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Captulo 3 : A guerra e a reduo dos Muras Descrio do comportamento dos Muras: Os motivos das suas guerras so ordinariamente alguns

destes trs, ou de se comerem uns aos outros; ou por induo dos brancos para lhes venderem, os que apanham; ou por causa de se apanharem uns a outros as mulheres; e este terceiro motivo o mais ordinrio; porque em toda parte h helenas formosas, que como fogo da concupiscncia acendem o da guerra, e no satisfeitos com as das suas povoaes querem roubar as dos seus contrrios. (Padre Joo Daniel) Atiram as flechas com tanta fora, e valentia, que mui longe atravessam um boi, e qualquer homem de parte a parte (Padre Joo Daniel) Neste ano passado (1759) andaram os Muras to insolentes que chegaram a vir a fortaleza deste rio aonde mataram dois pescadores do tenente, flecharam um ndio, e levaram uma mulher, uma rapariga, as quais lhe fugiram uma noite, e se tornaram a recolher mesma fortaleza (carta do governador do Rio Negro ao governador do Par Barcelos, 15 de janeiro de 1760) Na mesma nao dos Muras habitantes do rio Madeira, em outro tempo temida tambm pelo seu grande nmero, e hostilidades, que praticavam, aquela que hoje obrigada dos Mundurucu com quem tem guerra, se viu precisada a fazer conosco essa aparente paz, sobre a qual eu nem conto, nem considero se no como dispendiosa, e ainda mesmo arriscada, vista da grande inconstncia, que se lhe est sempre observando, no obstante as mais positivas ordens de bom trato, e de tolerncia, dirigidas a agrad-los, e persuadi-los da diferena, que h entre uma vida silvestre, uma vida socivel. (carta do governador do Par ao ministro dos negcios Ultramarinos em Lisboa. Par, 17 de agosto de 1788) Equipe: alunos oficiais Menezes; Proena, Willian, Trindade, Pedro Paulo, Diego paz, Diego Paiva.

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