Você está na página 1de 66

A FREGUESÍA DE GUILLADE

NO CATASTRO DO MARQUES
DE ENSENADA

X.M.DAVID (NELOS)
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada Agradecementos

AGRADECEMENTOS:

- A Xoán R. Carnero, polo subministro


da copia do Catastro da freguesía de
Guillade, ideas e axudas a traducción.

- A X. M. Vidal, polas fotografías dos


marcos nos montes de Albelle.

X.M.David (Nelos) I
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada Índices

INDICE

1. INTRODUCCIÓN......................................................................................... 1
2. O INTERROGATORIO .................................................................................. 6
3. ANALISES ................................................................................................38
3.1. Toponimia..........................................................................................39
3.2. Xentes...............................................................................................40
3.3. Terras ...............................................................................................43
3.3.1. Terras de cultivo...........................................................................43
3.3.2. Propiedade das terras ...................................................................45
3.4. Rendas ..............................................................................................47
3.4.1. Calculo da renda...........................................................................47
3.4.1.1. Renda dos froitos das terras. ...................................................48
3.4.1.2. Rendas dos animais. ...............................................................49
3.4.1.3. Rendas das actividades ...........................................................50
3.5. Impostos e cargas ..............................................................................51
3.5.1. Impostos e cargas para o Señorío...................................................51
3.5.2. Impostos e cargas para o Rei .........................................................51
3.5.3. Impostos e cargas para o Concello, Provincia e Vila de Baiona............52
3.5.4. Impostos e cargas para a Igrexa. ...................................................52
3.5.4.1. Reparto das cargas da Igrexa. .................................................53
4. CONCLUSIONS .........................................................................................54
5. BIBLIOGRAFÍA..........................................................................................60

X.M.David (Nelos) II
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada Índices

INDICE DE FIGURAS

Figura 1. As preguntas do Interrogatorio .......................................................... 3


Figura 2. As preguntas do Interrogatorio (Cont.) ............................................... 4
Figura 3. Inicio do Interrogatorio ..................................................................... 7
Figura 4. Preguntas 1 e 2 do Interrogatorio ...................................................... 8
Figura 5. Preguntas 3 e 4 do Interrogatorio. ....................................................10
Figura 6. Preguntas 5, 6, 7 e 8 do Interrogatorio ..............................................11
Figura 7. Preguntas 9 e 10 do Interrogatorio....................................................12
Figura 8. Preguntas 11 e 12 do Interrogatorio. .................................................14
Figura 9. Pregunta 13 do Interrogatorio. .........................................................16
Figura 10. Preguntas 14 e 15 do Interrogatorio. ...............................................17
Figura 11. Real de Prata ................................................................................18
Figura 12. Pregunta 16 do Interrogatorio.........................................................19
Figura 13. Preguntas 17 e 18 do Interrogatorio. ...............................................20
Figura 14. Pregunta 18 (cont.) do Interrogatorio ..............................................22
Figura 15. Pregunta 19 do Interrogatorio.........................................................23
Figura 16. Preguntas 20, 21, 22, e 23 do Interrogatorio. ...................................24
Figura 17. Preguntas 24, 25, 26, 27 e 28 do Interrogatorio................................26
Figura 18. Pregunta 29 do Interrogatorio.........................................................27
Figura 19. Real de Vellon ...............................................................................29
Figura 20. Preguntas 30, 31 e 32 do Interrogatorio...........................................29
Figura 21. Preguntas 33, 34 e 35 do Interrogatorio...........................................31
Figura 22. Preguntas 36, 37, 38, 39 e 40 do Interrogatorio................................32
Figura 23. Declaración final e Auto do Interrogatorio.........................................34
Figura 24. Declaración final e Auto do Interrogatorio (Cont.)..............................35
Figura 25. Declaración final e Auto do Interrogatorio (Cont.)..............................36
Figura 26. Marco sinalado coa "R" na zona de Albelle (Foto:X.M.Vidal) ................45
Figura 27. Outra perspectiva do marco anterior (Foto:X.M.Vidal) ........................46
Figura 28. Outro marco co "R" na esquina sup. esq. (Foto:X.M.Vidal)..................46

X.M.David (Nelos) III


A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada Índices

INDICE DE TÁBOAS

Táboa 1. Toponimia ......................................................................................39


Táboa 2. Xentes ...........................................................................................42
Táboa 3. Terras de cultivo .............................................................................43
Táboa 4. Producción das terras.......................................................................44
Táboa 5. Propiedade das terras. .....................................................................45
Táboa 6. Renda dos froitos da Terra................................................................48
Táboa 7. Renda dos animais ..........................................................................49
Táboa 8. Renda das actividades......................................................................50
Táboa 9. Cargas do Señorío. ..........................................................................51
Táboa 10. Cargas do Rei................................................................................51
Táboa 11. Cargas do Concello, Provincia e vila de Baiona ..................................52
Táboa 12. Cargas da Igrexa ...........................................................................52
Táboa 13. Reparto das cargas da Igrexa..........................................................53

X.M.David (Nelos) IV
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 1.Introducción

1. INTRODUCCIÓN

X.M.David (Nelos) 1
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 1.Introducción

Co nome de Catastro de Ensenada coñécese o rexistro xeral dos bens e rendas


de todos os súbditos da Coroa de Castela (do que quedaban excluídos Aragón,
Valencia, Navarra e Euskadi) posto en marcha polo Real Decreto de 10 de Outubro
de 1749 e cuxo título completo é: Averiguación para la Real Única
Contribución de la Corona de Castilla. Constitúe a máis antiga e exhaustiva
enquisa dispoñible sobre os pobos da Coroa de Castela, elaborouse a mediados do
século XVIII, entre 1750 e 1754.

As razóns polas que se manda facer este inmenso traballo no reinado de Fernando
VI de Borbón son, por unha banda, a desesperada situación económica herdada da
casa reinante anterior, é dicir, dos Austrias; e por outra, a inxente cantidade de
impostos, cargas e tributos que os habitantes da Coroa Castelán tiñan que
satisfacer a señores, condes, eclesiásticos, etc., e dos que nada chegaba ás arcas
da Facenda Real. Para endereitar tal situación ou, o que é o mesmo, para
establecer un único imposto real, a chamada Única Contribución a cada habitante
segundo o que tivera, cumpría facer un inventario de rendas e propiedades en todo
o territorio. O secretario de Rei, Bartolomé Sánchez Valencia, que tiña dirixido a
experiencia piloto en Guadalajara é o impulsor do proxecto. Tamén é fundamental o
marqués de Puertonuevo, que actuou de analista, consultor e asesor. A Única
Contribución, aínda que non se chegou a poñer a andar, deixou un importante
volume de documentación.

Para coñecer a renda real das persoas, lugares e provincias do Reino, cumpría facer
previamente unha Averiguación universal de tódolos bens dos vasalos, sen
excepcións, tamén dos eclesiásticos e dos nobres. O Catastro, fíxose a partir das
declaracións individuais, cabeza a cabeza, tanto unidades familiares, como
institucionais; consistía primeiramente na declaracións dos bens dos titulares e
comprobación da súa veracidade pola Administración con axuda de peritos e
técnicos, despois constituíanse os libros ónde se rexistraba todo e calculábase o
valor fiscal deses bens, por ultimo establecíanse os resumes para cada pobo e a
súa vez para cada provincia. Así calculábase a renda local, a provincial e a do
Reino.

Para desenrolar os traballos artellouse un organismo administrativo superior, a


Real Junta de la Única Contribución, que dependía directamente do Rei
Fernando VI, ó fronte da cal foi posto o Inquisidor General (posiblemente para
tranquilizar o Clero diante da Averiguación dos seus bens). As operacións nos
pobos encomendáronse ós Intendentes Provinciales. Todo o proceso foi á conta
do Facenda Real.

Os datos colleitados considéranse bastante fiables, grazas a cautelas como a


comprobación dos datos por peritos, en ocasións de pobos veciños; a lectura
pública dos Libros do Real (Real de Legos e Real de Eclesiásticos); ou a
presencia do párroco do lugar, que aporta os certificados de pagos dos dezmos.

O proceso catastral ven explicado de xeito pormenorizado na Instrucción que


acompaña o R.D. de 10 de Outubro de 1749. A Instrucción formada por 41 artigos
ou capítulos, especifica como proceder, o que había que averiguar, ou como fixar as
utilidades e as rendas e os libros oficiais en que todo debía quedar recollido e
formalizado. Completábase cunha serie de formularios e anexos, con modelos e
exemplos prácticos.

O Proceso Catastral comezaba cando o Intendente da Provincia mandaba unha


carta ó Justicia (alcalde) do pobo coa orden do Rei, e anunciáballe a data da súa

X.M.David (Nelos) 2
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 1.Introducción

chegada e a obriga de pregoar e expoñer o bando que se lle mandaba xunto coa
carta. Ó mesmo tempo, o alcalde e os rexedores tiñan que escoller os membros do
concello que terían de responder ó Interrogatorio de 40 preguntas; ademais,
debían nomear dous ou máis peritos entre as persoas que mellor souberan das
terras, froitos e, en xeral, todo o referente ó lugar (poboación, ocupacións,
utilidades, gandos, etc.). Mais tarde o Intendente ou, en representación súa, un
Xuíz Subdelegado, acompañado dun asesor xurídico, un escribán e os operarios,
agrimensores e demais dependentes que considerase precisos para acudir a cada
pobo da provincia, mandaba citar ó alcalde, rexedores, peritos e cura párroco para
un día, hora e lugar determinados. Se o consideraba oportuno, o Intendente podía
nomear outros peritos, xeralmente forasteiros, que debían expresar a súa
conformidade ou desconformidade acerca dos rendementos ou utilidades que os
peritos do pobo declarasen. Tomábaselles xuramento, co párroco como mera
testemuña. Despois dábase comezo ó Interrogatorio, recollendo o escriban as
respostas literais (“a la letra”) dadas polo concello e os peritos. Se os
representantes do municipio carecían de dados para responder algunha pregunta, o
acto podía suspenderse un tempo, a condición de facelo con reserva, xustificación e
brevidade. As autoridades e testemuñas posteriormente firman o documento, a
excepción do cura párroco. O resultado deste acto daría lugar ó documento
chamado Respuestas Generales, que quedaba nas mans do Intendente. Se ó
longo do proceso catastral posterior atopábanse datos que corrixían ou ampliaban a
información dada nos primeiros días, engadíanselle notas aclaratorias finais.

Figura 1. As preguntas do Interrogatorio

Os documentos do Catastro de cada entidade organizáronse en cinco libros


manuscritos: Respuestas Generales, Libro del Vecindario, Real de Legos,
Real de Eclesiásticos e Libro de Estados.

X.M.David (Nelos) 3
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 1.Introducción

En 1756 as labouras estaban case rematadas, aínda que algúns traballos tiñan tido
que refacerse enteiros, e as averiguacions na Villa y Corte alongáronse sen
remedio, quedando sen rematar polos intentos de agachamento e oposición dos
sectores privilexiados. Aínda que Ensenada saíu do goberno en Xullo de 1754 o
proxecto non parou, e en 1757 o Papa Benedicto XIV emitiu un documento
denominado Breve no que se autorizaba a aplicación da Única Contribución ós
bens dos eclesiásticos. E cando semellaba que ía votar na andar o novo sistema
fiscal, a morte de Bartolomé Sánchez Valencia nese mesmo ano, engadida a
pasividade da Administración pola depresión do Rei Fernando VI desde a morte da
raíña Bárbara de Braganza, fan que pase o momento. Voltarase a estudiar a
reforma en 1760 e en 1770, xa no reinado de Carlos III, e abandonase
definitivamente en 1779, trinta anos despois do inicio da Averiguación.

Figura 2. As preguntas do Interrogatorio (Cont.)

As operacións catastrais custaron a Facenda Real cinco anos de esforzos e 40


millóns de reais. O número de xuíces subdelegados que dirixiron ditas
averiguacions en cada unha das 14.672 entidades de poboación achegouse o millar;
nas súas audiencias traballaron más de seis mil homes, os peritos dos pobos
pasaron dos noventa mil; nos documentos elaborados quedaron rexistrados máis
de sete millóns de persoas e varios centos de millóns de pezas de terra, que se
visitaron e recoñeceron unha a unha, e moitas medíronse; contáronse as colmeas,
cada unha das cabezas de gando; os mosteiros e nobres tiveron que desempoar os
seus arquivos para facer copiar e autentificar os documentos nos que figuraban os
seus ancestrais privilexios; non quedou casa, nin capoeiro, nin cortello sen medir,
nin pipa de viño sen cubicar; en moitos pobos ata se contaron os árbores.

Os territorios que pertencían á Coroa de Castela dividíronse en vinte e dúas


entidades administrativas, unha delas era Galiza. O noso país, antes de 1833,

X.M.David (Nelos) 4
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 1.Introducción

constaba de sete provincias: A Coruña, Lugo, Ourense, Santiago, Tui, Mondoñedo e


Betanzos. Dentro de cada una delas estaban os Coutos ou Xurisdiccións, e en cada
unha destas compartimentacións atopábanse as freguesías ou parroquias que foi a
entidade escollida para catastrar en Galiza, pero como o poboamento estaba moi
espallado os comisionados tiveron moitas dificultades para determinar qué formaba
unha unidade a catastrar e trocaron de criterio ó longo da súa actuación, polo que é
habitual non coincidir o ámbito territorial das entidades catastradas nas
Respuestas Generales cos dos outros Libros (Reales, Vecindario e Estados),
ademais como advirte Olga Gallego no seu catálogo sobre o Catastro de Ensenada
en Ourense "los topónimos se encuentran bárbaramente castellanizados y,
a veces, casi irreconocibles".

