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Prefeitura do Município de Cubatão

PROGRAMA HABITAR BRASIL –BID


Sub-Programa Desenvolvimento Institucional
AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

BASES PARA O PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÂO E


PLANEJAMENTO DAS AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA
POLÍTICA HABITACIONAL

APÊNDICE DO PRODUTO 5.3 - POLÍTICA HABITACIONAL DE


CUBATÃO

Junho de 2007

Contrato: 187/06
Cliente: Prefeitura do Município de Cubatão
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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

APRESENTAÇÃO

Este documento constitui um Apêndice do Documento Final da Política Municipal de


Habitação de Cubatão e foi denominado Bases para o Plano Municipal de Habitação.
Foi elaborado pela MULTISETORIAL – Empresa de Assessoria e Gerenciamento, no
âmbito do contrato nº 187/2006 firmado com a Prefeitura do Município, o qual está
inserido no Contrato firmado entre o município e o Governo Federal, no âmbito do
Programa Habitar Brasil-BID.

O seu conteúdo foi discutido e produzido em conjunto com a equipe técnica da


Prefeitura de Cubatão e parte dele também foi debatido com as entidades
representativas da população do Município, no processo participativo de elaboração da
Política Habitacional, realizado entre os meses de Janeiro e Junho de 2007.

Cubatão, Junho de 2007

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FICHA TÉCNICA

PREFEITO MUNICIPAL
Dr. Clermont Silveira Castor

EQUIPE TÉCNICA DA PREFEITURA PARTICIPANTE DA FORMULAÇÃO DA


POLITICA HABITACIONAL

Unidade Executora Municipal do Programa Habitar Brasil – BID/Cubatão


Arq. Ricardo Cretella – Coordenador

Secretaria de Obras
Engº Raul Borin Junior – Secretário de Obras
Amaury Barros de Souza
Antônio Domingos Carneiro
Mário Bizerra

Secretaria de Assuntos Jurídicos/Procuradoria


Adv. Andréa Maria de Castro
Adv. José Eduardo L. F. Guilherme
Vera Denise Santana Azanha de Nascimento

Secretaria de Planejamento
Carlos Roberto Marques – Secretário de Planejamento
Augusto Muniz Campos
Avelino Ruivo Júnior
Maria Aparecida dos Santos
Rogério Torres
Rubens Alves de Brito

Secretaria de Assistência Social


Ass. Social Ângela M. M. P. Bertolosio
Ass. Social Lizandra Rodrigues M. N. Freire
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Secretaria Municipal de Indústria e Comércio - SEMIC


Ricardo Felipe Lascane – Secretário de Indústria e Comércio

EQUIPE TÉCNICA DA MULTISETORIAL

Edsom Ortega – Advogado e Administrador Público, Consultor Coordenador do


Trabalho

Maria Cecilia Lucchese – Arquiteta e Gerente do Projeto

Gislaine Magalhães - Advogada

Selma Fonseca da Silva - Arquiteta

Tássia Regino - Assistente Social

Sergio Arruda Sampaio – Consultor de Planejamento

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO

2- DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DO PLANO

3- DIMENSIONAMENTO DO PROBLEMA ADOTADO NESTE DOCUMENTO

4- AÇÕES NECESSÁRIAS À IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA E ESTIMATIVA


DE INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS

4.1- CENÁRIOS TRABALHADOS


4.1.1- Cenário 1
4.1.2- Cenário 2
4.1.3- Parâmetros de Custos Adotados
4.2- CUSTOS ESTIMADOS POR PROGRAMA E AÇÃO
4.2.1- Ações Preventivas
4.2.2- Ações Corretivas
4.2.3- Ações de Provisão
4.2.4- Ações Normativas
4.2.5- Ações de Modernização Administrativa e Gestão
Participativa
4.3- PRIORIDADES E METAS
4.4- RECURSOS NECESSÁRIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA
POLÍTICA
4.4.1 Estimativa Geral de Custos
4.2.6- Referências de Orçamento
4.5- NECESSIDADES DE ÁREAS PARA PRODUÇÃO HABITACIONAL

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1 INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Habitação é o planejamento da implementação da Política


Municipal de Habitação, apresentada no documento específico.

Ele deve trazer para a dimensão prática, em termos de limites e possibilidades, os


meios para implementação das diretrizes e ações propostas no âmbito da Política, de
modo que os desejos e aspirações expressos na Política possam se transformar em
realidade.

Dessa forma, um Plano deve tratar das condições de execução de Programas e de sua
priorização. Em termos operacionais esta priorização deve considerar um pouco mais
do que as necessidades mais urgentes da população e da cidade. Deve,
principalmente, considerar a oportunidade, a facilidade, a disponibilidade de recursos e
a abrangência do atendimento para cada Programa.

Por isso, nem sempre um programa mais urgente pode ser implementado em prazo
mais curto, assim como outro que não foi considerado tão urgente, por sua facilidade e
simplicidade de implementação, pode ser executado num prazo pequeno.

Outra boa norma que deve ser considerada na implementação de políticas públicas, é
a priorização de Programas que guardam uma boa relação entre custo e benefício,
uma vez que os custos são arcados pelo conjunto da população e, portanto o benefício
– seja por sua intensidade, seja por sua abrangência – deve ser compatível com o
investimento realizado.

Além disso, outra questão que deve ser considerada é uma natural “hierarquia” ou
sucessão natural entre diversas ações. De nada adianta, por exemplo, implantar um
programa de melhoria habitacional com recursos retornáveis, se não se assegura à
população beneficiada formas de arcar com os custos dessa ação.

Mas a principal prioridade é aquela que salva vidas humanas, que garante a
integridade física dos moradores, e nesse sentido à política habitacional precisa
priorizar ações que signifiquem remover moradias de situação de risco e garantir que
os locais que oferecem risco não voltem a ser ocupados.

São essas considerações que norteiam a elaboração deste Documento, denominado


Bases para o Plano Municipal de Habitação apresentado a seguir.

Optou-se por separar este conteúdo do Documento Final da Política Habitacional por
quatro razões principais: a Política Habitacional trata de ações estáveis e de longo
prazo propostas para serem executadas no curso da administração pública; o Plano
Municipal de Habitação de Interesse Social – PLHIS, tratará de metas e períodos, e
deverá ser elaborado pela Prefeitura e debatido com a população no formato definido
pelo Ministério das Cidades; os elementos de orçamento não foram objeto de
discussão com a população; e não foi definido o cenário final de gestão do Plano, uma
vez que a Prefeitura não tinha condições, nesse momento, de estimar sua capacidade
de investimento contínuo na Política Habitacional – elemento fundamental para
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definição de metas e prazos e para referenciar os compromissos a serem assumidos


junto ao Ministério das Cidades.

Assim, este documento tem o objetivo de organizar o debate necessário à formulação


do Plano Municipal de Habitação, trazendo elementos referenciais sobre o custo e o
impacto das decisões a serem tomadas.

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2 DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DO PLANO


A formulação de um plano municipal de habitação de interesse social deverá
considerar inicialmente as diretrizes gerais e específicas formuladas na Política
Municipal de Habitação, como forma de articular ações prioritárias, metas quantitativas
e procedimentos de implantação da Política.

A formulação deverá ter como prioridade geral a viabilização do atendimento da


população em maior situação de fragilidade social e econômica, através de uma
política de subsídios.

O plano de interesse social deverá contar com a participação da população na sua


formulação e gestão, através do aprimoramento dos processos participativos indicados
pela Política, deverá favorecer a articulação de uma rede de apoio técnico, jurídico e
social independente do Poder Público, mas também deverá, estabelecer ações
integradas com outras políticas, que dêem conta da modificação do quadro de
fragilidade, uma vez que prover habitação não é suficiente para incluir essas famílias
nos direitos sociais básicos.

As principais diretrizes gerais, encaminhadas da Política Habitacional, para a


formulação do Plano, são as seguintes:

• Priorizar a implementação do Bloco ações de Modernização Administrativa e de


Gestão Participativa no qual estão elencadas as ações necessárias à
estruturação do município para o desenvolvimento da Política de forma
sustentável e contínua.
• Priorizar os programas e projetos habitacionais para as famílias de baixa renda,
que estejam ou possam ser articulados no âmbito federal e estadual;
• Garantir da alocação de recursos destinados à habitação de interesse social em
Fundo Local, com dotação orçamentária própria, para implementar as ações
previstas no;
• Priorizar o aporte de recursos municipais como contrapartida de recursos
externos mobilizáveis, seja no âmbito Estadual, Federal ou Internacional;
• Priorizar a promoção de melhoria das condições de habitabilidade das famílias
residentes em assentamentos precários, favelas, áreas de risco, com vistas a
reduzir os riscos sócio-ambientais;
• Definir e adotar mecanismos de subsídios financeiros para famílias de baixa
renda, concedidos com a finalidade de complementar sua capacidade de
pagamento para o acesso à moradia;
• Priorizar a utilização de terrenos de propriedade do Poder Público para a
implantação de projetos habitacionais de interesse social;

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• Priorizar o atendimento às famílias em situação de maior vulnerabilidade com


destaque para: menor renda per capita, m maior número de dependentes, com
mulher responsável pelo domicílio, idosos e portadores de deficiência;
• Priorizar os programas e projetos de menor custo, ainda que com impacto em
segmentos específicos;
• Articular com concessionárias para o investimento integrado em projetos de
saneamento ambiental.

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3 DIMENSIONAMENTO DO PROBLEMA ADOTADO NESTE


DOCUMENTO

A elaboração da Política foi precedida de um amplo diagnóstico das condições


habitacionais do Município de Cubatão, que orientaram as recomendações e diretrizes
daquela e fundamentaram os exercícios realizados neste documento de forma a
estimar um montante de recursos necessários á realização da Política em um
determinado cenário:

Recordando, a Política trabalha com os seguintes dados principais:


• 19.422 moradias em assentamentos precários (57,9% dos domicílios permanentes
urbanos);
• 84,3% das moradias construídas em conjuntos habitacionais públicos são
irregulares;
• 54% das construções na “cidade legal” tem algum tipo de irregularidade;
• Existem um déficit quantitativo habitacional em 200 de 14.169 moradias dos quais -
10.757 unidades estão vinculados a reassentamentos estimados nas favelas e
áreas de risco.

Outra característica das necessidades habitacionais do município refere-se ao número


elevado de domicílios que não contam com rede de esgotamento sanitário, o alto
comprometimento das aeras de preservação ambiental (mangues e serra do mar) e um
número insuficiente de áreas vazias e adequadas ao assentamento habitacional.

A partir dessas características, estimou-se valores para enfrentamento o de todos os


problemas detectados, estimando-se que num período de 6 anos (cenário mais
ambicioso) todos os problemas atualmente existentes estariam sanados, ou então
(cenário mais conservador) que estes problemas seriam enfrentados num período de
10 anos, agregando-se para solução as necessidades de moradias que surgiriam
nesse período.

