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RURAL
http://www.farolweb.com.br/turismo/sao_luis/index_sao_luis.html
MÓDULO DE CARTOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO
Objetivo
O objetivo deste Módulo é fornecer subsídios para o entendimento dos fundamentos básicos da
cartografia, a fim de possibilitar ao aluno a leitura do material cartográfico disponível, ou seja,
do modelo bidimensional da superfície terrestre, para fins de localização geográfica e
compreensão da organização do espaço, do ponto de vista planimétrico e altimétrico. E ainda
proporcionar noções da cartografia para uso nos sistemas de informação geográfica no processo
de representação gráfica dos fenômenos espaciais.
Ementa
A Relação entre Cartografia e Geoprocessamento. A base cartográfica do país: a carta
topográfica. Localização geográfica: coordenadas geográficas. Superfície de referência: o
elipsóide; datum vertical e horizontal; novas perspectivas para o país. Projeções cartográficas:
aspectos gerais; a projeção UTM; a questão dos fusos no SIG; coordenadas planimétricas;
aplicações práticas. Noções de escala; articulação das cartas no mapeamento sistemático do
Brasil; precisão cartográfica. Representação altimétrica nas cartas topográficas: as curvas de
nível; aplicações no SIG. O recurso da representação gráfica no SIG: a semiologia gráfica.
Aspectos da generalização cartográfica. Integração de dados de diversas fontes: o sensoriamento
remoto, a questão da correção geométrica e do registro de imagens; noções básicas e uso do
GPS, introdução ao SIG SPRING.
Data - Período
30/03, 31/03 , 01/04.
1- Cartografia
Cartografia é a ciência e a arte de expressar graficamente o conhecimento humano da superfície
terrestre, por meio de representações gráficas.
Dentre as principais representações cartográficas destacam-se o globo, os mapas, as cartas
topográficas, as cartas temáticas e as planta.
As inovações tecnológicas e científicas têm levado a uma revisão do conceito tradicional de
cartografia, que passa a ser vista como a organização, apresentação, comunicação e utilização de
geo-informação em forma gráfica, digital ou táctil (Taylor, 1991).
A evolução da cartografia também foi incrementada pelas guerras, pelas descobertas científicas,
pelo desenvolvimento das artes e ciências, pelos movimentos históricos que possibilitaram e
exigiram, cada vez mais, maior precisão na representação gráfica da superfície terrestre.
No século XX, a grande revolução na cartografia foi determinada, principalmente pelo emprego
da aerofotogrametria e pela introdução da eletrônica no instrumental necessário aos
levantamentos.
TIPOS DE LEVANTAMENTOS
Mapeamento - > Processo de construção de um documento cartográfico, que tem seu início na
organização sistêmica dos dados e informações provenientes de diversos levantamentos.
Levantamento -> Caracteriza-se pela realização de medidas e observações, coleta de dados e a
seleção de documentos existentes, com o objetivo de elaborar uma informação cartográfica.
Para estas atividades utiliza-se equipamentos e técnicas da Topografia como teodolito, estação
total, nível, trena. Sendo que esses equipamentos estão sendo gradativamente substituídos e/ou
complementados (dependendo do caso) pelo GPS.
O GPS é um importante aliado nos serviços que exigem informações de posicionamento
confiáveis, dada a rapidez e segurança nos dados que fornece.
Exemplos de aplicações: locação de obras na construção civil, como estradas, barragens, pontes,
túneis, etc.
Alguns casos atendidos pelo GPS são impossíveis através da Topografia, como o monitoramento
contínuo de veículos (automóveis, aviões ou navios). Dentre muitas, outra grande vantagem do
GPS é a não necessidade de intervisibilidade entre as estações em determinadas áreas.
Sistemas Orbitais (Landsat, Spot, CBERS, IKONOS, etc.) -> Imagens Orbitais
Entender um mapa não é apenas saber localizar geograficamente a partir das coordenadas um
rio, uma cidade, uma estrada ou qualquer outro fenômeno em um mapa. É compreender que o
mapa é a representação de um espaço real, um modelo, transmitido em linguagem cartográfica
que se utiliza de 3 elementos básicos: sistema de signos, redução e projeção. Entender mapas,
portanto, significa dominar essa linguagem cartográfica. É entender o espaço em uma
representação bidimensional
A cartografia divide-se basicamente em dois ramos principais: o temático e o topográfico.
