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I - LINGUAGEM
Na Bíblia Sagrada, a palavra tem força criadora, pois no princípio era o verbo;
com a palavra tudo foi feito ("Faça-se a luz..... e a luz foi feita"). Sobre a Torre
de Babel, ficamos sabendo que Deus lançou a confusão entre os homens,
fazendo com que perdessem a língua comum e passassem a falar línguas
diferentes, que impediam uma obra em comum, abrindo as portas para todos
os desentendimentos e guerras.
Mitos (em grego mythos) significa narrativa sobre origem dos deuses, do
mundo, dos homens, das técnicas e da vida do grupo social ou da
comunidade. Mythos também significa linguagem, no sentido de que os
homens, mediante palavras, conseguem organizar a realidade e interpretá-la.
Examinando o Direito Romano, sabemos que, na sua origem, o direito não era
um código de normas legais. Direito era um ato solene no qual o juiz
pronunciava uma fórmula pela qual duas partes em conflito solucionavam a
lide. Direito era uma linguagem solene de fórmulas conhecidas pelo árbitro e
reconhecidas pelas partes conflitantes em juízo. Era um juramento pronunciado
pelo juiz e acatado pelas partes.
b)- linguagem é sistema de signos ou sinais – signos são objetos que indicam
outros objetos, designam outros objetos ou representam outros objetos;
c)- linguagem indica coisas - palavras têm função de apontar coisas que elas
significam – função indicativa ou denotativa;
II – DISCURSO JUDICIAL
Conforme art. 282 do Código de Processo Civil: a)- partes são o autor e o réu,
ou seja, os sujeitos do processo distintos do órgão judicial (inciso I) ; b)- causa
de pedir consiste no fato e nos fundamentos jurídicos do pedido, isto é, traduz
as alegações fáticas e jurídicas que embasam ou justificam o pedido do autor;
c)- e o pedido tem, como objeto imediato, a invocação da tutela jurisdicional e,
como objeto mediato, o bem da vida que se pretende obter.
"A justiça é aquilo sem o que os valores deixariam de ser valores (não seriam
mais que interesses ou móbeis), ou não valeriam nada" (in Pequeno Tratado
das Grandes Virtudes, Martins Fontes, São Paulo – 1998). A justiça se
considera em dois prismas: como conformidade ao direito, e como igualdade
ou proporção. Para se cogitar da justiça, há de se considerar a vida em
sociedade. A justiça é humana; juridicamente, não há justiça sem leis.
Moralmente, não há justiça sem cultura.
Se para salvar a humanidade fosse preciso condenar um inocente, ou torturar
uma criança, teríamos de resignar a fazê-lo? Não, responderiam os
pensadores. "Se a justiça fosse apenas um contrato de utilidade, como queria
por exemplo Epicuro, apenas uma otimização do bem-estar coletivo, como
queriam Bentham ou Mill, poderia ser justo, para a felicidade de quase todos,
sacrificar alguns, sem seu acordo e ainda que fossem perfeitamente inocentes
e indefesos. Ora, é o que a justiça proíbe, ou deve proibir" (obra citada).