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Robert Cohen

Leite: Alimento ou veneno?

Editora Ground

2005
LEITE: ALIMENTO OU VENENO? - ROBERT COHEN – EDITORA
GROUND – 2005

Comprimidos para dor de cabeça, sprays para nariz entupido,


descongestionantes e anti-histamínicos para aliviar sintomas de alergias
enchem as prateleiras das drogarias e farmácias. São necessários
laxativos para aliviar gases intestinais, inchaço, diarréia e síndrome do
intestino irritado causado por intolerância à lactose, que incomodam ¾ da
humanidade.
Sem o consumo de laticínios, talvez não fossem precisos todos esses
antídotos.
Meticulosamente documentado, escrito num estilo informar e cheio de
vida, pontuado de humor irreverente, este livro vai mostrar que o leite é
um perigo real para a sua saúde.
Não se preocupe com o que você vai por nos flocos de cereais. O autor
oferece muitas sugestões para substituir o leite.

ROBERT COHEN estudou psicologia fisiológica e fez especialização em


psicobiologia no Southampton College da Universidade de Long Island,
além de realizar pesquisas científicas no campo da
psiconeuroendocrinologia onde estudou a influência dos hormônios sobre
a química do cérebro e o comportamento subseqüente dos mamíferos.
Estudou genética, endocrinologia e fez cursos de histologia e fisiologia
dos mamíferos.
Dedicou vários anos de sua vida à pesquisa do material que constitui a
base principal deste livro, documentou a existência de permanente lobby
político que confundiu a opinião que confundiu a opinião pública omitindo
pesquisas que provaram que o leite não é um bom alimento.

LEITE: ALIMENTO OU VENENO?

Lendo este livro você vai descobrir que o LEITE contribui para a
doença cardíaca e aumenta o risco de câncer de mama, que ele não é
uma boa fonte de cálcio e porquê, e ainda que é uma das principais
causas de alergias, muco, congestão e dor de ouvido nas crianças, além
de muitos outros problemas.
O LEITE contém poderosos hormônios de crescimento provenientes
de vacas tratadas com proteína bovina geneticamente modificada. Esta
realidade é fruto de séria controvérsia trazida à luz pela engenharia
genética, e colocou a indústria de laticínios americana sob uma
investigação rigorosa.
Fruto de exaustiva pesquisa, este livro investiga como foram usados
bilhões de dólares da indústria de laticínios norte-americanos para
influenciar a FDA e o Congresso americano assim como a comunidade
científica e médica, enganando o consumidor sobre os perigos do LEITE
e produtos derivados.

ROBERT COHEN
LEITE: ALIMENTO OU VENENO?

Tradução
Dinah Abreu Azevedo

Supervisão técnica
Joaquim Ambrosio Trebbi Gonçalves

JOAQUIM ABROSIO TREBBI GONÇALVES é medico homeopata,


ortomolecular, especialista em cardiologia, nutrição e medicina intensiva.
É responsável pelos Serviços de Nutrição das equipes de Oncologia
clínica, Radio-oncologia, Oncologia pediátrica e Geriatria do Hospital da
Beneficiência POortuguesa de São Paulo
e-mail: ambtg@terra.com.br

Editora Ground Ltda.


Rua Lacedemônia, 68 – Vila Alexandria
04634-020 – São Paulo – Brasil
Tel: (0xx11) 5031.1500 / Fax: 5031.3462
editora@ground.com.br
www.ground.com.br

este livro também pode ser adquirido pela internet:

http://www.livrariasaraiva.com.br/

Lendo este livro você vai descobrir que o 'Leite' contribui para a doença cardíaca e aumenta o risco de câncer
de mama, que ele não é uma boa fonte de cálcio e porquê, e ainda que é uma das principais causas de
alergias, muco, congestão e dor de ouvido nas crianças, além de muitos outros problemas. O Leite contém
poderosos hormônios de crescimento provenientes de vacas tratadas com proteína bovina geneticamente
modificada. Esta realidade é fruto de séria controvérsia trazida à luz pela engenharia genética, e colocou a
indústria de laticínios americana sob uma investigação rigorosa. Fruto de exaustiva pesquisa, este livro
investiga como foram usados bilhões de dólares da indústria de laticínios norte-americana para influenciar a
FDA e o Congresso americano assim como a comunidade científica e médica, enganando o consumidor sobre os
perigos do Leite e produtos dele derivados.

“Esta obra é dedicada a todas as pessoas que convivem com um


grande número de sintomas e doenças sem reconhecer a raiz
alimentar de seus problemas. Podem aprender a reconhecer que a
fonte da juventude para elas, para seus filhos e para as gerações
futuras pode ser revelada depois de eliminar apenas um item de sua
alimentação.”

Agradecimentos

Jane Heimlich, foi você quem riscou o fósforo.

Robert Collier da Monsanto e Richard Teske, da FDA, juntos vocês me


ajudaram a acender o estopim.

Betty Martini, você se tornou minha mestra, e você, Bárbara Mullarkey,


examinou cuidadosamente o meu trabalho. Juntas, alimentaram o fogo.

Richard Kurtz, você providenciou para que o fogo nunca se extinguisse.

Rudy Shur, as brasas ficavam reluzentes quando seu sopro carregado de


oxigênio avivava o fogo, fazendo-o brilhar com redobrado vigor.

Lisa, minha pesquisadora, minha revisora, minha mulher – você fez as


chamas aumentarem.