Para dimensionar o crescimento das necessidades habitacionais do período do Plano


adotou-se que se manteriam as taxas de crescimento populacional do período 1900 e
2000 que resulta na necessidade de 4.700 novas moradias. Para fins de orçamento,
adotou-se que o Poder Público precisaria produzir 2.462, ou 52,4% do total, que
corresponde ao percentual de famílias com renda até 3 salários mínimos no Município
existente em 2000. Os demais seriam atendidas por soluções adotou-se de mercado,
ainda que subsidiada.

Trabalhou-se com uma perspectiva de que todos os 23 assentamentos precários terão


algum tipo de solução habitacional e que a produção de moradias, por parte do Poder
Público, da iniciativa privada e pelos próprios moradores conseguirá atender toda a
demanda existente.

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4 AÇÕES NECESSÁRIAS À IMPLEMENTAÇÃO DA


POLÍTICA HABITACIONAL E ESTIMATIVA DE
INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS

4.1 Cenário Trabalhado

Foi realizado um exercício que procurou dimensionar o montante de recursos


envolvidos na execução da Política. Para isso se imaginou que seria possível
desenvolver a Política habitacional no seguinte cenário:

• A prioridade é enfrentar às necessidades habitacionais atuais vinculadas aos


assentamentos precários, seja as que impactam no déficit quantitativo, seja as que
impactam no déficit qualitativo;
• Todos estes assentamentos receberão intervenção nos próximos 10 anos, sendo
que os que estão classificados como Prioridade 1, 2 e 3 receberão esta intervenção
nos próximos 6 anos;
• Todos os assentamentos precários classificados como prioridade 2 e 3, inseridos no
Programa parque da serra do Mar terão suas intervenções totalmente arcadas pelo
Governo do Estado;
• O município conseguirá recursos externos para todas as demais intervenções em
assentamentos precários e o seu investimento será aportado como contrapartida de
tais investimentos externos. adotou-se uma contrapartida média da ordem de 20%.
• As taxas de crescimento populacional do período do Plano se manterão estáveis do
período 1900 e 2000;
• O crescimento populacional resultará no aumento dos tipos de déficit não
vinculados aos assentamentos precários, os quais serão “congelados” pela ação de
fiscalização integrada do município com o Estado;
• Para o déficit quantitativo não vinculado aos assentamentos precários o Poder
Público precisaria produzir 52,4% do total, que corresponde ao percentual de
famílias com renda até 3 salários mínimos no Município existente em 2000. Os
demais seriam atendidas por soluções adotou-se de mercado, ainda que
subsidiada.
• O município conseguirá firmar parceria para acesso a recursos finaceiros para
algumas ações de desenvolvimento institucional e de gestão, mas a maior parte do
investimento neste tipo de ação será feita com recursos do Tesouro Municipal;
• De média prazo estimou-se um aumento do custeio do setor, mas ele pode ser
aportado como contrapartida de determinados investimentos.

Este cenário deve ser totalmente re-trabalhado na formulação final do Plano à luz da
capacidade real de investimento do município.

4.1.1 Macro metas


Considerando este cenário trabalhado e os prazos gerais do plano definiu-se duas
macro-metas para fins de compor o orçamento geral de referência

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a) Macro-Meta 1

Pressupõe que os problemas que constituem o déficit atual seriam completamente


sanados, num prazo máximo de 6 anos. Nesse caso, todos os assentamentos
precários seriam contemplados com as ações recomendadas, sejam estas remoção ou
urbanização, todas as novas construções necessárias para atender as famílias
relocadas seriam construídas e também o déficit quantitativo e qualitativo da cidade
regular seriam contemplados, construindo-se unidades novas para atender a demanda
por novas habitações, atendendo com infra-estrutura adequada 100% das moradias da
cidade, e regularizando no registro de imóveis 100% das moradias irregulares. O
cálculo dos valores para esta macro-meta considerou que todas as ações de natureza
institucional estariam realizadas em um ano, excetuando-se as obras necessárias à
construção de novas moradias ou urbanização dos assentamentos, que levariam um
tempo de consecução de 6 anos no máximo.

a) Macro-Meta 2

Na segunda Macro-meta se imaginou que além do atendimento as necessidades


habitacionais detectadas, seriam atendidas as necessidades de novas unidades que
surgiriam nestes 10 anos devido aos seguintes componentes do déficit quantitativo:
domicílios a serem repostos por depreciação, incremento pelo crescimento
demográfico vegetativo e incremento pelo crescimento demográfico migratório. Neste
caso adotou-se que o déficit atual teria o mesmo comportamento nos próximos 10
anos, e cresceria as mesmas taxas estimadas entre 2000 e 2006. Também adotou-se a
premissa de que os assentamentos subnormais ficariam congelados, e não haveria a
necessidade de se prever mais unidades para atendimento desses núcleos.

Com isso, o déficit de novas unidades ficou assim estimado:

Meta 1:

Novas unidades não vinculadas aos assentamentos precários: 3.412


Novas unidades vinculadas aos assentamentos precários: 10.757
Total de novas unidades: 14.169

Meta 10:

Novas unidades não vinculadas aos assentamentos precários: 8.112


Novas unidades vinculadas aos assentamentos precários: 10.757
Total de novas unidades: 18.869

4.2- Parâmetros de custo adotados

Os custos estimados utilizaram os seguintes parâmetros:

Prestação de serviços: Referência – valor médios de contratações similares


realizados pelo município.
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Preço do terreno – R$ 115,08 por m², valor conseguido a partir da média entre valores
venais por m² de glebas vazias (Fonte: Seplan/PMC, 2005) e valores de mercado de
lotes vagos (Fonte: SEHOB/PMC, 2006)

Preço de urbanização de favelas – R$ 12.750 por família, custo médio por família
consolidada obtido nos empreendimentos de urbanização de favelas contratados no
âmbito do PNHIS.

Preço de unidades novas – R$ 45.000 por unidade, preço médio dos valores
praticados na construção de empreendimentos sociais em Cubatão, onde não está
computado o valor do terreno, mas está o valor de colocação de infra-estrutura.

Foi estimado o montante de custos envolvidos em cada ação, com o objetivo de


permitir uma primeira avaliação da possibilidade de implantação dos programas
considerados prioritários no processo de construção da Política.

Estes custos foram pensados para permitir o desenvolvimento de ações num período
de 1 ano e no período de 10 anos, de acordo com os cenários considerados e estão
apresentados a seguir, para os vários programas.

Os dados financeiros devem ser vistos somente como um exercício preliminar, pois não
consideram um componente importante nos custos, que é o custeio envolvido na
execução das atividades. Também foi calculado sem contar com informações sobre
custos internos e externos regionais e locais, que somente poderão ser construídos a
partir do conhecimento existente no setor financeiro da Prefeitura, que deverá ser
necessariamente acionado na definição de metas e prazos para a implementação do
Plano.

4.3- Custos estimados por Programa e Ação

A Tabela a seguir trata das diversas ações propostas pela Política habitacional,
relacionadas segundo uma ordem de prioridade considerada mais apropriada para a
realidade de Cubatão. Como já foi dito, também a ordem de prioridade deve ser objeto
de reavaliação quando da elaboração do Plano Municipal de Habitação de Interesse
Social - PLHIS

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4.2.1 Ações Preventivas

O custo estimado por programa, a exemplo dos demais, está apresentado na planilha a seguir.

Meta 1 Meta 10 Custo Custo PMC Tempo de Possibilid Contrapar


(solução (horizonte envolvido (em reais ) implementa ade de tida (% do
Programa Ações para viabilizar para o de 10 (em reais) ção previsto aporte de aporte de
problema anos) (recursos recursos recursos)
atual) novos) de outras
fontes
1. Integrado de Definir equipe de fiscalização Equipe --- 0,00 custeio 15 dias não ---
Fiscalização de uso e definida
ocupação do solo e Elaborar Programa de Fiscalização Programa Programa 80.000 80.000 120 dias não ---
Controle de Áreas elaborado revisto (Meta 1)
Ocupadas e Passíveis Pactuar Programa com Comunidade Programa
pactuado 80.000 80.000
de Ocupação (Meta 10)
Editar Normativos Competentes Normativos
editados
Implantar Programa de Fiscalização Programa Programa em 0,00 custeio 30 dias não ---
Implantado andamento
Monitorar Programa de Fiscalização Programa Programa 0,00 custeio Após 60 dias não ---
sendo sendo da implantação
monitorado monitorado monitoramento
durante toda a
vigência do
Programa
Adquirir equipamentos Equipament Manutenção 40.000 40.000 30 dias não ---
os dos (Meta 1) (Meta 1)
adquiridos equipamentos 45.000 45.000
(Meta 10) (Meta 2)
2. Programa Municipal Implantar recomendações do Programa Recomenda Novas áreas 1.035.000 0,00 12 meses Sim
de Redução de Risco ções sujeitas ao (Meta 1) Governo do
implantadas Programa 150.000 30.000 Estado
com ações (Meta 10) (Meta 1)
implantadas Sim - FNHIS 20%
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O custo para implantação dos programas foi estimado em R$ 1.155.000,00. Observe-se, contudo, que o Programa de Redução de
Risco estimou custos para núcleos localizados nas cotas da Serra do Mar, núcleos que serão objeto de intervenção por parte do
Governo do Estado, e que portanto esses valores estarão computados no dimensionamento financeiro das atividades implementadas
por este ente.

4.2.2 Ações Corretivas

O programa prioritário tem custo elevado, longo prazo de implementação e, portanto, é necessário definir ações para o tratamento de
cada assentamento desordenado, bem como prioridade de intervenção.

Nesse sentido foi definido com a equipe técnica da Prefeitura que participou da elaboração da Política o tratamento que deve
ser dado a cada caso e a priorização de intervenções, que estão apresentadas na Tabela Abordagem e Priorização de Intervenção
nos Assentamentos Desordenados, apresentada a seguir.