Neste documento expóñense as Respuestas Generales do Catastro del


Marqués da Ensenada, correspondentes a freguesía de Guillade, constituídas por
un Interrogatorio de 40 preguntas; as mesmas ás que foron sometidas tódalas
poboacións, e que é un dos libros que, xunto co Libro del Vecindario, Real de
Legos, Real de Eclesiásticos e Libro de Estado, constitúe o Catastro del
Marqués de Ensenada.

Este Interrogatorio danos unha visión panorámica de como era a nosa aldea a
mediados do S. XVIII. Deixase para un traballo posterior a exposición dos outros
libros citados correspondentes a esta freguesía, traballo para o cal tamén se anima
ós lectores do presente documento.

X.M.David (Nelos) 5
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

2. O INTERROGATORIO

X.M.David (Nelos) 6
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 3. Inicio do Interrogatorio

INTERROGATORIO CORRESPONDENTE A FREGUESÍA DE S. MIGUEL DE GUILLADE

Na vila de Ponteareas,
Ponteareas, a vinte e oito do mes
mes de Novembro de
mil setecentos cincuenta e dous,
dous, o señor D. Luis Gautier Valdes,
capitán do rexemento de infantería de BruxBruxelas, comandante da
vila de Pontevedra e o seu Partido, subdelegado da “Única “Única
Contribución” (en virtude de Real Orden), para dar principio
principio ó
Interrogatorio que requi
require a Real Instrucción “a la letra”.
letra”. A* ai
vai por cabeza deste caderno correspondente a fre freg
reguesí
esía de San
Miguel de Guillade, tendo proprocedido convocar a D. Mate
Mateo Pardo
Somoza Cura Párroco dela, dela, fixo comparecer ante si, si, e a
presencia miña Lorenzo de Ponte Andrade,
Andrade, escribán de numero
da S.M. e exércente na Xurisdicción do Sobros Sobroso
oso e nos seus
agregados, que asisto a dar fe desta operación a dito Señor
Subdelegado; así mesmo a D. Francisco Antonio Vaqueiros Xuíz
Honorario e Alcalde
lcalde Maior da vila de Salvaterra e a súa
xurisdicción,
xurisdicción, da que é anexa a anunciada fr fregu
eguesí
esía; a Antonio

X.M.David (Nelos) 7
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Duran de cargo escribán de numero e que exerce nela; nela; a José


José
Sotelino Pereira Silva e D. Fernando Oxea,
Oxea, rexedores;
rexedores; a Manuel
Fernández,
Fernández, Procurador Xeral;
eral; a Antonio Davide e José José de
Rubianes, homes prácticos,
prácticos, expertos e peritos nomeados pólos
sobreditos Común e Xuíz;
Xuíz; a Antonio Ventura Velasco,
Velasco, perito así
así
mesmo nomeado por parte da da Súa Maxestade;
Maxestade; uns e outros
outros para
responderen ás “Preguntas Generales”
Generales” do
do Interrogatorio
Interrogatorio,
atorio, de todos
os cales o señor subdelegado, a excepción do Cura Párroco Párroco,
árroco,
tomou e recibiu xuramento, fixérono en forma de dereito dereito
segundo se requi
require, do que eu escribán dou fe, fe, baixo ó cal
ofreceron dicir verdades do que souberen e lles fora preguntado,
preguntado,
e ditos peritos que téndose cerciorado dos capítulos do presente
Interrogatorio pra
practicaron as dilix
dilixencias esenciais para poder
contestar a cada unha delas coa mai maior realidade e pureza que
pide o asunto como o exexecutan na maneira seguinte:

*- Epígrafe “A” do Real Decreto de 10 de Outubro de 1749, no que


se relacionan as 40 preguntas que se deben formular no Interrogatorio.

Figura 4. Preguntas 1 e 2 do Interrogatorio

X.M.David (Nelos) 8
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

1. Cómo se llama la población.


población.

Ó capitulo primeiro de dito Interrogatorio dixeron que a


referida fr
fregu
eguesí
esía denomina
denominase de S. Miguel de Guillade,
Guillade, e
responden.
responden

2. Si es de realengo o de señorío, a quién pertenece, qué derechos


percibe y cuánto produce.
produce.

Ó capitulo dou
dous dixeron que dita fre freg
reguesí
esía é de Señorío,
Señorío, do
Conde de Salvaterra,
Salvaterra, anexa a xurisdic
xurisdicció
ción do mesmo nome e
suxei
suxeita a Xustiza que dito Conde pon nela, quen recibe por
razón de vasalaxe e loituosa*
tuosa* de tódolos veciños casados cabezas
de casa, viúvos e viúvas de que se compoñen,
mancomunadamente seiscentos dous rea reai
eais e doce marabedís de
vellón cada ano, coa diferencia de que para axuda a completar
dita cantidade paga cada un segundo
segundo as súas posibilidades e
caudal, e con respecto a esta circunstancia fáiselle a citada
carga ó tempo que entran
entran a ser veciños
veciños*, e responden
responden.
ponden.

*-Loituosa. Imposto que pagaban os herdeiros dun vasalo falecido; era un dos mais
xeralizados nos señoríos; segundo a categoría do vasalo, podía corresponder ó pago dun
cabalo, unha cabeza de gando, diñeiro, ou se non procedíase o embargo de algún ben
inmoble. Seria o equivalente a hoxe en día ó imposto de sucesións. Nalgúns señoríos
tamén se pagaba a “Gaiosa” cando nacía un descendente dun vasalo.
*-Entrar a ser veciño. Constituír unha familia.

3. Qué territorio ocupa el término, cuánto de levante a poniente y del


norte al sur, y cuánto de circunferencia, por horas, y leguas, qué linderos
o confrontaciones; y qué figura tiene, poniéndola al margen.

Ó capitulo terceiro dixeron que dita freguesía e termino da súa


comprensión terá desde o Levante ó Poñente
Poñente un cuarto de legua*
e desde o Norte ó Sur outro tanto, e o seu perímetro unha
legua, que para percorrela precisase unha hora e media. Linda
polo Levante coa freguesía de S. Andrés de Uma, pólo Poñente
coa de S. Pedro Félix de Celeiros, pólo Norte coa de S. Ciprian
de Mouriscados e pólo Sur co río Uma. Principiando a súa
demarcación no marco das Cobradas, segue ó marco da
Saborida, de aí ó sitio do Eido Vello, deste ó sitio da capela de
Sto. Tome, deste ó marco da Portela, de ai ó marco de Bigotes,
segue
segue ó marco do Val do Pexo, deste ó sitio da Cancela do
García, de ai ó sitio da Boa Vista, deste ó Campo de Novellos,
segue ó citado río Uma, e vai a beiras del arriba, ata chegar ó
sitio do Coto de Vietes, cortando o citado río vai dar ó sitio da
Barxiela,
Barxiela, deste ó sitio do Tarendo, segue á Pedra Rabuñade e
desta ó marco das Cobradas, primeira demarcación e responden.

*-Legua. Unidade de lonxitude equivalente a 5,572 Km., que era aprox. o que se camiñaba nunha hora.

X.M.David (Nelos) 9
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 5. Preguntas 3 e 4 do Interrogatorio.

4. Qué especies de tierra se hallan en el término; si de regadío y de


secano, distinguiendo si son de hortaliza, sembradura, viñas, pastos,
bosques, matorrales, montes, y demás que pudiere haber, explicando si
hay algunas que produzcan mas de una cosecha al año, las que
fructificaren sola una y las que necesitan de un año de intermedio de
descanso.

Ó capitulo cuarto dixeron que as especies que se atopan dentro


do termino de dita fre freg
reguesí
esía son terras
terras de regadío e de
sequeiro:
sequeiro: hortas, viñas, folgados de regadío,
regadío, coutos para
producir castañas, montes baixos pechados de particulares que
só producen algún toxo que serve para facer o esterco das
terras, cuxo producto fan ordinariamente o de primeira
calidade
calidade ós seis anos, o de segunda ós oito e o de terceira ós
dez; hai carballeiras da clase de producir madeira, e que serve
para soster as viñas, a de primeira calidade cortase os seis
anos, a de segunda os oito e a de terceira ós dez; tamén hai
salgueirais
salgueirais que producen madeira desta especie, a de primeira

X.M.David (Nelos) 10
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

calidade cortase ós cinco anos, a de segunda ós sete e a de


terceira ós nove; tamén hai piñeirais que producen madeira
deste especie,
especie, a de primeira calidade cortase ós dez anos, a de
segunda ós vinte e a de terceira ós trinta. trinta. As terras de
sementeira producen sen interrupción unha colleita ó ano coas
sementes que se recollen
recollen,
collen, deste xeito: as de primeira calidade
de regadío o primeiro
primeiro ano trigo, o seguinte millomillo;
illo; as de
primeira calidade de sequeiro,
sequeiro, a segunda das anteriores,
anteriores, e a de
terceira de regadío millo,
millo, e as de terceira de sequeiro tan só
centeo;
centeo; hai montes abertos pedrosos inútiles por natureza,
natureza, e
responden.

Figura 6. Preguntas 5, 6, 7 e 8 do Interrogatorio

5. De cuántas calidades de tierra hay en cada una de las especies que


hayan declarado, si de buena, mediana e inferior.
inferior.

Ó capitulo cinco dixeron que as calidades das terras que dan


cada unha das
das especies que se inclúen nesta fre
freg
reguesí
esía son de
primeira, segunda e terceira, a excepción dos montes abertos
que son da categoría que xa se dixo
dixo, e responden .

X.M.David (Nelos) 11
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

6. Si hay alguno plantío de árboles en las tierras que han declarado,


como frutales, moreras, olivos,
olivos, higueras, almendros, parras, algarrobos,
etc.

Ó capitulo seis dixeron que froiteiras que hai na citada


freg
reguesí
esía son pereiras, maceiras, ameixeiras,
ameixeiras, limoeiros e
laranxeiras,
laranxeiras, e responden.
responden.

7. declararen.
En cuáles de las tierras están plantados los árboles que decla raren.

Ó capitulo sétimo dixeron que ditos árbores


árbores atópanse plantados
tan só nas terras de viñedo,
viñedo, e responden.
responden.

8. En qué conformidad están hechos los plantíos, si extendidos en toda


la tierra o a las márgenes, en una, dos, tres hileras, o en la forma que
estuvieren.
stuvieren.

Ó capitulo oito dixeron que os plantíos atópanse feitos sen


sen orde
nin regra algunha, ós marxes das referidas terras,
terras, dispersos e
estendidos por elas
elas,, e responden.
responden.

Figura 7. Preguntas 9 e 10 do Interrogatorio.

X.M.David (Nelos) 12
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

9. De qué medidas de tierra se usa en aquel pueblo: de cuántos pasos


o varas castellanas en cuadro se compone, qué cantidad de cada especie de
granos de los que se cogen en el término se siembra en cada una.

Ó capitulo nove dixeron que a medida que mais comunmente se


usa nesta fre
freg
reguesí
esía é o ferrado*
ferrado* de centeo, que consta de vinte
e cinco varas castelán
casteláns* en cadro e sementándose de trigo leva
tre
tres cuartas partes dun ferrado,
ferrado, e para a sementalo
sementalo de millo
precisa a sexta parte doutro ferrado deste xénero,
xénero, e responden.
responden.

*-Vara castelán. Medida de lonxitude equivalente a 0,836 metros (83,6 cm.)


*-Ferrado. Medida de superficie diferente en cada freguesía; en Guillade,
segundo a resposta dada, equivalía a (25x0,836m.)2 m2.= 436,81m2. Tamén se
usaba como medida de capacidade para cereais e outras sementes, sendo o
recipiente cuxo volume contiña o equivalente a semente necesaria para
sementar un ferrado de centeo.

10. Qué número de medidas de tierra habrá en el término, distinguiendo


las de cada especie y calidad, por ejemplo,
ejemplo, tantas fanegas, o del nombre,
que tuviese la medida de tierra de sembradura de la mejor calidad, tantas
de mediana bondad y tantas de inferior; y lo propio en las demás especies
que hubieren declarado.

Ó capitulo dez dixeron que dentro do termino de ditadita freguesía


haberá mil novecentos oitenta ferrados de tódalas especies de
terra do seguinte xeito: sesenta de regadío de primeira calidade
de segunda cento e corenta, e duascentas de terceira. Douscentos
ferrados de sequeiro de primeira calidade, de segunda
segunda cento
sesenta e trescentos corenta de terceira. Tre
Tres ferrados de horta
de primeira calidade, de segunda catro e cinco de terceira.
Vinte ferrados de viñas de primeira, segunda e terceira por
iguales. Un
Un ferrado de souto para producir castañas de
primeira
primeira calidade, de segunda dúas e tre tres de terceira. Setenta
ferrados de montes rasos pechados de particulares de primeira
calidade, da segunda corenta e noventa de terceira. Oito
ferrados de carballeiras de primeira calidade, da segunda doce
e dez de terceira.
terceira. Un
Un ferrado de salgueirais de primeira
calidade, da de segunda dous e outros dous da de terceira. Dous
ferrados de piñeirais de primeira calidade, da segunda tre tres e
cinco da de terceira. Catrocentos ferrados de montes abertos
pedrosos comúns e inútiles por natureza. Os noventa e catro
ferrados restantes ocúpanos sitios de canas, cortellos,
cortellos, baldíos,
baldíos,
camiños e valados,
valados, e responden.
responden.