Jennifer, Sarah, Elizabeth, Nat e Dot – vocês me deram retaguarda e


permitiram que a chama acesa consumisse todas as partes de minha
vida tornando-a cintilante.
Pág. 7
Sumário

Introdução, 9
Prefácio, 13

1. LEITE É SAÚDE: A MENSAGEM DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS, 17

2. UMA BREVE HISTÓRIA DO LEITE NOS ESTADOS UNIDOS, 29

3. O LEITE MUDOU: A ENGENHARIA GENÉTICA, 45

4. CIENTIFICAMENTE COMPROVADO: OS HORMÔNIOS DO LEITE


CONSTITUEM RISCO À SAÚDE, 91

5. O EFEITO DOMINÓ: COMO A FDA ENGANOU OS EUA, 123

6. A TRAMA GANHA CONSISTÊNCIA: O CONLUIO ENTRE A


MONSANTO, A FDA E O CONGRESSO, 157

7. O QUARTO PODER: O QUE DISSERAM SOBRE O “NOVO” LEITE


AO POVO DOS ESTADOS UNIDOS, 205

8. LEITE (NEM TÃO) NATURAL ASSIM, 223

9. CONSUMO DE LEITE: UMA SEGUNDA OPINIÃO DA CLASSE


MÉDICA, 245

10. UMA ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DO LEITE, 275

11. CÂNCER: A LIGAÇÃO ENTRE OS HORMÔNIOS DE


CRESCIMENTO DO LEITE E O CONSUMO DE LATICÍNIOS, 285

12. A VERDADE SOBRE CÁLCIO, OSTEOPOROSE E ALERGIAS AO


LEITE, 299

13. A DOENÇA DA VACA LOUCA, 319

14. ALTERNATIVAS AO LEITE, 329

Notas e referências biblioigráficas, 337


Índice onomástico, 349
Pág. 9

Introdução

Uma das minhas primeiras lembranças é a de meu pai tentando me


convencer a tomar leite. “Chamando todas as vitauras, chamando todas
as viaturas – Jane ainda não terminou o seu copo de leite.” Você talvez
esteja fazendo a mesma pressão sobre seus filhos. Afinal, o leite “não é o
alimento mais perfeito da terra?”. Os nutricionistas insistem em dizer que
precisamos do cálcio do leite para manter ossos fortes. Hoje em dia,
celebridades posam com bigodes de leite.
Você talvez não goste de saber, mas o que lhe disseram a vida inteira
sobre o leite é uma mentira deslavada. Seu copo de leite, mesmo com a
descrição de que contém pouca gordura, está cheio de gordura (o
equivalente a três fatias de bacon), colesterol, antibióticos, bactérias e –
o seu pior ingrediente – pus.
Suspeitei que o leite era um desastre para a saúde na primavera de
1994. Naquela época, enquanto pesquisava para escrever um artigo para
a Health & Healing, um boletim informativo com meio milhão de
assinantes, descobri que a Food and Drug Administration (FDA) tinha
aprovado o uso de um hormônio geneticamente modificado chamado
“hormônio de crescimento bovino recombinado” (ou rBGH, a sigla
do nome em inglês). O suposto objetivo do hormônio, um investimento de
US$ 500 milhões da Monsanto Company, é aumentar a produção do leite
de vaca. Considerando o excesso da produção de leite da década
passada, a justificativa econômica para usar o rGBH continua sendo um
mistério.
Injetar um hormônio de crescimento em pobres vacas indefesas fez
soar um sinal de alarme para mim. Em mais de 20 anos escrevendo
sobre saúde, descobri que quando uma empresa interfere na Mãe
natureza, essa exploração a sangue frio, invariavelmente em função do
lucro econômico, traz sofrimento e doença.
Esse era claramente o caso do hormônio de crescimento bovino. Eu
sabia que, como o passar dos anos, a pasteurização e a
homogeneização tinham destruído quase todos os benefícios naturais do
leite. O hormônio de crescimento era um insulto supremo. Como
disseram os produtores de laticínios, esse hormônio faz as vacas
adoecerem, desenvolvendo mastite, para ser mais específico, uma
doença que requer doses colossais de antibióticos. Por esse motivo, 95%
dos produtores de laticínios recusaram-se a injetar o rGBH em suas
vacas; tempos depois, muitos cederam à pressão.

Pág. 10
Uma das conseqüências mais preocupantes do hormônio do
crescimento bovino é que ele aumenta os níveis de um poderoso
hormônio do crescimento, o IGF-I. O IGF-I é um fator-chave no
crescimento e proliferação do câncer.
A despeito das ameaças à saúde apresentadas pelo hormônio de
crescimento bovino, sou um dos poucos autores que falam de saúde que
tem uma visão crítica da situação. A partir de 1994, a mídia assegura-nos
que o leite de vacas tratadas é praticamente idêntico. Aqui estão citando
literalmente a FDA, a American Medical Association e a Organização
Mundial de Saúde. Poucos se deram ao trabalho de investigar por que
um número crescente de produtores de laticínios e militantes ambientais
opõe-se violentamente ao seu uso.
Não me deixei impressionar por essas afirmações científicas vindas
de cima. Graças a minhas reportagens sobre medicina alternativa, eu
sabia muitíssimo bem que o stablishment médico fica à mercê delas. Os
médicos da corrente dominante continuam dizendo que a terapia com
quelação, um tratamento importante para salvar vidas ameaçadas por
doença cardíaca, é “charlatanismo”, apesar de ser usada há mais de 30
anos como um procedimento seguro e eficaz.
O que era necessário para trazer os efeitos deletérios do rGBH para
primeiro plano era o aparecimento de um cientista intrépido que
enfrentasse os profissionais dessas instituições de prestígio, que falasse
a língua deles, interpretasse dados científicos e revelasse os fatos sobre
a verdadeira natureza do hormônio de crescimento bovino.
Surge Robert Cohen, com grande experiência em pesquisa biológica
e literalmente um homem que assume riscos – uma de suas atividades é
escalar montanhas. Recebi um telefonema do sr. Cohen logo depois da
publicação de meu artigo de julho de 94. Com uma voz extremamente
jovem e cheia de energia, Cohen falou de suas suspeitas de que a
aprovação do hormônio de crescimento bovino por parte da FDA não
representava só um conluio entre a Monsanto e a FDA, mas um
acobertamente de proporções épicas por parte do stablishment científico.
Sua viagem de três anos para descobrir os fatos provaram que ele
estava, infelizmente, certo.
Lendo este livro, você vai descobrir que o leite contribui para a doença
cardíaca e aumenta o risco de câncer de mama. Vai descobrir também
que ele não é uma boa fonte de cálcio e porquê, e ainda que é uma das
principais causas de alergias e muitos outros problemas. Você vai
descobrir que o leite pode até matar o seu bebê.
Cohen não espera que você aceite essas descobertas chocantes sem
provas, por isso, pega você pela mão e mostra as camadas de fraude
científica perpetuada

