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Nome: Diogo Mariotto de Oliveira 3ºPeriodo/vespertino

Tabelas verdades

Tabela verdade ou tabela de verdade são um tipo de tabela matemática usada em lógica para
determinar se uma expressão é verdadeira e válida.

Tabelas verdades derivam do trabalho de Gottlob Frege, Charles Peirce e outros da década de
1880, e tomaram a forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e Ludwig
Wittgenstein. A publicação de Tractatus Logico-Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava delas
para classificar funções verdades em uma série. A vasta influência de seu trabalho levou, então,
a difusão do uso de tabelas verdades.

"Embora o termo lógica tenha sido usado em diversas acepções no decurso da história da
filosofia, é possível isolar o seu sentido preciso através da expressão lógica formal. Ao longo
da sua história, a lógica formal tem-se ocupado da análise de relações entre proposições com
vista a uma definição exacta do conceito de DEMONSTRAÇÃO e, já mais recentemente, de
conceitos afins, como refutação, compatibilidade e confirmação, os quais em princípio podem
no entanto ser reduzidos ao conceito de demonstração.
Essencial para a caracterização da lógica é o facto de a análise mencionada ser feita
unicamente a partir da forma do raciocínio expresso sem referência ao conteúdo factual
implicado por ele. Esta distinção tradicional entre forma e conteúdo de um raciocínio é melhor
expressa na possibilidade de a respeito de um raciocínio dado separar a sua validade dos factos
ou da verdade afirmada nele, de modo que o raciocínio possa vir a ser considerado válido
embora as proposições incorporadas nele possam ser consideradas falsas. É assim que:

" Se todos os chineses são piromaníacos e Sócrates é chinês, então Sócrates é piromaníaco"
é um raciocínio válido, no que diz respeito à sua forma, embora sejam falsas todas as
proposições que o compõem.
Um raciocínio é composto por uma ou mais premissas e termina com uma conclusão. Embora
se faça a separação da validade de um raciocínio da verdade das proposições componentes, há
no entanto uma relação entre os dois conceitos, de validade e verdade, que é constitutiva de
qualquer raciocínio válido: um raciocínio não pode ser considerado válido se a partir de
premissas verdadeiras se chega a uma conclusão falsa.
Enquanto que as premissas e a conclusão de um raciocínio podem ser expressas por
proposições de uma certa linguagem natural, de que a língua portuguesa é um exemplo, o
estudo das formas válidas de raciocínio não é o estudo dessa linguagem natural. Para um
desenvolvimento diferenciado desse estudo recorre-se por isso à construção de linguagens
artificiais, representadas no conceito de LINGUAGEM FORMAL, as quais têm sobre a
linguagem natural a vantagem de reproduzir conspicuamente a forma lógica.
Segundo , toda proposição é uma frase mas nem toda frase é uma proposição; uma frase é
uma proposição apenas quando admite um dos dois valores lógicos: Falso (F)ou Verdadeiro
(V). Exemplos:

1. Frases que não são proposições


Pare!
Quer uma xícara de café?
Eu não estou bem certo se esta cor me agrada
2. Frases que são proposições
A lua é o único satélite do planeta terra (V)
A cidade de Salvador é a capital do estado do Amazonas (F)
O numero 712 é ímpar (F)
Raiz quadrada de dois é um número irracional (V)

Composição de Proposições

É possível construir proposições a partir de proposições já existentes. Este processo é


conhecido por Composição de Proposições. Suponha que tenhamos duas proposições,
A = "Maria tem 23 anos"
B = "Maria é menor"

Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é considerada de menor idade caso
tenha menos que 18 anos, o que faz com que a proposição B seja F, na interpretação da
proposição A ser V. Vamos a alguns exemplos:

"Maria não tem 23 anos" (nãoA)


"Maria não é menor"(não(B))
"Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B)
"Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B)
"Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
"Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ou B)
"Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou não(B))
"Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e não(B))
Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => B)
Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor" (não(A) => B)
"Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
"Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é menor" (C <=> não(B))

Note que, para compor proposições usou-se os símbolos não (negação), e (conjunção), ou
(disjunção), => (implicação) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados conectivos
lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo para representar uma proposição: C
representa a proposição Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa Maria não é menor,
uma vez que B representa Maria é menor.

Algumas Leis Fundamentais

Lei do Meio Excluido Um proposição é falsa (F) ou verdadeira (V): não há meio termo.
Lei da Contradição Uma proposição não pode ser, simultaneamente, V e F.
O valor lógico (V ou F) de uma proposição composta é unicamente
Lei da Funcionalidade
determinada pelos valores lógicos de suas proposições constituintes.

Recomenda-se, fortemente, uma leitura da Homepage do Pensamento Crítico da San Jose


State University´s para que você compreenda melhor a lógica e seu uso. Davide Gries,
também, tem uma homepage interessante. Em sua homepage, há um link para outra homepage
em que ele e Fred B. Schneider, possuem um texto que vale a pena conferir, pois trata,
especificamente, de uma Introdução ao Ensino da Lógica como Ferramenta. Há uma frase, no
inicio deste texto dizendo que lógica é a cola que gruda os métodos de raciocínio
Tabela-Verdade
A tabela-verdade, como se sabe, é um instrumento eficiente para a especificação de uma
composição de proposições. Abaixo segue a tabela-verdade dos conectivos aqui tratados,
Negação
A ~(A), ou -A, ou /A, ou ainda, A'
F V
V F

Conjunção Disjunção Implicação Equivalência


A B
A . B, ou AB A+ B A => B A <=> B
F F F F V V
F V F V V F
V F F V F F
V V V V V V
Alguns destaques das tabelas-verdade tratadas:
• A negação, como o próprio nome diz, nega a proposição que tem como argumento.
Tem como símbolo o acento "~" , ~A,ou, algumas vezes, uma barra sobre a variavel
lógica, Ã, ou o sinal "-", -A, ou o símbolo "/", /A, ou ainda, o sinal "'", A'. Lembre-se
que o símbolo nada mais é que uma simples representação da negação. O que é
relevante é que o significado do símbolo seja explicitamente declarado. Aqui, os
símbolos mais usados para a negação são o sinal "'", e barra por sobre a variável
lógica, A.
• O símbolo mais utilizado para a conjunção, em Eletrônica Digital, é o ponto ".".
• O símbolo mais utilizado para a disjunção, em Eletrônica Digital, é o sinal "+".
• A única função da implicação lógica (A => B, onde A é o antecedente e B é o
conseqüente) é afirmar o conseqüente no caso do antecedente ser verdadeiro. Segundo
Quine, a única maneira de se negar a implicação lógica como um todo é quando isto
não ocorre, isto é, tem-se o antecedente (A) V e o consequente (B) é F. Apenas neste
caso, a implicação (A => B) é F. Em todos os outros casos é V.
• A equivalência sempre é V quando os dois argumentos possuem o mesmo valor lógico
(seja, este valor, V ou F).
Use Predicado ao Invés de Proposição
No livro The Science of Programming, Gries extende o conceito de proposição para
contemplar expressões do tipo,

x > 2;
6 < y < 10

Note que, neste caso, o predicado (ou composição estendida) somente tem valor lógico V para
alguns valores da variável x (há casos onde nenhum valor de x, no universo considerado,
satisfaz um predicado. Por exemplo: x2 < -29. Considerando, aqui, o universo como o
conjunto dos números reais). No primeiro exemplo, caso estejamos trabalhando com o
conjunto dos números inteiros, qualquer valor de x superior a 2, satisfaz o predicado.

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