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TÍTULO: SPLICING ALTERNATIVO: IMPLICAÇÕES PARA OS

CONCEITOS DE GENE E INFORMAÇÃO.

AUTOR: VANESSA CARVALHO DOS SANTOS –


nessaoaks@yahoo.com.br
ORIENTADOR: CHARBEL NIÑO EL-HANI – charbel@ufba.br

RESUMO: Contrariamente ao que é divulgado na imprensa leiga e


especializada, o conceito de gene, como o de informação genética, não
é capaz de explicar a estabilidade da herança, a variação necessária ao
processo evolutivo e o desenrolar dos processos do desenvolvimento e
de metabolismo. A partir das três últimas décadas, descobertas na
biologia molecular demandaram definições mais adequadas desses dois
termos. A existência de íntrons e o splicing alternativo estão entre os
maiores desafios à idéia de genes como unidades no DNA e como
portadores de informação em suas seqüências de bases. Nos genes
eucarióticos, as regiões expressas de uma unidade de transcrição
(éxons) são interrompidas por seqüências (íntrons), que não aparecem
no RNA maduro (ou seja, que não serão traduzidas). O splicing
alternativo, por sua vez, envolve a excisão de íntrons e a emenda dos
éxons de um transcrito primário (precursor de mRNA ou pré-mRNA), de
maneira diferencial. O gene não pode ser visto como unidade de função,
em virtude do splicing alternativo, visto que múltiplas proteínas podem
ser produzidas por padrões diferentes de emenda. O splicing alternativo
desafia não só o conceito molecular clássico de gene, mas a
interpretação geral de genes como unidades e a primazia do gene na
explicação do desenvolvimento, já que padrões de regulação,
possivelmente o do splicing alternativo, são herdados epigeneticamente
sofrendo seleção evolutiva ao nível do RNA, paralelamente a que atua
sobre a codificação de proteínas no DNA. Assim, são gerados novos
padrões de splicing alternativo e novas oportunidades aos processos
desenvolvimentais.

Palavras-chave: splicing alternativo, conceito de gene, informação


genética.

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