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VÁRIOS ARTIGOS SOBRE DIABETES, INSULINA,

GLICEMIA, CARBOIDRATOS...
Banana verde pode reduzir resistência da glicose à insulina.

DIABETES – NUTRIÇÃO – ALIMENTOS – BANANA VERDE –


INSULINA – METABOLISMO – GLICEMIA –

A banana verde, ainda pouco aproveitada na


alimentação dos brasileiros, poderá auxiliar na
prevenção do diabetes tipo 2. Estudo com animais
realizado pela química Giselli Helena Lima Cardenette
mostra que o amido isolado e a massa de banana verde podem
reduzir a quantidade de insulina necessária para manter níveis
semelhantes de glicose no sangue, poupando as células do
pâncreas.

Giselli pesquisou os efeitos locais e sistêmicos do amido isolado e


da massa de banana verde no organismo. "Os dois produtos
apresentaram um elevado teor de carboidratos não-disponíveis e
altamente fermentáveis", afirma. "Ao chegarem no intestino grosso,
eles são fermentados produzindo ácidos graxos de cadeia curta,
como o butirato e o propionato, e reduzem o pH local".

A redução do pH no intestino grosso pode gerar diversos efeitos


benéficos ao organismo. "A literatura mostra que esta diminuição de
pH inibe a formação de ácidos biliares secundários, que são
substâncias com alto potencial carcinogênico (relacionadas ao
câncer)", explica Giselli. "Ao mesmo tempo, esta eliminação requer
a síntese de novos ácidos biliares primários, o que pode diminuir o
teor de colesterol plasmático, atuando na prevenção de doenças
cardiovasculares".

Durante 28 dias, um grupo de ratos foi alimentado com o amido


isolado de banana verde. "O teste de tolerância à glicose não
verificou redução significativa na resposta glicêmica dos animais,
mas houve queda na liberação de insulina plasmática nos animais
alimentados com produtos de banana verde, indicando uma
possível menor resistência periférica à insulina nestes", diz a
pequisadora.
"Paralelamente, também foi observada uma queda na produção de
insulina nas ilhotas pancreáticas isoladas dos animais, o que abre a
possibilidade de os produtos de banana verde serem usados em
alimentos que atuem na prevenção do diabetes tipo 2".

Fibras

A professora Elizabete Wenzel de Menezes, da Faculdade de


Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, orientadora do trabalho,
destaca que o amido isolado de banana verde possui de 80% a
90% de amido resistente (base seca), com efeitos benéficos ao
organismo em função de sua elevada fermentabilidade no intestino
grosso. "Embora a farinha da massa de banana verde tenha
somente 8% a 10% de amido resistente, esta também possui alta
fermentabilidade e contém significativa proporção de fibra alimentar
solúvel".

Elizabete aponta que a farinha de amido isolado e a massa de


banana verde podem ser adicionadas a frutas, sucos e preparações
que não necessitem de novo aquecimento para evitar a perda de
amido resistente. "O uso da banana verde é um modo de aumentar
a ingestão de fibra alimentar pela população brasileira, que é muito
baixo, e ao mesmo tempo evitar o alto desperdício da fruta no
País".

A pesquisa integra um projeto ibero-americano de cooperação


internacional (CYTED/CNPq) sobre as propriedades da banana
verde e do plátano (espécie semelhante à banana verde, originária
do México) e possíveis aplicações na produção de alimentos,
iniciado em 2006. Os testes com as ilhotas isoladas do pâncreas de
ratos foram realizados pelo professor Ângelo Rafael Carpinelli, do
Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.

O estudo de Giselli faz parte de tese de Doutorado defendida no


programa de pós-graduação em Ciências dos Alimentos do
Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da FCF. O
trabalho teve apoio financeiro da Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
e do Projeto CYTED 106PI-0297.

Texto: Júlio Bernardes


Fonte: Agência USP
Publicado em: 27/09/2007

Cresce a porcentagem de nipo-brasileiros vítimas de diabetes.