Pág. 11
pela FDA, com a ajuda das revistas JAMA, Sciente News e até “cadillac”
dos periódicos científicos, a revista Sciente. Na busca de fatos
científicos, Cohen descobriu que a rede de fraudes relativa ao hormônio
de crescimento bovino não envolvia só participantes-chave – FDA e
Monsanto; chegava a membros do Congresso e a autoridades médicas
respeitadas que se transformaram em lobistas da Monsanto. Às vezes,
este livro parece uma história de detetive.
Nosso incansável investigador científico acabou descobrindo a
verdade – evidência inquestionável mostrando que os animais de
laboratório tratados com rGBH desenvolveram câncer, mas não
conseguiu convencer a FDA a reconsiderar a sua aprovação do
hormônio.
Meu marido, o dr. Henry Heimlich, criador da manobra de Heimlich,
teve uma experiência semelhante em suas relações com a American Red
Cross (ARC). Depois de sua descoberta da Manobra – aplicação de
pressão no diafragma no sentido ascendente fazia com que o objeto que
está provocando asfixia salte para fora – ele implorou à ARC que parasse
de ensinar o público a administrar socos nas costas de uma vítima de
asfixia, que só faz o objeto penetrar mais profundamente nas vias
aéreas. Imobilizado pela fraude científica e pela cegueira burocrática,
levou sua questão de vida ou morte ao grande público.
Robert Cohen recebeu o mesmo tratamento. Lendo este livro
meticulosamente documentado, escrito num estilo informal e cheio de
vida, pontuado de humor irreverente, tenho certeza de que você vai
convencer, como eu, de que o LEITE é um perigo para sua saúde. não
se preocupe com o que você vai por nos flocos de cereais. Cohen
oferece muitas sugestões para substituir o leite.
Divulgue as descobertas do autor junto à sua família e seus amigos.
Compre um exemplar para alguém de que você goste. Leve sua
mensagem a sério.

JANE HEIMLICH, autora de What Your Doctor Won’t Tell You

Pág. 13
Prefácio

No verão de 1994, um artigo de um boletim de saúde falava do uso


mais controvertido de uma droga na história da Food and Drug
Administration (FDA) dos Estados Unidos. A Monsanto Agricultural
Company tinha isolado o hormônio de crescimento bovino, produzido
naturalmente pelas vacas. Descobriram uma forma de combinar esse
hormônio com microorganismo, fundindo o material genético das vacas
com a bactéria E. coli para obter um novo produto que, quando reinjetado
nas vacas, resultaria num aumento da produção de leite. Esse novo
hormônio foi batizado de somatotropina bovina recombinante (rBST).
Uma investigação desse novo hormônio e do leite e laticínios obtidos
com ele abriu uma caixa de Pandora cheia de demônios e dilemas que
os produtores de leite desejaram que nunca tivessem sido expostos. Em
conseqüência dessa investigação subseqüente, muitas perguntas foram
feitas. As respostas a elas vão colocar toda a indústria de laticínios dos
Estados Unidos em perigo.
É provável que o consumo de leite seja a base da doença cardíaca e
a explicação do assassino número um dos Estados Unidos. Embora haja
muita discussão sobre o colesterol na alimentação, quando o norte-
americano médio chega aos 52 anos de idade, consumiu em leite e
laticínios o colesterol equivalente a 1 milhão de fatias de bacon. Será que
o leite é a razão pela qual uma em cada oito mulheres norte-americanas
desenvolvem câncer de mama? Será que os cânceres aparecem por
causa dos poderosos hormônios do crescimento encontrados no leite?
Não seria necessário fazer mais pesquisas para investigar as alergias
infantis surgidas em decorrência da reação do corpo às proteínas do leite
bovino? 25 milhões de mulheres norte-americanas com mais de 40 anos
receberam o diagnóstico de artrite deformante e osteoporose. Essas
mulheres ingeriram, em média, 1 litro de leite por dia durante toda a sua
vida adulta. O que poderia ter mantido essas mulheres e seus médicos
cegos para o fato de que tomar leite não as impediu de ter osteoporose?
Talvez sua visão esteja sendo distorcida por milhões de dólares
investidos estrategicamente na compra de anúncios de revistas,
acompanhados de artigos que exaltam as virtudes do cálcio do leite. Não
ficariam surpresos, depois de estudar as pesquisas científicas, ao
descobrir que o cálcio no leite não é adequadamente absorvido e que o
consumo do leite é a causa provável da osteoporose?

