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A ARTE DE LER MORTIMER J, ADLER ico DE, ES DE OLIVEIRA, INES IO DE JANEIRO Louvreria AGIR Exhtore los e@ ¢e e e @ e e @ e 2 YROMGEGUIGBIAIGIAIIARIIAD Coprright de ARTES GRAFICAS INDISTRIAS REUNIDAS 5, A. Livraria AGIR Editi Rio de Jantiro — Ros Mexico, 98 B= C. eo, 98 = Cana Pam Sto Panlo ~ Ruz Briulio Gomes, 125 — Caixa Pow Belo Horioate ~ Avena Afonso Penn, 319 ~ Coiea rvouatgo unuseririca “aca” (cir) Prefacio sto para divertimentos es baratos, ndo se cansem, lendoo Exerewo para os outros leitura ~ como se explica (e se defende) neste livro — o bésico para bem viver. Nao preciso insistir no quanto, vanamante ¢ sazoavelmente, embora nos areca neces. E bom vives sdrio defender tais principins A leituera, repito, é um instrumento bésieo, Aquéles que lizam para aprender nos livros e fara se distrair com éles, posem 1s tesouros do conhecimento. Podem ornar de tal modo sua inteli- géncia que a perspectiva das horas solitdrias se apresenta menos triste, Nem tém que temer, quando esto com ot outros, aguéle som eo das conversagdes vazias, Mnuitos de nds achamos bobagem conversar. Parecemos ter pouco que diver depois de esgotadas os primeiros assuntos familiares, feta repeticao das mesmas ¢ vethas observacdes. Os fornais. ¢ 0 rédio fornecem 06 temas. Sho os mesmos para a maioria, assim como as banalidedes que comentamos aos bindos. uta é 4 raxdo por que ‘recorremos & maledicincia ¢ a0 escindalo ou s6 falamos de bridge on cinoma. E se néo podemos interessar aos outros com nossa prosa, que companhia extiipida nio seremos quando entregues a mit resnos Uma — embora nfo a tinica ~ justificative da edueario (¢ éste € wm livre de edueacdo liveral) é gue ela nos envi Faznos homens. Tornanos capazes de levar a vida caractevistica we humana da raxio. O treinamento vocacional pote, no mé- ximo, ajudarnos a ter uma vide que nos sustente as horas vagas Todos sabem, espero, que a educarto 86 foi imiciada e ndo se rm plesor no gindsio ou no colégio. Mesmo se as eseolas desempentas sem methor sa missia seria ainda necestdrio que continwissem todos, nossa educagéo. Como estio as coisas, muitos de nds temas fo probleme de adguirir a educagdo que os gindstos e calégins det mente, escrevi um livro sobre re sexo ox sobre 0 modo de ganhar dinkeiro, dd, mul le aprenden a ler. E veremos que no existe 36 0 problema com fer, mas, também, 0 de que ler. O que trato, je, da Teitura de livros. Mas esta arte que descrew ler espécie de comunicagio, Na vida de i habilidade pode ser empregada furos Brancos da Guerra e proclamagdes de que a arte de bem — ela ligada & arte de pens te. Bis por que a terceina parte dést @ autre metade da vida do leitor Monriseea J. Apter {NDICE DA MATERIA 1 PARTE A ATIVIDADE DE LER APENDICE shoe 13 2 35 6 59 86 - 291 8 PREEACIO IMACAGGHIN9I9I9B9999AIAGIAAIIBIAIIABSA BAS 1 PARTE A ATIVIDADE DE LER ca 101 Para 0 leitor médio jo sabem ler. Parego rude 0 0 sou. A aparéncia qualquer to & humanamente possivel. Muitos autores ior do que escrever para tais mesures. Mas ue trata da arte de ler p médio, isto é muitos de aprendemos o ABG. Sabemos ler € escrever, Mas nilo so, Temos consciéneia disto por varios motivos, so io alguém, lendo © que acabamos dle ler, mostra:nos mos ov nia compreendemos nel dda a atenglo de que foram capazes nio correspondeu a seus es forgos ~ ndo sei como interessé-los no problema, Muitos de nds, no © ¢ Cy e od © « « © © © entanto, achamos dificuldade em ler, sem saber por qué, nem © que fozer para cvitila, Talves seja por mio considerarmos a leiturs como complexa, que compreende diferentes etapas, em cada um podemos tece com simples como ver ou andar. E ver ou andar nio sio artes, No vero passado, enquanto escrevia éste jovem me visitou. Soube © que ex estava fazendo e me pe: ri que eu podia ensinarthe a melhorar sinha resposta viesse cm poueas pal © jovem my saber ler, pared uum instante, wudo © que eu tinha de saber. Além disso, bastante tempo ouvindo nnisea, antes de tornarme um bom, RepliqueéThe que o caso da leitura era asim também, Se et podia aprender a ouvir miisica, éle aprenderin a ler, contante que {sse nas msemas condigdes. Havia vegras a canhecer ¢ a seguit, E ‘com a pritica que se cziam os bons habitos. Nio havia dificuldades vontade de aprender ¢ paciéncia wor um pode fazer, alguma coisa que a gente estuda na esco! a — nfo admitia que aprender a Ter fOsse o mesmo que jer a ouvir misica, a jogar ‘complexa dos sentides ¢ da mente ifiewldade é, para mim, uma das que muitos de nds eanhe- ‘coms. Eis pot que vou explicar, na primeira parte déste Tivro, que Spéeie de atividade & a Teitura. Pois, enquanto voots nfo levarem fem conta o que ela signi Mo estario preparados (como aquéle io me ver) para a inserngio neces ‘querem aprender, Meu auxilig nfo pode que vores derem a sii mesmos. Nao ha que ce mais da que queiram ox jielguem jentemente, que achariam bom aprer. cama faatslo. Podlem estar eertos de 0 con . E se 0 quisorem, saberfa como esforgarse. faz © mesmo. Voltemos & minha histéria. No dia em que os ipl conferidos, consideravame um dos bons eatudantes de Col ‘Tinhamos pessada com boas notas. O j6go era fil, conhecendose ies. Se alguém nos dissesse que nio sabiamos grande co de poder assistir a8 aulas e let os livros que nos de modo a responder satistatdriamente no exame, Era esta a 4 prova de nossa eompeténcia Fizemos depois ur ou Curso que John Erskine 1 s, chamavase "Ge to de juniors e sen a meméria. Mas eu no possuis s6 0 owo, no, ‘livros eélebres posuir a mina, E comentado. Nao quero di hor do que ew AMAMAGAABBIIAIIAFABRARAAAD 18 AARIE DE LER dade é que nenhum de nés, com a excegio de Van Doren, conhecia 9 assumto, Dopois désse primeira ano de magistéri melhor. Nao hit pevigo de Por qué? Porg) a porgio de vires, até 0 arte de ler 108. Por que niio we vale 8 pena? PARA © LEITOR MEDIO cy {que mio sabem o suficiente, para se divertirem em ler com proveito, ou para aproveitarem a leitura como divertimento. Mas a eilueacko ndo se interrompe com o colegio, nem a res: educacional € inteira do sistema esco- um pode ¢ deve decidir por si mesmo se esta sate ~ tinico, tal hor ¢, leno, mente, $e convencem da powien para os que, tendo perdido oporti expécies de motivagio que padem set wocados, nesta tarefa comm. Mas 0 que & de pri impor & que todos nds reconhecamos o trabalho ¢ seu val je nfo nos obtiguem a ler @ tempo esse tempo seria ameniza instragio — a que ad fs mesmos, através da leitura. Nossa profissio pote exigir a de determinado assunto técnica, a0 corer do trabalho: 0 médieo tom de estar em dia com a literatura médica; 9 advogado ‘nfo deixa nunca de Jado as causas; o negociante tem de ler balancos inanceiros, apélices de seguro, contratos e assim por diante. Nio importa se @ leicura & para aprender ou para ganbar. Pode ser bem fou mat fcita Como alunos do colegio — ¢ candidatos, talves, a um superior — compreensiemos que 0 que nos esto dando & em a 2 A ARTE DE LER ligdes nos exames. A desrera que se atinge neste procesto nfo de idade do professor. Se o aluno oj ensinado nas aulas e ofesor, passa de ano, s cenergias. Mas deixa passar, também, 2 edueagio. Podemos ensinar num ginisio, colégio ou univers professOres, saibamos que nio lems pares de o fazer; nds, ta ito além déles, Téda profissio tem certo