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ESTICO BRASIL l Ouviram da Rocinha, margem da sociedade , Dentre um povo estico, um tiro retumbante, E o som da mortandade, em ondas fnebres,

, Vibrou no cu do morro neste instante. Se o terror da impunidade Consegussemos destruir com brao forte, Em teu seio, sociedade , No haveria tanto luto, tanta morte! Ptria amada, vitimada! Que algum te salve! Brasil, de um sonho intenso, de um raio vvido, De amor e de esperana a terra carece. Se, a teu gosto, deixas ao lu atos ilcitos, margem do atoleiro permaneces. Gigantes se apossam de tua natureza... s cego, surdo e aptico com o teu povo.... E em poucas mos concentra-se tua riqueza. Terras cercadas! Dos latifndios, s tu, Brasil, a ptria amada! Com os filhos deste solo s mais gentil, Ptria injusta, Brasil! II Deitados eternamente em beros esplndidos, Dormem ricos marajs, sono profundo. Sanguessugas do Brasil: donos da terra? Roubam do pobre o sonho com um novo mundo.

Quando chegam a Braslia, Os medonhos lobos traem seus eleitores. Em seus cofres, tm mais renda... Nossa renda em cuecas de senadores. Ptria amada, aviltada! Que alguma ambulncia te salve! Brasil, amadurece e s um smbolo Para o lavrador, que pe as mos no arado. Que no seja tua histria uma fbula! Faze no futuro o que no fizeste no passado! Se ergueres tua justia classe pobre, Vers que filhos teus dormem nas ruas, Entregues ao acaso e prpria sorte! Terra aviltada! Dos sem-teto , dos sem-vida , dos sem-nada ! Com os filhos deste solo s mais gentil! Ptria amada, Brasil!

Harrysson Augusto Primo Arrais


I Prmio Unifor de Literatura - Fortaleza/2007
Harrysson.arrais@hotmail.com

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