Pág. 14
Um número cada vez maior de norte-americanos está se afastando do
leite e eliminando os laticínios de sua dieta. Muitos pais atentos estão
notando que, quando o leite e os laticínios são mudados, também são
eliminados os sintomas causadores de doenças, como cólicas, colite, dor
de ouvido e resfriados nas crianças. Muitas crianças ficam diabéticas. A
pesquisa indica que uma proteína bovina do leite destrói as células beta
produtoras de insulina do pâncreas. 60% das vacas leiteiras dos Estados
Unidos têm o vírus da leucemia. Será que é prudente comer a carne ou
tomar os líquidos corporais desses animais? O objetivo da pasteurização
é matar bactérias e vírus do leite. Mas, em 1985, Chicago sofreu um
acidente terrível quando uma usina de processamento de leite
pasteurizou incorretamente a produção de leite de um dia, quatro
pessoas morreram e 150 mil caíram doentes por envenenamento por
salmonela. Aquele leite contaminado pode ter contido vírus de leucemia,
tuberculose e um número colossal de outros organismos infecciosos.
Não houve documentação para acompanhar os casos subseqüentes de
encefalite, meningite e leucemia.
A FDA já permitiu que os fazendeiros tratassem suas vacas com
pequenas doses de drogas que matam bactérias, o que resultou em
quantidades relativamente pequenas de antibióticos no leite. Os
cientistas do governo reconheceram que os consumidores não deveriam
beber um líquido contendo níveis elevados de antibióticos. Em 1990, o
resíduo-padrão de antibióticos no leite, equivalente a uma parte de 100
milhões, foi multiplicado por 100, passando a ser uma parte por milhão.
Hoje, os fazendeiros tem permissão para dar níveis ainda maiores a seus
animais. Em última instância, depois que as vacas pastam em campos
tratados com pesticidas, seu leite contém uma série de produtos
químicos tóxicos e quase letais.
As barrigas de cerveja estão voltando aos Estados Unidos. Enquanto
sociedade, nunca fomos tão gordos quanto agora. Segundo o Food
Consumption, Prices and Expenditures, 1996, Statistical Bulletin Number
928, publicado pelo Ministério da Agricultura dos Estados Unidos, o
norte-americano médio consumiu 24 galões (aproximadamente 108
litros) de cerveja em 1994. Isso equivale a pouco mais de ¼ litro por dia
por pessoa. O total de leite e laticínios consumidos per capta em 1994
correspondeu a 0,78 litros por dia, mais do triplo da quantidade de
cerveja. Um copo de 0,36 litro de cerveja contém 144 calorias, e
nenhuma gordura. Por outro lado, o copo de 0,36 litro de leite contém
300 calorias e 16 g de gordura. Parece que a cerveja está levando a
fama. Os barrigões das pessoas com excesso de peso deviam ser
chamadas barrigas de leite, e não barrigas de cerveja.
Quando alguém come um bife que contém poderosos hormônios do
crescimento, esses hormônios são destruídos no estômago por potentes
enzimas e ácidos digestivos. Ao tomar o leite, a sabedoria da Mãe
Natureza assegura a

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sobrevivência desses hormônios das proteínas. Os potentes ácidos
estomacais são diluídos pelo leite líquido e a força do ambiente ácido,
medida em pH, muda. O ambiente fica menos ácido, e os hormônios não
são identificados. A maioria dos cientistas não considera esse processo.
As mães e crianças com dor de barriga certamente consideram. Servem
leite quente a seu filho que vai dormir sem dor porque o ácido do
estômago da criança é diluído e acaba.
O sofrimento dos Estados Unidos mal começou. A FDA devia agir
como avalista das necessidades de saúde dos norte-americanos.
Infelizmente, esse órgão é influenciado por certos grupos de interesse,
entre os quais indústria farmacêuticas privadas. As autoridades e
cientistas da FDA costumam achar emprego na indústria privada como
recompensa pelos serviços prestados. O inverso também acontece.
Cientistas e advogados que trabalham para essas companhias também
são muitas vezes empregados pela FDA. Um desses casos aconteceu
em 1990, quando o hormônio de crescimento bovino foi geneticamente
modificado. A Monsanto, fabricante do rBST, enfrentou muitos obstáculos
durante o processo de aprovação de sua nova droga. Não se sabe como,
alguns cientistas da cúpula da Monsanto foram contratados pela FDA
para examinar a pesquisa desse órgão. O advogado da Monsanto
também foi contratado pela FDA para escrever as leis do rótulo da nova
droga. Simultaneamente a essas mudanças de carreira, os lobistas da
Monsanto estavam pagando enormes somas em dinheiro a membros do
Comitê de Agricultura do Congresso, o Subcomitê de Laticínios, Gado e
Aves. Nessa época, esse grupo de 12 congressistas estava examinando
uma lei destinada a rotular o leite que vinha de vacas tratadas com esse
novo hormônio geneticamente modificado. À medida que começou a
enxurrada de dólares, esses congressistas pararam com a legislação do
comitê, onde a lei morreu quando foram encerradas as atividades do
Congresso de 1994. essa lei nunca chegou a ser votada pelo Congresso.
Disseram aos Estados Unidos que o leite de vacas tratadas com o
rBST era idêntico ao leite que vinha sendo tomado há gerações. Não é
verdade. Depois que esse hormônio foi injetado nas vacas, seu leite
continha níveis mais elevados de outro hormônio, o IGF-I (fator-I de
crescimento semelhante à insulina), o mais potente hormônio de
crescimento que ocorre na Natureza. A maior coincidência biológica de
todos os tempos tinha acontecido. O IGF-I das vacas era idêntico ao do
ser humano. O IGF-I é a única exceção, contendo 70 aminoácidos com a
mesma seqüência genética nos seres humanos e nos bovinos. Quando
tomamos leite, estamos tomando o mais poderoso hormônio do
crescimento produzido naturalmente pelo nosso próprio corpo. Mas a
sobrevivência desse hormônio do crescimento no leite é salvaguardada
por mecanismos naturais exclusivos do leite.

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Os hormônios do leite têm efeito sobre o crescimento dos seres
humanos. As proteínas do leite têm efeitos alergênicos. A gordura e o
colesterol contribuem para uma sociedade obesa. Os antibióticos do leite
destroem as propriedades imunorreativas desses mesmos antibióticos
quando eles são necessários. Câncer, doença cardíaca, asma, alergias e
muito mais, são todas possibilidades abertas pelo leite.