O ramo topográfico trata os detalhes planialtimétricos, que incluem aspectos naturais e artificiais
de uma área tomada de uma superfície planetária, possibilitando a determinação de altitudes
através de curvas de nível, a avaliação precisa de direções e distâncias, e a localização de
detalhes, com grau de precisão compatível com a escala. Produto: Carta topográfica.
Para que cada ponto da superfície terrestre possa ser localizado, existe um sistema de linhas
imaginárias ao redor do globo, essas linhas são representadas nas cartas pelos meridianos e
paralelos. Cada ponto na superfície é dado em termos de sua Latitude e Longitude constituindo
essas as coordenadas geográficas.
As coordenadas geográficas baseiam-se em 2 linhas: o Equador e o Meridiano de Greenwich.
• Latitude: é ângulo de arco norte-sul em relação ao Equador, ou seja, é o arco contado
sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o local considerado.
Varia de 0o a 90o, sendo convencionado + para Norte e – para o Sul.
• Longitude: é ângulo de arco leste-oeste do Meridiano Principal, ou seja, é o arco contado
ao longo do paralelo do ponto, que vai do Meridiano de Greenwich até o meridiano
considerado.
Varia de 0o a 180o, sendo convencionado – para oeste e + para leste de Greenwich.
Possuindo-se os ângulos de latitude e longitude de um local estão determinadas as coordenadas
geográficas do mesmo.
O mapeamento sistemático do Brasil é feito na projeção UTM (1:250 000, 1:100 000, 1:50 000).
Relacionam-se, a seguir, suas principais características:
• a superfície de projeção é um cilindro transverso e a projeção é conforme;
• o meridiano central da região de interesse, o equador e os meridianos situados a 90o do
meridiano central são representados por retas;
• os outros meridianos e os paralelos são curvas complexas;
• o meridiano central pode ser representado em verdadeira grandeza;
• a escala aumenta com a distância em relação ao meridiano central. A 90o deste, a escala
torna-se infinita;
• a Terra é dividida em 60 fusos ou zonas de 6o de longitude. O cilindro transverso adotado
como superfície de projeção assume 60 posições diferentes, já que seu eixo mantém-se
sempre perpendicular ao meridiano central de cada fuso ou zona;
• aplica-se ao meridiano central de cada fuso ou zona um fator de redução de escala igual a
0,9996, para minimizar as variações de escala dentro do fuso ou zona. Como
conseqüência, existem duas linhas aproximadamente retas, uma a leste e outra a oeste,
distantes cerca de 1o 37' do meridiano central, representadas em verdadeira grandeza;
• apesar da característica "universal" de projeção, enfatiza-se que o elipsóide de referência
varia em função da região da superfície terrestre.
Datum
Para caracterizar um datum utiliza-se uma superfície de referência posicionada em relação à
Terra real. Trata-se, portanto, de um modelo matemático que substitui a Terra real nas aplicações
cartográficas.
Um datum planimétrico ou horizontal é estabelecido a partir da latitude e da longitude de um
ponto inicial, do azimute de uma linha que parte deste ponto e de duas constantes necessárias
para definir o elipsóide de referência. Assim, forma-se a base para o cálculo dos levantamentos
de controle horizontal.
Existe também o conceito de datum vertical, que refere-se às altitudes medidas na superfície
terrestre.
Os mapas mais antigos do Brasil adotavam o datum planimétrico Córrego Alegre. Mais
recentemente, o datum planimétrico SAD-69 passou a ser utilizado como referência.
Modernamente, com o advento das medições GPS, tem sido comum o emprego do datum
planimétrico global WGS-84.
• Córrego Alegre
Latitude: 19o 45' 41.34" S
Longitude: 48o 06' 07.08" W
• SAD 69
Latitude: 19o 45' 41.6527" S
Longitude: 48o 06' 04.0639" W
Modelos de Elipsóide
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/
Para fins práticos, aproxima-se a Terra por um elipsóide de revolução. Elipsóide de revolução é
um sólido gerado pela rotação de uma elipse em torno do eixo dos pólos (eixo menor).
Estudos geodésicos apresentam valores levemente diferentes para os elementos do elipsóide,
medidos nos vários pontos da Terra. Assim, cada região deve adotar como referência o elipsóide
mais indicado.
