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20.02.2004
a) requisitos subjetivos
- duas ou mais pessoas
- capacidade genérica para atos da vida civil
- aptidão específica para contratar (ex. 496/497 CC)
- consentimento entre as partes (se não tiver consentimento será nulo)
b) requisitos objetivos
- diz respeito ao objeto do contrato (ex.: Contrato de locação é a
locação)
- licitude do objeto
- objeto determinável e possível
- economicidade (não se pode fazer um contrato para a compra de apenas
um grão de arroz)
– tem de existir natureza patrimonial
c) requisitos formais
- público ou privado (a forma como é feito)
- forma diferente de prova
privado – documento particular
público – instrumento público
b) princípio do consensualismo
- validade do contrato (acordo de duas ou mais vontades)
e) princípio da boa-fé
- partes devem agir com lealdade e confiança
- auxiliando-se mútua e na formação e não execução do contrato
05/03/2004
FORMAÇÃO DO CONTRATO
II – proposta
- declaração receptícia de vontade
- primeiramente manifesta-se a intenção de se considerar vinculada, se
a outra parte aceitar.
a) características
- é declaração unilateral de vontade do proponente
- negócio jurídico proposto
- é elemento inicial do contrato
- completo, preciso e inequívoco
b) obrigatoriedade
- ônus imposto ao proponente de não revogar por um certo tempo a partir
da sua existência.
- pena: perdas e danos
- substituição, morte, incapacidade
- exceção: art. 427/428, I a IV (força vinculante na é absoluta)
III – aceitação
- é a manifestação de vontade realizada pelo destinatário (pode ser
expressa ou tácita)
- dentro do prazo da proposta
- torna o contrato concluído
- necessidade conhecimento pelo ofertante
a) requisitos;
- não exige obediência à determinada forma. Exceção: contratos solenes
(art. 432)
- deve ser oportuna (art. 430/431)
- deve corresponder a uma adesão (integral à oferta)
- deve ser conclusiva e coerente
d) retração do aceitante
- arrependimento do aceitante poderá ocorrer antes da aceitação ou com
ela (art. 433)
b) contrato inter-ausentes
- declaração de vontade – teoria da declaração
- exceção: art. 434,. I ao III – teoria da recepção
5- interpretação do contrato
- função objetiva e subjetiva
- analisar ato negocial e suas cláusulas
- analisar a intenção comum das partes contratantes
→ declaração volitiva
normas empíricas, mais de lógica prática do que legal
6- regras interpretativas
arts. 112, 114, 819, 113 e 423 CC (não há capítulo específico).
26/03/2004
matéria da prova:
1- teoria geral do direito contratual
2- contratos: conceito e requisitos
3- princípios do direito contratual
4- formação do contrato
5- interpretação do contrato
6- classificação dos contratos
7 – efeitos do contrato
II – quanto à forma
a) contrato consensuais: se perfazem pela simples anuência das partes,
sem necessidade de outro ato.
Ex.: locação, parceria rural.
a) contratos principais são os que existem por si, exercendo sua função
e finalidade independentemente de outro.
EFEITOS DO CONTRATO
INEFICÁCIA DO CONTRATO
CONTRATO NULO CONTRATO ANULÁVEL
A nulidade pode ser argüida por A anulabilidade será argüida apenas
qualquer interessado. pelos titulares dos interesses em
“!acordo” no contrato.
Para que se declare a nulidade do Para que se declare a anulabilidade do
contrato, não é preciso provocação, contrato, esta deverá ser argüida pela
pois cabe ao juiz ex officio, parte que a lei protege.
pronunciar quanto à nulidade do
contrato, se ninguém o fizer.
A nulidade se dá pela violação de ordem A anulabilidade se dá pela violação de
pública ou mandamento coativo que normas que visam proteger o outro
tutela o interesse geral. contratante.
O contrato nulo perde seus efeitos O contrato anulável tem seus efeitos
desde a sua formação. “ex tunc” válidos enquanto não se declara sua
invalidade por sentença e só sofre
alteração a partir daí. “ex nunc”
A nulidade é insanável e perpétua, A anulabilidade é sanável sendo que o
sendo que o contrato nulo não se contrato anulável é passível de
restabelecerá com o decurso do tempo. restabelecimento.
A nulidade produz efeitos “ex tunc”. A anulabilidade produz efeitos “ex
nunc”.
ELEMENTOS DO CONTRATO
1. ESSENCIAIS
Devem constar de todos os contratos, sob pena de nulidade. São:
capacidade das partes, licitude do objeto e forma prescrita ou não
defesa em lei. Além dos elementos essenciais gerais, isto é, comuns a
todos os atos jurídicos, existem os elementos essenciais especiais, que
devem existir somente em alguns contratos. Exemplo: a coisa, o preço, e
o consentimento do contrato de compra e venda.
2. NATURAIS
São aqueles que podem ocorrer, ou não. Exemplo: o mútuo presume-se
gratuito, mas as partes podem convencionar a onerosidade do pagamento
de tributos.