mimero de truques rndidos. tru pendé das m ow aos clientes a seren peténcia que usamos. Ne mos um pouco mais e chegamos a melhor res nossos melhores alunos. Se ignoramos que nostos alunos bem ler muito bem, somos piores do que os truqu ales, Ievamos nossa Assim como 0s m ea do doente, tages, — assim of melhores professéres so 0s que tén ensio, Se 08 alunos esto As voltas com um prob! fessor que se mostrar titubeante, também, pode aj ‘9 pedlagogo que parece voat a clareza com a 4 rndo posso. fste € o resultado dos anos de expcrigncia em que pro- cured ensinar aos outros. Se sei mais que alguém, posso ajudislo poueo. Embora nenhum de nés consiga ler sulicientemente bem para satisfazerse, podemos chegar a ler melhor do que outros 0 [a+ em. Sendo poucos ot que podem ler bem, num certo sentido, cada PARA 0 LEITOR MEDIO ai de née 0 pos nde extdrgo. Um aluno mediocre pode ler bem, em determinados casos. HA nds 0 somos na maioria das vézxes, que n da tarefa, quando o texto trata de suas espe se do que discrem depender o bom nome interessam & sua profissio, 0 advogado v. © médica Ie com perleigio as observa sintomas com os quais esti habivuado wer quando a rizio é bastante para exigir um eas, que Mas, new , esforgandosse por ler melhor do que © ido € recebem uma carta silo capazes. Leem cada palayra tds vézes, has © nas margens; Idem © todo em fungio das ilo da todo; sensiveis ao contexto e A ‘eas referéncias, percebem a cdr das pala- frases ¢ 0 péso das sentencas. ‘Talvez lever ema 10 © terfo feito nem wo, bastam para dar idgia Nio € tado, porém. £ preciso distin. , as diferentes espécies e graus de emente éte livre — que € © que seus nbéim com 0s outros livros ~ € pre ratard désse assunto, Basta que se per. que @te livra ndo tata de qualquer espécie de deitura, rt que seus leitores no fazem ou nfo fazem bem, a do. menos que estejamm am: i ee 2 oe w nm te cartruto 1 A leitura de “leitur: Isso niio asta, portante € apenas o coméco, na se pereebew que antes deste liveo. Mas, como ji dei © que ¢ para mim tal pal ‘euldlades, antes de prose Isto de usar Tinguagem para falar s6bre linguagem ~ quanda s0 far ¢ pouco tempo, ‘mado de Palavras « os eritions que logo provavem ser das palaveas. Mas souhe ve rnhado, muitas vezes, em mi We esionescrevendo sObre leita, 10 de ohedlecer is suas regras, mas As da ese ta. Meu subterfiigio talver seja mais aparente do que real, s¢ Gear provado que um escritar sempre tem em mente as regras «te gover Se as regvas que ew sugerie forem boa seguitlas, lend éste livro. Mas como, s voc#s mio ns conhecem nem enmpreendem? Por ssso, tém de Jee uma parte déste livre desconhecenslosas. A tnica smaneira de ajudé-los neste ditema, & fazer dle voets leitores conscien iosos, antes de tudo. Comecemos aplicando a regra de como achar @ interprelar as palavras importantes Wlo vocts se dispdem a investigar os vétios significados de , € geralmente aconselhvel utilizar win obsolete de quarto es sido que designa uma atividade mental, rel orminada espécie de rele, que o verbo tem vinte © um 8 itn, No precisimnas tt 1 algumas comparacies ~ da interpret a ACARTE, DE LER wa de outros sinais a nometros, perfeita hierarquia de por diante, po neste texto, isto € 0 processo de 10, devese ler a os és R.1 £0 primero, porque temos er, para aprender, lendo, Uma ver que o que apren (que aperleigoamos nossa educagio, se toma plexo, tenos que aperfeicoar, paralelamente, nsaio sObre a democracia aim ito ou impresso €, nfo, o que é icana de hoje, esta suposigio € candidato ae dou ido naquele elevado explication de 1 todos of ants de estude ¢ que se mude de grau, Mas lee, para ser le 05 franceses Ten coragem, amivel Ieitor, pois voce est © que ficou dito foi s6 para mostrar o significado iferenga em graus de ‘Chegaremos 4 conclusio de que o melhor leitor fazer uma espécie te de leitura, O pior x6 {ari a espécie mais simples, Examinemos, primeiro, a classiieago das iades, para determinar o que queremos dizer com “melhor” obsewras ¢, mo, porque no existam, Nosso dever & afastar val | obseuridade. Para classificar as etapas de uma leitura sévia, temos aque exclarecer 0s critérios do melhor e do pior. ex), (wing (= esuever, RRARARARHAAAAAAAHRHAAEAAAHAADIAARAE precedente. Dizemos 4 pode ler um assunto mais @ revistas ¢ Brown, 08 mnelhotes fivros ci sca de Einstein ¢ Infeld ¢ a Mathematics for the Millions de ta Hogben, — ninguém negard que Brown tenhia maior aptidao do que Jones. Entre of leitores do adiantamento de Jones, Ini os que mio passain das selegdes © hii as que dominam o The New York Times. Entre os grupos de Jones e Brown hé outros mais, iazes romances, ¢ lisvos cien- como a Inside Furope de Gi ae Heiser, E melhor do assim como Hogben, ou Gal plo, que Isto é verdade, mas nfo a 0, 0 pri 1 é um Livro, de acdrdo com ela. De certo modo, & 1 as esealas para os costes de te psicdlogos, © segunda critérig leva-nos mais Ionge, mas ¢ dificil de estabe lecer. Ja falei da distingio entre leitura ativa e leitura passiva No sentido estrito, toda leitura ¢ ativa. A que achamos pa re, a menos ativa. A leicura é melhor ou pior, cont seja mais ow menos ativa. E um leitor ¢ melhor do que outro, se desempenha mais atividade lendo. Para explicar isso, tenho de me certificar de que vocés compreenderam por que, no sentido esttito, no hi leitura passiva. Fla s8 parece assim, em oposicio 4 le suém duvida que escrever ¢ falar so emproendimentos a vos, nos quais 0 escritor ¢ 0 orador estio claramente fazenda gue ler © ouvir € receber comu ativamente. Até um certo ponto estio certos, mas, dal por cometer 9 érr9 de supor «ue reecber comunicagio ¢ como reecher toma pancada, um legado o uma sentenga do tribunal a bola ¢ 1 batter & vos, prontos para atremesséla, batéla ow apa ‘com ler ¢ eserever & quase perfeita. A coisa eccrits « © objeto passivo, dle certo mado com ao pracesso inda. Um bom catcher é 9 que faz to bem quanto for possivel. Mas 0 catcher, parece mais com o fielder do que 0 jogaitor qu do plate. O eather anuncia determinado arremésso que esperar. De certo ponto de vista, o pitcher ¢ 0 ca dois hosnens com um 36 her sio como yamento, antes de langada a bola. Nio & 0 que acontece, entretanto, no easo do batter © do fielder. Os tam as seus desejos quanto a0 ass 18 08 tos SHo outros, com freqlléncia, O leitor tem ree passa no. campo. se quebra em d ula ou no. Um periodo escrito, iplexo, Pade ser quase todo apren: pouco do que o escritor quis diver tex Ieitor consegue dep Ayora, podemos definir o seg e-em ler do ertério para julgar a habi mel tum homem do teitura, par de ler -4- Nao defini ainda nem a boa, nem a mé leitura. Apenas falei jerengas, de urn modo vago ¢ geral. Era impossivel fazcr ou. ss normas de uma bea leitura, Jue muitos professores de univer ‘que, talver, nom éles, m delirio rao daquele i Hinguagem, ws, ow vocts compreenides perfeitament®.0 rio, No primeize cxso, podem ter ad- também, podem nfo ter aperfeigosdo ma tum Livro quase sem esfdr¢0, ‘Ao passar das que o autor quis div sao As AHA 2 ARM RAR DHHS DBADANREAHEHAEAHAS 9 en EE Voots de uma sb vez. Admitamos até que 0 comp \m. H& coisas lar sua compreensio. Que fazer, exam bastante, 10? Postese pedir fio lendo bem. pessoas a. possi, nem téda Ieitura é como a ALLELURA DE “LELTURA para passar tempo © pata compreender. Parece, assim, hhomem ao