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Matrias Reconhecidas :: STF - Supremo Tribunal Federal

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Braslia, 21 de setembro de 2011 - 22:59

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Notcias STF
Tera-feira, 23 de agosto de 2011 2 Turma cassa decreto de priso preventiva feito por meio de documento-padro A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) cassou, na sesso de hoje (23), a ordem de priso preventiva decretada pelo Juzo da Vara Criminal da Comarca de Aracruz (ES) contra I.C.N. e B.N.A., ao conceder o Habeas Corpus (HC) 107617, de relatoria do ministro Gilmar Mendes. Os dois homens so acusados dos crimes de resistncia (artigo 329 do Cdigo Penal) e desacato (artigo 331 do Cdigo Penal) e estariam foragidos. O ministro Gilmar Mendes acolheu o argumento da defesa quanto alegao de falta de fundamentao da custdia cautelar, tendo em vista que o decreto de priso um documento-padro, do qual constam espaos em branco que so preenchidos com o nmero do processo, o nome do ru, a data designada para a audincia e a data de assinatura. Para a defesa, em nenhum momento, o juiz de primeiro grau reuniu dados concretos que justificassem a necessidade da priso preventiva. Para o relator, a utilizao de uma deciso-padro caracteriza, de forma flagrante, ausncia de individualizao do decreto prisional. "Para que o decreto de custdia cautelar seja idneo, necessrio que o ato judicial constritivo da liberdade especifique, de modo fundamentado (Constituio Federal, artigo 93, IX), elementos concretos que justifiquem a medida. Observa-se que, ao manter a segregao cautelar, o Juzo de origem no indicou elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da priso dos pacientes", afirmou. Em seu voto, o ministro faz uma recomendao para que a prtica no mais se repita. O ministro Gilmar Mendes tambm salientou que, nos termos das inovaes da chamada Nova Lei de Prises (Lei n 12.403/2011), a priso tambm imprpria. certo que a decretao da priso preventiva leva em conta o quantum da pena mxima cominada ao delito, devendo ser superior a quatro anos. Dessarte, levando-se em conta que os crimes supostamente perpetrados pelos pacientes so resistncia e desacato, cada qual com pena de deteno de dois meses a dois anos e seis meses a dois anos, o caso sequer configuraria como hiptese hbil a justificar o cabimento da priso preventiva, afirmou.
VP/CG

Processos relacionados HC 107617

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