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A alta freqüência de fadiga física ocasionada por ambientes quentes. Nesse aspecto cabe
chamar atenção para a alta ocorrência de indivíduos que começaram a trabalhar jovens e
saudáveis em ambientes quentes e que, depois de poucos anos, encontram-se anormalmente
envelhecidos e fracos.
O organismo possui uma série de recursos para manter sua temperatura constante, já que não
tem condições de tolerar variações superiores a 4ºC na temperatura interna. Tais recursos
mostram-se bastantes eficientes, o que não poderia ser de outra forma, já que a temperatura
interna maior que 41ºC, por pouco tempo, leva à desnaturação irreversível das proteínas
orgânicas e morte.
A Circulação Cutânea:
O fluxo sangüíneo para a pele é de 250 ml por minuto. Em ambientes quentes, esse fluxo
pode atingir a 1500 ml por minuto. Isso faz com que a temperatura da pele aumente. Se o
ambiente estiver mais frio, a perda de calor aumenta, tanto por irradiação como por condução-
convexão.
Dá-se o nome de irradiação ou radiação a transmissão de calor por um corpo, sob forma de
ondas eletromagnéticas da faixa do infravermelho.No homem, em condições ambientais
normais, a irradiação é responsável por 60% da perda calórica do indivíduo.
A irradiação deve ser entendida como uma resultante. Assim, se existe no ambiente uma fonte
de temperatura maior que a do corpo humano, o corpo humano irradia calor para esta fonte,
mas o calor que esta fonte irradia para o corpo é maior; logo, ao invés de ser uma forma de
perda de calor, a irradiação torna-se uma forma de ganho de calor.Nesse caso vale a pena
dizer que o corpo humano absorve muito bem o calor irradiado por outras fontes (cerca de
97%), não havendo diferença de absorção, seja o indivíduo branco ou negro.
A Evaporação:
Nesta forma de perda de calor, a água é aquecida pelo calor do organismo, até passar para a
fase de vapor e deixar a superfície do corpo. Para cada 1 litro de água que se evapora são
necessárias 580 Calorias, que são retiradas do organismo.A sudorese em si não indica perda
calórica; esta só ocorre quando o suor evapora.
A umidade do ar indica, em porcentagem, qual a porção de ar que está saturada com vapor
d'água. Assim, em ambientes muito úmidos quase todo o ar está saturado com vapor e a
evaporação do suor se torna muito difícil. O suor produzido adere-se à pele e escorre pelo
corpo, com pequena perda de calor e com grande desconforto térmico. Ao contrário, em
ambientes secos todo suor produzido é evaporado, não se prendendo ao corpo, com grande
diminuição da temperatura corpórea e conseqüente bom conforto térmico.
O ambiente bem ventilado também favorece a evaporação, levando o ar saturado para longe
do organismo e possibilitando que mais suor evapore. É importante dizer que a corrente de ar
que favorece a evaporação do suor é aquela em que o ar está à temperatura mais baixa que a
do corpo humano.
Desconforto:
Hipertermia ou Intermação:
É o quadro mais grave e que muitas vezes leva à morte. Ocorre pelo desencadeamento do
mecanismo de retroalimentação positiva.
Ocorre em indivíduos não aclimatizados, que perdem grande quantidade de sódio no suor, ou
naqueles que não tiveram reposição salina adequada.
Também chamada de síncope de calor, a superposição de trabalho muscular mais o alto débito
de sangue para a pele, diminui a pressão sistêmica média, que tende a fazer com que o sangue
retorne ao coração, havendo acúmulo de sangue na periferia e diminuindo o retorno venoso.
Em conseqüência, o débito cardíaco diminui, à semelhança do que ocorre na síncope vaso-
vagal. Observa-se pelo mecanismo fisiopatológico que esta síncope pode ocorrer antes do
organismo atingir temperaturas extremas.
Pode ocorrer em indivíduos que estejam trabalhando em ambientes muito úmidos ou sem
ventilação. O indivíduo sente-se cansado e quente, piorando substancialmente quando realiza
um esforço físico, quando então a respiração se torna mais rápida; há aceleração da freqüência
cardíaca, podendo ocorrer desfalecimento.
Distúrbios psiconeuróticos:
Catarata:
Distúrbios cutâneos
Desidratação