despender 2 A ARTE DE LER io sabemes quais so os limites de nos procuramos ver até onde val nossa ca cre onto qe ad 40 Helos. evidente que os mals (avorecidos pl voots se engane reenderam tudo, ¢ sats ws coisas podem ter ese lend 9 jornal esportivo. P 08 Ie Jham compreendido — em vex de dos € embaraga ferente de seu al istingbes entre ésses dois tipos de leitura. T bos, pois a linha de demmarcaci se deve ler é muitas vézes, pouco nil Enguanto mantiverme: A LerruRA DE *LEHURA’ 8 species de leitura, podemos usar esta palavra em a de jornais, revistas ou outa q fem conta nossa hal conhecimentos, se alterou, desde que aga © a com dade ~ isto se estivésse vel, levando © escritor compreensio nfo, ad idade de 1 que ests Tendo na segunda te por sua prépria modo indirete isso 36 se rormasse possivel u . que née. Temos les. Quem po ler, no. cartrvLo 1 a que me refiro 4 ompteentet) Ler é aprender ~1- Uma das normas da leitura, como se viu, 6 achar ¢ interpretar as principais palavras de um Ha outra que Ihe ¢ Intimamente la: descobrir as frases importantes e compreender sew © é aprender" formam uma frase. Tal frase sem diivida importance para esta discussio, De fato é uma das frases mais importantes. Isto se revela pelo péso das palavras tom bem; e se "é” ganha o prémio por ambigtidade, firmar mem contestar a frase. Ela quer dizer muitas coisas, amis lo voeds descobrirem o sentido de as empreguei, terfio compre: doa proposigio que estou procurando tra amos considerar a nexatidio, por ver dito: “Cerlas Minha dofesa é a que voeés, como I wegurio a antecipar. O contexto me dispensa de dizer Estava entendido que famos desprezar a Para interpretar a frase, cemos que pe é aprender?” £ 0 que ao chegaremos a an om moda breve, podemos extabelecer ima aprox untar primeiro: ‘aprender é adq 6 ALARTE DE LER ". Vocts tém conhecimento. Sabem hecem a di Embora haja conhecimente iade € ter alguina coisa mais que ‘A pessoa habil nfio somente sabe alguma coisa, may pode ia; enquanlo que as outras sio Hi uma distinglo que feqie nder que. Vocés j4 admitiram esta distingio, recor preciso aprender a ler, para aprender Iendo. fra restrigio & palavra “aprer lo dela. Ler € aprender, i fit conhecimento, ¢, no, hi idade. Vo aprender a ler, se se contentarem em ler &ste Livro, aqui, a nal tra eas regras dessa arte los, mas nfo basta, Devem seguir as regras © pra vem a habilidade que esté al ples livro pode dar. rera da Tso pode aj a a ante, SO asim adq sia do conhecimento 4 At@ aqui, ado bem. Temos de voltar agora & dilerenga que ¢ te entre ler para aprender e Jer para compreender. No precedente, mostret que a altima espécie de leitura deve fo mais ativa e que pre so. fie repetia as palavras de Santo Tou pazinho se esforgo ‘ t ¢ ‘ t SRE RAAOAARAAD BARA A HARARE s ACARTR DE LER LER_& APRENDER ” nas aquéle sentimento maravithora que faz mover o mundo? Freud tinfiam um mesmo ponto de referéneia — vi o que vin “ descjo ce dinkeiro ou gléris, de sabedorin ot Felicidade, 0 amor? combater. Enquanto podia responder a esas perguntas,repetinda mais an me fases alunos cram eatostos e veteranos de coli. Se sos sats de um modo e nfo de outro. Passaram os anos €o crrava_na recitagio, of outros a cm sma, nem eh adiante na expliagio do assunto jo Tendo | compararsm um ainda outra titiea quer relacionaclas a iGo, aprendemos fatos. Quando, preender, aprendemos 9 signilicado déles, tam! jeura tem suas virtues, que deve ser best “ ’ i a ” smos desprezindo sua didiva, se nfo. procurarmos ” 1m modo diferente do que Iemos jornais ou revistas ’ . ” . ' sa dele. Quando descobri . mama entze a psicologi rmado € condigio primeira para ser esclarceido. 1 imas notas, @ as paixies de A quiestio. € no ficar 98 nisso, & to initil Jer wm Livro $6. por tratado; quando deseobri que nfo pereehoram. fo, quanto usar ima canctactinteire para espetar um verme ‘ : i ee ee 2 2 i 2 es 2 A ARTE DEL a LER fi APRENDER lo as palavras importantes, notando 6 significado da frase com que te thera dlistingo assim como aprender sem ambos 0s casos, nto, @ se a instruco @ a desco (0$ tinicos modos de 0 fazer, ~ 6 claro que sé devemos pensar relagio com a educag (Se 0 assumio de 4 twatar for desconhecido de vocts, sabe?, um poueo dificil, considerem as paginas seguintes tum desatio a sua hablidade et ler. Esti bom para come. , rmados de a as de pensar sejam diferentes — die nde e a Lb APRENUER ' ae — — . gente con: ' descober ' ' ° We assistimos a ‘ acontece quando para os professire ’ ' ‘ rmemorar ¢ const + ae ‘ ’ . “4 : + . 4 feito désses erros nic : is patente. Deve-se levar ¢ 4 “ 4 ‘ a “ a ios aprendem a pu : es uma especie de pens ado, e, mesmo, um ci 6 capar de ap ry a 4 A menos que a arte de ler eja cultivada, como cla nko 0 é na educagio americana de hoje, 0 uso de livros deve se reduzit cada ver i. Podemos continuar a adquitir algum conhecimento, falando que mossos sabemos auvilos, mecessores os dirijam a palavra, se ni Voo8s podem dizer naturcea. Mas lembremse que 0s fe nboles de alga nitida por outra 1e nia b mos apres fe Ultima & a mesma, quando pro 10s resolver se concordamos preender dines vendé-la através da interpretagio de wu ica 56 precisa ser empregada —6- Yenho falado como se ler ¢ ouvir fOsse somente aprender cou proiessores. De um certo acontece. $io, a prender com um professor Ko que ler 6 aprender com um morto, ou cot Wes de seus escritos s LER £ APRENDER oe os sio voc’s. Sob esse aspecto, um livro € como a natureza. Quando a resposta s6 vem na medida em que voeés mesmos de pensar e analisar falam com 2 pergunca, 1m iss0, que, se 0 ho algum. Isto acontece quando a pergunta se a um fato. Mas se vocts ‘uma explis 4 explicacio foi s. £ esta a diferen- io dos professéres. Serd . Evidentemente, interessa aos que vsiligélos para um térmos perdida os pro- er oY nN ay . carteuto Ww Professéres-mortos e professéres-vivos Povestos nos instruir ouvindo uma aula eu tendo um livro. Por isso, vamos considerar, agora; os livros o os professdres, para ver melhor, ma, O ensino go através da comunic hemos Sor ow cot que nas ens res que nos ensinam pela palavra Para maior clareza, chamarei a0 professor que sonvivo”. Pois é um ser humane, com o qual temos um cero con tato pessoal. E.chamarei aos livres de “professbressnortos”. Notem gue nto ro extejn orto fie pod ar bem vivo, er nosso professor ¢ fazersos ler 0 ompéndio que cscreveu stein morto ot nfo o autor, o Hiro € ma eon inerte. No ‘conversa conosea, nem responde 4s pergtentas q) cresce, nem muda de pensar. £ uma forma Mio pocentos falar com éle, como falamos cor ‘a9 transmitirthes alguma coisa. As raras vézes em que eon versamos proveitosamente com 0 autor de um tando dle morre Ud HROHSSORESWIVOS n -2- Qual 6 © papel do professorsvivo em nossa educacio? fle nos ajuda a adquirir certas habilidades: a farer cata-ven da infncia, 2 formar ¢ reconhecer as letras no curso soletrar © pronunciar, a somar e dividir, a cozinhar, a cose servigos de carpi Um professor-vivo pode nos ‘das artes do. aprendi fessorsvive & stil porg fazer deter onselttos no pode 1 ou dizer, no momento preci los. Em geral, & isto que acorre com livros no género do Como Pensamos de Dewey, ¢ com os que pro. ccaram ajudar os alunos @ agir de acdrdo com determinadas regras. Enquanto alguém que cransmite o canhceimento, o nos ajuda aa isio. E