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Epidemiologia e impacto social

Maurcio Silva de Lima1

RESUMO
A formulao de polticas em sade mental depende essencialmente de informaes a respeito da freqncia e distribuio dos transtornos depressivos. Nos ltimos 15 anos, pesquisas de base populacional em epidemiologia psiquitrica tm sido conduzidas, gerando conhecimento detalhado sobre a freqncia, fatores de risco, incapacidade social, e uso de servios de sade. Neste artigo, dados sobre a epidemiologia da depresso so discutidos, a partir de resultados de recentes pesquisas populacionais: o estudo da rea de Captao Epidemiolgica do Instituto Nacional de Sade Mental dos Estados Unidos (ECA- NIMH), a Pesquisa Nacional de Co-morbidade (NCS), a pesquisa de Morbidade Psiquitrica na Gr-Bretanha (OPCS), o Estudo Brasileiro Multicntrico de Morbidade Psiquitrica, e outras pesquisas conduzidas no Brasil em ateno primria. As prevalncias de depresso maior e de distimia, bem como a de outros transtornos depressivos, so altas, independente do lugar onde a pesquisa foi conduzida, tipo de instrumento diagnstico usado, e dos perodos de tempo para os quais a prevalncia se aplica. Depresso mais comum entre mulheres, pessoas divorciadas ou separadas, vivendo sozinhas, com baixo nvel de escolaridade e renda, desempregados e morando em zonas urbanas. Pessoas deprimidas so mais sujeitas a consultarem mdicos e a serem hospitalizadas. O custo e a eficcia dos tratamentos para depresso devem ser balanceados com o alto custo individual e social associados enfermidade.

DESCRITORES
Depresso; transtorno depressivo; prevalncia; incidncia; impacto social

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