ABORDAGEM E PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÃO NOS ASSENTAMENTOS DESORDENADO


Custo Estimado
Custo Estimado da Intervenção Custo
NOME DA OCUPAÇÃO Nº da Intervenção (Construção de Estimado da
DIRETRIZ PRIORITÁRIA DE ABORDAGEM
IRREGULAR/ PRIORIDADE Imóveis (Urbanização) novas Intervenção
(em mil reais) unidades) TOTAL
(em mil reais (em mil reais)
1 Cota 500 02 REMOÇÃO TOTAL : TOTAL A SER REMOVIDO: 02 --- 90 90
PRIORIDADE: 2

2 Cota 400 200 REMOÇÃO TOTA: TOTAL A SER REMOVIDO: 200 --- 9.000 9.000
PRIORIDADE: 2 OBS.: PREVER RELOCAÇÃO DA POPULAÇÃO
MORADORA MAIS ANTIGA NA MESMA REGIÃO

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Custo Estimado
Custo Estimado da Intervenção Custo
NOME DA OCUPAÇÃO Nº da Intervenção (Construção de Estimado da
DIRETRIZ PRIORITÁRIA DE ABORDAGEM
IRREGULAR/ PRIORIDADE Imóveis (Urbanização) novas Intervenção
(em mil reais) unidades) TOTAL
(em mil reais (em mil reais)
3 Cota 200 2.051 URBANIZAÇÃO/PROJETO ESTIMATIVA TOTAL A SER 16.435 34.290 50.725
PRIORIDADE: 2 REMOVIDO (35% + PMRR): 762

4 Cota 95/100 1.050 URBANIZAÇÃO/PROJETO ESTIMATIVA TOTAL A SER 7.637 20.295 27.932
PRIORIDADE: 2 REMOVIDO (35% + PMRR): 451

5 Pinhal do Miranda/ Grotão 2.500 GROTÃO: REMOÇÃO TOTAL – N.º MORADIAS PINHAL DO GROTÃO: GROTÃO E
PRIORIDADE: 2 ESTIMADAS – 500 MIRANDA: 22.500 PINHAL:
PINHAL DO MIRANDA: URBANIZAÇÃO/PROJETO – 22.950 54.450
REMOÇÃO ESTIMADA (10%) – 200 PINHAL DO
MIRANDA:
9.000
6 Sítio dos Queirozes A e B 120 REMOÇÃO TOTAL --- 5.400 5.400
PRIORIDADE: 1 TOTAL A SER REMOVIDO: 120

7 Água Fria 1.700 REMOÇÃO TOTAL --- 76.500 76.500


PRIORIDADE: 3 TOTAL A SER REMOVIDO: 1.700

8 Fábrica de Sardinha /Pilões 486 REMOÇÃO TOTAL --- 21.870 21.870


PRIORIDADE: 3 TOTAL A SER REMOVIDO: 486

9 Vila São José 1.077 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA/URBANIZAÇÃO 46.080 2.385 48.465


NÃO DEFINIDO TOTAL ESTIMADO DE REMOÇÕES (5%): 53

10 Vila Esperança (*) 5.378 URBANIZAÇÃO/PROJETO 13.232 133.920 147.152


PRIORIDADE: 1 ESTIMATIVA DE REMOÇÃO: 2.976

11 Vila CAIC (*) 599 URBANIZAÇÃO/PROJETO 16.389 (ver obs) 16.389

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Custo Estimado
Custo Estimado da Intervenção Custo
NOME DA OCUPAÇÃO Nº da Intervenção (Construção de Estimado da
DIRETRIZ PRIORITÁRIA DE ABORDAGEM
IRREGULAR/ PRIORIDADE Imóveis (Urbanização) novas Intervenção
(em mil reais) unidades) TOTAL
(em mil reais (em mil reais)
PRIORIDADE 1 ESTIMATIVA DE REMOÇÃO- INCLUIDA EM VILA
ESPERANÇA
12 Costa Muniz/ 250 URBANIZAÇÃO/PROJETO – ESTIMATIVA DE REMOÇÃO: 1.594 5.625 7.219
Curtume 125 (35% + 15%)
PRIORIDADE: 4
13 Pista Ascendente/Km 57 200 URBANIZAÇÃO/PROJETO – ESTIMATIVA DE REMOÇÃO
2.295 900 3.195
PRIORIDADE: 4 (10%): 20
14 Bolsão VII (Remanescente 29 REMOÇÃO TOTAL --- 1.305 1.305
Remoção) TOTAL DE REMOÇÕES: 29
NÃO DEFINIDO
15 Vila dos Pescadores (*) 3.118 URBANIZAÇÃO/PROJETO - ESTIMATIVA DE REMOÇÃO: 30.350 121.950 152.300
PRIORIDADE: 1 2.710

16 Invasões Caraguatá 200 URBANIZAÇÃO/PROJETO - TOTAL ESTIMADO DE 1.275 4.500 5.775


NÃO DEFINIDO REMOÇÃO: 100 (35% + 15%)

17 Vila Noel 100 URBANIZAÇÃO/PROJETO - TOTAL ESTIMADO DE 1.020 900 1.920


PRIORIDADE: 4 REMOÇÃO (20%): 20

18 Pista Descendente da Via 11 CONSOLIDAÇÃO - NENHUMA REMOÇÃO --- --- ---


Anchieta
NÃO DEFINIDO
19 Mantiqueira 99 REMOÇÃO TOTAL - TOTAL DE REMOÇÕES: 99 --- 4.455 4.455
PRIORIDADE: 4

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Custo Estimado
Custo Estimado da Intervenção Custo
NOME DA OCUPAÇÃO Nº da Intervenção (Construção de Estimado da
DIRETRIZ PRIORITÁRIA DE ABORDAGEM
IRREGULAR/ PRIORIDADE Imóveis (Urbanização) novas Intervenção
(em mil reais) unidades) TOTAL
(em mil reais (em mil reais)
20 Papelão/ São Marcos 148 REMOÇÃO TOTAL - TOTAL DE REMOÇÃO: 148 --- 6.660 6.660
PRIORIDADE: 1

21 Invasão do Hospital Ana 53 URBANIZAÇÃO/PROJETO - TOTAL DE REMOÇÃO 612 225 837


Costa ESTIMADA (10%): 5
PRIORIDADE: 4
22 Varandas 21 REMOÇÃO TOTAL 945 945
NÃO DEFINIDO TOTAL DE REMOÇÃO: 21

23 Posto Paulínia 30 REMOÇÃO TOTAL 1.350 1.350


NÃO DEFINIDO TOTAL DE REMOÇÃO: 30

TOTAL 19.422 159.869 484.065 643.934

1ª Prioridade 2ª Prioridade 3ª Prioridade 4ª Prioridade Prioridade não definida

(*)custo estimado pelo projeto

Obs: Utilizou-se para estimativa de custos a média entre os valores médios praticados na Prefeitura (Fonte: Secretaria de Obras) e os valores encontrados nos
projetos em que a Multisetorial tem atuação (Vila Esperança e Bolsão IX) = Unidade Nova – R$ 45.000,00 e Urbanização – R$ 12.750,00/família

Os custos da Ação Corretiva estão apresentados na planilha a seguir.

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Meta 1 Meta 10 Custo Custo PMC Tempo de Possibilid Contrapar


(solução (horizonte de envolvido (em reais ) implementa ade de tida (% do
Programa Ações para viabilizar para o 10 anos) (em reais) ção previsto aporte de aporte de
problema (recursos recursos recursos)
atual) novos) de outras
fontes
1. Programa de Estruturar o Órgão de Gestão e Òrgão de --- (custo custeio 121 dias --- ---
Urbanização de Implementação gestão calculado
Assentamentos estruturado anteriormen
Precários e te)
Irregulares e Elaborar o Programa Programa --- 0,00 custeio 30 dias não ---
elaborado
Reassentamento de
Atualizar o Cadastro de Ocupações em Cadastro Cadastro 0,00 custeio 180 dias --- ---
Moradias localizadas Assentamentos Precários Atualizado atualizado a
em áreas de Risco e de 23 cada 2 anos
de Preservação núcleos
Permanente Editar os Normativos Normativos --- 0,00 custeio 8 dias não ---
editados
Captar recursos para execução dos Recursos Recursos 0,00 custeio 45 dias não ---
projetos (estabelecer Carta de Crédito Captados Captados
Imobiliário)
Desenvolver os projetos. 1ª Iniciar o 5 núcleos 327.901.000 35.120.000(4 6 anos Sim
executar as obras e serviços prioridad urbanização urbanizados núcleos) FNHIS, PAC 20%, 20%
(contratação prioritária para e de 5 núcleos HBB, 20%
as obras de trabalhadores
que morem em Cubatão) 50.000.000 BID ---
(realizar estudo logístico – (Vila dos Governo do ---
transporte e equipamentos – Pescadores Estado
para implantação do projeto) 2ª Iniciar a 5 núcleos 142.197.000 0,00 6 anos Sim
prioridad urbanização/ urbanizados/r Governo do terreno
e remoção de emovidos Estado
5 núcleos
3ª --- 2 núcleos 98.370.000 0,00 6 anos Sim
prioridad removidos Governo do terreno
e Estado

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4ª --- 5 núcleos 17.626.000 3.525.000 6 anos Sim


prioridad urbanizados/r FNHIS 20%
e emovidos HBB 20%
PRÓ- 20%
MORADIA
sem --- Iniciar a 57.840.000 11.568.000 6 anos Sim
prioridad regularização/ FNHIS 20%
e remoção de 5 HBB 20%
definida núcleos PRÓ- 20%
MORADIA
1. Programa de Realizar trabalho social de --- Trabalho 90.270.000 18.054.000 8 anos Sim
Urbanização de acompanhamento pós obras realizado em FNHIS 20%
Assentamentos 17 núcleos HBB 20%
Precários e PRÓ- 20%
MORADIA
Irregulares e
Regularizar juridicamente o --- 17 núcleos 2.447.172 2.447.172 Junto com a não ---
Reassentamento de assentamento regulariza ação de obras
Moradias localizadas dos
em áreas de Risco e
de Preservação
Permanente
(continuação)
2. Programa de Estruturar o Órgão de Gestão e Órgão de --- 0,00 (custos já 121 dias --- ---
Regularização Implementação gestão calculados)
Fundiária de estruturado
Loteamentos e Elaborar Programa (articular convênios Programa --- 0,00 custeio 60 dias não ---
Conjuntos para regularização fundiária com Estado elaborado
e União - SPU)
Habitacionais
Definir Prioridades Prioridades --- 0,00 custeio
Públicos e Privados definidas
Estabelecer convênios com órgãos de Convênios --- 0,00 custeio 15 dias não ---
outras esferas de Governo estabelecido
s
Captar recursos para executar a Recursos --- 0,00 custeio 30 dias não ---
Regularização Captados
2. Programa de Implementar o Programa Programa Loteamentos 300.000 60.000 2 anos Sim
Regularização Implementa e Conjuntos Programa 20%

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Fundiária de do totalmente de
Loteamentos e regulariza Regulariza
Conjuntos Dos ção
Habitacionais (6.954 Fundiária
unidades)
Públicos e Privados
(continuação)
3. Programa de Estabelecer Convênio com Convênio --- 0,00 custeio 60 dias não ---
Ampliação de Infra- Concessionária estabeleci
estrutura de do
Saneamento Básico Definir Plano de Obras Plano --- 0,00 custeio 30 dias não ---
definido
em Loteamentos e
Elaborar Projeto Projetos --- 0,00 --- 150 dias não ---
Bairros na Cidade elaborados (SABESP)
Legal Captar recursos Recursos --- 0,00 --- 45 dias não ---
captados (SABESP)
Realizar as obras de extensão de rede Início de Obras 2.085.000 --- 4 anos Sim 20%
de esgoto obras realizadas em (SABESP) Programa
4.200 Saneamento
moradias Ambiental
Urbano
Realizar obra de estação de tratamento Início de Estação 50.000.000 (terreno) 4 anos Sim 20%
de esgoto obras construída e (SABESP) Programa
operando Saneamento
Ambiental
Urbano
4. Programa de Efetivar parcerias e convênios Parcerias e --- 0,00 custeio 90 dias Sim ---
Assistência Técnica e convênios (Programa
Jurídica para efetivados de
Regularização de Elaborar o programa Programa --- 0,00 custeio Assistência
elaborado Técnica –
Construções, para Mcidades)
Elaborar Normativos e aprovar Normativos --- 0,00 custeio
construção de aprovados
Moradia Econômica e Estabelecer responsável pela Gestão Responsável --- 0,00 custeio 20 dias úteis não ---
iniciativas estabelecido
Autoconstrução Implementar o Programa Programa --- 0,00 custeio 15 dias Sim ---
Implementa (Programa
do de

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Assistência
Técnica –
Mcidades)

Os custos dos programas considerados prioritários estão estimados em R$ 470.398.000 (total) e de todos os programas que compõem
a Ação Corretiva em R$ 736.951.000,00.