contentemo-nos em ver, no prove te de conhecimento, ¢, nfo, um preceptor que nos auxilia izado qualquer: Como fonte de conhecimento, o professor-vive compete ow co: ‘opera com os professdresmortos, isto é, cam os livros. Por compet centendo © modo pelo qual muitos professézes-vivos ensinam aqui que os alunos poderiam aprender, lendo 0 Hiro todo. Muito que a revista existisse, havia professbres que ganhavam a readers digests, Por cooperaro entendo o modo pelo qu fessor-vivo a fungio de ensinar, en tes pro: ia propria pessoa © 0 A ARTE DE LER preciso ler muito 1 € 0 professorvive no ten la € 0 processo pelo qual nas anotagGes do al has instituigges educaci nas escolas superiores ¢ profissionais, como as de Diteito e Medi Ha, assim, um jeito de saber se os alunos sio Mio. Se, ao entiar na sala de fe pelas quais se subordina aos livros. Uma & a repetigio. Todos nds freqtentamos aulas, en do compas 1e © professor dizia as mesmas « sara todos os perfodos désse curso, mostrava que os alunos s6 precisavam aprender 0 estava no compéndio. Minha unica fanglo, como protessor-vivo, era ajudar o trabalho do compéndio. As vézes, fazia perguntas 08 F PROFFSSORESVIVOS 2 ser discutida. Estou pensar com livro algum. leitores. 180 0. Era por isso ira, para ouvi pasado, 0 ensino europen, le @ conhecimento ainda ngo se cinka da experiencia que una ge: inte, Entio," de m de saber e, precisava ad. NRO RRM AR AR RARR AMAR RBRRKRAR RRA ARO quirir © conhecimento, descobrindo-o por si mesmo, censinar aos outros. ituaglo arual esti no extremo que aprenden muito com sideremas 0 professor de cagho original a faz sere. Env qualquer «los casns, sous al ale sabe, lendo os espécic, freqilentemente neste mosiento, podemos, ivroxprimérios ¢ livrossecundatios inaiy cm sua integridade. Pelo contririo, a SUIS MORTOS E HROFESSORES.VIVOS a sivel, 2 nfo ser no inicio hipotétice de nossa tradi¢éo cultural, ingtil de tentar, porque ninguém procuraria descobrir, por si mesmo, {oi ensinido por outros. A methor originatidade é sem aii. Acrescenta alguma coisa ao cabedal de con! rs do serem ti fe alsa on Os grandes livros de q) tido da palavra, comunieasdes quer espe esta palavra tem, se refere s6 2 ant de ilegivel). Escrevemsse, hoje, ‘mostrar 45 oO ho dizendo pode nto aj bons, entre todos os outros da estante. N: 08 aiitévios que caracteri Aajudéstos a separar os livzos que prestam des que nfo prestam {tatarei disso). O que parce evidente é que se Ter, antes de oi ito voeés nfo lorem eapazes de ler, de loso € eriticn, 08 eritérios de juslgamento — por mais bom senso que vocés tenbam — logo se transformam em regras arbi. icas. $6 depois de letem convenientemente os livros fo uma nogio exata dos padrées pelos quais o otttos livros podem ser julgados. Se esto impacientes por conliecer os fos dios livros que os mais compententes leitores julgaram. bor 1» © Apéndice em que éles foram catalogados: mas € aconse thivel esperar, ai6 terem tido o que se diz de stas caracteristicas ¢ no eapitale XVI, Hii, entreianto, uma coisa que posso dizer, aqui, a respeito dos grandes Tvros. Explicard por que podem ser lidos, embora nao explique por que ndo 0 sio, geralmente. Os grandes a A ARTE DE LER ages, por dos homens e, nfo, para pedances 0 aos compéndins, porque se foram eseritos para 0 estudiosos. iio. tam ivro, na tradicio do aprendi imo. professor aprenden. wages ou repeticdes, come, los professires, € a certeza de que os professores seus all ra dos grandes livtos escreve 3 ou utilizam os que seus colegis escreveram. Um ido como uma inve "nas cahegas dos que indo os. profe seus alunos, sio -4 a8 pessoas que rio sabem ler ou qu das nogies. Como professbressmortos, vex de esclarecé-la, Am le de absorgio da esponja. Mas nossa finalidade ltima é mais compreender, do que adqui rir crudigio, embora seja um ponto de apoio indispensivel, a era. PROFESSORES:MORTOS FP ios sejam fontes melhores que 0 esf5rs0 4 de nés conduza 80 © eslrgo de apre cia; Aristoveles © En se Johi 1 Locke ses de M nec in. Boyle, Dalisin, Lavoisier © Mendel daviim as principais ‘ ‘ c ‘ ' ae eee et eee a ALARTE DE LER ‘nogSes de Evolugéo © Genética, com palestras suplementares por Bateson eT. H. Morgan. _Arintételes, Sie Ph wy, Wordsworth ¢ Shelley tratayam, da natureza da Poesia ¢ dos principios da Crit por T. S, Eliot. As aulas de Economia estavam sos Smith, Ricardo, Karl Marx ¢ Marshal suub-ragas humanas, Thorstein Veblen ¢ John Dewey, os problemas ‘econdmicos ¢ politicas da demoeracia americana ¢ Leri aulas de comunismo ava ingressar ne sresso ~ € tinica ex: tude de aprender. 0 fato € que esta escola existe, pa viva, Nfio esto mottos em contemporinea os considera mortos, entio, como um escritor de nomeada o afirmou, est dos antigos ate- 08 podem scr los no ¢olégin, sob a arientagio or aos mario. $8 pextomos 2p nos so intelectualmente superiores, Os grandes livros sio superior afessares vives ¢ a seu alunos, implesmente ter exerita, Nio deve ide de stas descobertas queles que seus colegas po sabe € que pode dar se 86 aprenden porgn PROFESSORESMORTOS H PROFESSORES-VIVOS 15 priprio conhecimento deviam ser as fontes primétias de aprendizndo pars seus mn) professor age bonestamente, se nile procera se cn A mterpondose entre os grandes livros e seus pequenos lei- (ores, Nio deve se “interpor", airapalhando, — mas ajudando ~ lando os menos competentes @ terem maior contato com as in devin ser. Dus foi considerada como o aperleigas ies eram superiores. Se formos fo ensina. Esta era a rario por que, durante muitos sé cealos, ponsavase que a educagio s6 se realizava no convivio dos cal dames, do gue mover e fame, tana al Pets one no pets ear aes renin peéstigeri or ‘evn bop, cin er mao avo. Por uo, como o prenoe Mom os sas as pois ese Jem a8 peas — a “S80 RESMOR A ARTE DE LER OFESSORES.VIVOS Ey 1 € 0 ideal en ia que os professbres se team mio é indicar substitutos com que aprenda r s¢ fr possivet, idade déste livro, Gas ‘que voeds pereebem as elagics éncia inicial do leitor principiante © 9s livros que Se ae eee ee ee ERE RE HER eee Dai, sua finalidade: animilos ¢ orienté-tos na leitura cos gx livro." Mas vocts nfo teriam entendide 9 que ew io acontece isso, emborn com certas reservas a respeite Podem achar ‘que existem muitos ser Tidos. Com 0 que cu con de admitir, em troea Podem einpregar sua hab Mas qual é 0 cagulor que atira num pato estrop) procurando jogos mais lo? cartruno v “A faléncia das escolas” -1- No coneen dos capitulos precedentes, disse algumas coisas sbbre © sistema escolar, que seriam difamatéri € necessirig para ex sempre how. fe quem se queixasse dos Ter nem a escrexer [As queixas inc’ 10 alunos do '2-¢ do enlégio. Pois nunen se expedin um diploma de escola primaria, para ca das. Mas depois d esperarse uma hal ‘coldgio, era raznivel iagio désses atos f ade de falar com claréza, sendio com os fing em vista o A ARTE DE LER a fo aluno em escrever ou falar dato ao Ph. D.? teve que ser reprovado a quero dizer que os opérito, provas, minha tenho que pedir a voe’s que accitem, som lade , especialmente, na leftura, coi, lo esrever © do falar sejam prova indiscutivel 10s fracassam, geralmente, quando tém que se haver pécie de comunicagio. ras, també com qualquer a e B quase rid impedidos de wsar o vinico meio qute remediaria a sitwagia. Se sm besser ler — para no dizer