Você está na página 1de 2

Corao Cigano

Oh, corao valente, oh, corao leviano, oh, corao ardente, s corao cigano. Tua vida nunca certa, teu destino desconheces, no s teu, nem s de ningum. Teu caminho, uma porta aberta, s amado, mas no mereces, vives s, mas tens sempre algum. Oh, corao sem alma, oh, corao malandro, oh, corao sem calma, s corao cigano. Pelo amor vives, pelo amor morres, teus olhos negros, so quentes, so frios, mostras alegria, mas no fundo ests triste. No quadro do tempo, teu rosto, marcado por rugas, so rios, cheios de amores que s tu viste. Oh, corao em chamas, oh, corao ladro, oh, corao que amas, s corao cigano. Corao cigano, tu nunca s feliz, e quem te ama, sofre o mesmo destino. Tu nasceste para amar, no para ser amado, da chama cigana tu s de raiz, viver sem passado, o teu castigo, no saber quem amas, o teu fado.
Lisboa, 8 de Agosto de 2004 Paulo Loureno Ramiro de Kali

...
Este poema foi escrito e dedicado ao meu grande amigo Nelson Antunes. "Corao cigano" porque o meu amigo tem origens ciganas, apesar de no seguir a cultura cigana. O poema, realmente a maneira como eu o vejo e retrato a sua vida.

Blog pessoal: http://paulo-lourenco.blogspot.com/

Facebook: https://www.facebook.com/ramirodekali YouTube: http://www.youtube.com/user/MrRamirodekali

Você também pode gostar