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Quem quer que esteja ainda reduzido ao leite não pode acompanhar um
raciocínio acerca do que é justo, porque é uma criancinha. Os adultos,
pelo contrário, tomam alimento sólido, já que, pela prática, têm as
faculdades exercitadas para discernir o que é bom do que é mau.
BÍBLIA SAGRADA, Carta aos Hebreus, 5:13-14

A meu ver, só existe uma razão válida para beber leite ou usar seus
derivados. É simplesmente porque queremos. Porque gostamos e
porque se tornou parte de nossa cultura. Porque nos acostumamos a
seu sabor e textura. Porque gostamos da forma como escorrega em
nossa garganta. Porque os nossos pais fizeram tudo o que podiam por
nós e deram-nos leite desde os primórdios de nossa educação e
condicionamento. Ensinaram-nos a gostar dele. E, depois,
provavelmente a melhor razão é... SORVETE! Já ouvi alguém descrevê-
lo... “como algo pelo que morrer”.
ROBERT M. KRADJIAN, M.D., cirurgião e autor de Save Yourself from
Breast Cancer, BERKELEY BOOKS, NOVA YOIRK, 1994

LEITE é saúde:
A mensagem da Indústria de Laticínios

Centenas de milhões de dólares são investidos todo ano pela


Indústria de Laticínios e pelos processadores de leite para assegurar que
os norte-americanos bebam leite e consumam laticínios. Alguns desses
dólares são usados para pagar a publicidade, e outros tantos são doados
a deputados e senadores que votam nas questões que afetam a Indústria
de Laticínios. A American Dietetic Association (ADA), que promove o uso
do leite e dos laticínios, também recebe por seu trabalho. Uma pequena
parte desses dólares é enviada a universidades para financiar pesquisa
que confirme a mensagem de marketing da Coalização dos Laticínios.
Os norte-americanos adultos reagiriam com repugnância diante da
sugestão de tomar leite humano. E o que dizer do leite dos melhores
amigos do homem, seus cães e gatos? Instintivamente, sabemos que há
substâncias no leite destinadas aos filhotes de cada espécie particular.
Apesar disso, continuamos tomando leite de vaca. Essa prática tornou-se
aceitável. Tomamos um copo bem

Pág. 18
grande de leite, sem saber que também estamos ingerindo potentes
hormônios do crescimento, enormes quantidades de colesterol alimentar,
gordura, proteínas alergênicas, inseticidas, antibióticos, vírus e bactérias.
O leite e os laticínios são a principal fonte da alimentação nos Estados
Unidos. Segundo o Ministério da Agricultura, em 1995 o norte-americano
médio consumiu 394 libras (178,71 kg) de legumes e verduras, 121 libras
(54,88 kg) de frutas frescas e 192 (87,08 kg) libras de farinha e derivados
de cereais, 193 libras (87,54 kg) de carne, aves e peixe e comeu ou
bebeu 584 libras (264,89 kg) de leite e laticínios.

Resumindo:
• laticínios, 584 libras, (264,89 kg),
• legumes e verduras, 394 libras, (178,71 kg),
• carne, 193 libras, (87,54 kg),
• farinha, 192 libras, (87,08 kg),
• frutas frescas, 121 libras, (54,88 kg).

Isso totaliza quase 4 libras (1,81 kg) de comida por dia por pessoa.
Praticamente 40% dessa quantidade são laticínios (40% de 1,81 kg é
igual a 724 gramas). Eis aí uma pirâmide alimentar bem desequilibrada!
O desjejum sem cereais umedecido com leite seria extremamente
sem graça. Biscoitos para comer na ceia sem leite não saciariam a fome.
Entre o desjejum e a ceia consumimos iogurte, pizza e queijo cremoso
em pães. O sorvete é a sobremesa perfeita para qualquer refeição.
Queijo, manteiga, creme de leite e queijo cottage. Seria difícil ficar sem
os laticínios. Para garantir a sua presença na alimentação, a Indústria de
Laticínios investe seu dinheiro para informar sistematicamente os norte-
americanos de que o leite é gostoso e que para assegurar a manutenção
da saúde o seu consumo e dos laticínios deve ser constante.
“Uma bela surpresa bem embaixo de seu nariz!” Essa é a mensagem
promovida pela National Fluid Milg Processors, o braço do marketing da
Indústria de Laticínios dos Estados Unidos. A diretriz é clara. Bigodes de
leite estão na moda. Tome leite e seja belo! Modelos deslumbrantes,
atores, atrizes, heróis esportivos e até o presidente Clinton e Bob Dole
posaram para anúncios de leite, todos afirmando – com o bigode brando
de leite aplicado artificialmente acima do lábio superior – que tomar leite
é saudável e benéfico. Quem contestaria um aval tão esmagador?
Cartazes de rua por todo o território dos Estados Unidos fazem a
pergunta. “Toma leite?” O diretor de cinema Spike Kee é visto nos
outdoors ao longo de estradas e rodovias com seu “bigode de leite”
proclamando a mesma mensagem edificante repetida monotonamente
no rádio e na televisão, impressa em preto e branco-leite nos jornais e
revistas. Os norte-americanos adoram leite. Os norte-americanos
precisam de leite. Homens e mulheres, jovens e velhos. Leite é bom.

