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Advocacia- e- AMe^oría- Jurídica-


^a^ro-ACre^dos^Sa^vtoy
OASSP109.036 - V

L
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da
Comarca de Sorocaba — São Paulo.

CONTRA FJ

Giancarlo Parini Me, - empresa Individual


legalmente constituída inscrita no CNPJ n.° 05.832.812/0001-17 e
Inscrição Estadual n.° 669.507.511.844.115, com sede na Avenida
Afonso Vergueiro n.° 1.231 - Vila Casa Nova - Sorocaba - São
Paulo - Cep.: 18.035-370, neste ato representado por seu
proprietário, Giancarlo Parini, brasileiro, casado, comerciante, portador
do documento de identidade R.G. n.° 6.260.1'53-SSP-MT.,e do CPF/MF
n.° 037.208.308-02, residente e domiciliado na Alameda das
Margaridas n.° 389 - Jardim Simus - Sorocaba - São Paulo - Cep.:
18.055-200, por seu advogado infra-assinado (mandato incluso),
respeitosamente vem à presença de Vossa Excelência,
propor

Medida Cautela Xnominada

em face da

Prefeitura Municipal de Sorocaba, com sede no


Palácio dos Tropeiros sito na Avenida Engenheiro Carlos Reinaido de
Barros n.° 2945 - Alto da Boa Vista - Cep.: 18.013-904- -
Sorocaba - São

fí.u£V Leite-Penteado-ru ° 86 - Centro- - Sorocaba/ fone-:


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Paulo, pelos motivos de fato e razões de direito a seguir


aduzidos:

I. Preâmbulo

1.O autor exerce atividade no ramo de Bar com Saião para Festas
(danceteria). Situa-se bem no centro de um dos principais "corredores
comerciais" da cidade de Sorocaba, ou seja. Avenida Afonso Vergueiro n.°
1.231, trazendo divisas para a cidade e oferecendo diversos empregos,
além de proporcionar diversão aos municipes e visitantes/
2.Visando sua regularização obteve "Alvará de Funcionamento",
atendendo todas as exigências do Poder Público Municipal, sendo o alvará
expedido como Bar com salão de Festas, considerando que não existe
alvará especifico para Danceteria;
(documentos inclusos)
3.Em 08 de novembro de 2003, foi notificado pelo Poder
Público Municipal,
(notificação 4341 e 4404) para providenciar Inscrição Municipal e
Encerrar suas atividades com utilização de som ao vivo, sob pena de ser
autuado com base na Lei Municipal 4.913/95 (lei do silêncio) ;
4.Em 19 de novembro de 2003, recebeu as notificação de n . ° 0019/2003,
para comparecer a Divisão de Fiscalização, sita na rua: aparecida n.° 244
- vila Santa Rosáíia - Sorocaba, onde foi informado que não poderia
utilizar musica ao vivo ou mecânica, sob pena de ser autuado com base
na Lei Municipal 4.913/95 (lei do silêncio);
5.No dia 22 de novembro foi autuado em 328,15 (trezentos e vinte e oito
reais e quinze centavos), com base na Lei Municipal suso citada, sendo que
na iavratura do auto de infração, além da justificativa da multa, o fiscal fez
observação, que constitui verdadeira ameaça de que a insistência na
utilização de música ao vivo ou mecânica daria ensejo a nova multa e
fechamento administrativo do estabelecimento; (documentos anexos)
6.Essas atitudes do Poder Público Municipal, ensejaram a
propositura de Mandado de

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Segurança, processo n . ° 602.01.2004.008582-8, cujo trâmite se deu


pela terceira Vara Cível da Comarca de Sorocaba, sendo concedida
Liminar, porém, no julgamento de mérito o Juízo, corroborando
entendimento do digno representante do Ministério Público, de que a Lei
4.913/95, não precisa ser regulamentada, e que o impetrante não havia
providenciado pedido de "certificado de uso de som", deixando de
atender as determinações da lei. Referido processo encontra-se no
tribunal em sede de recurso Interposto pelo impetrante.
7.Ocorre que mesmo antes de ser
Julgado o mérito do Mandado de Segurança
acima noticiado, o autor vem diligenciando
junto ao Poder Público Municipal, no
sentido de conseguir resolver a pendência,
e se adequar as exigências da lei, para
conseguir o "certificado de uso de som".
Para tanto, foi solicitado que o
requerente apresentasse projeto de
tratamento acústico, bem como, Laudo
Pericial, elaborado por profissional
especializado, atestando que o tratamento
foi realizado de conformidade com a NER
10151. O Laudo Pericial, constatou que o
nível de ruído na avenida onde o
estabelecimento está localizado, pouca ou
nenhuma interferência sofre quando a
danceteria está em pleno funcionamento,
eqüivale a dizerr que o nível máximo
de ruído não altera na medição
efetuada com ou sem. música ao vivo.
8. Destaque-se que
nenhuma
reclamação existe dos vizinhos, no tocante
ao som utilizado pelo autor. Em abril de
2004, juntou-se ao processo de
administrativo visando conseguir o
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"certificado de uso de som", o projeto de