A constituição física dos japoneses favorece o aumento


dos casos de síndrome metabólica, que é a conjunção
de altos índices de colesterol, hipertensão, diabetes e
obesidade abdominal. De acordo com a professora
Sandra Roberta Gouvêa Ferreira, da Faculdade de Saúde Pública
(FSP) da USP, a porcentagem de diabetes em nipo-brasileiros pulou
de 22,6% para 36,1%, entre 1993 e 2000, uma das maiores taxas
do mundo. No Japão, esse índice é de apenas 6,9%, e na
população geral brasileira, de 5,2%, segundo o Atlas da Federação
Internacional de Diabetes.

A informação foi apurada pelo grupo Japanese-Brazilian Diabetes


Study Group (JBDSG), que reúne pesquisadores da USP e Unifesp,
hoje liderado pela professora Sandra. "Se eles moram no Brasil, os
riscos aumentam ainda mais devido à nossa dieta rica em carne
vermelha gordurosa, diferente da habitual e de baixo nível calórico
ingerida em seu país de origem", ressalta a pesquisadora.

Em 2000, 84% do pessoal avaliado pelo grupo apresentavam altas


taxas de colesterol no sangue. A pesquisa foi feita com 647 pessoas
em 1993, e outras 1.330, em 2000, de primeira e segunda gerações
de japoneses residentes em Bauru, no interior de São Paulo.
Nestes sete anos de acompanhamento, a mortalidade na população
estudada foi duas vezes maior entre pessoas com diabetes do que
entre aqueles com tolerância normal à glicose. "Os dados são
preocupantes, já que a maior população de origem japonesa que
vive fora do Japão reside em nosso País", comenta a especialista.

A explicação para os dados, segundo a pesquisadora, tem origem


em fatores genéticos e ambientais: o estresse da migração, a
diminuição das atividades físicas e as mudanças nos padrões da
dieta aliados à constituição física da população nikkei
(descendentes nascidos fora do Japão ou japoneses que vivem
regularmente no exterior). Enquanto que no Japão a porcentagem
de gordura não chega a 17% na dieta diária, aqui esta taxa
ultrapassa os 32%. Além disso, o tipo físico dos nipônicos favorece
o segundo pior perfil de risco para doenças cardiovasculares, já que
ele concentra a gordura na região abdominal em vez de distribuí-la
uniformemente pelo corpo. Para um japonês ser considerado
obeso, seu IMC (Índice de Massa Corporal) - que é o peso dividido
pela altura ao quadrado - deve estar acima de 25, enquanto que
para os ocidentais esse número sobe para 30. E, mesmo que ele
não tenha IMC maior que 25, poderá ser de alto risco
cardiovascular se apresentar deposição de gordura no interior do
abdômen (também chamada de gordura visceral).

À frente de dados tão alarmantes, o grupo decidiu que era


necessário intervir nos hábitos desta população, tanto alimentares
quanto físicos. De 2005 a junho de 2007, reuniu 720 pessoas
participantes da etapa anterior da pesquisa. Para conter o aumento
da síndrome metabólica, e diminuir os óbitos decorrentes dela,
optou-se por um programa de orientação nutricional em que cada
paciente recebeu uma dieta personalizada, com redução de 32,4
para 30% das gorduras totais, sendo que apenas 10% do total
seriam saturadas. Além disso, foi proposto o aumento da ingestão
de fibras por meio de vegetais (25 a 30 gramas por dia), já que seu
consumo está associado ao aumento da sensibilidade à insulina, o
que afasta o risco de diabetes. Os pacientes também foram
incentivados a fazer 150 minutos de exercício por semana. A meta
era reduzir o peso corporal em 5%.

Os resultados do primeiro ano de estudo, apresentados em agosto


no XII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica,
mostram que alguns índices melhoram quando a dieta é menos
calórica e as pessoas são incentivadas a fazer atividades físicas.
Os benefícios orgânicos dessa fórmula simples foram maiores para
os diabéticos do que para os indivíduos normais. O grupo teve
diminuição de quase 1 centímetro na cintura, o IMC médio caiu de
24,9 para 24,7 e as variáveis metabólicas, tais como índice de
glicemia, colesterol e pressão arterial, também melhoraram. Por
outro lado, os marcadores inflamatórios, que indicam o grau de pró-
inflamação do paciente (quadro subclínico, que lesa os órgãos
silenciosamente), não mostraram diferença ao longo da primeira
fase da intervenção. A próxima etapa do projeto é descobrir fatores
genéticos e psicológicos que podem contribuir para os pacientes
mudarem seu estilo de vida, em busca de uma maior longevidade e
sem a companhia das doenças cardiovasculares.