Pág. 19
Essa mensagem habilidosamente comercializada é constantemente
reforçada. Se você quiser mais informações, há um convite para ligar
para 1-800 WHY MILK (por quê tomar leite). Quando você telefona, são-
lhe dados conselhos gratuitos e, uma semana depois, você recebe os
prospectos da Indústria de Laticínios. Após sua ligação, logo aparecem
duas brochuras em sua caixa postal. Uma delas declara que “Homens de
verdade tomam leite”; Cal Ripken, Jr., de Baltimore Orioles, é um
“homem de verdade”. Está na capa. Ripken quebrou o recorde de Lou
Gehrig de jogos de beisebol consecutivos das principais confederações
e, segundo esse texto, ainda está se fortalecendo. Steve Young, zagueiro
do San Francisco Forty-Niners também está na capa. O diretor de
cinema Spike Lee acrescenta seu rosto à capa e, para coroar, temos o
cantor Tony Bennett.
Carl Ripken, Jr., segurando um taco de beisebol, sorri na capa, onde
também há uma citação sua: “Com todo o leite desnatado que eu tomo,
meu nome bem que poderia ser Calcium ripken, Jr.,”. A Ripken junta-se o
astro de basquete de Nova YORK, Patrick Ewing, que pergunta: “Você já
viu quanto eu suo? Devo perder uns 4,5 quilos por jogo. E, pelo que sei,
não perco só água. Também perco nutrientes. É por isso que tomo leite.
Ele tem nove nutrientes essenciais de que meu corpo precisa, como
cálcio e potássio. Pensei em falar com os caras de Chicago, mas está na
hora de eles perderem alguma coisa.”
Sou fã do New York Knicks e admirador fervoroso de Patrick Ewing.
Ele faz um belo jogo e sabe competir como poucos. Entretanto, quando
não evita por completo as entrevistas coletivas com a imprensa,
geralmente responde a todas as perguntas com uma ou duas palavras.
Quem realmente conhece Patrick fica impressionado com suas
observações sobre o leite, que cumulativamente chegam a corresponder
aos comentário de toda uma temporada, com as prorrogações incluídas.
Esse atleta deve realmente adorar leite!
O logotipo da National Osteoporosis Foundation aparece na quarta
capa dessa brochura. Em letras maiúsculas: “RECOMENDAÇÃO DE
ESPECIALISTAS”. Em minúsculas, o conselho: “Tome bastante, pouco
não adianta. Os suplementos de cálcio não contêm todos os nutrientes
balanceados que o leite oferece. Além disso, os especialistas
recomendam que você dê preferência aos alimentos para obter os
nutrientes de que seu corpo precisa.” Preferência aos alimentos? Em
outro lugar da quarta capa, os especialistas dizem que “Popeye estava
errado”. Esses especialistas em saúde chegam a advertir que “Espinafre
não é a única solução. Pode conter um pouco de cálcio, mas também
contém certas substâncias que aderem ao cálcio e diminuem sua
absorção. Outras folhas verdes fornecem cálcio, mas em quantidades
menores.”

Pág. 20

Leite: que surpresa!

A maior das duas brochuras mostra uma bela mulher com formas
perfeitas, a pele sem manchas, dentes cor de pérola e um sorriso que
aquece o coração, um rosto capaz de lançar 10 mil navios ao mar. E,
evidentemente, aquele BIGODE DE LEITE que foi tão cuidadosamente
aplicado sobre camadas e camadas de maquiagem acima do lábio
superior da modelo, uma visão que os homens devem realmente achar
irresistível porque resume e sublinha tudo o que é sensual na mulher
norte-americana moderna.
Por quê o leite? Os equívocos dos Estados Unidos

A Indústria de Laticínios acha que está na hora de “corrigir um mal-


entendido em relação ao leite”. Sua mensagem: “Se você der mais suma
olhada nas bebidas mais deliciosas da Mãe Natureza, o leite vai
surpreendê-lo.” Eu não poderia ter pensado numa frase melhor! O
National Fluid Milk Processor Promotion Board (NFMPPB) (Conselho
Nacional de Processadores de Leite Líquido) pergunta: “Por que tanta
gente para de ingerir um dos alimentos naturais mais ricos em nutrientes
que existem?” Respondo à própria pergunta, explica que deve ser “um
simples mal-entendido”.
Essa mensagem lhe é enviadoi pelo pessoal do NFMPPB.

Mito: O leite tem muita gordura e calorias.


Fato: O leite desnatado e o leite a 1% têm pouca ou nenhuma gordura,
mas têm todo o cálcio e outros nutrientes encontrados no leite integral.
Contém menos calorias também.

Mito: Leite é só para crianças.


Fato: Nosso corpo precisa do cálcio e dos nutrientes do leite tanto aos 70
quanto aos 7 anos. Os adultos, e principalmente as mulheres, precdisam
de 1.000 a 1.500 mg de cálcio por dia. Essa é a quantidade fornecida por
três a cinco copos de leite de 240 ml.

Mito: Os adultos podem obter o cálcio de que precisam com


suplementos.
Fato: Os suplementos de cálcio e bebidas enriquecidas com cálcio não
oferecem todos os nutrientes encontrados no leite, como a vitamina D,
potássio e fósforo – que ajudam nosso corpo a usar o cálcio com
eficiência. E o National Institutes of Health diz que alimentos ricos em
cálcio, como os laticínios, são a melhor fonte de cálcio que existe.

Pág. 21
Uma modelo nua na página 9 da brochura traz a mensagem escrita
nas costas: “a beleza dos ossos fortes.” A página 8 informa o leitor que
“Mais de 20 milhões de mulheres norte-americanas sofrem de
osteoporose, uma doença dolorosa que enfraquece os ossos.” Graças a
Deus, o texto explica: “Na verdade, o leite é uma das melhores e mais
ricas fontes de cálcio. Também é uma das maneiras mais fáceis, mais
naturais e mais deliciosas de satisfazer suas necessidades diárias de
cálcio.”

Recomendações dos especialistas


A brochura do NFMPPB foi “criada com a ajuda de um grande número
de especialistas, inclusive chefs de prestígio, nutricionistas diplomados,
médicos e cientistas importantes”. A lista da quarta capa apresenta um
número impressionante de médicos e nutricionistas que fazem parte da
consultoria científica.

Susan I. Barr. Ph. D.