4.2.3 Ações de Provisão

A estimativa de custo dos Programas de Provisão está apresentada na Tabela a seguir.

Para o cálculo de custos de provisão de novas unidades, foi utilizado o número de unidades que compõem o déficit habitacional do
município, excluindo-se os números calculados para áreas de risco e desadesamento ou melhoria da condição habitacional de
habitações desordenadas, que foi estimado quando apresentamos os custos de urbanização de núcleos. (Ação Corretiva)

Também foi realizada uma estimativa de unidades a serem construídas em 10 anos, a partir dos números do déficit considerados para
domicílios a serem repostos por depreciação, domicílios necessários ao crescimento demográfico vegetativo e domicílios necessários
para atender o crescimento demográfico migratório.

Adotou-se ainda como parâmetro de atendimento o percentual de famílias com renda até 3 salários mínimos do Município, o percentual
com renda entre 3 e 5 e o percentual com renda superior a 5 salários mínimos, e supôs-se que o primeiro grupo seria atendido pelo
setor público, o segundo grupo através da ação dos próprios moradores em atividades de mutirão e auto-construção, e finalmente o
terceiro pelo setor privado.

Dessa forma, do total de 3.412 unidades que compõem o déficit não vinculado a assentamentos precários, estimou-se que 1.788
unidades serão suplementadas por programas públicos, 775 pela comunidade em associações e 849 pelo setor privado. Da mesma
forma, em 10 anos, o déficit correspondente a domicílios a serem repostos por depreciação, domicílios necessários ao crescimento
demográfico vegetativo e domicílios necessários para atender o crescimento demográfico migratório corresponderá a mais 4.700
unidades, que somadas às 3.412 unidades iniciais representam 8.112 unidades que precisam ser construídas em 10 anos. Neste caso
assumimos que o setor público construirá 4.250 unidades, a comunidade 1.843 e o setor privado 2.019 unidades.

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Utilizou-se ainda uma proporção de 72m² de terreno para a construção de cada moradia, número que computa não só a área residencial
mas a necessidade de sistema viário, áreas verdes e equipamentos comunitários, à semelhança do empreendimento projetado
Imigrantes I e II/Vila Esperança, do qual tiramos esse parâmetro de densidade construtiva.

Meta 1 Possibilid
(em relação Meta 10 Custo Custo Tempo de ade de Contrapar
Programa Ações para viabilizar a solução (horizonte envolvido PMC (em implementa aporte de tida (% do
para o de 10 anos) (em reais) reais ) ção previsto recursos aporte de
problema (recursos de outras recursos)
atual) novos) fontes
1. Programa de Mapear áreas disponíveis Áreas --- 0,00 custeio 45 dias
Oferta de mapeadas
Alternativas de Adquirir áreas (1.788 unidades – Adquiridos Adquiridos 14.814.938 14.814.938 10 anos Sim
Moradia para o Meta 1 e 4.250 unidades Meta 10) 128.736 m² de 306.000 m² de (Meta 1) (Meta 1) Apoio ao (17.000 por
terreno terreno Poder unidade
atendimento da
35.214.480 35.214.480 Público para contraparti
demanda (Meta 10) (Meta 10) Construção da 20%)
habitacional
para
(atendimento do Famílias de
déficit quantitativo Baixa Renda
exceto déficit
ocupações PSH (entre
desordenadas) 3.500 e
6.000 por
moradia)
(atendimento Pró-Moradia (30.000 por
população até 3 SM) unidade
contraparti
da 20%)

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Meta 1 Possibilida
(em relação a Meta 10 Custo Custo PMC Tempo de de de Contrapartida
Programa Ações para viabilizar solução para (horizonte de envolvido (em reais ) implementa aporte de (% do aporte de
o problema 10 anos) (em reais) ção previsto recursos de recursos)
atual) (recursos outras
novos) fontes
1. Programa de Elaborar projetos Elaborados 3 Elaborados 5 450.000 90.000 270 dias Sim
Oferta de projetos para projetos para (Meta 1) (Meta 1) Apoio ao (17.000 por
Alternativas de 1.788 4.250 Poder unidade
Moradia para o unidades unidades 750.000 150.000 Público para contraparti
(Meta 10) (Meta 10) Construção da 20%)
atendimento da habitacional
demanda para
(cont) Famílias de
Baixa Renda
PSH (entre 3.500 e
6.000 por
moradia)
(30.000 por
Pró-Moradia unidade
contraparti
da 20%)
Captar recursos junto ao Governo Recursos Recursos 0,0 custeio 60 dias
Federal e Estadual captados captados
Implementar o Programa/Executar as Programa Obras 80.460.000 50.064.000 4 anos Sim
obras/registrar empreendimento no iniciado executadas/ (Meta 1) (Meta 1) Apoio ao (17.000 por
Cartório empreendimen Poder unidade
to registrado 191.250.000 119.000.000 Público para contraparti
(Meta 10) (meta 10) Construção da 20%)
habitacional
(supondo um PSH (entre 3.500 e
financiamento 6.000 por
de 17.000/ moradia)
unidade) Pró-Moradia (30.000 por
unidade
Contrapartida
20%)

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Meta 1 Possibilida
(em relação a Meta 10 Custo Custo PMC Tempo de de de Contrapart
Programa Ações para viabilizar solução para (horizonte de envolvido (em reais ) implementa aporte de ida (% do
o problema 10 anos) (em reais) ção previsto recursos de aporte de
atual) (recursos outras recursos)
novos) fontes
Acompanhar e avaliar a fase de Pós- --- Pós-Ocupação 1.788.000 1.788.000 1 ano
Ocupação acompanhada (Meta 1) (Meta 1)
e avaliada
4.250.000 4.250.000
(Meta 10) (Meta 10)
2. Programa de Estabelecer instrumentos do Estatuto Instrumentos --- 0,0 custeio imediato não ---
Ampliação de Áreas da Cidade no Plano Diretor incluídos no
com Destinação PD
Habitacional e Definir áreas sujeitas aos Áreas sujeitas --- 0,0 custeio imediato não ---
instrumentos no Plano Diretor definidas
Ampliação de
Regulamentar os instrumentos Instrumentos --- 0,0 custeio 120 dias não ---
Potencial construtivo regulamentado
em áreas ocupadas s
Aprovar a regulamentação na Regulamentaç ---
Câmara ão aprovada
Adequar o Código Tributário Código --- 0,0 custeio 30 dias não ---
Municipal Tributário
adequado
Notificar os proprietários Proprietários --- 0,0 custeio 60 dias não ---
notificados
Implementar os instrumentos --- Instrumentos 0,0 custeio 1 ano não ---
implementados

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Meta 1 Custo Possibilida


(em relação a Meta 10 envolvido Custo PMC Tempo de de de Contrapart
Programa Ações para viabilizar solução para (horizonte de (em reais) (em reais ) implementa aporte de ida (% do
o problema 10 anos) (recursos ção previsto recursos de aporte de
atual) novos) outras recursos)
fontes
3. Programa de Elaborar o programa com Programa --- 0,0 custeio 180 dias não ---
Oferta de Cooperativas/Associações elaborado
Alternativas de Efetivar Convênios e Parcerias Convênios e --- 0,0 custeio não ---
Moradia para o Parcerias
efetivadas
atendimento da
Orientar a captação de recursos Agentes --- 0,0 custeio não ---
demanda – Parceria pelos agentes orientados
Comunidade/Autoge Implementar o programa/Desenvolver Programa Programa 34.964.187 0,00 6 anos Sim
stão projeto/realizar obra/registrar implementa implementado (Meta 1) Carta de (20.000 por
(atendimento do empreendimento do para para 83.147.092 Crédito unidade)
déficit quantitativo construção de construção de (Meta 10) Associativo
exceto déficit 775 unidades 1.843 (custos Crédito (7.500 por
ocupações unidades cooperativa/ Solidário unidade)
desordenadas) associação)
(atendimento Acompanhar e avaliar a fase de Pós- --- Pós-ocupação 775.000 0,00 1 ano não ---
Ocupação acompanhada (Meta 1)
população entre 3 e
e avaliada 1.843.000
5 SM) (Meta 10)
4. Programa de Efetivar Convênios e Convênios e --- 0,0 custeio 90 dias não ---
Oferta de Parcerias/Definir demanda Parcerias
Alternativas de efetivadas
Moradia para o Elaborar projetos/Captar recursos 2 Projetos 4 Projetos 300.000 0,00 180 dias Sim
elaborados elaborados (Meta 1) Carta de (entre
atendimento da
para 849 para 2.019 Crédito 20.000 e
demanda – Parceria unidades unidades 600.000 Associativo 72.000 por
Setor Privado (Meta 10) UH
(atendimento do Apoio à (até
déficit quantitativo Produção de 43.200,01
exceto déficit Habitações por UH)
ocupações PAR (até 40.000
por UH)

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

desordenadas) Implementar o programa/Executar Empreendimen Obras 38.205.000 0,00 3 anos Sim


obras/registrar empreendimento tos iniciados executadas/em (Meta 1) Carta de (entre
(atendimento preendimentos Crédito 20.000 e
população acima de registrados 90.855.000 Associativo 72.000 por
(Meta 10) unidade)
5 SM) (recursos
financiados às Apoio à (até
construtoras) Produção de 43.200,01
Habitações por
unidade)

PAR (até 40.000


por
unidade)
Acompanhar e avaliar a fase de Pós- --- Pós-Ocupação 849.000 0,0 1 ano Sim
Ocupação acompanhada (Meta 1) PAR (até 40.000
e avaliada por
2.019.000 unidade)
(Meta 10)
Obs: Valor médio de terreno urbanizado vazio: Jardim Casqueiro – 243,37 m², Vila Nova – 265,01 m², Parque São Luiz- 187,68 m², Vale Verde – 94,43 m², Ilha Caraguatá – 140,64
m² (Fonte: PMC/Secretaria de Obras- 2006) - Valor médio do valor venal de glebas públicas e privadas – 89,26 (Fonte – Secretaria de Planejameno – 2001)
(*) Para cálculo do valor do terreno foi utilizado um valor médio tomando os três últimos dados de terreno (140,9 m²) e a média do valor venal de glebas (89,26 m²), chegando-se a
uma estimativa de 115,08 m²

Os custos gerais do Programa de Oferta de Alternativas Habitacionais – Setor Público é estimado em R$ 97.512.938,00, para o
atendimento do déficit populacional de população com renda inferior à 3 salários mínimos.