esctever © f 1 capares de se instruir pela vida em fora Notem que o defeito que os testes revelam « fio de conhecimentos. Na ecimento, no pode cursar 0 colégio. Nio pode, fa dle, se fOr assim deficiente. Mas se levarmos tara e s€ mos lembrarmos do nem conseguern ler os by fos que se editam todos os anos. lamente por sbbre © que Mursell constata, fo estudtante fem um vocab: 19 Ultimo do colegio, parece que lot €, com mais quatro anos, nfo hi quase progress 2 Bsses fi © aluno que nfo exprime gradagbes de significado finas e precisas", certamente 4 Yio pode aprendélas na expressfo de qualquer outra peso que ‘e transmitir alguma coisa, acima do aleance de um sexto- ‘A FALENCIN DAS BSCOLAS 3 4 entrevista, $6 um, em dez, nsavam éles, poderin ser devi acérdo com 06 resultados que conse jo extavam a par dos me sm seu tempo de colegio. ‘os nomes dos mnais ‘que is60, “uma ver terminado 0 colégio, s tendéncia ¢ deixar os qualquer recho de um livro, nas duns it Lid livros revistas, E ve "os ntos de ar alguma coisa 4 sua ’ . « ‘ ‘ ’ « ALARYE pe LER cada ver maior do assunto que est sendo diseutido? Seri de mais pretar, mas em criticar tambo adeiro do que & faso on © se eonvenceren, ou om dam? No poso so © 0 eal jara a format fe ccm alunos que, eada junho, reecbom se imteigéncin media ow inferior. io & éste 0 caso. Ble ropreenta 6 que vai pelo pais intcra. Ox colégios de Nows York © Peni ‘endian 0 que tian Além disso, continuava él | (Aquela conferéneia em Chicago durou quatre fos documentos apresentados mas sessies ¢ ie — sempre tratanda do problema da Ie vex. seja porque os educadores no saber, simplesmente, ‘menor importincia, vieram a experiencia que pode ilusirar éste wemos a ler livros eélebres com os de colégio. $6 05 amos fazer isso com mer ios podiam se deleitar, lendoos. ¥ nds © meninas de gin te para o trabalho, Sob pectos eram melhores do que os alunos mais adi que se embrar ins, nas poucas horas da semana scutir 06 livros e, sgonhoso que seu wos para uma fangio dam ‘Que fazia o gindsio para que os alunos aprendessem tev? tei. O diretor tinha pensedo, algun tempo, sSbre bem, mas 5 livros, “De qualquer “mesmo se tivéssemos tempo, nia podiainas —_-~eoown “AYALENGIA. DAS ESCOLAS __ °9 6 ALARTE DE LER le quando nfo a i espamtado. Pelo que eu sabia da arte de ler, nao via ima pesquisa experimental puclesse ajudar o alunos fou seus professores a weinklos nessa axte, Conheci erimental sObre o assunto. Fizeram-se m vestigagbes ¢ inkimeros tratados, para constituir a “psicologi ". Levouse em conta os movimentos da vista, em de tipos, 8 apresentagio das pginas, & i, para des ras emosdes, da Psicandlise, E depois voltem, que eu proof a jogar ténis, — conelui o professor 0 em seu julga- nto softes ta ¢ 0 ortopedista. Fagam proliasor seria no $6 pr to. Nio adiantari lelvitos todos dos aspectos emocion certas criangas revel ua, como outras, pela Mate tocou no probl ensinar aos Jer bem, tendo em miza tanto o esclarecim wte dessas pesquisas educacionais slo apenas prel dade principal, que ¢ ay - Destroem & Ajudam a curar defeitos, mas nio c mais de der a que a leitura medi as de outros desajust ser educatlo. Foi dorado cos asceu com a arte. Esta ide pode superar us desi E entio, se fr uma criatura de raro bom senso, diz 4) ie mais. Porque vocés tém um calo no dedo grande na ua sola do pé. A posigfo que tomam é, geralmente, md; jsculos parecen emperrados quando movem os ambros. Pre- de deulos. arecem ter tremedeitas cada vez que a a comega onde os psicélogos educaci Iho. = Dévia comecar, Infeliamente, os fatos mostram o contritio. E, como ja dei a entender, hi dias rarses para que isso aconteca Primeino, © hoje em dia. Si9 considerados como maté ver de se estenderem pelo curso todo, até o bi ado, 0 bacharat em artes no revela mais competencia em que um aluno de 6.° ano. ea eserever. Mas ndo If um acbrda geral quanto 20 dade que um homem ed nocessétio para se d No ano passada, dos trés R, como fatdres indispensiveis de uma o Segunda, pora) sem alguns dos mente numa demacracia, Nio nego ‘uma parte, e, nflo, 0 todo; mas discordo da classificagio des im conseguisse ensimerar tudo de ess , sf nosso primeira dever, sr outro tipo de tempo een gag Binisios ¢ coligios de hoje. portincia desigual. 0 que é tastncin mesma de win programa de ensino, == como certos eaté ‘escolas aperfesgoadas. O que et F passou para o cent <9 amontoam, de qualquer mod adas no lixo. Nese pro uma pesquisa. Além do q: fs setores de fatos que conseituem um base necessiria para o pe 2 A CARTE DE_LER Jes que fazem a excollta contraria devem cansiderar a educagio como tom amontonda de fator que a pessoa adquive no colégio © procura We o resto da vida, cmbora a bagagem se torne mais pesida, a medida em que se revela cada vez mais indtil Acho que 0 aspecto mais perfelto da educagio é 0 que di realee & disciplina. Nese ponto de vista, 0 que s¢ adguire no co o € tanto o aprendizada, como sua técnica — 2 arte de se truir, através de todos os meios que o ambiente ofereee. Os co- fos s6 educam, se nos capacitam a continuar aprendenda sempre, Ldevem ser os objetivos principais de um bom sistema edueacional _, Embora no concorde com Carlyle, quando atirmou qu fe uma universidade ou escola superior faz por nés & ainda 9 que scola primévia comegon — isto é, ensinarnos a let” —, concorda com o professor Tenney de Con 1¢ disse que se 0 colégio ensi- (08 alunos a Ter, colocaria (os déles “o instrumento pri de toda a educagio superior 1 diante, se 0 aluno quiser, pode educarse por si mesmo," Se os colégios ensinassemn a ler bem, seus alunos se (ornariam estudiosos, continuando estudioss fora lo colegio © depots Vou chamar 2 atengio de vocés para uma fala que pessoas cometem, especialmente os professOres. Se sma que wma coisa é de importincia primordial, 9 mau leitor pretaria isso como se fOsse @ afirmagio de que nada de cogitagio qualquer outra coiss, Afizmar, como éle claramente 6 fa2, que nao hé nada que venha primeiro, ~ no € negar que ou jag possam vir em segundo lugar, em terceiro e assim por (© que venho dizendo seri, também, mal interpretado pelos pro: fessbres ou profissionais da educagio, Provivelmente irdo mais fe me acusario de desprezar 0 “homem total”, porque no tr da diseiplina da emogio em edueagio © da formagio do car ioral, Entretanto, pelo lato de nfo ter sido discutida, uma cot foi necessiriainente contestada. Se isto fér chamado de omis- "A EALENCIA DAS ESCOLAS 2 io — eserever sobre qualquer assunto aria possibilidades infinitas de erro. Este ia de leituras © nfo de tudo. O contexto ros referimos, prineipalmente, a educa- ho intelectual, © no a eiweagio Wa. Jeni, como o fizeram na noite da inradingio Se ne pe do progtama “Town Meeting”, “Que & que vooe considera mais a alvin, o¢ te Rou um cariter reto?", ~ minka importante para resposta seria a mesma que dei entio: Voli, agora, a0 segundo motivo pelo qual os colégios falhararn, emt matéria de leigsta de escrit, O primeiro motivo € que des subestiniaam a importinca ¢ extensio da trefa e por iso nfo le- fo tempo € 0 esfbrgo destinados a els, deviam lo & que as artes quase cabam no eq referindo is dberais, chawadas, outrora, de Gramitiea, Lé- fica ¢ Retoriea, Sio as artes em que om B. A. deve ser umm ba Charel_¢ uma M. A.) im mestie, Quem conhece alguma coisa rogrts da Gramatia, da