Você está na página 1de 9

OVOS DE

FABERGÉ
A Páscoa era uma data muito especial na Rússia
Czarista: todos se beijavam e diziam: “Cristo
ressuscitou”, recebendo a resposta:
“Verdadeiramente, Cristo ressuscitou”. E se
presenteavam com ovos, que representavam a
nova vida que surgia, o renascer das esperanças.
Os ovos que o povo
trocava entre si eram
pintados.
Já os ovos que os
membros da família real e
os nobres da Corte davam
uns aos outros eram feitos
de ouro, prata, decorados
com esmalte e pedras
preciosas.
Em 1884, o Czar Alexandre III encomendou ao
joalheiro oficial da corte imperial russa, Peter
Carl Fabergé, um ovo como presente para sua
esposa, a Imperatriz Maria Feodorovna,
contendo uma surpresa, a critério do
joalheiro. No caso desse primeiro ovo, a
surpresa era uma galinha colocando uma
safira. O sucesso na Corte foi enorme.
Assim iniciou-se a tradição dos Ovos de Fabergé.
A cada ano o Czar encomendava um novo ovo para
dar à Czarina na Páscoa, cabendo a Fabergé
confeccioná-lo como bem quisesse. Com a morte
do Imperador, seu filho, o Czar Nicolau II,
prosseguiu com a tradição, encomendando a
Fabergé dois ovos por ano, um para sua mãe e
outro para sua esposa, Alexandra.
Os ovos de Fabergé eram únicos. Alguns celebravam
temas íntimos da família; outros honravam eventos
notáveis do Estado Russo. Eram dotados de pequenos e
delicados mecanismos que mostravam o segredo do seu
interior. O ovo anual era sempre a grande surpresa para a
família imperial e admirado por toda a Corte, sendo objeto
de desejo generalizado.

Ovo da Coroação – 1897

Com diamantes, rubis, platina, ouro e


cristal de rocha. Dentro uma réplica da
carruagem que transportou a Czarina
Alexandra pelas ruas de Moscou durante
as festividades da coroação de Nicolau II.
Por serem exclusivos e
caprichosamente
elaborados, os ovos de
Fabergé tornaram-se
peças valiosíssimas.
Com cerca de 13 cm,
cada ovo levava o ano
inteiro para ser
confeccionado, desde o
desenho original, o
corte, a lapidação das
pedras e todos os
detalhes, envolvendo
diversos mestres da
empresa Fabergé. Tudo
era feito em absoluto
sigilo.
Ovo da família Romanov _ 1913

Em comemoração ao tricentenário do Governo Romanov.


Tem 18 retratos em miniatura de todos os membros
reinantes e, dentro dele, gira um globo terrestre de ouro,
com um mapa mostrando as fronteiras russas quando da
ascensão do primeiro Romanov e as fronteiras durante o
reinado de Nicolau II.
Os ovos eram cuidadosamente
guardados junto ao tesouro da
família Romanov.

Foram 56 obras-primas
produzidas de 1885 a
1917.
Com a Revolução Russa, o tesouro dos Romanov foi
confiscado pelos bolcheviques e dispersado.
Não se conhece o paradeiro de todos os ovos de Fabergé
feitos para a família imperial. Até 1.998, haviam sido
localizados 44 destes exemplares.
Em 2.002, o noticiário internacional dava conta que um
ovo imperial foi arrematado num leilão da Christie’s por
9,6 milhões de dólares.

Texto e fotos obtidos através de pesquisa na Internet By Miroca

Você também pode gostar