X.M.David (Nelos) 13
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 8. Preguntas 11 e 12 do Interrogatorio.

11. Qué especies de frutos se cogen en el término

Ó capitulo once dixeron que as especies de froitos


froitos que se collen
en dita fre
freg
reguesí
esía son: trigo centeo, millo,
millo, viño, castañas, nos
folgados herba,
herba, e nas hortas verduras galegas,
galegas, e responden.
responden.

12. Qué cantidad de frutos de cada género, unos años con otros, produce,
con una ordinaria cultura, una medida de tierra de cada especie y calidad
de las que hubiere en el término, sin comprender el producto de los
árboles que hubiese.
hubiese.

Ó capitulo doce dixeron que unha medida de terra de regadío


de primeira calidade o ano que lle corresponde sementarse de
trigo poderá producir uns catro ferrados,
ferrados, e no ano que lle
pertence millo outros catro ferrados;
ferrados; as de segunda
sementándose de millo poderá producir tre tres ferrados,
ferrados, e a de
terceira dous deste mesmo xénero;
xénero; e das referidas medidas
medidas de
terra de sequeiro de primeira calidade sementándose así así mesmo
de millo producira tre
tres ferrados,
ferrados, e se fora de segunda poderá
calidade, nas que so se sementa centeo, poderá producir dous

X.M.David (Nelos) 14
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

ferrados; e aínda nas citadas terras acostuman a sementar os


producir
producir dous ferrados dese mesmo xénero, a de terceira
labregos ademais das sementes que eles teñen prefixadas outras
como son o millo miúdo*
miúdo* e algún liño,
liño, nemba
nembargantes estas son
de pouca consideración e valor na na freg
reguesí
esía, e de xeito
voluntario neles,
neles, sen
sen que
que o fagan por regra,
regra, e tendo presente
que nas que o fan quedan desvirtuadas,
desvirtuadas, non lles contemplan
producto*
producto* particular separado por esta razón e considéranllo
refundido no que levan dado a cada unha segundo as súas
especies e calidades en en atención de que ó tempo de regularllo
fixérono con
con respecto a esta circunstancia e aumentando as
sementes menores nas maiores e principalmente que van
referidas.
referidas. Unha das citadas medidas de terra de folgado de
regadío de primeira calidade producira cada ano trinta e tre tres
de herba:
herba: a de segunda vinte e catro e a de terceira vinte. vinte.
Unha das medidas de terra poboada de viñas viñas de primeira
calidade poderá producir cada ano seis cabazos que veñen sendo
corenta e dous azumes*
azumes* de viño,
viño, a de segunda producira catro
cabazos que fan vinte
vinte e oito azumes*
azumes* e a de terceira poderá
producir dous cabazos que son catorce azumes* azumes*. Unha das
medidas de terra de monte baixo pechado de primeira calidade
producira o ano que lle corresponda cortalo tre tres carros de toxo,
toxo,
o de segunda dous e o de terceiraterceira un. Unha das anunciadas
medidas dede carballeiras de primeira calidade poderá producir o
ano que lle pertence ser cortado tre tres carros de madeira, a de
segunda dous,
dous, e a de terceira un un. Unha das citadas medidas de de
salgueiral de primeira calidade producira o ano que lle
corresponde cortalo tre
tres carros de madeira,
madeira, a de segunda dous,
dous,
e a de terceira unha. Unha das medidas de de piñeirais de
primeira calidade así así mesmo poderá producir o ano que lle
corresponde ser cortada tre tres carros de madeira,
madeira, a de segundo
dous,
dous, e a de terceira un un, e responden.
responden.

*-Millo miúdo. É así como se chama en Galiza e Portugal a un cereal de espigas de gran
pequeno, medre rápido e pouca necesidade de rego. Tamén se coñece por “paínzo” ou “millo
dos paxaros”. O seu nome científico e “panicum miliaceum” e non se debe confundir co
“maíz americano” ou millo.
*-Contemplar producto. Expresión utilizada frecuentemente no Interrogatorio e que sería
equivalente a “calcular o beneficio”. Outras expresións tamén utilizadas como “ regular o
producto”, “regular a utilidade”, “calcular o producto” tamén terían a mesma equivalencia.
*-Azume. Medida castelán de capacidade equivalente a 1/7 de cabazo ( 2,14 litros).

X.M.David (Nelos) 15
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 9. Pregunta 13 do Interrogatorio.

13. Qué producto se regula


regula darán por medida de tierra los árboles que
hubiere, según la forma en que estuviese hecho el plantío, cada uno en su
especie.

Ó capitulo trece dixeron que seis pés de castiñeiros ocupan un


un
ferrado de terra de primeira calidade e produciran cada ano
catro
catro ferrados de castañas verdes, a de segunda ocuparan doce
castiñeiros e produciran dous ferrados de castañas, a de
terceira ocuparana dezaseis destes árbores
árbores e produciran unun
ferrado de castañas e pólo que respecta as demais froiteiras
das que se levan falado
falado atópanse plantada
plantadas nas terras de
viñedo non atendendo a ningún orden nin regra de plantío e ó
sumo prexuízo que lles causan no seu producto,
producto, e o fin non
non
lles contemplan utilidade algunha separada por esta razón e é
refundida na daquela,
daquela, e responden.
responden.

X.M.David (Nelos) 16
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 10. Preguntas 14 e 15 do Interrogatorio.

14. Qué valor tienen ordinariamente un año con otro los frutos que
producen las tierras del término, cada calidad de ellos.

Ó capitulo catorce dixeron que na fre freg


reguesí
esía, en
en anos de
mediana abundancia,
abundancia, custa or ordinariamente o ferrado de trigo
oito reais*
reais*, o de millo cinco,
cinco, o de centeo catro e o de millo
miúdo dous, o de castañas verdes outros dous, o azume*
azume* de
viño vinte e catro marabedís*
marabedís*, e o feixe de herba un
un real, cada
galiña,
galiña, das
das que por razón de pensións*
pensións* se pagan no termino,
termino,
vale dous reai
eais, cada pito dezaseis marabedís.
marabedís. O carro de toxo
tre
tres reais, o de madeira de carballo catro reais, o de madeira
de salgueiro cinco, o de madeira de piñeiro catro, unha medida
ou ferrado de terra
terra plantada de horta, tendo presente que non
se pode reducir este froi
froito
oito a peso nin medidas regúlano de
producto cada ano sendo o de primeira calidade cincuenta
reai
reais, a de segunda corenta e dous e a de terceira trinta e
catro,
catro, e responden.
responden.

*-Real. Moeda de prata, de 3,35g de peso, empezou a circular en Castela no S. XIV tiña un
valor de 34 marabedís. Base do sistema monetario español ata mediados do S. XIX.

X.M.David (Nelos) 17
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

*-Marabedí. Significa moeda almorávide, empezáronse a acuñar por Alfonso VIII en 1214 e
por entón eran bilingües e de ouro, con un peso de 3,8g. Usáronse para facilitar o comercio cos
musulmáns. Sufriu numerosos cambios e devaluacións acabando por ser moeda de vellon
(aleación de prata e cobre, contendo en torno o 50% de cobre, utilizouse principalmente para
facer moedas en épocas de escaseza de metais nobres e de devaluación). A mediados do S.
XIV abandonouse o seu uso físico, nembargantes continuouse usando como moeda de conta,
para facer conversións entre as diversas moedas en uso.
*-Por razón de pensións. Por razón de tributos ou impostos.

Figura 11. Real de Prata

15. Qué derechos se hallan impuestos sobre las tierras del término, como
diezmo, primicia, tercio-
tercio-diezmo u otros; y a quien pertenecen.

Ó capitulo quince dixeron que os froi froitos


oitos que se collen nas
terras da fre
freg
re g u esí
esía e lan
lan que producen as ovellas e carneiros
que hai nela pagan o dezmo*
dezmo*; cada
cada añaño paga oito marabedís,
marabedís, e
por cada toura ou touro pagase un real, real, que tanto uns e outros
outros
percíbenos enteiramente D. Mateo Pardo Somoza cura párroco, rroco, o
venerable Dean*
Dean* e o Ilustrísimo Bispo da cidade de Tui desta
maneira:
maneira: pólo
pólo que respecta os dezmos* dezmos* correspondentes ós
veciños que compoñen o lugar de Guillade de Abaixo, terras
destes e mais que neste sitio se atopan,
atopan, percibe o citado Bispo
a cuarta parte,
parte, e as outras tre tres cuartas restantes
restantes levas a
metade o citado cura e o Dean, Dean, e pólo que respecta ós demais
veciños restantes da citada fre freg
reguesí
esía e terras que nela se
atopan tamén os percibe o cura e o Dean por iguais partes. Así Así
mesmo atópanse cargadas as nomeadas terras do do Dereito de
Primicia
Primicia*
cia* que perciben por metade o citado cura e o Dean, e
por este Dereito cada veciño,
veciño, cabeza de casa ou viúvo, viúvo, un
un
ferrado de millo e oito marabedís en en diñeiro, e de cada viúva
medio ferrado do mesmo xénero e catro marabedís, marabedís, todo
anualmente. Tamén se atopan cargadas as enunciadas terras do
Dereito de Boto*
Boto* que se paga ó Apóstolo Señor Santiago cada
veciño,
veciño, cabeza de casa ou viúvo, viúvo, dezaoito marabedís,
marabedís, e cada
viúva dez e responden.
responden.

*-Dezmo. Pago que os fieis facían á Igrexa para manter o culto e o clero, consistente na décima
parte da renda de cada persoa.

X.M.David (Nelos) 18
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

*-Dean. Era o párroco da igrexa máis importante dunha cidade. Aínda que despois da
fundación dos cabildos catedralicios (grupo de curas que asistían ó Bispo), tamén se lle
chamou Dean ó sacerdote que o presidía.
*-Dereito de Primicia. Pago polos primeiros froitos da colleita que, ademais do dezmo, se
daba á Igrexa. Podía ser en diñeiro, especie ou ambos e servía para pagar ó sancristán, o
incenso e outros gastos da parroquia.
*-Dereito de Boto. Tributo anual obtido entre os habitantes de Galiza, León e parte de Castela,
en beneficio da catedral de Santiago de Compostela.

Figura 12. Pregunta 16 do Interrogatorio

16. A qué cantidad de frutos suelen montar los referidos derechos de cada
cada
especie o a que precio suelen arrendarse un año con otro.

Ó capitulo dezaseis dixeron que os citados dezmos que perciben


os citados cura e Dean, poderán ascender un ano por outro,
regulado por qu
quinque
inquenio,
uenio, á cantidade de tre
tres ferrados de trigo,
catorce ferrados
ferrados de centeo, douscentos noventa e sete de millo e
seiscentos dez azumes de viño, e o que así
así mesmo perciben por
razón do dezmo da lan, años e touras será cada ano duns
trinta reais, e o que percibe o Bispo pólo mesmo respecto
poderá ascender anualmente
anualmente á cantidade de medio ferrado de

X.M.David (Nelos) 19
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

trigo, un de centeo, trinta e tres de millo e sesenta e sete


azumes de viño, e o que lle corresponde póla lan,
lan, años e touras
achegarase á cantidade de tre
tres reais de vellón.
vellón. O Dereito de
Primicia que tamén percibe o cura
cura e o Dean cada ano ascende
a douscentos cinco ferrados de millo,
millo, e corenta e oito reais e
doce marabedís,
marabedís, e o Dereito de Boto que se paga o Apóstolo
Señor Santiago chega a ser cento dez reais de vellón, vellón, e
responden.
responden.

Figura 13. Preguntas 17 e 18 do Interrogatorio.

17. Si hay algunas minas, salina, molinos harineros u de papel,


batanes u otros artefactos en el término, distinguiendo de qué metales y de
qué uso, explicando sus dueños y lo que se regula produce cada uno de
utilidad al año.
año.

Ó capitulo dezasete
dezasete dixeron que na fre
freg
reguesí
esía non hai minas,
minas,
nin salinas, nin artefacto algún a excepción de cinco muíños
fariñeiros negros*
negros*, dous sitos onde chaman o Campo de Abaixo
pertencentes a Francisco Domí
Domínguez,
nguez, da Val,
Val, moen con
con auga
corrente
corrente oito meses dos doces do ano,
ano, por cux
cuxa razón regúlanlle
a utilidade de cada un un en
en cento cincuenta reais de vellón;
vellón;

X.M.David (Nelos) 20
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

outro sito onde lle chaman Regateiro pertencente a D. Mateo


Pardo Somoza cura párroco,
párroco, movido por auga corrente oito
meses dos doce do ano,
ano, por cux
cuxo tempo regú
regúlanlle
lanlle de utilidade
cento e cincuenta reais de vellón;
vellón; outro sito no Rillo
Rillon
pertencente a Juan das Tá Táboas, moe concon auga corrente tres
meses dos doce do ano,
ano, o seu producto llo regulan enen cincuenta
reais de vellón;
vellón; outro no sitio da Carreira
Carreira pertencente a
Francisco Márquez,
rquez, moe con auga corrente seis meses dos doce
do ano, por cux cuxo tempo regú
regúlanlle
lanlle de producto cen reais,
reais, e
responden.
responden.

