. Encaixar o cartão e fechar o compartimento.
3. Existe ainda um botão para ejetar o cartão, caso desejemos.
Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-15
Figura 31.13
Instalando uma expansão de memória.
O Twain Data Source (ou Twain Driver) e seu programa de controle são
específicos para esta câmera, ou seja, não podem ser usados com outros
modelos de câmeras. Esta regra é válida para qualquer modelo de câmera
digital ou scanner. Os demais softwares são genéricos, independentes do
modelo de câmera. A PowerShot 600 é acompanhada do software
PhotoImpact e diversos utilitários. Pode ser usado para criar e gerenciar
álbuns, editar fotos, e diversas outras operações. É um software bastante
sofisticado, e é fornecido em um CD-ROM que acompanha a câmera.
O Twain Data Source desta câmera pode ser executado a partir de qualquer
editor gráfico que seja Twain compatível (inclusive o PhotoImpact que a
acompanha). Basta usar o comando File/Scan ou File/Acquire. Podemos vê-lo
em execução na figura 14.
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Figura 31.14
Programa de controle do driver TWAIN da
PowerShot 600.
Figura 31.16
Câmera Olympus D340-R.
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Figura 31.17
Expansão de memória por minidisco
Flash.
Na sua parte traseira existe um visor LCD (figura 18), que funciona como
viewfinder e também serve para visualizar as fotos armazenadas na sua
memória.
Figura 31.18
Visor LCD.
Figura 31.19
Parte superior da câmera.
Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-19
Figura 31.20
A câmera D-340R e os cabos que a
acompanham: um cabo serial e um cabo
de vídeo.
Figura 31.21
Parte frontal da câmera.
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Figura 31.22
Parte traseira da câmera.
Figura 31.23
Selecionando os componentes a serem
instalados.
Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-21
Figura 31.24
O software Camedia Master.
Figura 31.25
Opções da câmera.
Figura 31.26
Configurações da câmera.
Figura 31.27
Indicando o destino das fotos.
Figura 31.28
Transferindo as fotos selecionadas.
Conclusão
Você tem agora conhecimentos suficientes para encontrar uma boa câmera
digital adequada às suas necessidades, bem como operá-la e utilizar seu
software. Consulte agora os modelos disponíveis nas lojas e busque mais
informações técnicas nos sites dos fabricantes. Seja qual for o modelo
escolhido, você não terá dificuldades em fazer a instalação e a utilização. Se
quiser fotos impressas, providencie uma boa impressora colorida. Se quiser
armazenar as fotos de forma permanente, providencie também um meio de
armazenamento de alta capacidade, como um ZIP Drive ou um gravador de
CD-R.