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aprendizagem do aluno. Esse programa prioriza a formação de professores
e educadores em um processo que integra o domínio da tecnologia, teorias
educacionais e prática pedagógica com o uso dessa tecnologia. Daí decorre
o grande impacto não só no sistema educacional, mas também no
desenvolvimento humano e na cultura brasileira, de tradição essencialmente
oral.
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Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e
da escola, integrando-a à comunidade que a cerca, à sociedade da
informação e a outros espaços produtores de conhecimento, aproximando o
objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao mesmo tempo, nos
transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.
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leva a ler e a escrever sobre aquilo que não tem significado para a sua
realidade ou a fazer cópias e repetir palavras desarticuladas.
Em seu texto Dígrafos (4), Rubem Alves nos faz lembrar que apenas fazer
ditados e realizar exercícios de análise sintática e morfológica, ou outras
análises consideradas necessárias ao aprimoramento da escrita, não
bastam para desenvolver o prazer da leitura e a compreensão do texto nem
o gosto pela escrita. No entanto, a atividade de sala de aula prima pela
exigência das análises gramaticais, textuais e discursivas em detrimento da
leitura e da interpretação do mundo e do escrever para representar idéias,
comunicar-se e registrar a própria história.
Não queremos com isso dizer que o conteúdo perdeu a sua importância,
mas salientamos a necessidade premente de mudar a forma de trabalhar
conceitos, informações, procedimentos e regras, procurando partir do que é
significativo para o aluno e criar situações que favoreçam transformar os
conhecimentos do senso comum em conhecimento científico.
O professor não é culpado por essa situação. Ele foi preparado para cumprir
esse papel, cujo desempenho deve voltar-se para o ensino de um conteúdo
programático definido fora da sala de aula, para ser seguido da mesma
maneira em diferentes contextos.
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Não se trata de encontrar bodes expiatórios para jogar toda a culpa pela
complexidade de uma situação gerada pelo avanço da ciência, da
tecnologia e da sociedade contemporânea. Houve um momento da
evolução da sociedade em que a escola, que ainda temos hoje, atendia às
suas exigências. Todos somos frutos dessa escola e, apesar de seu rigor e
austeridade, temos boas lembranças dos momentos felizes que nela
desfrutamos.
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artefato que propicia representar e comunicar o pensamento, atualizá-lo
continuamente, resolver problemas e desenvolver projetos. Outros recursos
tecnológicos também permitem o registro de idéias e de visões de mundo.
Porém, até o presente, apenas a tecnologia de informação e comunicação
tem como característica o fazer e o refazer contínuos, transformando o erro
em algo que pode ser revisto e reformulado instantaneamente para produzir
novos saberes.
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Com o uso de sistemas hipermediáticos, como a Internet, redefine-se o
papel do professor que, finalmente, pode compreender a importância de ser
parceiro de seus alunos, aquele que navega junto com os outros, apontando
as possibilidades dos novos caminhos sem a preocupação de ter
experimentado passar por eles algum dia, provocando a descoberta de
novos significados, permitindo aos alunos resolverem problemas ou
desenvolverem projetos que tenham sentido para a sua aprendizagem.
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construção de conhecimentos científicos. Os conhecimentos cotidianos
emergem como um todo unitário da própria situação em estudo, portanto
sem fragmentação disciplinar, e são direcionados por uma motivação
intrínseca. Cabe ao professor provocar a tomada de consciência sobre os
conceitos implícitos nos projetos e sua respectiva formalização, mas é
preciso empregar o bom senso para fazer as intervenções no momento
apropriado.
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As questões de investigação são formuladas pelos sujeitos do
conhecimento levando em conta suas dúvidas, curiosidades e indagações
e, a partir de seus conhecimentos prévios, valores, crenças, interesses e
experiências, interagem com os objetos de conhecimento, definem os
caminhos a seguir em suas explorações, descobertas e apropriação de
novos conhecimentos.
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Para ajudar o professor a enfrentar esses novos desafios que se tornaram
mais contundentes com a chegada da TIC às escolas públicas, o ProInfo
promove atividades de formação dos professores, que se desenvolvem por
meio de ações presenciais ou a distância.
NOTAS:
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ALMEIDA, M. Tecnologia de informação e comunicação na escola:
aprendizagem e produção da escrita. Série “Tecnologia e Currículo” -
Programa Salto para o Futuro, Novembro, 2001.
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