Logica € da Retérica sabe que elas yovernam operagoes que realizamos pela lingwagem, no processo da comunicagto. [As varias regras de leiturs, a que j4. me referi mais ox nienos nyom pontos de Gramitica ou Liglea bu Re explicitamente, abs 2M. As Minter of Arts (metie em arte) WP OR mmm nnn mann Re mene tGrica. A regra que trata das palayras ¢ térmos, sentengas € pro: ical lgico, ao mesmo tempo. Se ae ee por aos icone er com a ler aos alunos. £ muito sig ainda, ¢ Légicos, mas mitica € da Logica é ainda feito, ¢ em ecrtos los aspectas, com renovaclo vigor, Vocés mx certx onviram f dos prinelpios ‘ais com as Iogieas precisavam descob tamente quando a ea Logica 6 universidades proces berta original © res semanticos, nfo intl Ha uma diferes de de repetir 0 livra de vecet ‘0s menos légicos cnglo ¢ na cultura contemportinea, estou me referinda A pritica o, nfo, a0 conhecimente da Gramatica ¢ da Légica, A prova de alirmagio é, simplesmente, que mio podemos escrever ¢ ler mens de outras épocas, assim como nfo poxlemos atual a fazé-l0, aquie aquéles periods da lavam menos habi wd ‘que acontecet acontecendo hoje, de novo. Quando os homens so ineapazes dle ler e dle escrever, parece que sua incompeténcia se revelt na eri cexagerada que fazem das obras alheias, Um psicanatista uma projegio patolégica dos proprios defeitos en :neo. menos somes eapares de empregar mais reprovamos, nos outros, sua lingwtagem inin Podemos fazer tabus de nossos pesadelos lingtisticns, © ‘até nos transformarmos em semnticos. os! No sabem que impressio dio a si mesmos, yderam. Nem a nando, depois de praticar os 9: \compreensivels tantas piginas. Nao fssem a clegincia de admitir que ac ores do passado e do presente, mas desprerada a Semintien gentes do que pensam. Porque, do quase nenhum que se salve, ~6~ 19s no aprendem a ler nem a eserever, € os profess sabem como ajudéslos, Mas a causa désse fato & complicada ¢ obscu- ra. Para explicar de que modo tomamos o caminho em que estamos » A amr DE ue A YALBNGIA DAS ESCOLA” fe cultur; seria talver preciso fazer i historia cuidadosa dos tempos mod Una ver que, em qualquer geragio, sb se esereve: Jiktimos dex anos, eu e Hutchins estivemos lendo os grandes livros (ewe wen eam annneenensenereanaaccecann is ALARTE DE LER com os alunos. Em grande parte fathamos, se nossa fi dar a ésses alunos uma educagio liberal. P mente educado, um aluno que merece o grat de ba liberais, entendo aquéle que € cape de ler ba fos grandes livros, ¢ nds 0 atingimos poueas vézes. A culpa pode ser nossa, se mas estou mais inclinado a eter que mio poderiamos, entre tantos outros, dominar a inércia e falta de preparo devidos ao ening antecedente ¢ atual A reforma do ensino deve comecar muito antes do nivel cole 4 do continuar fantasiada das artes liber ‘© nome. Nao diplomaremvos artistas formar artistas liberais, no verdadeiro sentido da palavra, & 9 St, Jokn't Coliege de Andpolis, em Maryland. LA se reconhece que os quatro anos devern ser passados ensina contar ¢ a fuer obsereagées de que lem os grandes livros de téda espéei nto adianta procurar ler os artes necessivias, ¢, também, convenienie pari exer: “A PALENCIA DAS ESCOLAS! 2 © reitor Butler tem escrito elogiientemente, em sens relatérios amuais © em outras publicagées, sObre a imp. wanifestam na boa Iei ow Hav rente explicito no seu pl I, de modo a que se atingissem os fins Por qué? Ha muitas causa, as menores famitisees coma a dos imtoresses partic que acaho de deserever existe, no sdmente no co: smbém. O piiblico paga pela edueagio; deve 0 Aare pe LER “A Fantneas_as 1s¢oL49 8 liberal que tives como objet tere escrever © 0 aproveitament Que o grande plico tja também no hi dvida. oes sabern rots agutes cu profunda con tenglo, No podem cv csinteresadas Em vez de jiura dos grandes 0s edit6res no se preocupam tanto com a livros como com as novidades que gostariam de pi tidives Se ar pesos al artegasiem rua bateria mental com a 1 formula do método que segui, a0 observar o pro- ccisag se relacions ivro com © descjo ee AARTE DE LER je, em-se que admitir que uma parte ja orientada vocacionalmente, enquanto que outra v Imente educada. Porque mestno a democracia deve ter che- fs, € 0 quis malhor que eduquemos e, mais do peito pelos que pensam com suas mentes, mentes iseiplina Um ponto educadores liberais ou tirania, Mas 0 érro que fazem a respeite is triste. Como mites de nds, nde sabem 0 que ensina, tanto mais décil € essa pessoa. A docil dade, 60 posto de passividade © credulidade. Aquéles que perd idade — of alu ate as aul: — sio os mais ficeis de serem doutrinados. Perdendo a arte de aprender, seja cla habilidade de ouvir ou Jer, no sabem ent, antiliberal, Nosior alunos sio aliments pécies de preconctitos locals ¢ papas matigedas, Engordados #0 como tim trapo nas mos dos dem ridade superficial, que nada mais € 0, diminuiw, fles chegario até a aceditar we ee we ee eee eee Da auto-suficiéncia Acona thas at minhas cartas esti ma mesa, Voots sabem que nos cols de ante ¢ de hoje. No se pod imudem, amanhii. Nin se pode n que seus fil bituais dos eduendores no os desviariam de seu cx ota. Covsiste om regras, exemplas, conselhos Mas vores devem querer dle vovts, deste 0 sex curso © guardared segrédo sbbre os resultados finais ‘Tenha a convice vesscin sido cducados de uma maneira vio antiquada’ fo as artes da leitura ¢ da escrita e 2 arte de ler mre me pareceram como consellos de ss A ARTE DE LER . idade acade wengées. Q fa, no fazern tals le no pensem que éles 1 Duas coisas fizeram com que eu talver houvesse sosségo I Eq devera recorrer & autosufieigncia, Nao 6 obriguem ao erabatho, Nao Ind exames, nem jor. A pessoa que aprende qualquer coisa fora do ossuida, consiste as regras axle io de proceder. Bxses 0s principios da i coutras palavras, conhecer os te, uma a, 8 pes de nilo precisa ser, essencial 19 & a leitura, A leitura € a esc renga de atividade, a tereim formado um hibito, relerese & fa CT A mn wm an wn newer a mannan onenmnnann se eee ° . ° * . ° . ” * ” . ° ” . o ¥ 4 « . « ” "0 aqisa ciontifica a por que € mais nec jfgoem compreensvcis 56, a8 Meus na Gr 630 problema é clara. Devemos comecar pelas eta e Intimamente os atos 4 Vou eanhecorem seus prine! ndlé-las, Se apres capazes de ler livros sobre as ciéncias da Gi que &te 5 dove sex, no caso da I Fa A ARTE DE LER Copland esereveu, recentemen Music. Em seu pari por “Ie” — ¢ Ce conselho, no que se relere ccutir. Aprender as regras pode maneiras de responder a essas pe wlo, vocks deviam ser capazes de dizer se esto ad ver da compreensfo de aguma coist, q nteligivel. De eutro lado, se co: witio, Longe de ser passiva insignificance que fésse, ode Iiaver pessoas que lelam ripida- 1 eu nfo sou delas. A questio de velocidade no Ystou corto de que é um assunto em q © que se discute € a a A mente mio se nut a paiva, ‘T Prefiro punho ¢ um bioco a0 a qual voces pou se eansam, como revelardo de algum © pensamenta se exprime, vodts so como eu ~ € mio como os que consegse= ler © gravar, 20 fou papel Hi pesto 70. Pensam, wes para separar os pontes Por A ARTE DE LER dif-ventes livros Tipos de livros: 1 — Resumos e repeticies de outros livros 1H ~ Comunicacées originais B conchuise que seguisse nas distingdes, ¢ para concluir as premissas que estabeleceu, eado messas dist exemplo, a distingfo entre os os ¢ secundirios podia ser acrescen is tipos de livtos. n guia de ru Suponase q Wo? Que a scussto geral 3 € que na terecira as relagdcs en (Pr DA_AUTOSUFICIENCIA on nadas. fiste serd 0 assunto a ser esclarecido no primeiro capitulo da segunda parte, Mas posto disélo aqui. Os diferentes grupos de 2e- , ecentemente, estuda as regras do segundo tipo, em fe do terceizo, Seu livro sugere virios los, especialmente os grandes do passado, Wo se puri pela Semintica, Iss0 ddoira maxima 6 idéntica 4 que regula focessos de critminosos. Devemos admitir que © autor seja in- de provar a autor é [i se esforco, com t6da at, no se tem o direito de sentenci reenderiam por tre 0s homens. fos de autores a idade de que se fOr ca Se vocés fossem autores, urea da comunicagio en I PARTE, AS REGRAS cavtruLo vit De varias regras a um habito sma realizagio complexa € sa. Nao podem aproximar as diversas partes da tarefa, de i9 td, enquanto se faz a tarela. Depois de is partes, mo sdmente o fazera com io, como também conseguem fun. num todo uniferme e fuente xa, 86 quero yelo menos tio complexo quan voeds concentram a paciéne fizeram, talver tolerers mais ‘de regras di assegu apres todas pudesses observilo. AS curvas depois de intimeros estudos de de aprendizado que ae ALaRIe ph Le Dh VAKIAS RMUAS A UAE HALLO. rs Taboratério sdbre qualquer tipo de} manual, mostram, grificamente, a nacureza do progresso, de uma fase a outta da pré- ea, Quero chamar a atengSo de vocés para duas descabertas dees. A primeira chama se “plateau de aprendizada". Durante v dias, em que se pratica uma atividade (como esctever & miq receber, telegrificamente, unin can tra um progresso, tanto na vel ros. Mas, sibitamente, para, O aluno nfo parece progredi, trahalho nio produz efeita nenhum palpivel, nem em velocidade, nein om carregio, A regia de que qualquer pritien, por menor que scja, sempre se aperfeigoa tum poucop parece sem exbiment io, de repente, 0 Aa As descobertas de Iaboratério 56 confirmam muito do que s 1os baseadas em nossa prOpria experiencia, embora 6 plateaw como um perioclo em que ato désses & pi vese domini-los separadamente, porque, para cada um, existe Mas nenhusn déles, por si mesmo, consti le complex. Vacs i sor capazes de pastar de um ato a outro, Uo rapidamente ¢ Igio Se concentre téda mit esta dade complexa, Na ve ‘que se adquire, tant se aprende 2 guiar carro, No ‘Nos paueas, se ixolam mais "c) venham a colahorar : x no aprendinady sio singulares — ralmente, © ibito. sb estd. pertel 1 unidade. mais elevada de operagio. Onde, antes, existiam muitos 104 A ARTE total, Entdo, podese pensar em bater o n curo na estrada. fste & no pode penser, a te permite aleangar -2~ © que é verdade para o tani ow pi itura; € no, si tipo mais elevad de leitura, qu quer pessoa que reconheca ser tal complexa, hd de concordar c Yoo’ niio pensem que Voets nfo s6 se tomato eficientes, ao seguir cada nfo de se preocupar com elas ¢ com os que elas regulam, Estardio fa que as partes sabero cuidar de si mesmas. Nao rncia tOda no livro que estio lend, Mas, por enqua rado. Essas regras se cl mos que dar atengio as regras, em sepa grupos principais, rete pensivels polo qual eve ser lido. Agora, vou procurar expliear por que args leituras, n livro, para depois, jul se hé de ver: © proceso de compreender pode ser assim dividido. P: ader umm livro, vacds tém que se aproxim lcrando-o um todo, com uma unidade © ume estr mi © persamento, De VARIAS REGRAS A UM HATO virios pasos és das quatro upretar as palavras J sentengas impor saber: 1) que tipo 1 Sio iguais as partes com que vocés comegaram, 120 na segunda Ieitura. No primeiro caso, as partes mode como 0 autor tos do autor, uma série de etapas. HS, a critica, ¢, cm se- 1s — quatro ao todo. Giseutir, de um modo geral, tOdas as re- trataro delas separadamente, Se vocts logagio simples ¢ completa de tidas esas re° ‘gras, leiam as pginas 209-10, no cosnégo do capitulo XIV. Embora compreendam melhor mais tarde, podese mostrar, aqui, de que modo se funder essas varias leituras, especialmente as duas 106 A ARTE DE LER as. Isto ji fob is partes. Se tole € for procura revolver A iltima 6 suber s¢ 0 autor resolvew ow Assim voces véem de q convergindo na etapa terceita. Antes de comprcendé ivas para se compreender um livro, A bentende so, — dh banal se tornou a proceso de ler DE VARIAS REGRAS A UM HABITO to como regeas, mesmo a, formando um, uma ou vega no deve se lembrar das diferentes regras, mas o profes ir qne ele escreva com a relagio das togeas di E sim qne esereva bem, habitwalmente, como se as regras fizessem parte de sua naturera. O mesmo se aplica & leitura is. Nfo conhego outeas, para ex} cura intrinseca”, entendo ler um livvo em twos liwos. Por “Teitura extrinseca”, entenda Jer um livro jue podem cer, em certos casos, Fivras de cons , enciclopédias e almanaques, Podem ser livros 08, isto €, comentitios ou resumos uteis. E podem sci a, & a exper pessoa precisa para comprecnder podem ser do tipo das que ocorrem em laboratério, ou das que os oO EE tos ACARTS DE LER ws adquirem ao correr de sus vida eotidiana. A leitura in weca e & extrinseca tendem 2 fundirse, no processo real de com- prender ou, mesmo, de criticar wm livro. se disse antes, a respeito da capacidade de ler os livros, \do-os uns com 05 outros, aplicsse, especialmente, 20s gr iwros. Freqllentemente, tratando de edueaglo, referime a livros. Pessoas que me ouviram, escreviamme, depois, pe- Tista déles. Disselhes que procurassem ou x lista que ‘can Library Assoc publicou sob o titulo de “Classics ‘Western World”, ou a lista divulgads pelo St. J r le Andpolis, Maryland, como parte de seu prospecio. Mais tk le, essas pessoas me informaram que acharam muito di livros. © ent a pedir a lista e a c gar a um desanimador sentimento de incapa ivos para que isso acontega. Um, € 0 fato de nto ler. Mas no € 56, Outro, € que pensam que podem ler © primero livro qu smo que as k Nao 6 muitos dos grandes livros se relaci que no deve ser foi influenciado pelo anti foram escritos numa certa order sara, no capitulo as regras da leitura intrinseca. De embrar a vocts que precisamos fazer tais ocesso do aprendizado, mesmo se ésse aprendizado 56 s quando desaparecem as separacdes. O bom leitor jf 0s livros na membria ow experigncias de valor, no momento e tum determinado livro ao qual se referem esas coisas. Mas, uanto, voces devem prestar atencio as etapas da I DE VARIAS REGRAS A UN HADITO, 9 quero dizer, por certo, que a experiéncia de voeds possa ser excluida, do procesio de compreender o que diz um livro. E que muita re- fertncia exteinseca, além do livro, é indispensivel — como veremos. No fim das contas, voe’s nfo podem penetrar no mundo de um ivro sem crazer sua mente e, com ela, toda sua experiéncia ca aplicamse mo $6 wteo qualquer. Estou certo de ide aproveitar mell mbém, a urn um liveo inteiro, maior exercl o As aulas. Podlese Ter um livro trés vézes, se fOr pre- mente, em cada um dos wes modos. O possivel com as aulas, Elas podem eonvir aos que se re lam descmbaracados em reccber comunicagio, mas sio inadequa ‘cause a tm curso qualquer. Mas isio nfo acontece educagio dos adultos, Mui mncio fail de aprender aqui Mas nfo € 0 eaminho si0 oposta. -4- 1H um limice pata a aplicabilidade dessas leis, que devia ser in diseutivel. Ja ws veves, que elas visam