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

4.2.4 Ações Normativas

Da mesma forma que na ação apresentada anteriormente, também neste caso foram estimados os custos dos vários programas, o que
está apresentado na Tabela a seguir.

Meta 1 Possibilida
(em relação Meta 10 Custo Custo Tempo de de de Contra
Programa Ações para viabilizar a solução (horizonte envolvi do pmc (em implementa aporte de Partida (%
para o de 10 anos) (em reais) reais) ção recursos de do aporte
problema (recur sos previsto outras de recur
atual) novos) fontes sos)
1. Revisão do Plano Enviar Plano Diretor para a Câmara Plano Preparativos 0,00 custeio 30 dias não ---
Diretor Regularização Inciso XV Art. 2º do Estatuto da Diretor para revisão
Cidade (normas de simplificação de controle enviado Plano
urbano) Diretor
Aprovar Plano Diretor na Câmara Plano
Diretor
aprovado
2. Elaboração do Definição do conceito de ZEIS a ser adotado ZEIS ---- 0,00 custeio Durante não ---
Decreto de ZEIS no PD definidas Revisão PD
Mapeamento no PD das ZEIS 1, 2 e 3 ZEIS ---- 0,00 custeio Durante não ---
mapeadas Revisão PD
Elaboração do Decreto Decreto ---- 0,00 custeio 45 dias não ---
elaborado
Promulgação do Decreto Decreto ---- 0,00 custeio 5 dias não ---
promulgado
3. Revisão da Lei de Elaborar projeto de Lei de Lei de ---- 80.000,00 16.000 120 dias Sim 20%
Zoneamento e Zoneamento/Parcelamento Zoneamento/ Fortalecimento
Parcelamento Parcelamento da Gestão
elaborada Municipal
Urbana MCid
Enviar PL para a Câmara Municipal PL enviado --- 0,00 custeio 5 dias não ---
Aprovar a Lei na Câmara Municipal PL aprovado ---

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AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Meta 1 Possibilida
(em relação Meta 10 Custo Custo Tempo de de de Contra
Programa Ações para viabilizar a solução (horizonte envolvi do pmc (em implementa aporte de Partida (%
para o de 10 anos) (em reais) reais) ção recursos de do aporte
problema (recur sos previsto outras de recur
atual) novos) fontes sos)
4. Revisão do Código Elaborar projeto de Lei de Código de Obras Código de --- 40.000,00 8.000,00 90 dias Sim 20%
de Obras Obras Fortalecimen
elaborado to da Gestão
Municipal
Urbana -
MCidades
Enviar PL para a Câmara Municipal PL enviado --- 0,00 custeio 5 dias úteis não ---
Aprovar o Código na Câmara Municipal Pl aprovado ---
5. Aprovação do Enviar Código de Postura para Câmara Código de --- 0,00 custeio imediato não ---
Código de Postura Postura
enviado
Aprovar Código de Postura na Câmara Código de ---
Postura
aprovado
6. Elaboração do Elaboração da Lei Código 80.000,00 80.000,00 150 dias não ----
Código Ambiental Realização de Audiências Públicas Ambiental
elaborado
Envio da Lei para a Câmara Lei enviada 0,00 custeio 5 dias não ----
Aprovação na Câmara Lei aprovada

Para a Meta 1 o custo total das ações prioritárias foi estimado em R$ 120.000,00, e o custo total para implementação de todos os
programas previsto na Ação Normativa é da ordem de R$ 200.000,00.

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4.2.5 Ações de Modernização Administrativa e Gestão Participativa

META 1 TEMPO DE POSSIBILI CONTRA


(EM META 10 CUSTO CUSTO IMPLEMENTA DADE DE PARTI
RELAÇÃO (HORIZON ENVOLVI PMC (EM ÇÃO APORTE DA (%
PROGRAMA AÇÕES PARA VIABILIZAR A TE DE 10 DO (EM REAIS ) PREVISTO – DE DO
SOLUÇÃO ANOS) REAIS) META 1(A RECURSOS APORTE
PARA O (RECUR PARTIR DA DE DE
PROBLEMA SOS 1ª AÇÃO OUTRAS RECUR
ATUAL) NOVOS) ENVOLVIDA) FONTES SOS)
1. Estruturação e Criar Comissão para avaliar atual Criar Rever 0,00 0,00 15 dias não ---
Aparelhamento do Setor estrutura e elaborar proposta comissão estrutura da
Responsável pela Habitação área no 2º e
5º ano de
funcionamen
to
Elaborar normativo alterando a Normativos Elaborar 0,00 0,00 30 dias não ---
estrutura atual e criando a nova prontos normati após criação
vos de a da
dequação Comissão
Enviar o normativo para a Câmara Normativos Normativos 0,00 0,00 1 dia (após não ---
enviados enviados normativo
pronto)
Aprovar o normativo na Câmara Normativos Normativos 45 dias
aprovados aprovados
em caráter
de urgência
Criar o órgão gestor Órgão 0,00 0,00 60 dias não ---
funcionando
plenamente
Equipar o órgão gestor e Órgão Equipament 100.000 2.000 (HBB) 180 dias SIM
implementar com recursos materiais completame os com (Meta 1) ou BID-HBB-D 2%
nte equipado manutenção 7.500 (PM
e 300.000 (meta 1) PRÓ- 7,5%
atualização (obs. MORADIA

30
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150.000 3.000 (HBB)


para ou
aquisição) 11.250 (PM)
(meta 10) 150.000
(manutençã
o)
(meta 10)
Dotar o órgão gestor de recursos Dotar o Recursos 0,00 0,00 10 dias não ---
humanos órgão humanos (meta 1)
plenamente corretament
de recursos e 2.500.000 2.500.000
humanos dimensionad (meta 10)
os
Capacitar equipe Realizar 3 Realizar 21 30.000 600 (HBB) 1 ano Sim
cursos de cursos de (meta 1) ou BID-HBB-DI 2%
captação captação 2.250 (PM)
210.000 (meta 1) PRÓ- 7,5%
(meta 10) MORADIA
4.200 (HBB)
ou
15.750 (PM)
(meta 10)
2. Implantação de Definir setor responsável Setor 0,00 custeio
Sistemática de responsável
Monitoramento e Avaliação definido
da Política Habitacional Elaborar Programa de Programa Programa 40.000,00 3.000
Monitoramento e Avaliação elaborado revisto
periodicame
nte
Implementar o programa Programa Programa 0,0 custeio
implantado em
andamento
3. Revisão dos Normativos e Rever normativos do Conselho Normativos Normativos 0,00 --- 7 dias não ---
Constituição do Conselho fundamentados na Lei Federal revistos revistos de 3
Municipal de Habitação em 3 anos
Elaborar PL novo PL PL de 0,00 --- 5 dias não ---
elaborado adequação
elaborado

31
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Sub-Programa Desenvolvimento Institucional
AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Enviar para a Câmara PL enviado 0,00 ---- 1 dia não ---


Aprovar PL na Câmara PL aprovado 45 dias
em caráter
de urgência
Instalar o Conselho Conselho 0,00 ---- 5 dias não ---
instalado
Fornecer recursos humanos e materiais Conselho 15.000 15.000 30 dias não ---
para pleno funcionamento do Conselho funcionando )
plenamente
Implantar Painel Painel 0,00 --- 45 dias não ---
implantado
Implantar Ouvidoria Ouvidoria 20.000 20.000 60 dias não ---
implantada
4. Implantação da Estabelecer normativos Normativos 0,00 --- 151 dias não ---
Sistemática de Participação estabelecido
Direta (Encontros/ s
Conferências) Publicar normativos Normativos 0,00 --- 10 dias não ---
publicados
Divulgar amplamente normativos Normativos 0,00 --- 30 dias não ---
divulgados
Realizar Encontros/Conferências --- 5 Conferên 50.000 50.000 1 a cada 2 não ---
cias/ anos
Encontros
realizados
5. Revisão do Normativo e Rever os normativos do Fundo Normativos 0,00 --- 7 dias não ---
Constituição do Fundo fundamentado na Lei Federal revistos
Municipal de Habitação Elaborar PL PL 0,00 --- 5 dias não ---
elaborado
Enviar PL à Câmara PL enviado 0,00 --- 1 dia não ---
Aprovar na Câmara PL aprovado 45 dias
em caráter
de urgência
Implantar o Fundo Fundo 0,00 --- 30 dias não ---
implantado
Implantar mecanismo de Acompanha 0,00 --- 60 dias não ---
acompanhamento e controle mento e
controle

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implantado
6. Proposição de Política de Estabelecer formas de captação de Formas Atualizadas 60.000 60.000 60 dias não ----
Financiamento e Subsídio recursos definidas periodicame (meta 1) (meta 1)
nte
Definir política de financiamento Política Política
definida revista
periodicame
nte (mínimo 60.000 12.000 Sim 20%
a cada 3 (meta 10) PLHIS
anos)
Definir critérios para subsidiar a Critérios Critérios
demanda definidos revistos
periodicame
nte (a cada
3 anos)
Definir estrutura e forma de Estrutura
administração da Carteira definida
7. Estruturação do Sistema Captar recursos junto ao Governo Contato --- 0,0 custeio --- não ---
de Informação Municipal e Federal e Estadual permanente
Dados de Habitação estabelecido
Elaborar a estruturação do Sistema Sistema Rever 80.000,00 1.600 (HBB) 120 dias Sim
elaborado sistema a ou HBB-BID 2%
cada 3 anos 6.000 (PM)
Elaborar estrutura dos cadastros Cadastro Cadastro (meta 1) PRÓ-
com informações necessárias ao elaborado atualizado MORADIA 7,5%
planejamento e gestão da política permanente
mente
Estabelecer convênio com GESP Convênio --- 0,0 custeio 30 dias não ---
para unificação do cadastro da estabelecido
demanda
Alimentar Sistema de Informações Iniciar Sistema 0,0 custeio 6 anos não ---
Geo-referenciadas alimentação Implantado e (meta 10)
em
manutenção
Adquirir equipamentos e Equipament Equipament 40.000,00 800 (HBB) 180 dias Sim
instrumentos o adquiridos os (meta 1) ou HBB-BID 2%
atualizados 3.000 (PM)

