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XILOGRAVURA
Litografia
A arte vai para o mercado
Arte começa a se situar no nível da imprensa
Fotografia: a mão é liberada da
responsabilidade artística
Arte se situa no mesmo nível da palavra oral,
devido ao seu tempo de reprodução.
Cinema: a reprodução como arte
AUTENTICIDADE
Mesmo a reprodução mais perfeita
não possui o “aqui e agora da obra de
arte”, sua existência única que contém
em si a história da obra. Isso é a
autenticidade que classifica o objeto
como aquele objeto. A autenticidade
escapa da reprodutibilidade.
AUTENTICIDADE
Mãos ao Alto
Onde estão os braços da
Vênus de Milo?
Reportagem de Adriana Setti publicada na
revista Superinteressante em maio de
2005, disponível no site
www.super.abril.com.br
AUTENTICIDADE
“Ninguém sabe. As teorias são tão controversas
que o jornalista americano Gregory Curtis
passou dois anos entre Paris e a ilha de Milo, na
Grécia, em busca de todos os detalhes do
paradeiro dos braços da estátua, encontrada em
1820. "Um dos primeiros documentos que li
dizia que os braços teriam sido arrancados
durante uma batalha entre os moradores locais
e marinheiros franceses", conta Curtis. "Não
demorou muito para que descobrisse que as
batalhas eram pura fantasia.“ (...)
AUTENTICIDADE
(...) Para ele – que é autor do livro Disarmed: the
Story of the Venus de Milo (em português, a
tradução seria algo como "Sem Braços: a História
da Vênus de Milo") – a Vênus já estava sem braços
quando foi encontrada. A explicação mais provável
diz que um grupo de marinheiros franceses, cujo
navio estava atracado no porto de Milo, uniu-se a
camponeses locais em busca de restos
arqueológicos nas ruínas de uma civilização
antiga. Enquanto os camponeses buscavam
pedaços de mármore para usar na construção
civil, os franceses procuravam algo com algum
valor histórico. (...)
AUTENTICIDADE
(...) “Foi então que um tal Yorgos, camponês local,
desenterrou a estátua, separada em dois pedaços
na altura da cintura, e já sem os braços. Um dos
marinheiros, Olivier Voutier, percebeu que estava
diante de algo excepcional e convenceu seu
superior, o marquês de Rivière, a comprá-la.
Depois de algumas idas e vindas, uma das
esculturas mais famosas de todos os tempos foi
negociada pelo valor de meia dúzia de cabras. A
Vênus embarcou, aos pedaços, em direção a Paris
e foi remontada pelos restauradores do Museu do
Louvre, onde ela está até hoje.”
AUTENTICIDADE
Cabeça e braços da
Vitória de Samotrácia
Teoria mais maluca: Esculpida
para comemorar o triunfo dos
gregos em batalhas náuticas, foi
"linchada" e jogada ao mar
pelos romanos, quando eles
conquistaram a Grécia
Teoria mais provável: Teria
sido destruída em um terremoto
por volta do século 6. Foi
encontrada pelo arqueólogo
francês Charles Champoiseau,
partida em 118 cacos, em 1863
AUTENTICIDADE
Nariz da Esfinge
Teoria mais maluca:
Durante sua passagem
pelo Egito, entre 1798 e
1801, Napoleão usou balas
de canhão para praticar tiro
ao alvo contra o nariz da
esfinge
Teoria mais provável:
Exposta a ventos
carregados de areia do
deserto e com problemas
de infiltração, a esfinge
teria perdido o nariz aos
poucos
Reprodução técnica é diferente de
uma falsificação. Mas ainda assim
desvaloriza o aqui e agora. (não é a
mesma coisa ver a foto de uma
pirâmide ou se por diante dela no
Egito)
Reprodução técnica
possui autonomia
Poder captar
detalhes
AUTENTICIDADE
Fixar imagens que
fogem inteiramente à
ótica natural
Como os “Instantes
Decisivos” de Cartier
Bresson
Cria situações
impossíveis como
aproximar mais o
individuo da obra
AUTENTICIDADE
AURA: sua autoridade, seu peso tradicional
Abalo da tradição relacionado diretamente
aos movimentos de massa: liquidação do
valor tradicional de cultura (grandes
clássicos do cinema).
A existência serial X existência única da
obra
Atualização do objeto reproduzido.
( Romeu e Julieta, de Baz Luhrmann)
DESTRUIÇÃO DA AURA
A percepção se modifica junto com seu
modo de existência. A percepção não é
apenas condicionada naturlmente, mas
também historicamente.
Conceito de aura:
“Em suma, o que é aura? É uma figura
singular, composta de elementos especiais
e temporais: a aparição única de uma coisa
distante, por mais perto que ele esteja.”
DESTRUIÇÃO DA AURA
Declinio da aura:
fazer as coisas ficarem mais próximas
necessidade de possuir o objeto
Imagem: unidade e durabilidade
Reprodução: transitoriedade e
repetibilidade (oferecido pelas revistas
ilustradas – coleções da Caras – e
pelas atualidades cinematográficas)
RITUAL E POLÍTICA
Sociedades primitivas:
arte diretamente ligada
ao culto (mágico e
religioso). A arte nunca
se destacava da sua
função ritual, mesmo
que seja simplesmente
o Culto ao Belo
(renascença).
RITUAL E POLÍTICA
Crise: fotografia.
Resposta: teologia negativa da arte: a
arte pura, rejeitando toda a função
social, assim como quealquer
determinação objetiva.
RITUAL E POLÍTICA
Isso abre caminho para a reprodução
que pela primeira vez faz com que
arte descole-se completamente do
ritual. A obra de arte reproduzida é
cada vez mais uma obra criada para
ser reproduzida.
A função social da arte descola-se do
ritual para a política.
RITUAL E POLÍTICA
No cinema a reprodução não é uma
condição externa para uma
reprodução maciça. Ela é obrigatória
porque a produção de um filme é paga
pelo que se ganha com a sua
reprodução.
RITUAL E POLÍTICA
O consumidor pode pagar um quadro, mas não
pode pagar um filme. ( Homem-Aranha 3)
Quantidade se converteu em
qualidade.
A massa busca distração, enquanto o
especialista, retraimento.
Arquitetura
Recepção tátil: uso
Recepção através da distração: mudança
na percepção. Importância da estética.
ESTÉTICA DA GUERRA
Impressão de mobilização, quando a massa
vê seu rosto na tv
ESTÉTICA DA GUERRA
ESTÉTICA DA GUERRA
A humanidade transformou-se em espetáculo
para si mesma. Sua propria destruição como um
prazer estético de primeira ordem.
FIM