ajudar a ler um Tivo inteiro. Pelo menos, é sua principal finalidade, e seria um ios do comtex: satos por di erro aplict Nao s6 pelo Jentes os quinze minutos, mas 10 w deve ler um pouco aqui, ¢ um pouco ali, A Five, ‘contém muitos dos grandes livros, embora também con: ~ ins que nao sio tio grandes. Emm muitos casos, inelui It « o ” ” “ o 0 A AMIE DR LEK Mas ninguém manda voets lerem um livro ince Vocés podem provar um pouco de to, em quinze paginas, ¢ doze paginas do dade de Rossea fentre 0 que se ‘que podem dar 208 (gras se aplic finalidade na le porque nossas re cstritamente, a um tipo de livros ea um tipo de ‘coisas belas para serem a wer homem de saber, que seja us a leitura que vist 0 aprendi As regras para se ler poesia tem bre © valor do trabalho. E regras que desenvolver 0 bom gosto ¢ a capacidade de escollia. Além, na “tiegdo requer tio pequens ler, to pequeno desembarago ¢ ‘meramente informativas, ¢ que no exigem que fagamos estrco para AARTE DE LER bu VARIAS REGRAS A UM HABITO compreender. Podemos ler as histér ‘quanto lemos seus artigos. ivras expositivos que apenas repetem ou condenser ‘© que se aprende melhor nas primeiras trago, hi poe slas de segunda mio de todos os tipos. Nao estou falando amenge na histéria que id foi contada, pois wdas as boas bi slo contadas| de pteferéncia, na narrati de uma revista vio passi- ensio, ~ no segundo, todos os valores hurmanos, Em ambos os eampos da ros melhores de que dade para serem lidos, Poslemos ter jcidncia técnica, As egras as pessoas a Ierem as grandes obras de poenias épicos, a8 grandes nfo possam ser tratados 1m nico Volume, Ago s6 porque ambos o' razodvel se sustemtam ¢ se influenciam indtuamente. £ raro fa clas, sem ter feito, ao mesma ros no vém como ern embrutho um pouco da outra. Os ure e simples de Ciéncia ow 108 combinam, com freq) (0s maiores rnhecimento mio pode ser transmitide, sem a ajuda dx imaginagio ¢ do sentimento; ¢ a sensibilidade € a fantasia estio sompxe impreg- nadas de pensamento. Mas as duas artes de leitura continuam distintas. Setia gran- demente embaragoso se as regras que vamos expor se aplicassem, ‘Mark Van Doren acabou de do Shakespeare, sizaplesmente. Li expoe ~ 10 a seguir, Vocés postem aeé perceber as vendows ent execugio. HE am outro livro mn Di VARIAS REGRAS A UM Hi para’ que se sentasse nela, pode ser colocada ands de fe admirada como obra de arte. Equer final igar — deve ser co} iscordar de td io existe. Qi no sho puiros em cari a que 0s 1é ou esereve, se ase So ¢ ser movida pelas em verdade, s que € fa do que devem e clas regras que sero tratadas nos Nio poderio utilizilas mal, porque deseabs funcionam fora de sea campo proprio e Timi dade. Quando alguém Ihes vende uma nia vai dizer que ela niio serve como refrigerador. Sabe que voots so capazes de 0 descobrir sbzinhos. rentes € de tas intents, embora uma seja ap Gomo o livro tem um cariter primirio ¢ v carder se Comé Isso nfo deixa de ter paralelo em outros campos. Una pega musical, que deve ser apreciadla como obra de arte, pode ser ut ca a donnir. U exemplo, se et ce, pega de cea capiruso vin Interpretando o titulo ser capases de di Sociologia ow se tiverem lide a ambos, podem Resitar, ainda, HIS ta de muitos colégios.) Come ja afiemei, os Tivtos pod assimt, que certos de Dos Passos ou Steinbeck, como se es na pera de oraté joes a culpa € do livra & res tém_ temas que se confundem. Como as fo sujeitos ao éro de quercr fazer 1 se descobrie por que sio ru Alastemos de nossa cogitagio o ande mimero de Livros con: 1. ou flegio € oratéria, jos do passada e do presente clara e que, portanto, me cexige que fo € cle © prego conversa fiads, para entiio ser forgado iga tio cedo. Se aj o comprador sorte. Pois bem, mal acabei de per- cobservadas, ¢ tenho regra de lejeu ur. Deveria dizer, a primeira regra dx primeira ura. Pode ser expressa do modo seguinte: vocts precissm saber que tipo de livro estio lendo, ¢ devern saber isso o mais cedo post we antes de comecar a ler, vel, preferivel - Coe eR ww emma e manner nme nnn nnn SsSessssaossesesscesst: es w ry “ “ ” ue A AK LE DE Lek se enfurecam comigo. Prometothes que hi um fim para as Ges entre 06 tipos de leitara, © que est4 neste capitulo, Vou repetir, mais uma ver, a regia: voede precizam saber que “tipo de livro (cientifico) estdo Tendo, @ deve saber disso 0 mais ‘cedo passivel, preferluelmente antes de comecer a ler, Tudo & € aqui, exceto 2 tltima cléusula. Como pode 0 leitor saber qu do livro esté Iendo, antes do comegar 2 ler? — perguntarfo vocts. Lembremse de que um livro tem sempre um titulo e, mais do ‘qe isso, um subtitulo e um fndice ¢ um prefécio ou introdugio do autor. Nio vou falar nos comentitios do editor. Vocis podem estar Tendo um © que se cot sito de dlassficag ¢ preficio. Sio vocts, para que 5 se nfo pararom, para ot E consiste no seguinte 0 autor faz passat pelos lo vem 0 venio. Nia € cx maior do erédulos para ai Tive vinins dessas experiencias com os alunos. Perguntav’ © livra Que me dissessem, em térmos gerais, 9 tipo déle. Esta é uma boa manci ia de comecar uma discussio. © prelicio ou a intoducio? ~ Nfo. O que est fora do texto parece o bater do reldsio ~ alguma enisa que se nota ‘quando nfo existe ‘Uma rario por que os titulos ¢ preficios sko ignorados por tantos leitores € que éles nfo acham importante clasilicar 0 Vivo que estio Iendo. Nio obeadecem a esta primeira regra. Se o tentas sem, agradeceriam a0 autor que os ajuda. Sem diva, o autor pen- s2 que é importante fazer saber a0 leitor que t senta. f por iso que se df ao tal de procurar um titulo mais ou menos expressiva, Asim, Einstein precio de sua 10 da Fisica, dizer a0 te ale precisa siber “que um livra mesmo quands pop deve ser lide como se fsse um romance”. E fizeram, como (os autores, um indice analitieo, para informar ao lei iia, das etapas de seu trabalho. De qualquer moto, os titulos dos capitulos, catalogados nas primeitas piginas, server para Fo significado do titulo principal leitor que jgnora essas coisas t6das, 36 pode se que ‘mesmo, se ficar embaragato com a pergunta: Que tipo de este? E seu embarago ha de aumentar ainda. Se nio puder respor tal porgunta, e se nunca a fuer a si snesmo, ser4 ineapax de fazer ou de responder a uma série de outras perguntas sObre o livro: Recentemen extivamos, eu ¢ Hutchins, endo dois livros nora Um, ert de Maquiavel, outro, de S. Toms de Aquino. No comégo da discussio, Hutchins perguintou se os dois livros eram do mesmo tipo. Pegow wm aluno que ainda nfo os tinha acabado de u déste pretexto parx nfo dar respost Hutchins, “que me d Maquiavel escrev no dos Prinefpes. Quando a palavia "p posta om foco e sublinhada, 0 aluno estava querendo apostar que ambos os livros tratavam do mesmno problema. "Mi bse?” “Que tipos de livros 9 seu para o rei de Chipre.” No paramos ai, para corrigir 0 érro de tal afirmativa. §. To mis no estava ajudando os tiranos a serem tiranos. Entreta 1o empregon uma palavra que era quase resposta. perguntaram que palavia era, ndo soube responder, Quando Ihe disseram que era “manual”, nfo pereebeu o valor de sua i Perguntetdhe se éle sabia © que era manual. Um livro de coz or al? E um tratado de Moral? E um tivro sobre a. de eserever poesia? Responden afirmativamente a todas essas perguintas

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