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e mantidos (meta 1) PRÓ-


120.000 MORADIA 7,5%
(Obs. 600 (HBB)
30.000 ou
novas 2.250 (PM)
aquisições
) 90.000
(meta 10) (manuten
ção)
(meta 10)

Definir o órgão gestor do Sistema Órgão --- 0,00 custeio 160 dias não ---
definido
8. Implantação de Cadastro Elaborar a estruturação do Sistema Sistema --- 0,00 custeio
Único Estruturado
Elaborar Cadastros com informações Cadastros --- 0,00 custeio
necessárias ao planejamento e gestão elaborados
da política
Estabelecer convênio com GESP para Convênio Convênio --- custeio
unificação do cadastro da demanda estabelecido em
funcionamen
to
9. Desenvolvimento e Capacitar a equipe envolvida Realizar 1 Realizar 1 10.000 100 (HBB) 210 dias Sim
Capacitação da Equipe curso de curso de (meta 1) 750 (PM) DI HBB-BID 2%
captação capacitação (meta 1)
e 2 de 30.000 300 (HBB) DI PRÓ-
atualização (meta 10) 2.250 (PM) MORADIA 7,5%
(meta 10)

As atividades previstas para implementar os programas priorizados na Ação de Modernização Administrativa e Gestão Participativa
podem ser implantadas num prazo curto (máximo 1 ano) envolvem um pequeno montante de recursos novos, que serão investidos em
material permanente e de consumo para permitir a realização das tarefas e na capacitação dos funcionários para as novas tarefas que
caberão ao órgão gestor da Política Habitacional e executor do Plano Municipal de Habitação.
Para a Meta 1, o custo total dos programas prioritários foi estimado em R$ 165.000,00, enquanto que o custo total de implantação de
todos os programas da Ação Modernização Administrativa e Gestão Participativa foi estimado em R$ 395.000,00.

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4.2 Prioridades e Metas

Este tópico constitui um capítulo do Documento Final da Política habitacional e está


aqui apenas sintetizado. Pelas características do município, as prioridades foram
organizadas em termos de Prioridades de Gestão e Prioridades de Natureza
Programática, uma vez que a implementação das prioridades de natureza programática
implica no cumprimento anterior de diversas prioridades de gestão.

Em seguida é apresentado um ensaio de formulação de metas considerando os


Programas propostos. Estas metas foram discutidas com a equipe municipal em termos
de exercício para orçar a execução da Política Habitacional no período de 10 anos.
Não foram debatidas com a população, pois devem sê-lo no âmbito do processo de
discussão do PLHIS.

4.2.1 Prioridades de Gestão


As prioridades de gestão estão inseridas no Bloco de Ações de Modernização
Administrativa e Gestão Participativa. Foram priorizadas as seguintes ações:
a) Estruturação e Aparelhamento do Setor Responsável pela Habitação
b) Revisão dos Normativos e Constituição do Conselho Municipal de Habitação,
Implantação da Sistemática de Participação Direta;
c) Revisão dos Normativos e Constituição do Fundo Municipal de Habitação,
d) Proposição de Política de Financiamento e Subsídio
e) Estruturação do Sistema de Informação Municipal e Dados de Habitação,
Implantação de Cadastro Único e Capacitação de Equipe
f) Desenvolvimento e Capacitação da Equipe
g) Implantação de Sistemática de Monitoramento e Avaliação da Política
Habitacional

4.2.2 Prioridades de Natureza Programática


Os programas priorizados em conjunto com os técnicos e a população estão agrupados
conforme a natureza da ação, exceto as ações de gestão, apresentadas no tópico
anterior:

4.2.2.1 - Ações de Natureza Preventiva Priorizadas


Foram priorizados os seguintes programas:
a) Programa Integrado de Fiscalização de Uso e Ocupação do Solo e Controle de
Áreas Ocupadas e Passíveis de Ocupação
b) Programa Municipal de Redução de Risco

4.2.2.2 - Ações de Natureza Corretiva Priorizadas


Foram priorizados os seguintes programas:
a) Programa de Urbanização de Assentamentos Precários Irregulares e
Reassentamento de Moradias localizadas em Áreas de Risco e de Preservação
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Permanente e Programa de Regularização Fundiária de Loteamentos e


Conjuntos Habitacionais Públicos na “cidade legal”,
b) Programa de Ampliação de Infra-estrutura de Saneamento Básico em
Loteamentos e Bairros da “cidade legal”,
c) Programa de Assistência Técnica e Jurídica de Regularização de Construções e
à Moradia Econômica/Autoconstrução

4.2.2.3 - Ações de Provisão Priorizadas


Foram priorizados os seguintes programas:
a) Programa de Oferta de Alternativas de Moradia Para o Atendimento da demanda
– Parceria com o Setor Público
b) Programa de Ampliação de Áreas com Destinação Habitacional e Ampliação de
Potencial Construtivo em Áreas Ocupadas
c) Programa de Oferta de Alternativas de Moradia para o atendimento da demanda
– Parceria Comunidade/Autogestão e Programa de Oferta de Alternativas de
Moradia para o atendimento da demanda – Parceria Setor Privado.

4.2.2.4 - Ações de Natureza Normativa Priorizadas


Foram priorizadas as seguintes ações:
a) Revisão do Plano Diretor e Elaboração do Decreto de ZEIS
b) Revisão da Lei de Zoneamento e Parcelamento e Revisão do Código de Obras
c) Aprovação do Código de Posturas
d) Elaboração do Código Ambiental

4.2.2.5 - Ações Integradas Priorizadas


Foram priorizadas as seguintes ações:
a) Plano Municipal de Qualificação Profissional e Geração de Trabalho e Renda e
Programa de Educação Ambiental, e Integração, Ampliação do Acesso e
Melhoria da Eficácia do Atendimento das Políticas de Saúde e Educação, e
Programa de Saúde voltado ao Planejamento Familiar e à Prevenção da
Gravidez Precoce.
b) Integração, Ampliação do Acesso e Melhoria da Eficácia do Atendimento das
Políticas de Cultura e Assistência Social.
c) Política Local de Desenvolvimento Econômico e Ações Integradas de
Segurança.
d) Ampliação dos Programas de Lazer e Esportes para todas as áreas da cidade e
todas as faixas etárias e Plano Municipal de Trânsito e Transporte voltado para
Mobilidade e Acessibilidade.

36
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4.3- Metas da Política Habitacional


A definição de metas é essencialmente uma decisão de política institucional e de
investimentos, cabendo aos técnicos envolvidos na formulação da Política, incluindo a
Consultoria oferecer subsídios para que esta decisão seja tomada. Assim, o
estabelecimento de Metas para Política Habitacional pressupõe, mais que uma
definição de prioridades, a avaliação da capacidade de mobilização de recursos.

Assim, as metas aqui apresentadas constituem uma organização da discussão


necessária à decisão, a ser reformulada a partir da definição de recursos.

Nesta premissa, e considerando o cenário de se poder implementar toda a Política


Habitacional proposta, o exercício de proposição de metas considerou como variável o
prazo. Assim, as metas apontam para a implementação em curto ou médio prazo das
ações que resultam na superação ou enfrentamento dos problemas mais graves, como
situações de risco e comprometimento ambiental, bem como, as ações priorizadas.

manteve-se aqui a formulação das prioridades, e as metas estão apresentadas


divididas por Metas de Gestão e Metas de Natureza Programática. Destaca-se que
entre as metas de gestão há prazo são definidos por terceiros e sua execução é
condição de acesso a recursos.

4.3-1. Metas de Gestão


As metas de gestão referem-se a ações inseridas no Bloco de Ações de Modernização
Administrativa e Gestão Participativa. São as seguintes:

a) Estruturação e Aparelhamento do Setor Responsável pela habitação –


Implementação imediata e emergencial

b) Revisão dos Normativos e Constituição do Conselho Municipal de Habitação –


Implementação imediata e emergencial

c) Implantação da Sistemática de Participação Direta (Encontros/ Conferências) -


Meta: Realizar o próximo encontro/conferência em 2009.

d) Revisão do Normativo e Constituição do Fundo Municipal de Habitação –


implementação imediata e emergencial

e) Proposição de Política de Financiamento e Subsídio - Meta: Contratar Estudo


em 60 dias após a instalação do Conselho Municipal de Habitação, a ser concluído
em 180 dias

f) Estruturação do Sistema de Informação Municipal e Dados de Habitação -


Meta: Iniciar a elaboração do sistema em 120 dias após a implementação do Setor
de Habitação.

g) Implantação de Cadastro Único - Meta: Iniciar a implantação em 160 dias após


implementação do Setor de Habitação.

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h) Desenvolvimento e Capacitação da Equipe - Meta: Realizar uma atividade inicial


de capacitação em 90 dias após a implementação do Setor, inserir capacitação em
todos os contratos de Consultoria e aquisição de programas e equipamentos a
serem firmados e fazer planejamento Anual de acordo com as necessidades.

i) Implantação da Sistemática de Monitoramento e Avaliação da Política


Habitacional - Meta: Iniciar após 1 ano do início da implementação da Política

As ações a, b e d , junto com a elaboração do PLHIS – Plano Municipal de Habitação


de Interesse Social, deverão estar concluídas até Dezembro de 2007, sob pena do
Município ficar inadimplente quanto às condições de acesso aos recursos do FNHIS.

4.3-2. Metas de Natureza Programática


Tendo como base as discussões ocorridas durante a elaboração da política, as
opiniões expressas pelos profissionais e pela população envolvidos, estão
apresentadas a seguir metas de Natureza Programáticas consideradas na elaboração
do Documento Base para o Plano Municipal.

4.3-2.1. Ações Preventivas:

a) Programa Integrado de Fiscalização de uso e ocupação do solo e Controle


de Áreas Ocupadas e Passíveis de Ocupação - Meta: Firmar a parceria com
Estado até o final do ano e implementar o programa a partir do ano de 2008.
b) Programa Municipal de Redução de Risco - Meta: Implementar o programa
em caráter emergencial para as situações de risco indicadas pelo PMRR. O
programa deverá ser implementado pelo CDHU/Governo do Estado dentro dos
projetos de Urbanização/Remoção dos núcleos existentes no interior do parque
da Serra do Mar.

4.3-2.2. Ações Corretivas

a) Programa de Urbanização de Assentamentos Precários e Irregulares e


Reassentamento de Moradias localizadas em Áreas de Risco e de
Preservação Permanente – Este programa tem Metas distintas em função dos
níveis de prioridade estabelecidas para os Assentamentos. São elas

• Meta 1: Elaborar o Cadastro dos Moradores dos Núcleos num prazo de


180 dias após implementação do setor de habitação

• Meta 2: Urbanizar/remover os núcleos das Prioridades 1, 2 e 3, que têm


projetos em andamento com recursos da Prefeitura e de outros agentes
(União e BID) num prazo de 6 anos. Os Núcleos prioridade 1 são: Vila
Esperança, Vila CAIC, Vila dos Pescadores, Papelão/São Marcos; Os
Núcleos prioridade 2 são: Cota 500, Cota 400, Cota 200, Cota 95/100,
Pinhal do Miranda/Grotão e Sítio dos Queirozes; Os Núcleos prioridade 3
são: Água Fria e Fábrica de Sardinha/Pilões. As prioridades 2 e 3 são
programas a serem realizados sem participação nos custos da Prefeitura

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Municipal de Cubatão, sendo gerenciados e desenvolvidos pelo Governo


do Estado de São Paulo através da CDHU.