No Brasil adotou-se o elipsóide de Hayford, cujas dimensões foram consideradas as mais
convenientes para a América do Sul. Atualmente, no entanto, utiliza-se com mais freqüência o
elipsóide da União Astronômica Internacional, homologado em 1967 pela Associação
Internacional de Geodésia, que passou a se chamar elipsóide de referência 1967.
O elipsóide de Hayford é utilizado pelo datum Córrego Alegre e o elipsóide de referência 1967 ,
ou seja, o da União Astronômica Internacional, é utilizado pelo Datum SAD-69.
A tabela a seguir ilustra os parâmetros dos dois elipsóides.
Sistema UTM
O sistema de coordenadas UTM divide a Terra em 60 fusos de 6o de Longitude cada um (Figura),
que são numerados de 1 a 60, com início no antemeridiano de Greenwich e contado no sentido
oeste-leste até chegar a zona 60.
Além das coordenadas geográficas, muitas cartas são construídas em coordenadas plano-
retangulares, que correspondem matematicamente às coordenadas geográficas da Terra.
Fuso do Sistema de Projeção UTM
OBS:
de origem, portanto, é 45°W. No caso da projeção de Gauss, usada em cartas topográficas antigas
no Brasil, a longitude de origem equivale aos limites das cartas ao milionésimo. Para verificar
estes valores sugere-se o uso da figura apresentada abaixo.
Latitude de origem: Corresponde a um paralelo de referência escolhido para posicionar o eixo x
do sistema de coordenadas planas ou de projeção. A latitude de origem costuma ser o equador
para a maior parte das projeções. Nas cartas ao milionésimo, que usam a projeção cônica
conforme de Lambert, adota-se sempre o paralelo superior de cada carta como latitude de
origem.
ESCALA
A representação da superfície terrestre sob a forma de carta implica na representação de uma
superfície muito grande sobre outra de dimensões bastante reduzidas.
Daí decorrem 2 problemas:
1) determinados detalhes não permitem uma redução pronunciada, pois se tornariam
imperceptíveis.
Solução: Convenção Cartográfica
2) necessidade de reduzirmos as proporções dos acidentes a representar a fim de que seja
possível representá-los dentro das dimensões que foram estabelecidas para a carta.
Solução: Escala
Escala Numérica
Escala = medida sobre a carta = medida gráfica (d)
medida sobre o terreno = medida real (D)
E=1 = d
N D
D=d x N
Regra de três
Escala Gráfica
A escala gráfica é representada por um segmento de reta graduado, pode ser uma linha ou uma
barra, subdividida em partes denominadas de talões. Cada talão apresenta a relação de seu
comprimento com o correspondente no terreno. O talão deve ser preferencialmente um número
inteiro.
PRECISÃO GRÁFICA
É a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em desenho na mencionada
Escala.
A experiência demonstrou que o menor comprimento gráfico que se pode representar em um
desenho é de 1/5 de milímetro ou 0,2 mm, sendo este o erro admissível.
Fixado esse limite prático, pode-se determinar o erro tolerável nas medições cujo desenho deve
ser feito em determinada escala. O erro de medição permitido será calculado da seguinte forma:
e=0,0002m x N
O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do denominador da escala e inversa da escala, ou
seja, quanto menor for a escala, maior será o erro admissível.
Os acidentes cujas dimensões forem menores que os valores dos erros de tolerância, não serão
representados graficamente. Em muitos casos é necessário utilizar-se convenções cartográficas,
cujos símbolos irão ocupar no desenho, dimensões independentes da escala.
As cartas, segundo sua exatidão, são classificadas nas Classes A, B e C. Para classe A adotou-se
os critérios seguintes:
1. Padrão de Exatidão Cartográfica - Planimétrico: 0,5 mm, na escala da carta, sendo de 0,3 mm
na escala da carta o Erro-Padrão correspondente.
2. Padrão de Exatidão Cartográfica - Altimétrico: metade da eqüidistância entre as curvas-de-
nível, sendo de um terço desta eqüidistância o Erro-Padrão correspondente.
(http://www.concar.ibge.gov.br/indexf7a0.html?q=node/41)
Este índice tem origem nas folhas ao Milionésimo, e se aplica a denominação de todas as folhas
de cartas do mapeamento sistemático (escalas de 1:1.000.000 a 1:25.000).