tratamento acústicof acompanhado do Laudo
Pericial, Como o Poder Público Municipal
não se manifestou sobre a concessão ou não
de referido certificado, o protocolo foi
renovado em 09 de junho de 2005, Novamente
o Poder Público Municipal, quedou inerte,
não negou nem concedeu o perseguido
"certificado de uso de som". Porém, o
autor foi novamente notificado para
encerrar suas atividades com uso de som,
sobe pena de ser multado e ter seu
estabelecimento lacrado. Em razão dessas
notificações o requerente protocolizou em
25 de novembro de 2005, diretamente no
setor de fiscalização, explicação onde
reitera o pedido de concessão de
"certificado de uso de som", Novamente não
obteve qualquer resposta, salvo a
notificação expedida em 28 de janeiro de
2006, com ameaça de fechamento
administrativo, interdição ou lacração do
estabelecimento.

II. Do Direito:

9. Embora o Poder Público Municipal,


afirme que a Lei 4.913/95, não necessite de
regulamentação, afirmando que se aplica a
regulamentação federal, e que qualquer
empresa que funcione no Município, pode
conseguir o "certificado de uso de som" se atender
as exigências legais. Mesmo atendendo as
exigências da Lei, e da NBR 10151, norma
federal, que regulamenta e
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controla a emissão de ruídos, o autor há quase dois


anos , vem resignadamente tentando conseguir
mencionado "certificado de uso de som"f sem sequer
obter resposta do Poder Público Municipal, ainda, que,
tenha seu pedido negado. Logicamente a negativa deve
ser fundamentada e caso falte algum requisito a ser
preenchido deve-se conceder prazo razoável para que
o requerente atenda a exigência.
10.Pois bem Excelência, essa grave situação que a autora vem
enfrentando, correndo o risco de a qualquer momento ter o
estabelecimento lacrado, fato que causará prejuízo irreparável e
desemprego de diversas pessoas, além de prejuízo indireto a
clientes e fornecedores.
Diante disso não resta outra alternativa ao requerente,
11.
senão propor a presente medida cautelar inominada a fim
de garantir o resultado útil da ação principal a ser
proposta, considerando que sem a liminar o requerente
corre o risco de durante a demanda principal ter seu
estabelecimento lacrado, indevidamente pela
Municipalidade, causando-lhe enorme prejuízo, antes
mesmo de se manifestar se concede ou não o sonhado
"certificado de uso de som", na eventualidade do
indeferimento, a decisão deve ser fundamentada,
concedendo prazo razoável ao municipe para que atenda
a possíveis exigências.
12.A liminar ora, requerida, visa impedir que a
Municipalidade, pratique ato, que importe impedimento,
fechamento ou proibição do exercício regular
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atividade do requerente durante o curso da ação


principal que objetivará a condenação do Poder
Público Municipal, na obrigação de analisar o pedido
formulado pelo requerente, no tocante a concessão do
"certificado de uso de som", motivando sua decisão.
Em eventual Indeferimento, conceda prazo para o
autor atender exigência formulada formalmente, bem
como, o cancele as multas Impostas, mas
principalmente para que se abstenha de praticar
qualquer ato que Importe no fechamento do
estabelecimento do autor.
13.Obs&rv&se que a Imposição de multas, tem como fundamento ora a Lei
4.913/95 (Lei do Silêncio) e ora a Lei 6.802/2003, dando a nítida impressão
de que a intenção da Municipalidade é fazer com que o requerente encerre
suas atividades. Destaque-se,- ainda, que a Lei 6.802/03, também não foi
regulamenta e está condicionada à expedição de tais normas
regulamentadoras, não podendo, assim, ser aplicada pelo Poder Público
Municipal. Porém, merece destaque o fato de que referida lei,
não prevê sansâo alguma em caso de descumprimento, ou
seja, é uma lei Ineficaz e imprestável, mesmo assim, a
Municipalidade, ameaça fechar
o estabelecimento do autor fundamentando
essa atitude em Lei que não prevê sansão alguma, ou
seja, cria ao seu bel prazer sansão inexiste na lei
utilizada para embasar a ameaça.
14.A disposição do artigo Io, assim, como de toda Lei 6.802/03, é de eficácia
limitada, ou seja, não é auto aplicável, dependendo, pois, de
regulamentação que integrando sua eficácia lhe dê capacidade de
execução em termos de regulamentação
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daqueles vários interesses. Vejamos o teor do artigo Io a lei.

