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Quando o sol da cultura est baixo, at os mais nfimos seres emitem luz Marcel Proust, grande escritor e exemplo

mximo de uma vida dedicada unicamente leitura e literatura, disse em seus escritos cada leitor, quando l, um leitor de si mesmo. O que Proust evidencia nessa frase deixa em aberto uma srie de interpretaes que podem ser realizadas a partir do hbito entusistico e no visto como uma obrigao, pela leitura. Estar em contato com o universo das palavras e nele encontrar uma atividade prazerosa, ao mesmo tempo que nos leva a absorver todo o conhecimento exterior, tambm nos conduz a uma busca de tudo que representa algo de ns mesmos nesse conhecimento que chega at ns. Em cada nova leitura, ocorre algo semelhante a uma lapidao de nossos desejos e predilees. Os livros constituem um tipo de transporte de conhecimento diferente da televiso por exemplo, onde as informaes so transmitidas a todo o momento, e para tal, s precisa de nossa permisso para a passagem de suas imagens atravs de nosso crtex. O nvel de saber que podemos extrair de um livro possui o mesmo limite de nossa vontade de faz-lo. E, ao contrrio das informaes prontas da televiso, temos a total liberdade de interpretao, o que confere o aperfeioamento de nosso senso crtico e o melhoramento de como nos posicionamos diante do mundo. O hbito da leitura no possui carter elitista e nem est associado ao poder aquisitivo. Em qualquer cidade, por menor que seja, h uma biblioteca, basta que tenhamos interesse em desvendar todo o mistrio contido nela. Ao ler, nos tornamos mais cultos, mais seguros de nossas convices, nos expressamos e escrevemos melhor. Medidas pblicas devem ser realizadas para garantir essa acessibilidade e assim, seus respectivos pases possam brilhar, iluminados pelo sol da cultura.

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