*-Muíño negro. Muíño que tiña a mo “negra”, ou mo de “pedra negreira”


que era como se coñecía o granito, a diferenza das mos brancas ou albeiras
que eran de cuarcita ou calcarea e se traian de fora de Galiza, nestas
obtíñase fariña triga moi fina e branca, a diferenza daquelas nas que se
obtiñan fariñas doutros cereais, ou gran moído para animais.

18. Si hay algún esquilmo en el término, a quien pertenece, qué número


de ganado viene al esquileo a él y que utilidad se regula da a su dueño
cada año.
año.

Ó capitulo dezaoito dixeron que na fre freg


reguesí
esía non hai esquilmo
nin gando de veña del, del, e en
en cuanto ó que producen os que
existen nono termino regúlanos da maneira seguinte: a unha
vaca de ventre que pode procrear desde os catro anos ata os
doce considéranlle o producto da súa cría, cría, por cada touro ou
toura trinta reais,
reais, pólo leite e manteiga que poden poden producir
producir
oito reais; a cada ovella que hai no termino e que poden poden
empezar a parir desde os tre tres anos ata os oito contémplanlle o
producto da
da súa cría,
cría, sexa año ou aña, por cada un un dous reais
e a cada ovella ou carneiro dos que hai na fre freg
reguesí
esía
consideran que produce
produce a cuarta parte dunha libra*
libra* de lan que
vale medio real. A unha porca que pode procrear procrear desde o
primeiro ano ata o segundo,
segundo, no que ordinariamente se mata, mata,
considéranlle que pare dunha vez catro porquiños,
porquiños, a cada un
dos cales ós seis meses,
meses, no que pólo xeral se separan da súa
nai, regúlanlle de valor oito reais. A un touro ou toura así así
mesmo separado da vaca,
vaca, que pólo xeral faise a idade dun ano,
considéranlle póla utilidade do seu crecemento ata os dous se é
touro vinte e oito reais,
reais, e se e femia vinte e seis; dos tretres os
catro anos no que se lle da o nome de boi ou vaca, vaca, e non se
lles contempla mais crecemento,
crecemento, o touro trinta e dous reais, e
a toura trinta. A unun porco desde os seis meses ata completar o
ano regúlanlle por crecemento dezaoito reais e desde desde un
un ata
dous anos,
anos, nos que o ceban e matan no termino,
termino, vinte e dous
reais.
reais. A un
un año ou aña desde os seis meses nos que se separa
da nai ata completar o ano se lles considera polo polo seu

X.M.David (Nelos) 21
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

crecemento dous reais, e desde un un ano ata dous, outros dous


reais, e desde
desde os dous ata os tre tres, nos
nos que xa non se lles
consideran
consideran mais aumento,
aumento, real e medio;
medio; e pólo que respecta as
utilidades dos
dos gandos dados en en parcerí
parcería* a algúns individuos
da fre
freg
reguesí
esía, tendo presente o artigo 18 e ordes da “Real
Junta”
Junta”, declaran non poder concretar quen quen as ten; se hai
parcerí
parcerías o mais común é regular e acordar a metade das
gana
ganancia dodos seu
seus
eus crecementos
crecementos e multiplicacións,
multiplicacións, que percibe o
dono propietario dodo gando e a outra metade o parceiro criador,
tirando primeiro para dito dono propietario o valor inicial no
tempo enen que se deu a parcerí
parcería e responden.
responden.

*-Libra. Unidade de peso equivalente a 0,48 Kg.


*-Parcería. En Guillade coñecese como dar gando “o gaño”.

Figura 14. Pregunta 18 (cont.) do Interrogatorio

19. Si hay colmenas en el término, cuántas y a quien pertenecen.

O capitulo dezanove dixeron que na citada fre


freg
reguesí
esía hai cento
vinte e unha colmeas. Unha de José
José Muñoz, presbítero;
presbítero; dúas de
Francisco de Rubianes;
Rubianes; unha de Antonio Gregores;
Gregores; unha
unha de
Antonio de Batallans;
Batallans; cinco de Agustín Gonzalez;
Gonzalez; tre
tres de Diego

X.M.David (Nelos) 22
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Davide;
Davide; dezaseis de Francisco Barreiro presbítero;
presbítero; dúas de José
José
Ferná
Fern ández Caamaño;
Caamaño; unha de Pedro de Bouzo;
Bouzo; dúas de Santiago
Lorenzo;
Lorenzo; unha de Juan das Tá Táboas;
boas; unha de Antonio Davide;
Davide;
unha de Gre
Gregorio Lorenzo;
Lorenzo; outra de Dominga Rodrí
Rodríguez;
guez; vinte e
cinco de Bernarda Rodrí
Rodríguez;
guez; oito de Juan Rodrí
Rodríguez;
guez; catro de
Juan Bouzo;
Bouzo; unha de Rosa Rosa Bernardez;
Bernardez; catro de Francisca
Rodrí
Rodríguez;
guez; tre
tres de Bernabé
Bernabé Rodrí
Rodríguez;
guez; unha de Antonio Luis; Luis;
tre
tres de Diego Ferná
Fernández
ndez;
ez; quince de Josefa Rodrí
Rodríguez;
guez; cinco de
Marí
María Oxea;
Oxea; catro de Antonio Rodrí
Rodríguez;
guez; catro de Pedro Davide;
Davide;
dúas de Antonio de Bouzo;
Bouzo; dúas de Francisco da Urceira;
Urceira; unha
de Francisco de Re Reimo
imonde.
nde. E póla utilidade da mel, cera e
enxames a cada unha o ano un un real e medio de vellón,
vellón, e
responden.
responden.

Figura 15. Pregunta 19 do Interrogatorio.

20. De qué especies de ganado hay en el pueblo y término, excluyendo


las mulas de coche y caballos de regalo; y si algún vecino tiene cabaña o
yeguada que pasta
pasta fuera del término, donde y de qué número de cabezas,
explicando el nombre del dueño.

O capitulo vinte dixeron que as especies de gando que hai na


freg
reguesía
uesía son bois, vacas, touros e touras, ovellas, años,

X.M.David (Nelos) 23
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

carneiros, porcos, e que non hai cabana, ni


nin eguada que paste
fora do termino,
termino, e responden.
responden.

Figura 16. Preguntas 20, 21, 22, e 23 do Interrogatorio.

21. De qué número de vecinos se compone la población y cuántos en la


casas de campo o alquerías.
alquerías.

Ó capitulo vinte e un dixeron


dixeron que a referida fre freg
reguesí
esía
componse de dous centos trinta e sete veciños sen que ningún
deles habite nunha casa de campo nin alquerí
alquería*, e responden.
responden.

*-Alquería. Granxa

22. Cuántas casas habrá en el pueblo, qué número de inhabitables,


cuántas arruinadas; y si es de señorío, explicar si tienen cada una alguna
cuánto..
carga que pague al dueño por el establecimiento del suelo, y cuánto

Ó capitulo vinte e dous dixeron que en dita frefreg


regues
uesía hai dúas
centas corenta casas habitábeis
habitábeis,
itábeis, tre
tres inh
inhabitá
abitábei
beis e catro
arruinadas, pólo establecemento das cales,
cales, a pesares ser do
señorío como se dixo no capitulo dous,
dous, non pagan os seus donos

X.M.David (Nelos) 24
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

cousa algunha aparte dos dereitos de vasalaxe que xa se tiñ


tiñan
dito,
dito, e responden.
responden.

23. Qué propios tiene


tiene el común y a que asciende su producto al año,
de que se deberá pedir justificación.

Ó capitulo vinte e tres dixeron que o común*


común* da fre freg
regues
uesía non
ten propios nin haberes algúns a excepción de tre tres ferrados de
carballeiras de terceira calidade e cento cincuenta
cincuenta de monte
inútil no sitio de Albelle, linda pólo Levante e Sur coa facenda
dos veciños desta frefreg
reguesí
esía: pólo Poñente coa frefreg
reguesí
esía de S.
Pedro Fé
Félix de Celeiros e pólo Norte coa de Santiago de Oliveira:
a súa figura é a do marxe, douscentos cincuenta
cincuenta ferrados de
monte inútil por natureza no sitio da Costa de Guillade, linda
pólo Levante coa fre
freg
reguesí
esía de S. Andrés de Uma, pólo Poñente e
Sur coa facenda dos veciños da mesma fre freg
reguesí
esía, e pólo norte
coa de S. Ciprian de Mouriscados, a súa figura e a do marxe, marxe,
e responden.
responden.
*-Común. Conxunto da poboación e, por extensión, propiedades en man común, como
montes, terras de cultivos, muíños, ect.; destas propiedades hoxe en día quedan os montes
comunais.

24. Si el común disfruta algún arbitrio, sisa u otra cosa,


cosa, de que se
deberá pedir la concesión, quedándose con copia que acompañe estas
diligencias; qué cantidad produce cada uno al año, a que fin se concedió,
sobre qué especies para conocer si es temporal o perpetuo y si su producto
cubre o excede de su aplicación
aplicación.
ción.

Ó capitulo vinte e catro dixeron que o común da f fre


reg
reguesí
esía non
disfruta de arbitrio*
arbitrio*, sisa*
sisa* nin outra cousa das que él conten,
conten,
e responden.
responden.

*-Arbitrio. Imposto municipal co que se recadaban fondos para gastos públicos.


*-Sisa. Imposición sobre xéneros comestíbeis e consistía en entregar ó comprador deses
xéneros unha cantidade menor a comprada, de xeito que o vendedor pagaba o imposto coa
parte diminuída (sisada) da compra.

25. Que gastos debe satisfacer el común, como salario de Justicia y


regidores, fiestas de Corpus u otras; empedrado, fuentes, sirvientes, etc.,
de que se deberá pedir individual razón.
razón.

Ó capitulo vinte e cinco dixeron que o común da fre freg


reguesí
esía ten
ten
de satisfacer algúns gastos como son a parte de salario que lle
corresponde pagar ó escriban
escriban do concello da vila de Salvaterra,
do que así
así mesmo percibe o escriban do concello da cidade de
Tui como cabeza de provincia,
provincia, gastos do Papel Selado*
elado*, po
porte
dos pregos que hai por dereitos da Provincia
Provincia e a vila de
Baiona, e outras gab
gabelas*
elas* que o total
total do que lle toca pagar por

X.M.David (Nelos) 25
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

uns e outros respectos non poden


poden dicilo contara coa testemuña
que dará o escriban que exerce no concello a quen remiten,
remiten, e
responden.
responden.

*-Papel Selado. É un tipo especial de papel que conten un imposto de timbre; era esixido
para efectuar trámites xudiciais ou administrativos. Foi aprobado en 1632 polas Cortes de
Castela, como aplicación dos dereitos e regalías do Rei, co obxecto de mellorar a fiabilidade
das escrituras públicas e contribuír os gastos da monarquía. A partir desa data non terían
ningún valor os documentos que non levasen o selo.
*-Gabela. É un termino que designa de forma xenérica ós impostos que gravan un producto
de consumo xeral (imposto indirecto). O seu cobro era moi doado fronte a outro tipo de
impostos, aínda que eran moi regresivos por afectar máis as clases baixas que ás
privilexiadas, que acostumaban estar exentas del. Un dos productos que tipicamente se
afectaba polas gabelas era o sal.

Figura 17. Preguntas 24, 25, 26, 27 e 28 do Interrogatorio

26. Que cargos de Justicia tiene el común, como censos, que responda u
otros, su importe, por qué motivo y a quien, de que se deberá pedir
puntual noticia.
noticia.

Ó capitulo vinte e seis dixeron que o comú omún da citada


freg
reguesí
esía non ten
ten cargas algunhas
algunhas de Xustiza que satisfacer,
censos nin outra cousa póla que deba ser responsable mais do
que se leva expresado no capitulo anterior,
anterior, e responden.
responden.

X.M.David (Nelos) 26
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

27. Si está cargado de servicio ordinario y extraordinario u otros, de


que igualmente se debe pedir individual
individual razón.

Ó capitulo vinte e sete dixeron que os veciños da citada


freg
reguesí
esía están cargados de Servicio Ordinario e Extraordinario*
xtraordinario*
que pagan a Súa Maxestade, non poden poden dicir o total da
cantidade que importa cada ano, pólo que se contara co coa
a
teste
testemuña que dará o escriban que exerce no concello,
concello, a quen
remiten,
remiten, e responden.
responden.

*-Servicio ordinario e extraordinario. Pago que cada vila, pobo ou


freguesía facía en proporción á facenda de cada veciño ó Rei. Destes
impostos estaban exentos os nobres e a Igrexa.

Figura 18. Pregunta 29 do Interrogatorio.

28. Si hay algún empleo, alcabala u otras rentas enajenadas, a quién,


si fue por servicio pecuniario u otro motivo, de cuánto fue y lo que
produce cada uno al año, de que se deberán pedir
pedir los títulos y quedarse
con copia.

Ó capitulo vinte e oito dixeron que en


en dita fre
freg
reguesí
esía do que
conten hai enaxenado*
enaxenado* as Rendas de Alcabalas*
Alcabalas* as cales

X.M.David (Nelos) 27
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

xuntamente coas demais fre freg


reguesí
esías das que se compón a
Xurisdicción de Salvaterra percibe o dono Xurisdiccional,
Xurisdiccional, non
poden
poden dicir o producto que lle teñen cada ano estes dereitos
nin menos enen virtude de que titulo os goza; constara de Él, si
o tivera,
tivera, a testemuña
testemuña que deberá
deberá dar o escriban que exerce no
concello a quen remiten,
remiten, e responden.
responden.

