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SMITH, Adam. A Diviso do Trabalho. A Riqueza das Naes. So Paulo: Nova Cultural, 1996. v. I, p. 64-65
UFMG Fafich Departamento de Histria Histria Contempornea. Prof. Luiz Arnaut Smith: A Diviso do Trabalho
executavam 2 ou 8 operaes diferentes. Mas, embora no fossem muito hbeis, e portanto no estivessem particularmente treinados para o uso das mquinas, conseguiam, quando se esforavam, fabricar em torno de 12 libras de alfinetes por dia. Ora, 1 libra contm mais do que 4 mil alfinetes de tamanho mdio. Por conseguinte, essas 10 pessoas conseguiam produzir entre elas mais do que 48 mil alfinetes por dia. Assim, j que cada pessoa conseguia fazer 1110 de 48 mil alfinetes por dia, pode-se considerar que cada uma produzia 4 800 alfinetes diariamente. Se, porm, tivessem trabalhado independentemente um do outro, e sem que nenhum deles tivesse sido treinado para esse ramo de atividade, certamente cada um deles no teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia, e talvez nem mesmo 1, ou seja: com certeza no conseguiria produzir a 240 parte, e talvez nem mesmo a 4 800 parte daquilo que hoje so capazes de produzir, em virtude de uma adequada diviso do trabalho e combinao de suas diferentes operaes. Em qualquer outro oficio e manufatura, os efeitos da diviso do trabalho so semelhantes aos que se verificam nessa fbrica insignificante embora em muitas delas o trabalho no possa ser to subdividido, nem reduzido a uma simplicidade to grande de operaes. A divisa o do trabalho, na medida em que pode ser introduzida, gera, em cada oficio, um aumento proporcional das foras produtivas do trabalho. A diferenciao das ocupaes e empregos parece haver-se efetuado em decorrncia dessa vantagem. Essa diferenciao, alis, geralmente atinge o mximo nos pases que se caracterizam pelo mais alto grau da evoluo, no tocante ao trabalho e aprimoramento; o que, em uma sociedade em estgio primitivo, o trabalho de uma nica pessoa, o de vrias em uma sociedade mais evoluda.