Susan Barr, Ph. D., é a primeira “especialista” apresentada na lista da


página “RECOMENDAÇÕES DOS ESPECIALISTAS”. A dra. Barr é
professora-adjunta de nutrição da Universidade Britânica da Colúmbia. A
dra. Barr teve a bondade de ouvir as perguntas e dar conselhos sobre o
leite. Respondendo a um e-mail, ela disse-me: “Eu hesitaria em me
identificar como uma ‘especialista’ em nutrição e em leite – mas essa é
uma área na qual realmente trabalho... faça as perguntas que vou tentar
responder em um prazo razoável.” Respondi: “O NFMPPB diz que a
senhora é uma especialista. As minhas perguntas são...” ainda estou
esperando uma resposta de Susan Barr, Ph. D. Por quê é apresentada
na lista da quarta capa da brochura “Leite, que surpresa!”, sob o título
“recomendações dos Especialistas”?
Barr é membro do National Institute of Nutrition (NIN) do Canadá, cujo
objetivo e função é aumentar os conhecimentos e melhorar a prática da
nutrição no Canadá. No verão de 1995, o NIN publicou um artigo
intitulado “Os laticínios na alimentação canadense”. Esse artigo conclui:

Os laticínios, nas quantidades recomendadas pelo Canada’s


Food Guide to Healthy (Guia Alimentar Canadense para uma
Dieta Saudável), oferecem um grande número de nutrientes
essenciais para os canadenses de todas as idades. Esses
nutrientes desempenham um papel crucial na manutenção da
saúde e na prevenção de doenças que mais prejudicam a
saúde e o bem-estar

Pág. 22

De nossa população: doenças cardiovasculares, cânceres,


osteoporose e hipertensão. Mas é importante escolher mais
freqüentemente os produtos com menos gordura, dada a
relação das gorduras ou certos tipos de gorduras com algumas
dessas doenças. Para garantir um consumo adequado de
vitamina D e manter a ingestão de leite dentro das quantidades
recomendadas, o leite líquido provavelmente contribui com pelo
menos metade do número recomendado de porções.

Eis algumas afirmações interessantes do artigo:


1. Os laticínios são uma fonte significativa de gordura, gorduras
saturadas e colesterol; está comprovado que todos eles aumentar
o colesterol do sangue e o risco de doenças cardiovasculares.
2. Estudos epidemiológicos sugerem uma relação relativamente
importante entre as gorduras da alimentação e o câncer colorretal.
3. Alguns estudos mostraram uma associação positiva entre o
consumo de leite e o câncer ovariano.

Suzanne Oparil. Ph. D.

Suzanne Oparil, Ph. D., é professora de medicina da Universidade de


Alabama. Segundo o NFMPPB, é a atual presidenta da American Heart
Association. Também é assessora nacional da Campanha de Nutrição e
Saúde Feminina da American Dietetic Association. Belo currículo, ela
também consta da lista que assina as “RECOMENDAÇÕES DE
ESPECIALISTAS” na quarta capa da brochura do leite. Escrevi à dra.
Oparil perguntando: “Eu gostaria de discutir sobre o leite, os hormônios
do leite e outros fatores do leite que podem afetar a doença cardíaca.
Disseram-me que a dra. Oparil era A especialista. Estou errado?” A dra.
Oparil escreveu-me dizendo que “não era a especialista que eu devia
procurar”.

Robert P. Heaney. M.D.

Os processadores de leite nos dizem que Robert P. Heaney, M.D.,


também faz parte do grupo seleto de especialistas cujas recomendações
devemos seguir? Mesmo que o dr. Heaney tenha acreditado um dia que
o leite era a melhor forma de obter cálcio na alimentação, não acredita
mais. Perguntaram-lhe recentemente se o leite era a melhor forma de
obter cálcio, e ele respondeu: “Não é verdade.” O dr. Heaney também é
apresentado como especialista em cálcio e professor de medicina da

Pág. 23
Escola de Medicina da Universidade Creighton de Omaha, Nebrasca.
Esse especialista em leite aceitou a evidência de um estudo publicado no
número de junho de 1995 do periódico The American College of
Nutrition. Esse artigo revela que as pessoas absorvem apenas 25% do
cálcio do leite, mas absorvem 42% do cálcio do suco de maçã. Ficamos
nos perguntando se o dr. Heaney ainda é considerado um “especialista”
pela Indústria de Laticínios.

Quanto leite tomamos?

O Ministério da Agricultura dos Estados Unidos publica um folheto


contendo dados anuais sobre o consumo de alimentos dos norte-
americanos. As informações dessa publicação de 1997 incluem dados
desde 1970 até o último ano em que eles foram coletados, 1995. O
resumo (p.vii) revela o seguinte: “O aumento do consumo de leite com
pouca gordura e do leite desnatado, em vez do leite integral, tem sido
substancial. Mas o uso global da gordura do leite não caiu, porque o
consumo de queijo subir vertiginosamente.”
Os cálculos do Ministério da Agricultura em relação aos laticínios são
um pouco enganosos. Qualquer que seja o nome que lhe queiram dar,
leite é leite. Mas queijo não é leite. É uma forma concentrada de leite.
Um indivíduo que consome 1 libra (453,59 gramas) de leite todo dia vai
consumir 365 libras (165,56 kg) de leite por ano. Portanto, um indivíduo
que consome 365 libras (165,56 kg) de queijo, sorvete ou manteiga está
consumindo o mesmo peso em libras, mas diferentes proporções de
fatores concentrados nos laticínios. Os fornecedores de leite e os
processadores de alimentos são pagos por peso, não por volume líquido.
As pessoas comem libras de queijo e bebem libras de leite. Quanto leite
toma o norte-americano médio? Para entender a influência dos laticínios
na alimentação, é preciso considerar os fatores de conversão.
São necessárias 21.1 libras (9,57 kg) de leite para fabricar 1 libra
(453,59 gramas) de manteiga; portanto, as 4.5 libras (2,04 kg) de
manteira que todo norte-americano consumiu em 1995 convertem-se em
95.4 libras (43,27 kg) de leite usadas para fabricar essa manteiga.

São necessárias 10 libras de leite para fazer 1 libra de queijo.


São necessárias 12 libras de leite para fazer 1 libra de sorvete.
São necessárias 2.1 libras de leite para fazer 1 libra de leite
condensado.
São necessárias 11 libras de leite para fazer 1 libra de leite em pó
desnatado.
São necessárias 7.4 libras de leite para fazer 1 libra de leite em pó
integral.