Para escalas maiores que 1:25.000 ainda não existem normas que regulamentem o código de
nomenclatura. O que ocorre na maioria das vezes é que os órgãos produtores de cartas ou plantas
nessas escalas adotam seu próprio sistema de articulação de folhas, o que dificulta a interligação
de documentos produzidos por fontes diferentes.
(http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.html)
A distribuição geográfica das folhas ao Milionésimo foi obtida com a divisão de um modelo
esférico da Terra em 60 fusos de amplitude 6°, numerados a partir do fuso 180° W - 174° W no
sentido Oeste-Leste. Cada fuso está subdividido a partir da linha do Equador em 21 zonas de 4°
de amplitude para o Norte e 21 para o Sul.
Uma folha ao Milionésimo pode ser acessada por um conjunto de três caracteres:
1. Letra N ou S – Indica se a folha está ao Norte ou ao Sul do Equador.
2. Letras de A até U – Cada letra se associa a um intervalo de 4° de latitude se
desenvolvendo a Norte e a Sul do Equador e indica a latitude limite da folha. A faixa
compreendida entre as latitudes 8° e 4° Norte recebe a letra B e passa pelo extremo norte
do Brasil.
3. Números de 1 a 60 – Indicam o número de cada fuso que contém a folha. O Brasil é
coberto por oito fusos; do fuso 18 que passa por parte do Acre e do Amazonas ao fuso 25
que cobre parte do Nordeste e Fernando de Noronha.
4. A carta 1:1.000.000 é subdividida em 4 cartas 1:500.000, que são identificadas pelas
letras V, X, Y ou Z, sendo que a carta V é a do canto superior esquerdo e a seqüência
obedece o sentido horário.
5. Da mesma forma, a carta 1:500.000 é subdividida em 4 cartas 1:250.000, identificadas
pelas letras A, B, C ou D.
6. Assim, a carta 1:250.000 é subdividida em 6 cartas 1:100.000 identificadas pelos
algarismos romanos de I a VI.
7. A subdivisão da carta 1:100.000 em 4 cartas 1:50.000 que recebem como identificação os
números 1, 2, 3 ou 4.
8. A carta 1:50.000 é subdividida em 4 cartas 1:25.000, que são identificadas pelas siglas
NO (noroeste), NE (nordeste), SO (sudoeste) ou SE (sudeste).
A convenção permite localizar uma carta no globo terrestre através de sua nomenclatura.
( Apostila de GPS. Miguel Gorgulho)
4- A Semiologia Gráfica
É uma proposta no mundo das imagens que permite transformar mapas feitos para ler em mapas
para ver. Com exceções muito raras, as representações gráficas sob quaisquer de suas formas
(diagramas, mapas, etc.) são concebidas como ilustrações que não condizem com regras da
linguagem visual. O ponto de partida da semiologia gráfica é não admitir um mapa ou um
gráfico como sendo mera ilustração. Tanto no processo de construção gráfica como no de sua
apresentação, o autor deve obedecer às propriedades específicas da percepção visual.
Passa-se, assim, ao domínio do raciocínio lógico (Martinelli, 1996). Não há convenções; fazer
esta Cartografia significa mostrar a diversidade pela diversidade visual; a ordem pela ordem
visual e a proporção pela proporção visual. Transgredir esta regra básica significaria realizar uma
comunicação enganosa (Martinelli, 1990).
A eficácia de uma representação gráfica pode ser conseguida, principalmente, observando-se
duas etapas na sua construção:
1- Definir as características
do tema. Os elementos que constituem o tema podem ser diferentes entre si, ou podem estar
unidos por uma relação de ordem, ou podem exprimir quantidades; isto permite distinguir 3
níveis de organização: o nível diferencial (#), o nível ordenado(O) e o nível quantitativo(Q).
2- Escolher dentre as variáveis visuais disponíveis qual ou quais representariam melhor aquele
tema. As variáveis visuais são exploradas pela variação de tamanho, valor, granulação, cor,
orientação e forma.
Nem todas as variáveis visuais admitem todos os níveis de organização, e esta condição é uma
das fontes de erros nas representações gráficas.