3. ACIDENTAIS
Modificam a vontade das partes e variam de contrato para contrato.
Exemplo: a forma de pagamento.
4. DE ESTILO
Não são necessários, mas têm grande valia para demonstrar a vontade
das partes. Exemplo: pro rata (na razão do que deve caber,
proporcionalmente, a cada uma das partes), pro solvendo (para pagar), pro
soluto (para pagamento).
5. IMPERATIVOS
são obrigatórios em determinados tipos de contrato. Exemplo:
outorga uxória.
6. ELEMENTOS COMPLEMENTARES
São facultativos e não precisam figurar no corpo do contrato.
Exemplo: anexos.
Requisitos do Contrato
a) - a existência de duas ou mais Pessoas;
b) - a capacidade genérica das partes contratantes;
c) - o consentimento livre das partes contratantes.
Objetivos
a) - licitude do objeto;
b) - possibilidade física ou jurídica do objeto;
c) - determinação do objeto;
d) - economicidade do objeto.
Formas
a) - liberdade de forma (como regra);
b) - obediência à forma quando a Lei assim o exigir.
PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL
=-
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
1) a regra de ouro na interpretação dos contratos. O art. 112,
orientando que “nas declarações de vontade se entenderá mais à
intenção que ao sentido literal da linguagem”.
2) os contratos benéficos deverão ser interpretados restritivamente
(art. 114 CC), devendo o intérprete permanecer limitado aos contornos
traçados pelos contratantes.
3) a transação interpreta-se restritivamente (CC art. 843)
4) a fiança dar-se-á por escrito e não admite interpretação
extensiva (art. 819CC).
5) os negócios jurídicos deverão ser interpretados conforme a
probidade e a boa-fé (art. 422 CC).
6) nos contratos por adesão, com cláusulas am,biguás ou
contraditórias dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao
aderente (art. 423 CC).
7) as cláusulas contratuais deverão ser interpretadas de maneira
mais favorável ao consumidor (Lei 8078/90, art. 47), se houver alguma
dúvida
8) para interpretação das cláusulas contratuais, devem ser usadas
as normas contidas no revogado art. 1231 do Código Comercial:
a) a inteligência simples e adequada, que for mais conforme a
boa-fé e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverão
sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das palavras;
b) as cláusulas duvidosas serão entendidas pelas que não
forem, e que as partes tiverem admitido; e as antecedentes e
subseqüentes, que estiverem em harmonia, explicarão as ambíguas;
c) o fato dos contraentes posterior ao contrato, que tiver
relação com o objeto principal, será a melhor explicação da vontade
que as partes tiveram no ato da celebração do mesmo contrato;
d) o suo e a prática geralmente observada no comércio, nos
casos da mesma natureza, e , especialmente o costume do lugar onde
o contrato deva ter execução, prevalecerão a qualquer inteligência
em contrário que se pretenda dar às palavras.
e) nos casos duvidosos, que não possam resolver-se segundo as
bases estabelecidas, decidir-se-á em favor do devedor.
Contratos principais - São aqueles cuja existência independem de qualquer outro. Ex:
contrato de depósito.
Contratos Acessórios - São aqueles que existem em função do contrato principal. Ex:
Arras.
Contratos preliminares - São ajustes que criam vários tipos de obrigações definitivas
para os contratantes. Ex: pacto de contraendo.
Contratos definitivos - São aqueles contratos que criam vários tipos de obrigações
definitivas para os contraentes. Ex.: contrato de locação.
Contratos consensuais - aperfeiçoam-se pelo mero consentimento e não reclamam
solenidade ou tradição. Ex.: locação.
Contratos reais - são os que apenas se ultimam com a entrega da coisa. Ex.: comodato.
Contratos solenes - aqueles que dependem de forma prescrita em lei. Ex.: compra e
venda de imóveis (requer escritura pública).
Contratos não solenes - quando não há forma prescrita em lei e constitui-se a regra.
Unilaterais - São aqueles que se aperfeiçoam por uma só obrigação. Ex: o Testamento,
Doação.
Bilaterais - São os que se aperfeiçoam por reciprocidade de obrigações. Ex: Escrituras de
compra e venda. Contrato bilateral, ou seja, aquele em que as obrigações dos contratantes
são recíprocas. Exemplos: compra e venda e locação.
Onerosos - Contrato a Título Oneroso - São aqueles onde há sacrifício patrimonial para
ambas as partes. Ex: compra e venda.
Gratuitos - São aqueles onde há um sacrifício patrimonial, apenas, para uma das partes.
Ex: doação.
Comutativos - São os contratos onde as prestações se cumprem simultaneamente. Ex:
Compra e venda.
Aleatórios - São os contratos onde as prestações são deferidas para o futuro. Ex: contrato
de Seguro.
Contratos paritários - as partes estipulam cláusulas em pé de igualdade. A balança está
equilibrada. Ex.: compra e venda.
