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| — O NORMATIVISMO JURIDICO DE | HANS KELSEN ‘o que restou dito niio se afirma que hé uma relagio 1. A NORMA FUNDAMENTAL E A CIENCIA entre a Teoria Pura do Direito ¢ as perquitigdes Jur cas de Kelsen, mas, sim, que a fungio da norma fndamental, forma itrestrta a opiniio de iches, para quem é possfvel discordar completamente axiol6gico de Kelsen sem promover 0 menor s estruturas de sua teotia juridico-cientifica.” is bem, Kelsen engloba em um tinico corpo teérico 0 © kantiano ¢ algumas das principais posigdes do smo juridico moderno, muito distante das posigGes Bo, porque noss cine prenbgncnlice yan ‘Afloso O campo especifico de nos se no tratamento dispensado pot Kel Contudo, inggnuas de Austin ¢ de Benthan, conceitos de von Jheting, da escola hi ¢, principalmente, dos exegetas franceses. Na época em que ‘© mestre de Viena comecou a escrever sua obta, 0 i encontrava firmemente assentado ‘obras de Paul Laband, Otto Mayer ¢ Edmund Betnatzik. Ii de se frisar com Walter que, conforme vimos supra, apesar a circulo de Viena de da jurisprudéncia dos XX, sendo que em varios e importantes de suas posigies. Assim, por exemplo, 0 av qualificagio da Teoria Pura do Direito como mero “aban- dismo”, observando que Laband, apesar de ter ensaiado uma distingio entre direito e politica, nao obteve sucesso na empresa, pois sua teoria nfo passa de uma ideologia do prin- cipio monirquico (apud Treves, 1987:333). Para Miranda Afonso, dois grandes (0s norteiam 4 obra kelseniana: a construgio de uma ciéncia do direito a € independente e 2 extragio das iiltimas conse- ias dos postulados positivistas (19845). A Teoria Pi é, portanto, como sustenta Jabloner, uma episte- | Faosora 20 DIMETO JUSICA mologia € uma reacio contra as cotrentes que tradicional- mente explicavam a natureza do fenémeno juri seemingly usidical construct ‘Um elemento que diferencia a doutrina de Kelsen do postivismo juridico Jato am & a sua profunda fundamenta- Gio filoséfica. Os comentadores tém enfatizado es te sua ligagio com a obra de Kant, o que deve ser feito com 0 devido cuidado. Nota-se, antes de tudo, que além da idéia de ‘norma fundamental como hipétese ligico-transcendental — ‘que se deve tanto a Kant quanto 2 leitura de Kant efetada por Cohen -" Kelsen langa miio, como vimos, da clissica distingio kantiana dos mundos do ser ¢ do deves-ser alan) por onto mia do diz omecionah dy bc ede ite ltr dem of the th intron of the basic, Kale’ originaiy Be the ft tat be bad i eed in oder C : Faosona 0 endew construir um conhecimento antime- De acordo com ‘Treves, ao mesmo tempo em que se ito assim como Kant fizera no campo das cién- afasta do Kant jusnaturalista, Kelsen também se distancia, se pode confundir — retornaremos a ‘em certo sentido, da escola neokantista que desenvolveu tafisico do clas naturais. Mas nf este ponto — a filosofia pura kantiana, seu ctiticismo trans- suas idéias com base nese mesmo Kant que enxergav cendental assumido en, com sua fil liberdade como 0 inico direito natural do homes isica. © Kant da Critica da se ocupa de conceitos puros na construgio da Teoria Pura rio pura € peca fundamental para a Teoria Pura do Dircito, do Direito, orientando seu pensamento para 0 a prior juridi Oa ee a ear i co (reves, 1987:328). Mais um ponto de ligagio com o metefsca dos c c da Metaftia dos costumes €, para Kelsen, Kant da Cra da rage pura, Para Miranda Afonso, 2 conhecimento que Kant dei se distingue, portanto, do € 0 sentido da

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