O quadro a seguir resume a questão das relações fundamentais (O, Q, # , = ) e sua organização
em relação às variáveis visuais, e que aspectos estas assumem nas diferentes implantações.
As imagens produzidas por sensores remotos, sejam elas fotografias aéreas ou imagens de
satélite, apresentam uma série de distorções espaciais, não possuindo, portanto, precisão
cartográfica quanto ao posicionamento dos objetos, superfícies ou fenômenos nelas
representados.
Erros geométricos resultam das seguintes causas:
• rotação da Terra
• curvatura da Terra
• movimento do espelho de imageamento
• variações da altitude, posição e velocidade da plataforma
• distorção de panorama
• distorção topográfica
Freqüentemente, a informação extraída da imagem de sensoriamento remoto precisa ser
integrada com outros tipos de informação, representados na forma de mapas, especialmente
quando se trabalha com sistemas geográficos de informação, nos quais as imagens de
sensoriamento remoto são uma das principais fontes de dados. Por outro lado, os dados contidos
em uma imagem de satélite precisam ser apresentados na forma de um mapa, com uma grade de
coordenadas geográficas de referência traçada sobre a mesma.
(Manual do Spring) - O registro de uma imagem compreende uma transformação geométrica que
relaciona coordenadas de imagem (linha, coluna) com coordenadas de um sistema de referência.
No SPRING este sistema de referência é, em última instância, o sistema de coordenadas planas
de uma certa projeção cartográfica. Como qualquer projeção cartográfica guarda um vínculo bem
definido com um sistema de coordenadas geográficas, pode-se dizer então que o registro
estabelece uma relação entre coordenadas de imagem e coordenadas geográficas.
O registro é uma operação necessária para se fazer a integração de uma imagem à base de
dados existente num SIG. Há muitos anos os projetos na área de sensoriamento remoto
pressupõem que as imagens possam ser integradas aos dados extraídos de mapas existentes
ou às medições de certas grandezas feitas diretamente no terreno. O registro também é
importante para se combinar imagens de sensores diferentes sobre uma mesma área ou para
se realizar estudos multi-temporais, caso em que se usam imagens tomadas em épocas
distintas.
A função de registro aparece disponível no módulo principal do SPRING após a ativação de
um Banco de Dados.
Dados em GPS
(Hasenack, H.; Cordeiro, J.L.P.; Waslawick, W.; GPS, Orientação e Noções de Cartografia – Notas de
Aula; UFRGS, Centro de Ecologia, Porto Alegre, 2003.)
O cálculo de posição no receptor GPS é automático, atualizado uma vez por segundo. A única
preocupação que precisamos ter é com o uso e armazenamento destes dados. Cada posição é
expressa por quatro coordenadas: três espaciais e uma temporal. As espaciais são a longitude, a
latitude e a altitude. Já a coordenada temporal é a data e hora da obtenção da posição. Esses
dados podem ser armazenados na memória do receptor de diversas formas:
- Waypoint - uma posição associada a um nome. O armazenamento do waypoint é comumente
chamado de “marcar um ponto”.
- Trackpoint - uma posição armazenada em memória, mas sem qualquer nome ou outra
referência, apenas as coordenadas.
- Tracklog - um conjunto de trackpoints ordenados em função da coordenada , ou seja, é uma
“trilha” percorrida pelo receptor, onde os pontos estão na mesma ordem em que foram
calculados.
- Route - é um conjunto de waypoints escolhidos e pelo usuário.
Alguns receptores podem armazenar um único tracklog, enquanto outros armazenam até uma
dezena ou mais.
Esses três modelos, especificados pelo semi-eixo maior e achatamento, definem o elipsóide que
melhor ajusta-se a Terra. Os elipsóides, Córrego Alegre e SAD-69 são respectivamente os dois
modelos adotados no mapeamento do País.
O sistema GPS adota o elipsóide como modelo matemático para desenvolver os cálculos
necessários ao posicionamento e determinação dessas coordenadas. O sistema GPS não adota
como superfície de referência o geóide, devido a complexidade para modelá-lo e o
referenciamento desse modelo. É importante frisar que todas as medidas são realizadas sobre o
geóide. O elipsóide de referência, utilizado pelo sistema GPS é o WGS-84.
