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Que real?

A maioria de ns se sente confuso ante a pergunta: que real? Mesmo quando sentimos que existe algo mais, tentamos nos fixar numa realidade baseada exclusivamente no feedback de nossos sentidos fsicos. Para reforar essa realidade, mantemos o pr-conceito; olhamos para o que a nossa cultura define como normal, sadio e, portanto, real.

Mas onde entra o amor nesse esquema? Ser que a vida no seria mais significativa se considerssemos como realidade o que no tem comeo nem fim? S o amor se harmoniza com essa definio do eterno. Tudo o mais transitrio e, por isso mesmo, sem sentido.

O medo sempre distorce a percepo e nos confunde diante do que est acontecendo. Amor a ausncia total de medo. O amor no faz perguntas; ele por si s a resposta. Seu estado natural de extenso e expanso, nunca de comparao e medida. Portanto, o amor realmente tudo o que tem valor, e o medo s pode nos oferecer o nada porque nada!

Embora o amor seja sempre o que realmente queremos, em geral persistimos em sentir medo dele, sem saber disso conscientemente, e, assim, nos fazemos de surdos e mudos na presena dele. No entanto, quando ajudamos a ns mesmos e uns aos outros a libertar-nos do medo, comeamos a passar por uma transformao pessoal. Comeamos a ver alm de nossa antiga realidade tal como definida pelos sentidos fsicos e entramos num estado de clareza em que descobrimos que todas as mentes esto ligadas; que partilhamos um Eu comum e que a paz interior e o amor so, de fato, tudo quanto real.

Com o amor, como sua nica realidade e subjetividade, a sade e a totalidade podem ser vistas como paz interior, e a cura, como libertao do medo.

Amar, portanto, libertar-se do medo!

Fora sempre!

Saulo Rousseau

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