• Meta 3: Urbanizar/remover os outros núcleos existentes num prazo de 10


anos o restante dos núcleos (prioridade 4 e Não definida): Vila São José,
Costa Muniz/Curtume, Pista Ascendente/km 57, Bolsão VII
(remanescente), Invasões Caraguatá, Vila Noel, Pista Descendente da
Via Anchieta, Mantiqueira, Invasão do Hospital Ana Costa, Varandas e
Posto Paulínea.

b) Programa de Regularização Fundiária de Loteamentos e Conjuntos


Habitacionais Públicos e Privados - Meta: Regularizar 100% das unidades no
prazo de 5 anos.

c) Programa de Ampliação da Infra-estrutura de Saneamento Básico em


Loteamentos e Bairros da Cidade Legal – Os Projetos e obras deste
Programa deverão ser realizados majoritariamente pela SABESP. A Meta de
referência é atender 100% das unidades do município no prazo de 10 anos.

d) Programa de Assistência Técnica e Jurídica para regularização das


construções, para Construção de moradia econômica e iniciativas de Auto-
Construção - Meta: Implementar o programa no 2 ano após a implantação do
Setor de Habitação.

4.3-2.3. Ações de Provisão

a) Programa de Oferta de Alternativas de Moradia para Atendimento da


Demanda – Setor Público – Há Metas distintas neste Programa:
• Meta 1: Construir/viabilizar a construção de 1.788 unidades em 5 anos para
atender população com renda até 3 salários mínimos. ou

• Meta 10: Construir/viabilizar a construção de 4.250 unidades em 10 anos


para atender população com renda até 3 salários mínimos.

• A Meta 1 atende um percentual de 39,8% do déficit existente em 2006 da


demanda fora dos núcleos desordenados, considerando-se que este
percentual corresponde a população com renda até 3 salários mínimos.

• A Meta 10 atende o mesmo percentual, supondo o crescimento da demanda


em 10 anos, estimando-se um crescimento a partir dos números do déficit
considerados para domicílios a serem repostos por depreciação, domicílios
necessários ao crescimento demográfico vegetativo e domicílios necessários
para atender o crescimento demográfico migratório. Na Meta 10 estão
adicionadas as moradias da Meta 1.

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b) Programa de Oferta de Alternativas de Moradia para Atendimento da


Demanda – Parceria Comunidade/Auto-Gestão - Meta: Elaborar Programa, e
estabelecer convênios em 180 dias a partir da implantação do Setor de
Habitação. O Programa deverá construir 775 unidades em 6 anos (Meta 1) ou
1.843 unidades em 10 anos (Meta 10)

c) Programa de Oferta de Alternativas de Moradia para Atendimento da


Demanda – Setor Público - Meta: Efetivar convênios e parcerias com o setor
privado em 90 dias a partir da implantação do Setor de Habitação. O Programa
deverá construir 849 unidades em 3 anos (Meta 1) ou 2.019 unidades em 10
anos (Meta 10)

d) Programa de Ampliação de Áreas com Destinação Habitacional e


Ampliação do Potencial Construtivo em Áreas Ocupadas - Meta: Gravação
como ZEIS de Áreas vazia imediamente, na revisão do Plano Diretor que está
em curso; regulamentar instrumentos do Plano Diretor em 120 dias após sua
sanção e publicação; e implementá-los no prazo de 1 ano.

4.3-2.4. Ações Normativas

a) Revisão do Plano Diretor: Meta: Concluir o processo de discussão e aprovação


até Dezembro de 2.007.

b) Elaboração do Decreto de ZEIS - Meta: Iniciar a elaboração 30 dias após


sanção/publicação do Plano Diretor

c) Revisão da Lei de Zoneamento e Parcelamento - Meta: Iniciar a elaboração em


120 dias após sanção/publicação do Plano Diretor

d) Revisão do Código de Obras - Meta: Iniciar a elaboração em 90 dias após envio


para Câmara da Lei de Zoneamento/Parcelamento

e) Aprovação do Código de Posturas - Meta – depende da Câmara Municipal

f) Elaboração do Código Ambiental - Meta: Iniciar a elaboração em 150 dias após


envio para Câmara da Lei de Zoneamento/Parcelamento.

Não foram definidas metas para as Ações Integradas, porque sua execução depende
de outros órgãos, com os quais deverá ser estabelecido o diálogo, a partir da
constituição do Setor responsável pela execução da Política Habitacional.

Por fim, cabe registrar mais uma vez que as metas descritas acima, são referências a
serem consideradas na elaboração do Plano Municipal de Habitação, mas a sua
formulação final para o Plano deverá ser melhor estudada pelo Setor Responsável pela
Política de Habitação, a partir do dimensionamento de recursos humanos e finaceiros
que contará na sua estruturação inicial, definindo metas para as quais haja os recursos
financeiros necessários e que a equipe consiga dar conta, considerando as prioridades
de curto prazo.
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Assim como as metas elencadas, o exercício de orçamento contido neste documento


deve ser revisto à luz da definição da capacidade real de investimento do município na
habitação, seja considerando os recursos próprios, seja considerando os recursos dos
outros entes. Estas definições são parte importante do Plano de Habitação de Interesse
Social que precisa ser elaborado pela Prefeitura e deve ser discutidos com o Conselho
Municipal e com a Cidade, de modo que sua execução seja claramente pactuada.

4.3 Recursos Necessários para implementação da política

4.4.1 Estimativa Geral de Custos

A partir dos custos estimados para cada programa, foi construída uma planilha de
custos gerais preliminares, cujo objetivo é ilustrar de um lado, que o volume de
recursos envolvidos é demasiadamente grande; e de outro, que é necessário
estabelecer estratégias para captação e uso dos recursos disponíveis.

Essa planilha está apresentada a seguir.

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CUSTOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA (Valores em R$)


(1) PRIORIDADES 1 E 2 PRIORIDADES 1 E 2
META 1 META 10 (2)
AÇÕES PROGRAMAS (META 1) (META 10)
custo total custo PMC custo total custo PMC custo total custo PMC custo total custo PMC
Ação de gestão Estruturação e aparelhamento setor 130.000 9.750 3.140.000 2.686.750 130.000 9.750 3.140.000 2.686.750
Conselho Municipal de Habitação 35.000 35.000 35.000 35.000 35.000 35.000 35.000 35.000
Participação Direta 0 0 50.000 50.000 0 0 50.000 50.000
Fundo 0 0 0 0 0 0 0 0
Política de Financiamento e Subsídio 60.000 60.000 120.000 72.000
Sistema de Informação 130.000 9.750 280.000 104.250
Capacitação 10.000 750 40.000 3.000
Cadastro 0 0 0 0
Monitoramento 40.000 3.000 40.000 3.000
sub-total 405.000 118.250 3.705.000 2.954.000 165.000 44.750 3.225.000 2.771.750
Ação Normativa Plano Diretor 0 0 0 0 0 0 0 0
Decreto ZEIS 0 0 0 0 0 0 0 0
Lei de Zoneamento 80.000 16.000 80.000 16.000 80.000 16.000 80.000 16.000
Código de Obras 40.000 8.000 40.000 8.000 40.000 8.000 40.000 8.000
Código de Postura 0 0 0 0
Código Ambiental 80.000 80.000 80.000 80.000
sub-total 200.000 104.000 200.000 104.000 120.000 24.000 120.000 24.000
Ação Preventiva Fiscalização 120.000 120.000 245.000 136.000 120.000 120.000 245.000 136.000
Redução de Risco 1.035.000 0 1.185.000 30.000 1.035.000 0 1.185.000 30.000
sub-total 1.155.000 120.000 1.430.000 166.000 1.155.000 120.000 1.430.000 166.000
Ação Corretiva Urbanização Assentamentos 472.545.172 37.617.172 736.651.172 70.764.172 472.545.172 37.617.172 736.651.172 70.764.172
Regularização Fundiária 300.000 60.000 300.000 60.000 300.000 60.000 300.000 60.000
Ampliação Saneamento 2.085.000 0 52.085.000 0
Assistência Técnica e Jurídica 0 0 0 0
sub-total 474.930.172 37.677.172 789.036.172 70.824.172 472.845.172 37.677.172 736.951.172 70.824.172
Ação de Provisão Oferta - Setor Público 97.512.938 66.756.938 231.464.480 158.614.480 97.512.938 66.756.938 231.464.480 158.614.480
Ampliação de terrenos 0 0 0 0
Oferta - Comunidade 35.739.187 0 84.990.092 0
Oferta - Iniciativa Privada 39.354.000 0 93.474.000 0
sub-total 172.606.125 66.756.938 409.928.572 158.614.480 97.512.938 66.756.938 231.464.480 158.614.480
TOTAL 649.296.297 104.776.360 1.204.299.744 232.662.652 571.798.110 104.622.860 973.190.652 232.400.402
(1) - Cálculo realizado para possibilitar o atendimento do déficit atual
(2) - Cálculo realizado somando o déficit atual e as necessidades habitacionais para os próximos 10 anos
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Os números mostram a impossibilidade do Município atender sozinho o déficit existente


e futuro dos próximos 10 anos, cujo custo total é da ordem de R$ 1.200 milhões.
Mesmo que se exclua desse número as ações que ficariam a cargo da comunidade e
da iniciativa privada (cerca de R$ 178 milhões), ainda assim o Poder Público precisa
arcar com um bilhão de reais.

Isso aponta para a necessidade de desenvolver estratégias que permitam o


desenvolvimento de soluções mais baratas, e que carreiem recursos privados para a
proposição de soluções.

Nesse sentido uma das questões que deve ser levada em conta é a diretriz de remoção
dos assentamentos desordenados apontada como necessária pela equipe técnica, cujo
custo é extremamente elevado. Mesmo o reassentamento no interior dessas
ocupações deve ser evitado ao máximo, de tal forma que os custos finais sejam
minimizados.

Nesse sentido talvez seja necessário rever algumas diretrizes de projetos em


andamento e propor alternativas que representem soluções adequadas e de menor
custo.

É claro que os custos indiretos da ação também devem ser computados, o que não
fizemos aqui. Referimos-nos aos custos sociais de remoções e reassentamentos e ao
custo ambiental de garantir que determinadas ocupações permaneçam no local onde
essas hoje se encontram. Avaliações nesse sentido podem alterar a estratégia
recomendada acima.