Atualmente, no Brasil o sistema Geodésico adota como superfície de referência o elipsóide SAD
69 para todos os trabalhos de mapeamento realizados no País, embora também sejam
encontrados mapas e cartas do território nacional que utilizam o datum Córrego Alegre. Sendo
assim, é importante que se conheça o sistema de referência a ser configurado no receptor GPS,
mas recomenda-se adotar sempre o WGS-84 quando o objetivo for levantamento.
Contudo no Brasil o Projeto para mudar e unificar o sistema geodésico de referência foi definido
em 2003, o SIRGAS 2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), que será um
sistema de referencial único. Este sistema é compatível com os dados GPS (WGS84).
ATIVIDADES PRÁTICAS
Escala
Escala Numérica
1) A praia do Rio Negro, que parece um mar com o por do sol mais bonito de Manaus, com
cerca de 2 km de extensão é representada em uma carta na escala 1/50.000 com qual
dimensão? (Resposta em m, cm e mm).
3) Ao medirmos em uma carta uma distância de 10 cm, e sabendo que a distância verdadeira
correspondente é de 1000m, qual será a escala da carta onde foi realizada a medição?
4) Determinar a escala de uma carta onde um viaduto é representado com 3,0 cm de extensão,
sabendo-se que em uma outra carta na escala 1/50.000 este mesmo viaduto mede 15,0 mm.
Precisão Gráfica
1) Qual a menor dimensão real de um elemento natural ou artificial representável nas seguintes
escalas:
1/10.000 -
1/50.000 –
Escolha de Escala
1) Qual a escala a ser adotada, a fim de se representar a extensão do terreno abaixo, em papel no
formato A0 ( 841mm altura X 1.189mm comprimento) ?
35.670 m
21.025m Terreno
2) Qual a escala a adotar a fim de que os objetos com extensão de 2 metros apareçam
representados por 2 cm?
Escala Numérica para Áreas
1) Calcular área real da seguinte figura, sabendo-se que o desenho foi elaborado na escala
1/2.000.
4cm
4cm
B C AB = 88,5 m
BC = 280,0 m
A D
Escala Gráfica
1) Considerando a estética, clareza e bom senso, construir escalas gráficas para as seguintes
escalas numéricas:
1/25.000
1/100.000
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
Coordenadas geográficas e planas
1) Observe a carta topográfica e responda:
a) Identifique sua carta:
Nome:
Escala:
Datum Horizontal e vertical:
Código (índice de nomenclatura):
Data das fotos e edição da carta:
Projeção:
2) Quais as coordenadas geográficas que envolvem a sua carta topográfica?
3) Observe o sistema de coordenadas UTM e indique num croqui a posição de um ponto da sua
carta no fuso.
Índice de nomenclatura
Calcular o índice de nomenclatura da carta na escala 1:50.000 na qual encontra-se representada a
cidade de Manaus. Sabe-se que foram adquiridas as seguintes coordenadas como referência por
meio de um receptor GPS.
Lat. : 03o08’07” S
Long.: 60o01’34”O
Curvas de nível
Desenhar o perfil topográfico conforme o desenho apresentado.
Declividade
Sabendo–se que a declividade máxima para o plantio da soja é de 12%. Calcular a distância
necessária entre duas curvas de nível na escala 1:25.000 que represente tal declividade.
Tg α=∆h/D
% = tgα x 100
Apresentação do Spring
O Spring (Sistema de Processamento de Imagens Georeferenciadas) é um software desenvolvido pelo
INPE/DPI, com a participação da EMBRAPA/CNPTIA, IBM Brasil, TECGRAF e
PETROBRÁS/CENPES. O Spring é um software classificado como um SIG (Sistema de Informação
Geográfica), com funções de processamento de imagem, análise espacial, construção de modelos
numéricos de terreno e de construção e consulta de banco de dados espaciais.
O projeto SIG Spring visa aplicações em estudos desenvolvidos nas mais diversas áreas, como da
agricultura, gestão ambiental, geografia, geologia, planejamento urbano e regional entre outras, servindo
como suporte para o desenvolvimento tanto na área da pesquisa como na de educação. Ele tem como
outro objetivo fornecer em um mesmo ambiente as técnicas de processamento digital de imagens de
sensoriamento remoto, além de ser um programa de fácil acesso, por ser um software livre, não precisa de
muitos pré-requisitos para sua instalação.