*-Rendas enaxenadas. Impostos que a Coroa cedía ou vendía a particulares, nobres ou clero,
ós que pertencía despois o dereito de recadación.
*-Alcabala. Imposto da Coroa castelá que gravaba nun 10% o consumo por vía comercial de
bens mobles, inmobles, ou semimobles, tanto nas transaccións de compravenda coma nas de
permuta ou troco. Seria un equivalente ó IVE de hoxe en día.

29. Cuántas tabernas, mesones, tiendas, panaderías, carnicerías, puentes,


barcas sobre ríos, mercados, ferias, etc. hay en la población.

Ó capitulo vinte
vinte e nove dixeron que na citada fre freg
reguesí
esía so hai
catro tabernas publicas pertencentes a Súa Maxestade as cales
xuntamente con con outra que hai en en Sta. Eulalia de Batallans
teñen enen arrendamento veciños delas e de seu orden as
administra Juan Ambrosio quen paga a ditos veciños cada ano
seis centos reais de vellon*
vellon*, cuxa cantidade teñen destinada
para axudar
axudar a pagar os Dereitos de Sisa e do Fiel Fiel Medidor*
edidor*
correspondentes a fre freg
reguesí
esía e a citada de Batallans que
satisfacen a Súa Maxestade anualmente mil seiscentos setentasetenta e
sete reais. Hai sete tendas mercería que se compoñen de
agullas,
agullas, cordóns e outras menudencias de pouca consideración
pertencentes a Antonio Lamela, María MartíMartínez, Juan Francisco,
Gregorio Francisco, Juan Berná Bernárdez, Juan Rodrí
Rodríguez, Antonia
Pérez,
Pérez, viúva, a cada un un dos cales se lle considera de utilidade
anual por esta razón trinta reais; hai unha carnicería
pertencente o mesmo Juan Ambrosio que pon nela un oficial oficial
carniceiro que beneficia a vaca a cal consideran pólo respecto
de cada abasto nela a utilidade
utilidade cada ano cento cincuenta reais
de vellon e responden.
responden.

*-Real de vellón. Moeda de vellon, a súa equivalencia era a seguinte: un Real de prata
equivalía a 2,5 Reais de vellon. O vellón é unha aleación de prata e cobre, contendo en torno o
50% de cobre. Utilizouse principalmente para facer moedas en épocas de escaseza de metais
nobres e de devaluación.
*-Fiel medidor. Funcionario encargado de velar polas exactitude das medidas.

X.M.David (Nelos) 28
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 19. Real de Vellon

Figura 20. Preguntas 30, 31 e 32 do Interrogatorio

30. Si hay hospitales, de qué calidad, qué renta tienen y de qué se


mantienen.

Ó capitulo trinta dixeron que na fre


freg
reguesí
esía non hai hospital
algú
algún, e responden.
responden.

31. Si hay algún cambista, mercader de por mayor o quien beneficie su


caudal por mano de corredor u otra persona, con lucro e interés; y qué
utilidad se considera el puede resultar a cada uno al año.

X.M.David (Nelos) 29
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Ó capitulo trinta e un
un dixeron que en
en dita fre
freg
reguesí
esía do que
conten so hai u un
n arrendatario de tabernas que quedaron
expresadas no capitulo vinte e nove o cal lle consideran de
reais,,
utilidade cada ano por este respecto douscentos reais e
responden.
responden.

32. Si en el pueblo hay algún tendero de paños, ropas de oro, plata y


seda, lienzos, especería u otras mercadurías, médicos, cirujanos, boticarios,
escribanos, arrieros, etc. y qué ganancia se regula puede tener cada uno al
año.

Ó capitulo trinta e dous dixeron que en en dita fre


freg
reguesí
esía do que
conten so hai dous tendeiros de panos que tamén trafican en en
lenzos chamados Francisco Rodríguez e Diego Rodríguez a cada
un dos cales considéranlle de utilidade anual por este respecto
trescentos reais: hai outro tendeiro que tan so o é de panos
chamado Bernabe Rodríguez a quen lle consideran de utilidade
anual cento vinte reais de vellon:
vellon: hai once traficantes de
cravos, chaves, pechaduras,
pechaduras, sartens e outras alfaias
alfaias de ferro
chamados Antonio Rodríguez,
Rodríguez, Pedro de Bouzo, Bernarda
Rodríguez,
Rodríguez, viúva, Juan Rodríguez,
Rodríguez, Juan Davide, Antonio Luis,
Diego Fernández,
Fernández, Antonio Ambrosio, Manuel de Bouzo, Bernabe
Luis e Jacinto Domínguez a cada un un dos cales
cales considéranlle de
utilidade anual por esta razón cen reais. Hai vinte e tres que
tratan de bois e vacas e outros gandos, os cales contémplanlle a
utilidade que poden ter por este respecto cada ano da seguinte
maneira: a Diego Fernández corenta reais, a Pedro Pedro Davide
outros corenta reais a Matías Davide trin trinta, a Benito Davide
corenta reais, a Manuel Davide trinta, a Santiago Diéguez
corenta, a José
José Blanco trinta, a Antonio Diéguez corenta,corenta, a
Juan Francisco,
rancisco, mozo corenta, a Pedro Davide, mozo, trinta, a
Juan
Juan de Rubianes corenta, a Francisco Gregores outros corenta,
a Juan de Amil corenta, a Manuel de Bouzo corenta, a Gregorio
de Bouzo outros corenta a Juan de Rubianes corenta, a
Francisco Davide cento vinte, a Francisco Domínguez cincuenta,
a Diego de Amil cen,cen, a Juan das Tablas,
Tablas, do Rillon, trinta, a
Antonio González corenta, a Miguel de Rubianes trinta e a
Pedro Mouriño corenta reais, hai un notario das audiencias
eclesiásticas* chamado Francisco Marques, o cal lle consideran
de utilidade anual do seu oficio douscentos reais de vellon, e
responden.

*-Notario de audiencias eclesiásticas. Laico que posúe título de escribán e ocupase dos
papeis da Igrexa, asistindo a xustiza eclesiástica conforme as normas do Dereito Canónico.

X.M.David (Nelos) 30
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 21. Preguntas 33, 34 e 35 do Interrogatorio

33. Qué ocupaciones de artes mecánicos hay en el pueblo, con distinción,


como albañiles, canteros, albéitares, herreros, sogueros, zapateros, sastres,
pelaires, tejedores, sombrereros, manguiteros y guanteros, etc.;
etc.; explicando
en cada oficio de los que hubiere, el número que haya de maestros
oficiales y aprendices, y qué utilidad le puede resultar, trabajando
meramente de su oficio, al día cada uno.

Ó capitulo trinta e tres dixeron que as ocupacións de artesáns


mecánicos que hai na freguesía son catro alfaiates e dous
zapateiros por cuxos oficios traballando so en eles, teñen de
utilidade ó día os alfaiates dos reais, e o zapateiro tres, e
responden.

34. Si hay entre los artistas alguno, que teniendo caudal, haga
prevención
pr evención de materiales correspondientes a su propio oficio o a otros,
para vender a los demás, o hiciere algún otro comercio, o entrase en
arrendamientos; explicar quienes, y la utilidad que consideren le puede
quedar al año a cada uno de los que hubiese.

Ó capitulo trinta e catro dixeron que entre os artistas que


deran declarado non hai ningún que faga prevención de

X.M.David (Nelos) 31
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

materiais para beneficiar a outros do seu oficio,


oficio, entre
arrendamento así como de comercio noutra cousa que lle
produza utilidade,
utilidade, e responden
responden.

35. Qué número de jornaleros habrá en el pueblo y a cómo se paga el


jornal diario a cada uno.
uno.

Ó capitulo trinta e cinco dixeron que en


en dita fr
fregu
eguesí
esía non hai
xornaleiro que o teña por oficio e so traballan ó xornal, os
labregos que se atopan desocupados das súas labouras e pagase
por cada unun dos días enen que o fan dous reais de vellon,
vellon, e
responden.
responden.

Figura 22. Preguntas 36, 37, 38, 39 e 40 do Interrogatorio

36. Cuantos pobres de solemnidad habrá en la población.

Ó capitulo trinta e seis dixeron que na fre


freg
reguesí
esía non hai pobre
de solemnidade ningún,
ningún, e responden.
responden.

X.M.David (Nelos) 32
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

37. Si hay algunos individuos que tengan embarcaciones, que naveguen


en la mar o ríos, su porta, o para pescar; cuántas, a quien pertenecen y
que utilidad se considera da cada una a su dueño al año.

Ó capitulo trinta e sete dixeron que na fre


freg
regues
uesía non hai cousa
algunha do que se pregunta,
pregunta, e responden.
responden.

38. Cuántos clérigos hay en el pueblo.

Ó capitulo trinta e oito dixeron que na referida fre


freg
reguesí
esía hai
cinco clérigos,
clérigos, e responden.
responden.

39. Si hay algunos conventos, de qué religiones y sexo, y qué número


de cada uno.

Ó capitulo trinta e nove dixeron que na fre


freg
reguesí
esía non hai
convento algú
algún, e responden.
responden.

40. Si el rey tiene en el término o pueblo alguna finca o renta, que no


corresponda a las generales ni a las provinciales, que deben extinguirse;
cuáles son, cómo se administran y cuánto producen.
producen.

Ó capitulo corenta dixeron que dentro do termino da f fre


reg
regues
uesía
non ten
ten a SúSúa Maxestade ningunha finca nin renda, que non
corresponda as Xerais e Provincias
Provincias,
vincias, a excepción de dúas
carballeiras,
carballeiras, a sementeira de catro ferrados de primeira
calidade no lugar do Mirón,
Mirón, linda pólo Levante, Poñente, Norte
e Sur coa facenda dos veciños de dita fre freg
regues
uesía cux
cuxa figura
esta ó marxe;
marxe; outra
outra sementeira dun ferrado de primeira
primeira
calidade no mesmo sitio do Mirón pechada sobre si, si, a súa
figura é a do marxe; outro piñeiral de oito ferrados de
primeira calidade no sitio de Albelle pechada sobre si, a súa
figura é a do marxe, e responden.

X.M.David (Nelos) 33
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 23. Declaración final e Auto do Interrogatorio

En cuxa conformidade a súa mercé,


mercé, dita Xustiza,
Xustiza, e Peritos
nomeados así o dispuxeron baixo xuramento que teñen feito,
sen que para elo teñan incorrido enen dolo, colisión nin engano,
antes ben dixeron o que fan segundo
segundo a súa intelixencia e
noticias que teñen adquirido, asináronnolo os que souberan con con
dito señor subdelegado de que foron testemuñas D. Antonio
Reinaldo veciño desta vila, D. Pedro de Bañas e D. Domingo
Antonio González da de Porriño e do que eu escriban
escriban dou fe:
fe:
D.Luis Gautier y Valdes,
Valdes, Antonio Ventura de Velasco,
Velasco, Francisco
Antonio Sequeieros, Antonio Duran de Castro, José José Sotelino
Pereira e Silva, Fernando Oxea, Manuel Ferná
Fernández,
ndez, a rogo do
que non firma, Antonio Reinaldo ante min Lorenzo de Ponte e
Andrade.
Andrade.

Auto

Na vila de Ponteareas a vinte e oito do mes de Novembro de


mil setecentos cincuenta e dous o Señor D. Luis Gautie
Gautier y
Valdes Capitán do rexemento de Infantería de Bruxelas,
comandante da vila de Pontevedra e do seu Partido, subdelegado

X.M.David (Nelos) 34
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 24. Declaración final e Auto do Interrogatorio (Cont.)

para o establece
establecemento
ecemento da “ “Única Contribució
Única Contribuci ón” neste reino e
provincia de Tui en virtude de “Real Orden” dixo que tendo
presente o resolto pola “Real
“Real Junta”
Junta” o dezaseis de Decembro
Decembro do
ano pasado, de mil setecentos cincuenta e un, pola que se
manda que ó mesmo tempo co Interr Interrogatorio en virtude de Auto
particular declare a Xustiza a noticia que teña do estilo que
mais comunmente haxa en cada termino sobre os
arrendamentos de terras de eclesiásticos segundo as especies e
calidades,
calidades, dirixido ó fin de evitar as varias distincións dos
tales arrendame
arrendamentos confusos e arbitrarios ou con contemplar mais
de parte dos donos a favor dos colonos lei leigos. Por
Por tanto dando
cumprimento a dita resolución
resolución respecto de atoparse presentes a
Xustiza e expertos con motivo das respostas xerais tocantes a
freg
regues
uesía de S. Miguel de Guillade en que se esta operando
diante de min o escriban,
escriban, mando que lles fagan averiguar a
uns e outros declaren con toda distinción
distinción o costume que se
observa no termino sobre ditos arrendamentos de terras de
eclesiásticos, se son á metade, tercios,
tercios, cuartos, quintos ou mais
dos froitos que producen distinguindo segundo as sú súas especies
e calidades como as terras de sementeira: hortalizas,
hortalizas, viñas,

X.M.David (Nelos) 35
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Figura 25. Declaración final e Auto do Interrogatorio (Cont.)

folgados, soutos, montes e outras calesquera que se teña


expresado e igualmente se en forza de ditos contratos, hai ou
non algunha diferencia con respectiva
respectiva ás sementes de trigo
millo, centeo: cuxa declaración farán con toda posible claridade
adaptando as calidades de boa, mediana, e inferior que houbese
a cada especie a fin de facilitar por esta regra os medios de
previr o sucesivo per
perxuicio
erxuicio contra a “Real Contribució
Contribución” e a
carga común: así o decreto e firmo, do que eu escriban dou fe.
D. Luis Gautier Valdes , ante min Antonio Lorenzo y Andrade.