O Ministério da Agricultura publica os fatores de conversão e a média


anual do total do consumo para cada produto. Em 1995, cada norte-
americano consumiu

Pág. 24
15.9 libras (7,21 kg) de sorvete. Como cada libra de sorvete precisa de
12 libras de leite, o total de consumo de produtos do leite (gordura,
proteínas do leite, etc.) é igual a 12 x 15.9 = 190.8 libras de leite. Os
dados apresentados a seguir baseiam-se num total de 260.341.000
norte-americanos no ano de 1995. O Ministério da Agricultura revela que
o norte-americano médio consumiu 584 libras de leite e laticínios em
1995. A quantidade de leite necessária para fabricar os diversos laticínios
que os norte-americanos consomem de fato (sorvete, manteiga, queijo
etc.) foi muito maior do que o indicado pelas estatísticas do Ministério da
Agricultura.
Consumo per capta de 1995 em libras

Alimento Consumo em Fator de Consumo de


libras conversão leite*
Manteiga 4.5 21.2 95.40
Leite integral 72.1 1.0 72.10
Leite a 2% 69.1 1.0 69.10
Leite a 1% 22.0 1.0 22.00
Leite desnatado 33.7 1.0 33.70
Leite com sabor 10.4 1,0 10.40
e aroma
artificiais
Creme de leite 8.7 1.0 8.70
Queijo 27.7 10.0 277.00
Queijo cottage 2.6 4.0 10.40
Sorvete 15.9 12.0 190.80
Sorvete de leite 7.6 6.0 45.60
desnatado
Shebert 1.3 4.5 5.85
Outros produtos 4.8 1.0 4.80
gelados
Leite 6.4 2.1 13.44
condensado
Leite em pó 0.4 7.4 2.96
Leite em pó 3.8 11.0 41.80
desnatado
Soro em pó 3.5 8.0 28.00
* consumo de leite depois da conversão

Consumo Anual Total de Laticínios _______________ 932.05 libras

Pág. 25
Dividindo o número de libras de leite e laticínios consumidos todo ano
pelo norte-americano médio (932.05) pelo número de dias do ano (365),
descobrimos que foram necessárias 2.55 libras de leite para suprir o
consumo diário de laticínios desse norte-americano típico.
Conseqüentemente, em 1995, 10 milhões de vacas tiveram de produzir
663 milhões de libras de leite todos os dias, para assegurar que todo
homem, mulher e criança dos Estados Unidos tivesse o seu bigode de
leite. O Ministério da Agricultura revela que 152 bilhões de libras de leite
foram produzidas pelas vacas leiteiras dos Estados Unidos em 1995. o
que corresponde a 416 milhões de libras por dia.
A discrepância do leite

Os números não batem! O Ministério da Agricultura dos Estados


Unidos diz que 416 milhões de libras de leite são produzidas todos os
dias mas os números publicados pelo mesmo órgão revelam que 663
milhões de libras são produzidas diariamente. Estão faltando 247 milhões
de libras de leite por dia. Para onde foram? Por quê estão faltando? É
possível entender que quando toda a gordura do leite integral é
transformada em manteiga, sobra alguma coisa. Essa sobra, que é
proteína de leite sem gordura, é usada para fazer leite em pó desnatado,
que é acrescentado a muitos produtos comerciais diferentes para lhes
aumentar o volume ou o peso. O Ministério da Agricultura não acusa a
perda, nem nota a discrepância.
Provavelmente há uma sobreposição de vários produtos, dependendo
dos cálculos de equivalência em leite feitos para descobrir o conteúdo
em gordura do leite. O Ministério da Agricultura não publica dados
completos, e cálculos detalhados e rigorosos relativos a esses dados são
praticamente impossíveis de fazer.
Considere o seguinte: os produtores de laticínios dos Estados Unidos
pagam 15 centavos de dólar ao Dairy Marketing Board (Conselho de
Marketing de Laticínios) por cada 100 libras de leite que produzem. Isso
significa que, se o Ministério da Agricultura estiver certo e 416 milhões de
libras de leite são produzidas diariamente, então do Dairy Marketing
Board arrecada US$ 228 milhões de dólares por ano para “comercializar”
leite e laticínios. Mas, se forem produzidas 663 milhões de libras de leite
diariamente, então a Indústria de Laticínios recebe US$ 364 milhões por
ano. Quanto a Indústria de Laticínios recebe dos produtores de leite?
US$ 228 milhões ou US$ 364 milhões? Será que alguém, além da
Indústria de Laticínios confere esses números? Uma mensagem deixada
numa linha direta de telefone, a 1-800 WHY MILK, relativa a essa
diferença nos números, não teve resposta.

Pág. 26
Dizem que o leite é o alimento mais perfeito da face da terra. Quem
diz isso? A Indústria de Laticínios? Nossas mães? Desde a infância
aceitamos o mito e pomos em prática de que o leite é essencial para o
crescimento e para ter saúde. Observando a tabela da página 24,
constatamos que são necessárias 5 ¼ de libras de leite para fazer um
tablete de manteiga. Divida esse tablete de manteiga em cinco pedaços.
Um pedaço é usado para fritar seus ovos e para passar no pão – isso
equivale a aproximadamente 1 libra de leite (mais ou menos meio litro).
Os pais e mães norte-americanos usam o leite para fazer do preparo
do desjejum uma atividade que dura 30 segundos. Uma porção de flocos
de cereal colocados numa tigela, temperados com açúcar e amolecidos
com um belo leite frio assegura uma refeição nutritiva e “saudável” para o
Júnior comer antes de ir para a escola. Os ovos levam alguns minutos
para preparar. Toda criança gostaria de comer um omelete, duas fatias
de torrada de pão integral com manteiga, suco feito na hora. Se a
mamãe ou o papai tivesse tempo... Corta, despeja os cereais, abre,
derrama o leite, adoça, come e já para a escola.
Nutricionistas, médicos da família, professores, todos concordam que
o leite ajuda a ter um corpo forte, e que é um item importante na
alimentação de todo norte-americano.

(este é somente um pequeno trecho do livro. Continua até à página 354)

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