O Spring é composto de um pacote de programas ou um conjunto de módulos instalados em conjunto. O
Spring oferece quatro módulos que são:
• => Mostra a escala no modo automático e é local aonde terá que digitar a escala, caso
queira que seu PI seja projetado na tel com uma escala específica.
• => Serve para escolher o tipo de informação que será vista no rodapé da tela do
Spring, coordenadas geográficas, planas ou o valor do pixel em que o ponteiro do mouse ou o cursor de
ponto se encontrar acima.
• => Cursor de Ponto, serve para ver o valor de um determinado ponto ou suas coordenadas de um
PI ativo.
• => Cursor de Vôo, serve para arrastar o PI na tela do Spring.
• => Cursor de Info, serve para mostrar informações dos planos de informações que estiverem
desenhados na tela do spring mesmo que estejam sobrepostos, estas informações são vistas na tela
relatório de dados.
• => Cursor de Mesa
• => Botão de Desenhar, serve para desenhar o PI selecionado no painel de controle na tela.
• => Zoom in ou Zoom out, para aplicar zoom no PI ou em uma parte especifica dele que foi
selecionada pelo cursor de área.
• => Recompor, recompõe o PI, no padrão original que ele foi criado.
• => Botão de ajuda do Spring, para tirar dúvidas sobre operações do Spring
Atividades no Spring
1- Acessar bancos de dados e Projetos, observar os parâmetros cartográficos (Site:
www.uff.br/geoden)
Criação do Projeto
Criar um Projeto implica na criação de um sub-diretório dentro do banco de dados ativo onde serão armazenados os
dados. Criar um Projeto não significa que estará escrevendo ou alterando o mesmo, para isso, é necessário ativá-lo
posteriormente.
Cerifique-se de ter ativado o Banco de Dados desejado, caso contrário o sistema não permitirá que você tenha
acesso a janela "Projetos".
Criando um Projeto:
• clique em Arquivo - Projeto... no menu principal ou . A janela "Projetos" é apresentada;
• forneça o Nome para o projeto, no máximo trinta e dois (32) caracteres. Use somente caracteres
alfanuméricos no nome do projeto. Caracteres especiais (! @ # $ % ^ & ) ou espaços em branco serão
automaticamente retirados do nome ao clicar em Criar ou em Alterar;
• clique em Projeção... para informar os parâmetros cartográficos a serem usados no projeto. A janela
"Projeções" é apresentada;
• após definir a projeção defina o Retângulo Envolvente em coordenadas Planas (em metros) ou
Geográficas. Os dois pontos devem ser diagonalmente opostos, de modo que o primeiro (1) deve ser o
inferior esquerdo e o segundo (2) deve ser o superior direito (veja figura abaixo);
• para coordenadas Geográficas a sintaxe deve ser conforme o exemplo a seguir:
Ex: Long1 o 23 14 00 Long2 o 23 09 00
Lat1 s 45 55 00 Lat2 s 45 50 00
• para coordenadas Planas (metros) é necessário informar o Hemisfério - Norte ou Sul,
principalmente quando se utiliza a projeção UTM, e neste caso os valores de Y1 e Y2 serão
acrescidos automaticamente de 10000000 quando qualquer dos pontos estiver acima da linha do
Equador. A sintaxe deve ser conforme o exemplo a seguir:
Ex: X1 350000 X2 380000
Y1 7950000 (S) Y2 980000 (N)
Lembrando que essas coordenadas correpondem a uma área maior que a área de trabalho. Para
finalizar clicamos em criar e ativar.
IBGE
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php
http://www.ibge.gov.br
EMPRAPA
http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/
http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/
GPS
http://www.maregps.com.br/
http://www.gpstm.com/port/
Google
http://maps.google.com/
http://earth.google.com/
INPE
www.inpe.br
Referências Bibliográficas
Cardoso, J. A Construção de Gráficos e Linguagem Visual. História: Questões & Debate, Curitiba
5(8):37-58, 1984
Raisz E. Cartografia Geral. Rio de janeiro, Ed. Científica, 1969.
Gorgulho,M. Apostiila de GPS . Disponível em: http://www.epamig.br/geosolos/MN_GEO/GPS.php
INPE Manual do usuário do Spring. Disponível em:
(http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/manuais.html).
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