Declaración da Xustiza e peritos

Na vila de Ponteareas a vinte e oito do mes de Novembro de


Mil setecentos cincuenta e dous o señor D. Luis Gautier e
Valdes en consecuencia do auto antecedente, ó tempo de rematar
o Interrogatorio de preguntas correspondentes a operación na
que esta atendendo na freguesía de S. Miguel de Guillade, tendo
na súa presencia a D. Francisco
Francisco Antonio Sequeiros, Xuíz
honorario interino e alcalde maior, Antonio Duran de Castro
escriban de numero e que exerce no concello, José
José Sotelino e

X.M.David (Nelos) 36
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 2.Interrogatorio

Fernando Oxea rexedores, Manuel Fernández procurador xeral,


José
José de Rubianes e Antonio Davide expertos nomeados polo
común e Xustiza, D. Antonio Ventura Velasco así me mesmo
nomeado por parte da S.M. despois de ter xurado en forma de
dereito segundo se requer, do que eu escriban dou fe, dixeron
que a costume que se observa na citada freguesía e termino da
súa comprensión sobre os bens que os eclesiásticos teñen nela é
que estes usufructúanos e gozan como os demais individuos
leigos e no caso de que arrendan algúns so o fan das terras de
sementeira á metade do froito que producen, cada un segundo a
súa especie e calidade que recibe dito eclesiástico e a outra
metade o colono leigo sendo quen este ultimo de por a metade
da semente, do abono, do cultivo e do granxeo; a outra metade
da semente subministra dito eclesiástico.

Así o declaran e firmaron os que souberon


souberon con dito Señor
Subdelegado, de quen foron testemuñas D. Antonio Reinaldo,
veciño desta vila; D. Pedro de Boraños e D. Domingo González
da de Porriño, do que eu escriban dou fe: D. Luis Gautier e
Sequeiros,
Valdes, D. Antonio Ventura Velasco, Francisco Antonio Sequeiros,
Antonio Duran de Castro, José
José Sotelino Pereira e Silva,
Fernando Oxea, Manuel Fernández, e a rogo dos que non firman
D. Antonio Reinaldo, ante min Lorenzo de Ponte e Andrade

X.M.David (Nelos) 37
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3. ANALISES

X.M.David (Nelos) 38
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

Neste capitulo exponse dun xeito tabulado e agrupado por temas as diferentes
respostas ó Interrogatorio e analízanse diversos aspectos relevantes, chamativos
ou curiosos que se poden observar tras a lectura das Respuestas Generales
correspondentes a freguesía de S. Miguel de Guillade. Esto non pretende ser un
exame exhaustivo e animase ós lectores do presente traballo a explorar outros
aspectos non reflexados neste capitulo ou a afondar naqueles que si o están.

3.1. Toponimia

Na seguinte táboa enuméranse os lugares da nosa aldea que son citados en


diferentes partes do Interrogatorio e o motivo polo que se citan, foi elaborada en
base as respostas Nº.3, Nº.17, Nº.19, Nº.23 e Nº.40.

MOTIVO POLO QUE SE CITA NOME DO LUGAR

Marco das Cobradas


Marco da Saborida
Sitio do Eido Vello
Capela de Santo Tome
Marco da Portela
Marco de Bigotes
Marco do Val do Pexo
Lindeiros de Guillade
Sitio da Cancela do García
Sitio da Boa Vista
Campo de Novellos
Coto de Vieites
Sitio da Barxiela
Sitio do Tarendo
Pedra Rabuñade
Campo de Abaixo
Regateiro
Lugares onde existían muíños
Rillon
Carreira
Lugares onde existían propiedades Costa
comunais Albelle
Lugares onde existían propiedades Mirón
reais Albelle
Sitio de donde era o propietario
Reimonde
dunha colmea
Sitio de donde era o propietario
Val
dun muiño

Táboa 1. Toponimia

Un feito que se pode observar na táboa anterior e que os nomes citados, salvo o de
Reimonde, non se corresponde con ningún dos barrios actuais en que esta dividido
Guillade, isto con toda a certeza é debido a que no tempo no que se elaborou o
Catastro de Ensenada estes barrios non existían como tales, e a freguesía estaba

X.M.David (Nelos) 39
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

divida en Lugares; posteriormente algúns deles deron nome os barrios actuais


absorbendo os Lugares circundantes; esto, por exemplo, pode observarse na Ponte
de Xil donde un Lugar deu nome ó barrio enteiro.

Outro feito chamativo é que se cite como un dos lindeiros de Guillade unha capela
denominada de Santo Tome, capela que actualmente non existe nin se sabe donde
está. A única referencia na toponimia con este nome que se atopa hoxe en día e o
Coto do Santo, que nalgúns mapas aparece como “Coto do Santo Tome”, coto que
efectivamente esta preto dos lindes de Guillade con Mouriscados, o que pode dar
unha pista da súa posíbel ubicación; esta é unha liña de investigación que se abre
coa documentación do Catastro.

3.2. Xentes

As persoas citadas nas Respuestas Generales correspondentes a freguesía de


Guillade, e o motivo polo que aparecen están resumidas na seguinte táboa que se
elaborou en base as respostas Nº.17, Nº.19, Nº.29, Nº.32 e Nº.33 do
Interrogatorio.

NOME MOTIVO POLO QUE SE CITAN

Agustín González 5 Colmeas.


Antonia Pérez, viúva 1 Mercería.
Traficante de cravos, chaves, pechaduras, sartens e
Antonio Ambrosio
outras alfaias de ferro.
Antonio de Batallans 1 Colmea.
Antonio de Bouzo 2 Colmeas.
Antonio Davide Veciño escollido para contestar o Interrogatorio.
Antonio Diéguez Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Antonio González Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Antonio Gregores 1 Colmea.
Antonio Lamela 1 Mercería.
1 Colmea. Traficante de cravos, chaves, pechaduras,
Antonio Luis
sartens e outras alfaias de ferro.
4 Colmeas. Traficante de cravos, chaves, pechaduras,
Antonio Rodríguez
sartens e outras alfaias de ferro.
Benito Davide Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Traficante de cravos, chaves, pechaduras, sartens e
Bernabe de Luis
outras alfaias de ferro.
Bernabe Rodríguez 3 Colmeas. Tendeiro de panos.
25 Colmeas. Traficante de cravos, chaves,
Bernarda Rodríguez, viúva
pechaduras, sartens e outras alfaias de ferro.
Diego de Amil Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Diego Davide 3 Colmeas.

X.M.David (Nelos) 40
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3 Colmeas. Traficante de cravos, chaves, pechaduras,


Diego Fernández sartens e outras alfaias de ferro.Tratante de bois,
vacas e outros gandos.
Diego Rodríguez Tendeiro de panos e lenzos.
Dominga Rodríguez 1 Colmea.
Francisca Rodríguez 4 Colmeas.
Francisco Barreiro, presbítero 16 Colmeas.
Francisco Davide Tratante de bois, vacas e outros gandos.
2 Muíños (no Campo de Abaixo). Tratante de bois,
Francisco Domínguez, da Val
vacas e outros gandos.
Francisco Gregores Tratante de bois, vacas e outros gandos.
1 Muíño (na Carreira). Notario de audiencias
Francisco Marquez
eclesiásticas.
Francisco de Raimonde 1 Colmea.
Francisco Rodríguez Tendeiro de panos e lenzos.
Francisco de Rubianes 2 Colmeas.
Francisco da Urceira 2 Colmeas.
Gregorio de Bouzo Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Gregorio Francisco 1 Mercería.
Gregorio Lorenzo 1 Colmea.
Traficante de cravos, chaves, pechaduras, sartens e
Jacinto Domínguez
outras alfaias de ferro.
José Blanco Tratante de bois, vacas e outros gandos.
José Fernandez Caamaño 2 Colmeas.
José de Rubianes Persoa escollida para contestar o Interrogatorio
José Muñoz, presbítero 1 Colmea.
Josefa Rodríguez 15 Colmeas.
Juan Ambrosio 5 Tabernas. 1 Carnicería
Juan de Amil Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Juan Bernardez 1 Mercería.
Juan Bouzo 8 Colmeas.
Traficante de cravos, chaves, pechaduras, sartens e
Juan Davide
outras alfaias de ferro.
Juan Francisco 1 Mercería.
Juan Francisco, mozo Tratante de bois, vacas e outros gandos.
8 Colmeas. Traficante de cravos, chaves, pechaduras,
Juan Rodríguez
sartens e outras alfaias de ferro. 1 Mercería
Juan de Rubianes Tratante de bois, vacas e outros gandos.
1 Colmea. 1 Muíño (no Rillón). Tratante de bois,
Juan das Táboas
vacas e outros gandos.
Traficante de cravos, chaves, pechaduras, sartens e
Manuel de Bouzo outras alfaias de ferro. Tratante de bois, vacas e
outros gandos.

X.M.David (Nelos) 41
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

Manuel Davide Tratante de bois, vacas e outros gandos.


María Martínez 1 Mercería.
María Oxea 5 Colmeas.
Mateo Pardo Somoza, cura párroco 1 Muíño (no Regateiro)
Matías Davide Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Miguel de Rubianes Tratante de bois, vacas e outros gandos.
1 Colmea. Traficante de cravos, chaves, pechaduras,
Pedro de Bouzo
sartens e outras alfaias de ferro.
Pedro Davide 4 Colmeas. Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Pedro Davide, mozo Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Pedro Mouriño Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Rosa Bernardez 1 Colmea
Santiago Diéguez Tratante de bois, vacas e outros gandos.
Santiago Lorenzo 2 Colmeas
Non se citan nomes 4 alfaiates.
Non se citan nomes 2 zapateiros.

Táboa 2. Xentes

Unha das cuestións salientables que se pode observar é o elevado numero de


veciños da freguesía que tiñan colmeas; a súa importancia debíase tanto ó valor da
mel que se colleitaba como a cera, que era esencial para a iluminación das casas
nesa época.

Tamén chama a atención o grande numero dos denominados “Traficantes de


cravos, pechaduras, sarténs e outras alfaias de ferro” que serían os ferreteiros,
seguramente porque tamén se adicaban a labouras de ferreiros, como ferrar os
cabalos, medio de transporte habitual da época.

Outra tarefa que ocupaba a moitos veciños era a de “Tratante de bois, vacas e
outros gandos” mostra da importante actividade gandeira dese tempo.

Un dos feitos mais chamativos é que unha mesma persoa (Juan Ambrosio) tiña en
arrendamento cinco tabernas (as catro que había en Guillade e unha en Batalláns)
e era o propietario da única carnicería que existía na freguesía.

X.M.David (Nelos) 42
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.3. Terras
3.3.1. Terras de cultivo

As terras que se dedicaban a cultivos eran 1.980 ferrados (864.883,8 m2) divididos,
segundo a resposta Nº.10 do Interrogatorio, do seguinte xeito:

CALIDADE SUPERFICIE SUPERFICIE SUPERFICIE


CULTIVO
DA TERRA (FERRADOS) (M2) (HECTAREAS)
1ª 60 26.208,6 2,620
Regadío 2ª 140 61.153,4 6,115
3ª 200 87.362,0 8,736
1ª 200 87.362,0 8,736
Sequeiro 2ª 160 69.889,6 6,988
3ª 300 131.043,0 13,104
1ª 3 1.310,4 0,131
Horta 2ª 4 1.747,2 0,174
3ª 5 2.180,5 0,218
1ª 20 8.736,2 0,873
Viñas 2ª 20 8.736,2 0,873
3ª 20 8.736,2 0,873
1ª 1 436,8 0,043
Castiñeiros 2ª 2 873,7 0,087
3ª 3 1.310,4 0,131
1ª 60 26.208,6 2,620
Montes rasos
2ª 40 17.472,4 1,747
pechados
3ª 90 39.312,9 3,931
1ª 8 3.494,4 0,349
Carballeiras 2ª 12 5.241,7 0,524
3ª 10 4.368,1 0,436
1ª 1 436,8 0,043
Salgueirais 2ª 2 873,7 0,087
3ª 2 873,7 0,087
1ª 2 873,7 0,087
Piñeirais 2ª 3 1.310,4 0,131
3ª 5 2.180,5 0,218
Montes abertos
400 174.724,0 17,472
inútiles
Sitios de canas,
camiños, cortes, 94 41.060,1 4,106
valados, ect.