Artigo Io - Fica Permitido o


funcionamento de bares lanchonetes e
restaurantes e quadras poli
esportivas. Diariamente das 08:00 as 24:00 horas.

Parágrafo Único - Os
estabelecimentos mencionados neste artigo que
possuírem música ao vivo ou som ambiente ficam
obrigados a cumprir as disposições legais pertinentes
e o direito de vizinhança.

15. Em resumo a Municipalidade não pode, cem


base nas leis que ainda não foram regulamentadas, e
que não prevê sansão em caso de descumprimento, e
principalmente sem analisar pedido de concessão de
"certificado de uso de som", efetuado com base na regulamentação federal
pertinente a matéria, multar, lacrar ou mesmo ameaçar lacrar os
estabelecimentos comerciais de Sorocaba, como no caso fez com o autor,
justamente pela falta de regulamentação e omissão do Poder Público
Municipal.
16. Tanto isso é verdade, que as casas
noturnas, bares, lanchonetes e danceterias de
Sorocaba, funcionam normalmente após as 24:00 horas,
e com música ao vivo e ou mecanizada, Ao tentar
impedir o funcionamento do autor, a Municipalidade
está tratando iguais de forma desigual, pois,
permitir o funcionamento normal de todas as demais
casas noturnas de Sorocaba, após as 24:00 horas com
uso de música ao vivo e ou mecanizada e proibir a
atividade da casa do autor é violar frontalmente o
principio da igualdade e da legalidade. Nem se
mencione que a liminar concedida no mandado de
segurança impetrado pelo autor, foi cassada,
considerando que o fundamento da cassação, foi a
falta de pedido de "certificado de uso de som", que

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vem sendo buscado Incessantemente a quase dois anos, sem sequer merecer
resposta do Ufnnicipio.
17. Certifique-se que pelo Plano Diretor de
Sorocaba (Lei Municipal 7.122/04) a atividade do
autor ê plenamente legal para Zona Comercial (ZC),
onde é permitido a instalação de comércio variado,
ou seja, o requerente está instalado em local
apropriado para sua atividade.

III. Da Liminar:

18.Em face de todas as razões acima expostas, vislumbra-se, mais do que


"fumus boni iuris", verdadeiros direitos líquidos e certos integralmente violados
pela Municipalidade.
19.O "piriculum in mora", advem da Iminente possibilidade de
fechamento e lacração do estabelecimento do autor pela ré,
causando prejuízo e danos irreparáveis, não só ao autor, assim, como, a seus
funcionários, fornecedores e clientes,
20.O autor está na eminência de ter sua atividade impedida pelo Poder Público
Municipal, sendo que a liminar é a única maneira de garantir o resultado útil
da ação principal que visará a declaração de nulidades das multas aplicadas e
condenação da ré em obrigação de não fazer tendo vista a não regulamentação
da Lei 6802/03 e a falta de interesse no tocante ao pedido de concessão de
"certificado de uso de som".
21.Caso a liminar não seja concedida, o autor provavelmente irá fichar suas
portas, pois não suportará o tempo necessário para obter o resultado da ação
principal.

III. Dos Requerimentos:

22. Assim, Requer seja concedi da Medida


Liminar, "Inaudita altera parts" a fim de
determinar a Prefeitura Municipal de Sorocaba,
que se abstenha de praticar qualquer ato, que
importe multa, lacração, ou limitação no
funcionamento do estabelecimento autor, sob pena
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de multa diária fixada por Vossa Excelência, mediante expedição


de ofício à ré acerca da liminar, que será retirado e entregue pelo
próprio autor.
23.Diante de todo o exposto, requer seja a presente ação julgada
Inteiramente Procedente, condenando a ré no pagamento de custas e
despesas processuais e honorários advocatícios.
24.Requer, ainda, após a concessão da liminar, seja a ré citada, para
em querendo apresente contestação, acompanhando o presente feito
até decisão final.
25.Dá-se a presente, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para fins
exclusivos de alçada.

Nestes Termos
P. Deferimen to.
Sorocaba, 17 de fevereiro de 2006.

Jairo Aires dos Santos


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24a Subseção - Sorocaba.

Rua/: Leite/Penteado- n< 0 86 - Centro-— Sorocaba/


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