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a we o -*x i) Coleg Estados Dirigida por. Ginsburg Equipe de ealagSo~ radu: Margarida Galsane:Reviso de value: Tana Vien: Revisto de provar: Marina Vieni, inc emisivo: Ragel Fernandes Avance, Sobeccap: Sty Kon: Pras: Rico W. Neves, Hes Maria Lopes Raquel Fernandes Abenccs Bernard Knox EDIPO EM TEBAS O HEROITRAGICO DE SOFOCLES E SEU TEMPO ne Jad. My re) eereees vt eo1ro mw TERAs {empo, como uma figura simbélica do homem ocidental e, mais impor- ‘ante ainda para nés, do homem ocidental do culo XX". Este livro € essencialmente um estudo da pega de Sofocles, edipus Tyrannus, em termos ds era que a produaiu, uma tentativa de responder 3 questo “O que significava para ele, ali e entio?”, mas sugere também uma resposta & pergunta “O que significa para nés, aqui eagora?", ea resposta sugerida é: 2 mesma coisa que significava para eles, ali ¢ enti, Pois neste caso, a Yentativa de compreender a peca como um fenémeno particular revela sua natureza universal: © método rigidamente historico vé-se descobrindo a intemporalidade. (Os materiais @ partir dos quais © Oedipus Tyrannus € construido s80 fundamentas para a sitwaSo humana: nomudaram desde que a pega foi escritae provavelmente nunca mudario. A peca necessita apenas ser vista claramente pelo que era entio, para ser compreendida pelo que é agora 1. Caves séculostambén orelvindicam, Sit Richard ebb, em Sophocles edipus Tyrannus Cambidge, Univers Press. 1667 nod. xvi observa: "No ‘ue concer a ipo, podese dae gue este ape parca (Le no seid em {ue le carci come coloca ex cotraposigioneptalele€ a peranagem ‘modema avez mais expecifeament do seuo XI" o 1. Her Um obstéculo inicial ests na abordagem critica ao Oedipus Tyrannus: conceps4o amplamente aceita, ¢reiterada com frequén- cia de que a pega 6 uma “tragédia de destino”. Esta apreciagiio ba- seia-se numa visio nebulosa da relagio entre o destino vaticinado do herd e« wie na pga, mas, mite embara {e-se numa interpreagio equivecad, sk influgneia serviu para clas- sifiear Oedipus Tyrannus como exemplo clissico da “iragédia de destino”, exemplo este que se supe deva ilustrar a distingdo essen- cial entre as tragédias antiga e moderna. O propésito de tal distin ¢80, expresso ou implicito em graus variamtes de sutleza, no é apenas ode reforgar que a tragédia antiga é menos significativa para ‘a consciéncia moderna, por operar no contexto pré-cristio de desti- rno, em vez de no sistema cristo moderno de livre-arbitrio indivi dual, porém também o de que a tragédia antiga possui um potencial epgeno te precipita onde set predecessor eve me de prot 9a: The Mea Length de Arthas Wout Ph ., Boston, The ChsiopherPabishing Hovse, 1953, Segundo esa cea (pp. 118. 12), parce que Soca "em verde reforeaeacorge de Epo, coma deers esperar qo aconecere no corlexa de Elio posi} fat com gue sk woh as ‘aco com papel por els Jorerpsnhado come bolo do dedo ms cnnlexo do ‘io ov isemidae feminine smb do al no exmplono de Edipanesaive” “0 ‘puede pont dp [1 Lao rerscea on ses tasers do nivel xe ‘lipino ao fel ediian. “none Cher [J Paro. Je Hon.) 0 inbo- los desis que repeat a abldsde o poet e bat plats ou soos peo ete do qua ele quee masouistimene ser pvad"- Os. Wormboud ress modo ordenado, protlems amplaent dict doExodo do Oedipus Tanna “0 que Epo conseg reatzar na ultima cena de pega [.-]€4 subsitugao do _xibiionismo pelo voyeurs ‘Quanto 2 Elo em Colon: "Painies dese of tajes mands qv Biipo este acca ele proprio a cups anal qu estes suger. A 1256, po rejeta Poller cana sobre meen eR: 3 tipo os eons sments porque oda te sido nosso, pare o ork colo- ‘ou dante dens, ares de oso nasi, amexma malig que pirva sobre le E possvel que todos nos enivescomos desu ii ass primers impels sexais is nosat mere noon prieitos inpulos dei ileaci ona nossas ‘at noston rons nos convener d ue ao reslneate ¢ verdad! sta famosa passagem &,naturalmente, um mareo na histra do pensamento humano e um simbolo da vitalidade da literatura grega, uma vez que, nessa inhas, um dos conceitos mas inlventese ama zamenteconiestados da mente moderna assume a forma de uma tent tiva de resolver um problema erttico susetado pela pega de Safle. ‘A parte o valor (ou falta dele) da teva frewsiana do complexo de Edipo (que el formlow ag pela primeira vez), aslugio que propes para o problema ericolevantado ao chamaraposa de uma tagedia de destino” ni pode ser acta. Ao dizer que «destino de Epo nos afeta porque “poderi ter sid 6 nosso prépro”, Fred interfere num spac essencial da tragédia, a niversaldade do tema, qu natural mente se estende muito slém do apelonancular que opsdprio Freud qui expe. atragio universal do tema, porém, sea elecompreend dom termes pscanaiticos ou outros, nao expica a excitagiodrami- tia gerada pea ragédia Nenhuma quantidade de rquezasimbolica~ conseieme, subconscienie ou inconsiente~ poderiaerarexctagio deamétea numa poga que mio possua os pe essencias de livre-arbisioe responsabilidade humanos. A tragédia deve set ato- suficiente: sto 6, a catistofe deve ser resultado da livre decsaoe da 480 (ou inago) do protagonists tdi. CO problema, formolado em termosfeadianos (cle apenas dec rade forma extrema o que muitos outos deixar impliito),€ obvia- mente solve. Se Deas Tyrannus una “trageda de destino" 8 ‘vontnds do hers no ive, © eiiénca drama da pega é imia ds por est ato, O problema ¢ insolivel ma, flizment,inexstejé ‘einico.Poisnapegaescrita por Séfocles, a vontade do her inti mente lve e ele € totalmente responsével pela ease, Séfocles crdenou com cuidedo 0 material do mito de modo a exclir da ago da trap ofator extern na vida de Edipo. Tal agio nfo € a conere- tizagio da profecia mas a descoberta de que ela ise realizou. Acar isto de Edipocdescobrir sua propria identidade; cle 0 primeira 0 ttimo responsivel por eta revelago. Os acontecimentos pi pss da pega, na realidad, nem fazem pate da profes: Apolo no Yaticinou arevelagio da verdade, osucidio de Jocasta ou a ceguira © autor para darth sx ek, io espera qu as reiterates radials sejam acl noite prs dis"aresitnta ao et iene d ira Emile Imlor que a0 ds assonamia, da queso da bologia por maiores cic ten i), porque ie respeito a ssrotor qe exo mst pésos de cas” (pp. .10). 2: Idem, pp. 108-108

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