Táboa 3. Terras de cultivo

X.M.David (Nelos) 43
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

E o que producían estas terras nun ano de mediana abundancia, de acordo coa
respostas Nº.12 e Nº.13 do Interrogatorio, era o seguinte:

TIPO E CALIDADE DA TERRA PRODUCCION

1 Ferrado de 1ª de regadío 4 Ferrados de trigo ou 4 ferrados de millo


1 Ferrado de 2ª de regadío 3 Ferrados de millo
1 Ferrado de 3ª de regadío 2 Ferrados de millo
1 Ferrado de 1ª de sequeiro 3 Ferrados de millo
1 Ferrado de 2ª de sequeiro 2 Ferrados de millo
1 Ferrado de 3ª de sequeiro 2 Ferrados de centeo
1 Ferrado de 1ª de regadío a folgado 33 Feixes de herba
1 Ferrado de 2ª de regadío a folgado 24 Feixes de herba
1 Ferrado de 3ª de regadío a folgado 20 Feixes de herba
1 Ferrado de 1ª de viñas 6 Cabazos de viño
1 Ferrado de 2ª de viñas 4 Cabazos de viño
1 Ferrado de 3ª de viñas 2 Cabazos de viño
1 Ferrado de 1ª de monte baixo pechado 3 Carros de toxo (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 2ª de monte baixo pechado 2 Carros de toxo (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 3ª de monte baixo pechado 1 Carro de toxo (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 1ª de carballeiras 3 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 2ª de carballeiras 2 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 3ª de carballeiras 1 Carro de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 1ª de salgueirais 3 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 2ª de salgueirais 2 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 3ª de salgueirais 1 Carro de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 1ª de piñeirais 3 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 2ª de piñeirais 2 Carros de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 3º de piñeirais 1 Carro de madeira (cando lle toque ser cortado)
1 Ferrado de 1ª de souto de castiñeiros 6 Pes de castiñeiros, 4 Ferrados de castañas
1 Ferrado de 2ª de souto de castiñeiros 12 Pes de castiñeiros, 2 Ferrados de castañas
1 Ferrado de 3ª de souto de castiñeiros 16 Pes de castiñeiros, 1 Ferrado de castañas

Táboa 4. Producción das terras

Neste apartado cabe destacar que non se cite o cultivo da pataca, o que leva a
deducir que nesa época (fai 250 anos aprox.) esta especie aínda non chegara a
nosa aldea.

O que xa tiña chegado era o millo (maíz americano) que debeu supor un grande
avance para a economía dos labregos xa que este cereal permite un
aproveitamento integral de toda a planta así como un aumento da producción de
gran.

X.M.David (Nelos) 44
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

Tamén xa se tiña introducido algunha mellora nas técnicas de agricultura como é o


barbeito, segundo se confirma na resposta Nº 12 do Interrogatorio, e dicir unha
rotación dos cultivos para que a terra descanse.

Unha das cuestións mais chamativas é que en varias das respostas do


Interrogatorio se intente restar importancia ó beneficio que producen as froiteiras,
así dise literalmente, por exemplo: “atópanse plantadas polo medio das viñas sen
orden nin regra”, seguramente esto faise para evitar sumar o seu froito as rendas
dos veciños e así diminuír o pago de impostos. Unha excepción ó anterior é son as
castañas, proba da súa importancia nesa época.

3.3.2. Propiedade das terras

As terras que non eran do Señorío ou particulares tiñan os propietarios descritos na


seguinte táboa, elaborada segundo as respostas Nº.23 e Nº.40.

2 Carballeiras (non se cita lugar, superficie nin calidade).


PROPIEDADES 4 Ferrados de terras de sementeira de 1ª calidade no lugar do Mirón.
REAIS 1 Ferrado de terra de sementeira de 1ª calidade no lugar do Mirón.
8 Ferrados de piñeiral 1ª calidade no sitio de Albelle.
3 Ferrados de carballeiras de 3ª no sitio de Albelle.
PROPIEDADES
150 Ferrados de monte inútil no sitio de Albelle.
COMUNAIS
250 Ferrados de monte inútil no sitio da Costa.

Táboa 5. Propiedade das terras.

Despois de comprobar as diferencias entre as propiedades comunais e reais,


pódese concluír que, a pesares de que as primeiras eran mais extensas, as do Rei
eran de moita mais calidade, aparte de que estaban constituídas fundamentalmente
por terras de sementeira, mentres as comunais eran montes inútiles ou de 3ª
calidade.

Na zona de Albelle aínda se poden atopar varios marcos sinalados coa letra “R”, sen
dúbida delimitadores das propiedades reais e que se poden observar nas seguintes
figuras.

Figura 26. Marco sinalado coa "R" na zona de Albelle (Foto:X.M.Vidal)

X.M.David (Nelos) 45
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

Figura 27. Outra perspectiva do marco anterior (Foto:X.M.Vidal)

Figura 28. Outro marco co "R" na esquina sup. esq. (Foto:X.M.Vidal)

X.M.David (Nelos) 46
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.4. Rendas

No principio deste apartado é interesante facer un exercicio que permita trasladar


os valores monetarios da época na que se fixo o Interrogatorio á actualidade, para
ter unha perspectiva actual das rendas, prezos dos productos, beneficios das
actividades, impostos, ect. O método que será usado basease nun dato existente
no Interrogatorio (Resposta Nº.35) e consiste en tomar como referencia o prezo
por un día de traballo dun xornaleiro e comparalo co que leva hoxe en día (aprox.
30 Euros), e obter así unha relación entre os valores monetarios daquela época e a
actual. Este método, aínda que ten que ser tomado con cautela e non debe ser
considerado totalmente exacto, pode supoñerse como bastante aproximado.

En primeiro lugar temos as correspondencias entre as moedas que existían na


época na que se fixo o Catastro de Ensenada:

CORRESPONDENCIA ENTRE AS MOEDAS DA EPOCA NA QUE SE


FIXO O CATASTRO DE ENSENADA

1 Real ---------- 2,5 Reais de Vellon ---------- 34 Marabedís

A relación entre o que se lle pagaba a un xornaleiro no tempo do Catastro e o que


se lle paga na actualidade é a seguinte:

CORRESPONDENCIA ENTRE O PREZO DUN XORNALEIRO/DIA


NA EPOCA NA QUE SE FIXO O CATASTRO E AGORA

2 Reais de Vellon ------------- 30 Euros

Co que se facendo cálculos obtense as seguintes relacións:

CORRESPONDENCIA ENTRE AS MOEDAS DA EPOCA NA QUE SE


FIXO O CATASTRO E A ACTUAL
1 Real ------------- 37,5 Euros

1 Real de Vellon ------------- 15 Euros

1 Marabedí ------------- 1,10 Euros

Estes resultados utilizaranse a partires de agora para calcular as correspondencias


entre as cantidades monetarias da época do Catastro de Ensenada e a actual.

3.4.1. Calculo da renda.

O derradeiro obxectivo do Catastro do Marques de Ensenada era averiguar a renda


de cada persoa para aplicarlle a “Única Contribución”. Para elo debíase facer un
cálculo monetario da suma dos diferentes conceptos que compuñan a renda
individual, que fundamentalmente proviña dos froitos da terra, dos animais ou de
diferentes actividades que podía exercer cada persoa.

X.M.David (Nelos) 47
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.4.1.1. Renda dos froitos das terras.

Os froitos da terra sumaban para a renda en función dos prezos de venda de cada
un dos productos na freguesía nesa época, nun ano de mediana abundancia. Tendo
en conta a resposta Nº.14 do Interrogatorio estes prezos quedan descritos na
seguinte táboa:

PRODUCTO PREZO PREZO (TRASLADO ACTUAL)

1 Carro madeira de salgueiro 5 Reais 187,5 Euros


1 Carro madeira de piñeiro 4 Reais 150 Euros
1 Ferrado horta 1ª calidade 50 Reais 1875 Euros
1 Ferrado horta 2ª calidade 42 Reais 1575 Euros
1 Ferrado horta 3ª calidade 35 Reais 1312,5 Euros
1 Ferrado de trigo 8 Reais 300 Euros
1 Ferrado de maiz 5 Reais 187,5 Euros
1 Ferrado de centeo 4 Reais 150 Euros
1 Ferrado de millo 2 Reais 75 Euros
1 Ferrado de castañas 2 Reais 75 Euros
1 Azume de viño 24 Marabedís 26,4 Euros
1 Feixe de herba 1 Real 37,5 Euros

Táboa 6. Renda dos froitos da Terra

X.M.David (Nelos) 48
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.4.1.2. Rendas dos animais.

Os animais sumaban para a renda polos productos que producían (leite, lan ect.),
polo aumento do seu tamaño (crecemento), ou ben polas crías que poderían ter. E
de destacar que estes conceptos eran fixos, independentemente que despois se
cumpriran ou non, por exemplo unha porca entre o primeiro ano de vida e o
segundo sumaba para a renda 8 reais porque se supuña que podía parir 4
porquiños, aínda que despois parise ou non. Nas respostas Nº.14, Nº.18 e Nº.19 do
Interrogatorio están os datos que se usaron para facer a seguinte táboa.

SUMA PARA A
SUMA PARA A RENDA
ANIMAL CONCEPTO
RENDA (TRASLACION A
ACTUALIDADE)
Pola cría de 1 touro ou
30 reais/ano 1125 Euros/ano
1 Vaca de ventre toura
(dos 4 ós 12 anos)
Polo leite e manteiga 8 reais/ano 300 Euros/ano
1 Touro – Toura 1050-975
Polo seu crecemento 28-26 reais/ano
(de 1 ós 2 anos) Euros/ano
1 Touro – Toura 1200-1125
Polo seu crecemento 32-30 reais/ano
(dos 3 ós 4 anos) Euros/ano

Pola cría de 1 año - aña 2 reais/ano 75 Euros/ano


1 Ovella de ventre
(dos 3 ós 8 anos)
Por 1/4 de libra de lan 1/2 real/ano 18,75 Euros/ano

1 Carneiro Por 1/4 de libra de lan 1/2 real/ano 18,75 Euros/ano

1 Año ou aña 1 real e


Polo seu crecemento 56,25 Euros/ano
(dos 6 meses ata 1 ano) medio/ano
1 Año ou aña
Polo seu crecemento 2 reais/ano 75 Euros/ano
(de 1 ós 2 anos )
1 Porco
Polo seu crecemento 18 reais/ano 675 Euros/ano
(dos 6 meses ata 1 ano)
1 Porca
Pola cría de 4 porquiños 8 reais/ano 300 Euros/ano
(de 1 ós 2 anos)
1 Porco (de 1 ós 2 anos,
Polo seu crecemento 22 reais/ano 825 Euros/ano
no que se mata)

1 Pito Valor de venda 16 marabedís 17,6 Euros

1 Galiña Valor de venda 2 reais 75 Euros


Polo mel, cera e 1 real e medio de
1 Colmea 22,5 Euros/ano
enxames vellon/ano

Táboa 7. Renda dos animais

Un dato curioso era que os animais de tiro (fundamentalmente bois) non sumaran
para a renda, esto era debido a que o seu beneficio considerábase refundido coas
rendas dos productos da terra, xa que estes eran imprescindíbeis para súa
producción.

X.M.David (Nelos) 49
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.4.1.3. Rendas das actividades

As diferentes actividades ás que se adicaban as xentes na nosa freguesía tamén se


lles supuña un beneficio que sumaba para as rendas da persoa que as exercera,
independentemente se despois daba tal beneficio ou non. Na seguinte táboa
elaborada coas respostas Nº.29, Nº.32 e Nº.33 do Interrogatorio pódese observar
as actividades existentes na freguesía e o beneficio suposto que de elas se obtiñan.

BENEFICIO
ACTIVIDADE BENEFICIO SUPOSTO (TRASLADADO A
ACTUALIDADE)
1 Mercería 30 reais/ano 1125 Euros/ano

1 Carnicería 150 reais de vellon/ano 1250 Euros/ano


1 Tenda de panos e lenzos 300 reais/ano 11250 Euros/ano
1 Tenda de panos 120 reais de vellon/ano 1800 Euros/ano
1 Traficante de cravos, sartens e
100 reais/ano 3750 Euros/ano
outras alfaias de ferros (Ferreteiro)
30-120 reais/ano, 1125-4500 Euros/ano,
1 Tratante de bois, vacas e outros
segundo o volume de segundo o volume de
gandos
negocio negocio
1 Zapateiro 3 reais/día que traballaba 112,5 Euros/día

1 Alfaiate 2 reais/día que traballaba 75 Euros/día


1 Xornaleiro 2 reais de vellon/día 30 Euros/día
1 Taberna 200 reais/ano 7500 Euros/ano
17 reais aprox. por cada 637,5 Euros aprox. por
1 Muíño
mes que moe cada mes que moe

Táboa 8. Renda das actividades

X.M.David (Nelos) 50
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.5. Impostos e cargas

Os impostos e cargas ás que estaban sometidos as xentes da nosa freguesía na


época na que se elaborou o catastro beneficiaban ó Señorío (Conde de Salvaterra),
as vilas de Salvaterra, Tui e Baiona, o Rei e a Igrexa, a quen debían satisfacer por
diferentes conceptos.

3.5.1. Impostos e cargas para o Señorío.

Ó Señorío (Conde de Salvaterra) pagábaselle os impostos expostos na seguinte


táboa, esta elaborouse en base as respostas Nº.2 e Nº.28 do Interrogatorio.

CUANTIA
IMPOSTO OU
CUANTIA (TRASLADO QUEN PAGABA A QUEN SE PAGABA
CARGA
ACTUAL)

Vasalaxe e 602 reais + 22.588,2 Señorío (Conde de


Toda freguesía
loituosa 12 marabedís Euros Salvaterra)

Señorío (Conde de
Alcabalas Non se sabe Non se sabe Toda freguesía Salvaterra),
enaxenadas do Rei

Táboa 9. Cargas do Señorío.