4.4.2 Considerações sobre Orçamento e Capacidade de


Investimento do Município

Os dados disponibilizados do orçamento municipal não permitem uma avaliação mais


precisa da capacidade de investimento da Prefeitura e do montante de recursos que
estarão disponíveis para Habitação.

O diagnóstico mostrou que a maior parte do orçamento municipal é composto de


transferências, sendo os recursos próprios muito pequenos. Acreditamos que para o
Município poder desenvolver um plano de investimento de forma sustentável, será
necessário modificar essa situação, uma vez que recursos transferidos dependem de
condicionantes conjunturais que não estão ao alcance do Município administrar. Dessa
forma o aumento da arrecadação a partir de tributos municipais permite uma maior
segurança no planejamento dos investimentos.

Também foi verificado que determinadas despesas do Executivo são desproporcionais.


É o caso do gasto com o legislativo municipal, que corresponde a 22,49% das
despesas. Também existem informações de que os gastos de custeio são
extremamente elevados, comprometendo o orçamento de investimento.
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Essas questões precisam ser mais bem equacionadas, no momento que o Executivo
planejar a implementação de um programa de investimento contínuo e com valores
elevados, como é o caso do Plano Habitacional.

As informações levantadas sobre o investimento em Habitação realizado pela


Prefeitura nos últimos anos é o seguinte:

Recursos (R$) 2003 2004 2005 2006


Empenhado 230.000 373.885 12.712.169 14.368.523
Liquidado 89.331 8.885 11.150.582 11.813.437
Fonte: Secretaria de Obras, 2007

Percebe-se que nos dois últimos anos os investimentos foram excepcionais para o que
se vinha praticando anteriormente. Não foi possível avaliar, contudo se há condições
de se manter o investimento, será mantido nestes patamares, o que será prioritário
para o Plano.

Supondo que essa capacidade de investimento que a PMC demonstra possa ser
mantida nos próximos 10 anos, poder-se-ia ter um investimento de aproximadamente
R$ 100.000.000.00.

Ainda que o valor seja extremamente elevado e represente um investimento


significativo, ele representa um pouco menos da metade dos recursos que a Prefeitura
precisaria investir para fazer frente nesses 10 anos aos programas definidos.

Os dados orçamentários apresentados no Diagnóstico da Política Habitacional


mostram que o orçamento municipal em 2004 foi de aproximadamente 330 milhões de
reais. Portanto o que se constatar é que o investimento em habitação no ano seguinte
correspondeu a 3,6% do orçamento municipal, o que é um percentual pequeno.

Recomenda-se dessa forma uma avaliação das despesas e um estudo da evolução do


orçamento de tal forma que a Prefeitura possa definir o seu investimento em Habitação
nos próximos 10 anos, considerando apontar um maior percentual de recursos e fazê-
lo de forma continuo e sustentável.

Cabe lembrar que esse esforço representaria a solução de um problema local que tem
um passivo social extremamente elevado (cerca de 54% dos domicílios urbanos estão
em assentamentos desordenados), e apontaria para uma superação do problema ou,
numa visão mais realista, para uma diminuição do mesmo a um patamar facilmente
administrável.

Destacam-se com medidas no âmbito financeiros que são indispensáveis à formulação


e implementação do Plano Habitacional;

• Reestruturar o Orçamento Municipal para habitação;


• Definir o percentual de investimento em Habitação, que é possível ser mantido
ao longo dos próximos 10 anos;

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Prefeitura do Município de Cubatão
PROGRAMA HABITAR BRASIL –BID
Sub-Programa Desenvolvimento Institucional
AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

• Implementar o instrumento Fundo Municipal de Habitação, como forma de definir


aplicação de recursos e aglutinação dos recursos disponíveis,
• Definir rapidamente a política de subsídios e determinar como se dará o retorno
possível dos recursos aplicados,
• Regulamentar os instrumentos do Estatuto da Cidade enunciados no Plano
Diretor, como forma de alimentar o Fundo Municipal de Habitação.

4.4 Necessidade de Áreas para Produção Habitacional


Outro fator que precisa ser considerado na implementação do Plano Habitacional é a
disponibilidade de terrenos urbanos para atender a demanda existente e futura,
principalmente se considerarmos que Cubatão não dispõe de um número elevado de
terrenos urbanos vagos.

A Tabela a seguir apresenta a necessidade estimada, considerando-se que cada


moradia utilizará 72 m² do território, que como já dissemos, é um cálculo que parte da
experiência do Conjunto Habitacional Imigrantes/Vila Esperança.

Necessidade de Terrenos
Ação Atendimento n.º de unidades(*) M²
Corretiva Assentamentos Desordenados Prioridade
1 –Vila Esperança, Vila CAIC, Vila dos 9.243 (**)
Pescadores, Papelão/São Marcos
Assentamentos Desordenados Prioridade
2 – Cota 500, Cota 400, Cota 200, Cota
95/100, Pinhal do Miranda e Grotão e Sítio 1.529 (***) 110.088
dos Queirozes,
Assentamentos Desordenados Prioridade
3 – Água Fria, Fábrica de Sardinha 2.186 157.392
Assentamentos Desordenados Prioridade
4 – Costa Moniz, Pista Ascendente, Vila
Noel, Mantiqueira, Hospital Ana Costa 133 9.576
Assentamentos Desordenados prioridade
não definida – Vila São José, Bolsão VII,
Invasões Caraguatá, Pista Descendente,
Varandas, Posto Paulínia 111 7.992
TOTAL 1 3.959 285.048
De Provisão –
Setor Público 1.788 128.736
(déficit)
TOTAL 2
(assentamentos 5.747 413.784
precários + déficit)
De Provisão –
Setor Público 4.250 306.000
(projeção 10 anos)
TOTAL 3
(assentamento 8.209 591.048
precários + 10 anos)
(*) Para esse cálculo foram computadas as unidades a serem removidas em assentamentos com diretriz de remoção
integral e 20% das unidades relocadas por motivos de desadensamento ou melhoria habitacional, estimando-se que
as restantes 80% serão relocadas no assentamento.
(**) Considerou-se que nesses assentamentos o terreno já está disponibilizado
(***) No caso específico dos Bairros Cota, pelas condições do terreno foi calculado que somente 50% da unidades a
serem relocadas para desadensamento ou melhoria habitacional serão implantadas no assentamento

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PROGRAMA HABITAR BRASIL –BID
Sub-Programa Desenvolvimento Institucional
AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

Dessa forma fica constatado que serão necessários no mínimo 285.000 m² somente
para atendimento das intervenções nos assentamentos desordenados, e quase
414.000 m² para atender esses assentamentos e o déficit existente hoje em Cubatão.

Ainda deve ficar registrado que os cálculos foram feitos somente para parte do déficit
de unidades habitacionais. Se considerarmos que estimamos que a comunidade
construirá 775 unidades do déficit total hoje existente e o setor privado 849 unidades,
veremos ser necessário mais 55.800m² e 61.128m² respectivamente.

Como foi colocado pelo Departamento de Planejamento Urbano não haver


disponibilidade de área para atender essas necessidades, é necessário que o Plano
Diretor estabeleça algumas áreas vazias, ou mesmo áreas sobre restrições ambientais,
como ZEIS. Haverá necessidade de aplicação de instrumentos de controle do valor dos
terrenos e de negociação com os órgãos ambientais, para que a necessidade existente
possa ser suprida.

Os técnicos apontaram entre as alternativas possíveis o licenciamento dos


remanescentes dos Bolsões IX e VII, o estudo e licenciamento do Sítio Capivari e a
área conhecida como “Quadrilátero”. Deverão ser consideradas essas possibilidades e
serem iniciadas gestões junto aos órgãos ambientais de forma a viabilizar o
atendimento habitacional atual e futuro do Município.

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PROGRAMA HABITAR BRASIL –BID
Sub-Programa Desenvolvimento Institucional
AÇÃO: ELABORAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este documento foi elaborado com vistas a subsidiar o processo de formulação do
Plano Municipal de Habitação de Interesse Social – PLHIS, exigência a ser cumprida
pelo município até o final deste ano.

Um Plano Municipal é citado no objeto do contrato firmado entre essa Consultoria e a


Prefeitura Municipal de Habitação, mas não consta do escopo de produtos do Termo
de Referência que define o orçamento e a proposta comercial que orientou a
contratação dos trabalhos. Os trabalhos que levaram à elaboração da Política
Municipal, contudo, acabaram por construir uma série de informações que estavam
além do contratado, que são importantes para o Plano Municipal de Habitação e estas
informações foram consolidadas neste documento, que espelha ainda discussões
ocorridas no processo de elaboração, que precisam ser recuperadas no
desenvolvimento do Plano.

Os normativos do Ministério das Cidades quanto ao escopo do PLHIS, por sua vez, são
posteriores à conclusão do processo de formulação da Política habitacional e prevêem
itens além dos que foram discutidos e formulados no âmbito da Política Habitacional.
Assim, como está estabelecido que a participação dos municípios no SNHIS – Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social deve ser vinculada à elaboração de um
plano com estas características, será necessário o município adequar o presente Plano
a tais exigências. Grande parte dos elementos que deverão constar desse plano, que
são o diagnóstico do setor habitacional, diretrizes, objetivos, linhas programáticas,
fontes de recursos, metas e indicadores, entretanto, já estão trabalhadas na Política
Municipal de Habitação entregue à Prefeitura junto com este documento. Cabe
registrar, ainda, que o Ministério criou uma linha de financiamento própria, a Ação de
Apoio à Elaboração dos Planos Locais de Habitação de Interesse Social, para isto e a
Consultoria apoiou o município na formulação deste pleito.

Os grandes desafios que agora se apresentam para a definição do PLHIS de Cubatão


são o estudo e a definição do percentual de recursos que o Município deverá aplicar na
Política ao longo dos próximos anos e as metas que serão então estabelecidas. Esse
documento trabalhou com um cenário para mostrar a dimensão desse desafio, e nesse
sentido espera ter colaborado para o sucesso da elaboração do plano.

Não obstante as ações que ainda são necessárias, está em andamento a possibilidade
de oferecer aos cidadãos de Cubatão um local de moradia que seja um local de vida e
convívio humano, abrigo e extensão dos moradores, pois como diz o filósofo Gaston
Bachelard1: “A casa é nosso canto no mundo. Ela é, como se diz freqüentemente,
nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. Um cosmos em toda a acepção do
termo. Até a mais modesta habitação, vista intimamente, é bela. /.../ Nessas condições,
se nos perguntassem qual o benefício mais precioso da casa, diríamos: a casa abriga o
devaneio, a casa protege o sonhador, a casa nos permite sonhar em paz. Somente os
pensamentos e as experiências sancionam os valores humanos.”

E oferecer às pessoas a possibilidade de sonhar é o maior valor de uma sociedade.

1
A Poética do Espaço, publicado em 1957.
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