Contratos por adesão - umas das partes apenas adere à proposta da outra, não podendo
discutir as cláusulas contratuais. A balança está desequilibrada. Ex.: fornecimento de
água.
Contrato Inominado - Contrato que, embora não vedado em lei, não se acha
especificado, disciplinado formalmente no direito positivo. Daí a expressão inominado.
Não tendo regulamentação especial, são disciplinados pela analogia com os contratos
nominados e pelos princípios gerais de direito.
Contrato Principal - Contrato dotado de existência independente de um contrato
preliminar.
Contrato Sinalagmático - Do grego synallagmatikós, recíproco. Adjetivação daquilo
que é bilateral, recíproco, que importa em igualdade de direitos e deveres para as partes
contratantes. Contrato em que as partes assumem obrigações recíprocas. Também
denominado bilateral.
Contratos pessoais - são realizados em razão da pessoa, com base na anca recíproca
entre as partes e só podem ser executados pelo próprio devedor. Ex.: mandato.
Contratos impessoais - quando a pessoa do outro contraente não é elemento
determinante para a conclusão do contrato.
Contratos civis - são aqueles previstos no Código civil ou que o tenham como base
legal. Podem ou não ter finalidade lucrativa e sujeitam-se aos princípios da
autonomia da vontade, consensualismo, relatividade dos efeitos, probidade e boa-fé.
Contratos administrativos – são aqueles firmados pela Administração e regidos pelas
normas de direito público e possuem cláusulas exorbitante e a possibilidade de alteração
e rescisão unilaterais por parte da Administração.
Autocontrato - quando uma mesma pessoa figura nos dois pólos do contrato. De um
lado representando a si próprio, e de outro, um mandante. Ex.: compra e venda com
procuração em causa própria.
Contrato de meio – quando uma das partes se compromete a empenhar esforços para
atingir determinado fim sem obrigar ao sucesso. Ex.: mandato de advogado.
Contrato de fim - quando o contratado se obriga a atingir determinado fim. Ex.:
empreiteiro em relação à construção de um edifício, o resultado final é idêntico ao projeto
original.
Contratos mistos - derivam-se da combinação de outros contratos. Ex.: leasing.
Contratos puros - não são frutos da combinação de outros contratos. Ex.: empréstimos.
Contratos individuais - quando apenas se obrigarem as partes que vierem a tomar parte
da celebração.
Contratos coletivos – são os que formam pela vontade de um grupo, gerando obrigações
para todos, mesmo que não participem da celebração do mesmo.
Contrato Benéfico - Contrato no qual somente uma das partes se obriga; a outra está
dispensada de qualquer contraprestação, a não se limitar a fruir do benefício pactuado,
nos seus exatos termos. Por isso, os contratos benéficos, também chamados contratos a
título gratuito, devem ser interpretados restritivamente.
Contrato Cotalício - Contrato de honorários profissionais devidos ao advogado pelo
cliente. Observar-se-á o procedimento sumário para a cobrança de honorários por
profissionais liberais.
Contratos típicos - são aqueles tipificados em lei.
Contratos atípicos - não se encontram tipificados em lei e são admitidos em fazer do
princípio da autonomia da vontade. Ex.: factoring.
Alquilaria - Contrato de aluguel de animais.
Contrato Feneratício - Contrato de empréstimo a juros.
Contrato Leonino - Contrato que favorece abusivamente uma das partes, em prejuízo da
outra. A denominação vem da célebre fábula de Esopo, na qual o leão exigia para si, na
condição de rei dos animais, a melhor parte dos bens.
Síngrafo - do grego syngraphós, instrumento de contrato assinado. Instrumento particular
firmado pelo credor e pelo devedor. Ex.: instrumentos particulares de contratos, estatutos
de sociedades.
Direito de retenção: O direito de retenção gera o seu titular uma exceção dilatória. Não impede a
condenação à entrega de coisa, mas subordina a eficácia da sentença à prévia satisfação do crédito daquele
que detém a “jus retentionis”. Por isso, se o título executivo refere-se a entrega de coisa benfeitorizada pelo
devedor, ou por terceiro, antes da execução é obrigatória a liquidação do valor das obras ou melhoramentos
a serem indenizados pelo credor (Art. 628), o que se fará de acordo com o disposto nos arts. 603 a 610. A
execução só terá início depois do depósito do valor das benfeitorias. Se a sentença exeqüenda já eliminou
a retenção por benfeitorias, sua reiteração, nos embargos, seria infringente da coisa julgada, sem pertinência
no processo executório. Se admitiu esse direito, o próprio título delimita a pretensão executória, de molde a
caracterizar-se, eventualmente, o excesso de execução, segundo o disposto no inciso IV do art. 743. O texto
restringe a sua disciplina, portanto, aos casos em que não houve, no processo de conhecimento, debate
sobre a pretensão a reter, permitindo a sua invocação na ação incidental de embargos do executa.