Texto: Laura Lopes


Fonte: Agência USP
Publicado em: 27/09/2007

Atividades físicas diminuem risco de doenças cardíacas em


crianças diabéticas.

Pesquisadores do Hospital de Leverkusen, na


Alemanha, afirmam que adolescentes e crianças com
diabetes tipo 1 devem fazer atividades físicas para
diminuir o risco de futuros males cardiovasculares.

Na pesquisa, os cientistas avaliaram mais de 23 mil voluntários,


entre três e 18 anos de idade, com diabetes tipo 1.

O grupo que realizava exercícios físicos apresentou os melhores


resultados, em longo prazo, no controle do açúcar no sangue
(glicose), além de ter menos probabilidade de ter pressão alta ou
colesterol "ruim" elevado.

Segundo os cientistas, os mais ativos apresentaram menores níveis


da hemoglobina A1C, que é um indicador do controle da glicose e
cujos altos níveis no sangue estão relacionados a maiores níveis de
colesterol total, colesterol "ruim" (LDL) e triglicérides.

Fonte: Redação Saúde em Movimento


Publicado em: 29/08/2007

Excesso de açúcar mata mais de três milhões de


pessoas.

A equipe de Goodarz Danaei e Majid Ezzati, da Harvard


School of Public Health, nos Estados Unidos, publicou
uma pesquisa este mês na revista científica britânica
The Lancet, afirma que mais de três milhões de
pessoas morrem todos os anos no mundo, vitimadas pelas altas
concentrações de glicose no sangue.

960 mil mortes anuais são causadas pela Diabetes e 2,2 milhões
pelos transtornos cardiovasculares causados pelo excesso de
açúcar, segundo o estudo. Logo, a glicose excessiva no sangue
mata 3,16 milhões de pessoas por ano, ou seja, três vezes mais do
que as mortes diretamente atribuídas ao diabetes em 2001.

O número impressiona e equipara, em número de mortes anuais, a


a alta concetração de açúcar na corrente sanguínea a males como
Malária, Diarréia, Aids e Tuberculose. No dia 14 de novembro, será
celebrado o Dia Mundial do Diabetes e os cientistas consideram
que estes números são comparáveis às mortes anuais causadas
pelo cigarro (4,8 milhões), colesterol alto (3,9 milhões) e sobrepeso
e obesidade (2,4 milhões).

A maioria destas mortes é registrada em países com recursos


escassos ou médios, acrescentaram os pesquisadores, que
analisaram as taxas de glicose sanguínea em 52 países. A
Federação Internacional do Diabetes estima que 194 milhões de
pessoas estavam doentes em 2003 e que, até 2025, quase 350
milhões morrerão desta enfermidade.

Texto: Cassiano Sampaio


Fonte: Redação Saúde em Movimento
Publicado em: 15/11/2006

Vacas transgênicas produzem leite com insulina.

Pesquisadores argentinos da empresa farmacêutica Bio Sidus


anunciaram, esta semana, o nascimento de vacas transgênicas,
capazes de produzir insulina humana no leite para auxiliar o
tratamento da diabetes.

"A produção de insulina com o leite de 25 animais atenderia a toda


a demanda argentina, cerca de 300 mil pessoas", afirma o médico
Andrés Bercovich. Atualmente, os tratamentos com insulina custam
ao país cerca de R$ 101 milhões.

A experiência pode fazer com que a Argentina deixe de ser um país


importador do remédio para se transformar em exportador, já que a
pesquisa poderá baratear os custos da insulina em até 30% e só
levariam três anos para se conseguir a reprodução de 25 vacas
transgênicas.
Em 2002, a Bio Sidus já havia conseguido clonar bovinos que
produzem o hormônio do crescimento.

Texto: Cassiano Sampaio


Fonte: Redação Saúde em Movimento
Publicado em: 20/04/2007

Fonte:
http://www.saudeemmovimento.com.br/

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