É de destacar que as Alcabalas era unha carga que se pagaba ó Rei, pero estaba
enaxenada polo Señorío, e dicir este a cambio dunha certa cantidade que lle
satisfacía tiña o dereito de recadala.

3.5.2. Impostos e cargas para o Rei

Na seguinte táboa aparecen os impostos e cargas que cobraba o Rei, elaborouse en


base as respostas Nº.25, Nº.27 e Nº.29 do Interrogatorio.

CUANTIA
IMPOSTO OU
CUANTIA (TRASLADO QUEN PAGABA A QUEN SE PAGABA
CARGA
ACTUAL)

Papel Selado Non se sabe Non se sabe Toda freguesía O Rei

Dereitos de Sisa
1667 reais
e Fiel Medidor 62.512,5–
(600 reais de Toda freguesía
(pagábase en 9.000 =
vellon eran (incluída O Rei
conxunto coa 53.512,5
pagos polas Batallans)
freguesía de Euros
tabernas)
Batallans)

Servicio
ordinario e Non se sabe Non se sabe Toda freguesía O Rei
extraordinario

Táboa 10. Cargas do Rei

X.M.David (Nelos) 51
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

Na anterior táboa hai varias cargas das que non se sabe a cuantía; nestes casos o
autor do Interrogatorio tiña que, posteriormente, consultar ó escriban do concello
para obter a información.

3.5.3. Impostos e cargas para o Concello, Provincia e Vila de Baiona.

A freguesía de Guillade tamén pagaba unha serie de cargas ós concellos de


Salvaterra e Tui como parte dos soldos dos escribáns que neles exercían, ademais
dos dereitos á provincia á que pertencía (Tui). Adicionalmente á vila de Baiona
tamén había que satisfacerlle unha certa cantidade por uns dereitos, sen que en
ningún intre se cite o motivo ou orixe deles. Na seguinte táboa elaborada en base
a resposta Nº.25 do Interrogatorio están reflexadas estas cargas.

IMPOSTO OU CARGA CUANTIA QUEN PAGABA A QUEN SE PAGABA

Parte correspondente do
soldo de escriban do Non se sabe Toda freguesía Concello de Salvaterra
concello de Salvaterra
Dereitos da provincia
Non se sabe Toda freguesía Provincia de Tui
de Tui
Parte correspondente do
soldo de escriban do Non se sabe Toda freguesía Concello de Tui
concello de Tui
Dereitos da vila
Non se sabe Toda freguesía Vila de Baiona
de Baiona

Táboa 11. Cargas do Concello, Provincia e vila de Baiona

3.5.4. Impostos e cargas para a Igrexa.

Á Igrexa pagábaselle tres tipos de impostos ou cargas, algunhas en metálico outras


en especie ou ben unha combinación de ambas. Na seguinte táboa elaborada a
partires dos datos contidos na resposta Nº. 15 están resumidas estas cargas.

POLO CUANTIA A QUEN


IMPOSTO QUE SE CUANTIA (TRASLAD QUEN PAGABA SE
PAGABA O ACTUAL) PAGABA
1 Touro O propietario do
1 real 37,5 Euros Igrexa
ou toura animal
1 Año ou O propietario do
8 marabedís 8,8 Euros Igrexa
aña animal
Dezmo
Froitos 10% da colleita de
Cada casa Igrexa
das terras cada casa
O propietario da
Lan 10% do valor da lan Igrexa
ovella - carneiro
Primeiros 1 ferrado de millo Cada cabeza de
196,3 Euros Igrexa
Dereito de froitos + 8 marabedís casa ou viúvo
primicia das 1/2 ferrado de millo
colleitas 98,15 Euros Viúva Igrexa
+ 4 marabedís
Cada cabeza de
Dereito de 18 marabedís 19,8 Euros Igrexa
casa ou viúvo
Boto
10 marabedís 11 Euros Viúva Igrexa
Táboa 12. Cargas da Igrexa

X.M.David (Nelos) 52
A Freguesía de Guillade no Catastro do Marques de Ensenada 3Analises

3.5.4.1. Reparto das cargas da Igrexa.

A recadación que facía a Igrexa na nosa freguesía, segundo os impostos e cargas


expresados na táboa anterior, tiñan diversos beneficiarios dentro da propia Igrexa;
eran o Cura Párroco, o Dean da Catedral de Tui, o Bispo de Tui e a Catedral de
Santiago que repartían o recadado en Guillade segundo a seguinte táboa, elaborada
en base a resposta N.º 16.

RECADACION NUN ANO VALOR


BENEFIC COMO SE FACIA O
IMPOSTO DE MEDIANA MONETARI
IARIO REPARTO
ABUNDANCIA O ACTUAL
3/8 Da parte recadada 3 Ferrados de trigo.
en Guillade de Abaixo. 14 Ferrados de centeo.
Cura 42.489
+ 297 Ferrados de millo.
Párroco Euros
1/2 Da parte recadada 610 Azumes de viño.
en Guillade de Arriba. 30 Reais(lan,años,touros)
3/8 Da parte recadada 3 Ferrados de trigo.
Dean da en Guillade de Abaixo. 14 Ferrados de centeo.
42.489
catedral + 297 Ferrados de millo.
Dezmo Euros
Tui 1/2 Da parte recadada 610 Azumes de viño.
en Guillade de Arriba. 30 Reais(lan,años,touros)
½ Ferrado de trigo.
1 Ferrado de centeo.
Bispo de 2/8 Da parte recadada 33 Ferrados de millo. 4.588,4
Tui en Guillade de Abaixo. 67 Azumes de viño. Euros
3 Reais de vellon (lan,
años e touros)
205 Ferrados de millo.
Cura ½ Da parte recadada 16.883,8
40 Reais.
Párroco en todo Guillade. Euros
Dereito de 8 Marabedís.
primicia Dean da 205 Ferrados de millo.
½ Da parte recadada 16.883,8
catedral 40 Reais.
en todo Guillade. Euros
de Tui 8 Marabedís.
Catedral
Dereito de
de 110 Reais de vellon. 121 Euros
boto
Santiago

Táboa 13. Reparto das cargas da Igrexa

X.M.David (Nelos) 53
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

4. CONCLUSIONS

X.M.David (Nelos) 54
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

Para ter unha perspectiva xeral e poder analizar correctamente o documento do


Catastro hai que ter en conta como estaba conformada a propiedade da terra e as
relacións entre os propietarios da mesma e quen as traballaba.

Desde a época altomedieval (S.X-S.XI) na Galiza vaise conformando unha


estructura señorial na que as propiedades estaban concentradas nunhas poucas
mans, ás que chegan por diferentes motivos:

 Doazón ou entrega das terras a señores e nobres a cambio de


protección.
 Doazón ou entrega das terras a Igrexa (mosteiros, ordes relixiosas, ect.)
en troques de misas e rogativas cando morrera o doador.
 Doazón ou entrega de terras do Rei por diversos méritos (militares,
políticos ect.).
 Perda das terras por débedas non saldadas.
 Axuda do poder público, quen impón multas que facilitan que as terras
caian en mans da nobreza.

Así na época na que se elaborou o Catastro de Ensenada (S. XVIII) na Galiza


practicamente a terra estaba fundamentalmente nas mans da Igrexa (señoríos
eclesiásticos, bispos, mosteiros ou ordes monacais), unha parte mais pequena
pertencía a nobreza (Condes, Fidalgos ect.) e outra menor era propiedade do Rei.
Pero como estes non traballaban, tíñase de algún xeito que artellar un mecanismo
legal que servira para regular xuridicamente a relación cos labregos, que eran quen
as traballaban para poder sobrevivir, xa que non posuían nada. Esta relación recibiu
o nome de Foro, un contrato que lle garantía a nobres e Igrexa o poder sobre a
terra e a submisión dos labregos e, en virtude do cal, estes tiñan que
comprometerse a traballar a terra que recibían e pagarlle ó señor unha renda en
metálico ou especie, e a súa vez impúñanlles a maiores unha serie de obrigas
abusivas e humillantes como:

 A Facendeira: prestación de días de traballo nas propiedades dos


señores.
 O Xantar: obriga de dar pousada e comida aos señores por parte dos
labregos.
 A Loituosa: tributo a pagar ó Señor co mellor animal cando morría o
foreiro.
 A Gaiosa: tributo a pagar ó Señor cando nacía un fillo dun foreiro.

Aínda a pesares do contrato (Foro) os propietarios das terras tiñan o denominado


Dereito de Despexo, e dicir, o dereito de recuperar as terras cando lles petara.

A duración do contrato (Foro) nun principio (S.XII – S.XIII) duraba tres xeracións,
cando remataba este tempo renovábase seguindo as condicións que impuña o
propietario. A partires do S.XVII duraba tres Papas se as terras eran da Igrexa ou
tres reis se as terras eran da nobreza laica.

O Foro era indivisíbel, as terras sometidas a este contrato eran xa de por si


pequenas e se fosen divididos non producirían o suficiente para alimentar a
ninguén, aínda que podía ser vendido ou herdado por un dos fillos do labrego, que
debía cumprir as seguintes condicións:

 Estar casado.
 Vivir na casa e coidar dos pais.

X.M.David (Nelos) 55
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

 Só podería ser titular do foro á morte do pai e os demais fillos debían


entón abandonar as casa e as terras, agás os solteiros (maneiros).

Tamén existían, principalmente nas terras propiedade da Igrexa (mosteiros, ordes


monacais, señoríos eclesiásticos ect.) unha modalidade de Foro denominado
Subforo, nas que o propietario arrenda a terra a un foreiro pertencente ós estratos
superiores da sociedade rural, que a súa vez, volta a arrendarlla a un labrego para
que a traballe, polo que a relación entre labrego é propietario vólvese indirecta; o
labrego ten que lle pagar ó propietario e ó intermediario (que poden ser varios). A
Igrexa fai isto por dúas razóns:

 Porque lles compensa recibir unha renda fixa, aínda que sexa menor, ca
unha renda variábel.
 A partires do S. XV, ante as enormes cargas impositivas e abusos os que
estaban sometidos, os labregos comezan a protestar xurdindo motíns
periodicamente e a Igrexa busca afastarse do control directo das terras
para non verse involucrada nas protestas, pero mantendo a titularidade
da mesma.

Estes intermediarios, que saen beneficiados desta situación e verán aumentar a súa
influencia, son a orixe do que sería a fidalguía galega do século XVIII. Os labregos
páganlle ós fidalgos as rendas, polo que a imaxe do poder pasa da Igrexa á
fidalguía.

Xa entrado o S.XVII e no S.XVIII a Igrexa pretende recuperar o control directo


sobre as súas terras xa que os fidalgos comezaban a arrebatarllas, o que daría
lugar a un enfrontamento entre estas dúas clases (Igrexa e fidalgos); estes
enfrontamentos deron lugar a varios preitos e reclamacións ante a Xustiza; o
primeiro deles é en 1633 por parte de sectores vencellados á Xunta do Reino de
Galiza que pretende a renovación automática dos foros e combater os abusos
señoriais. En 1698 a Xunta, coincidindo co cambio de dinastía (dos Austrias aos
Borbóns), denuncia os Despexos e será o Marqués de Mós quen defenderá a
fidalguía. Finalmente en 1763 as diferenzas entre Igrexa e fidalguía lévanse á
Xustiza, e a Real Audiencia emite a coñecida como Pragmática Sanción, que
determinaba a suspensión dos preitos, quedando a situación como estaba e, por
conseguinte, resultando a fidalguía beneficiada (institucionalízase o Subforo).

Como consecuencia do anterior a fidalguía continua no seu papel de intermediaria e


mantendo as súas practicas especulativas (dar ou sacar terras segundo lles
conviñese ou a quen mellor pagara) polo que os labregos só notaran consecuencias
negativas; a maiores aparece un incremento impositivo do Estado que debía ser
pagado en metálico e moitos labregos non o poden afrontar, polo que comezan a
aparecer fluxos migratorios cara a Castela para a sega, e cara a Portugal. Non
estraña pois que nesta época é cando se empeza a escoitar a palabra cacique.

Así, no século XVIII a grande maioría da poboación constituída por labregos,


xornaleiros e pequenos artesáns estaba no nivel da subsistencia, mantiñan a unha
sociedade desigual e abusiva, sen ningún dereito nin privilexio e soportaban o
traballo, humillacións, penurias e miseria. A súa única autonomía proviña da
solidariedade comunitaria de aldeas e parroquias para o aproveitamento dos bens
comúns (montes, muíños, presas de regadío, fornos, ect.). Pola contra os nobres
(Condes, Señores, Fidalgos ect.) así como a Igrexa gozaban de terras, dereitos de
recadación de cargas e impostos, e o privilexio de requirir servizos ou traballos de
balde os seus vasalos. Estas clases privilexiadas pasaban unha vida opulenta

X.M.David (Nelos) 56
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

ocupados en actividades de lecer e loitas internas por manter e aumentar os seus


privilexios despreocupados totalmente por quen os sostiña.

Na Comarca do Condado a situación non difería da do resto do País; o réxime que


predominaba era o foral, cunha forte presencia da fidalguía intermediaria e a
poboación habitaba fundamentalmente no rural e na que Ponteareas aínda non
adquirira as características dunha vila; tamén Salvaterra, que tivo certa
importancia na época medieval, pouco a pouco foi sendo abandonada debido as
guerras con Portugal e na época en que se elaborou o catastro de Ensenada estaba
caseque valeira.

No tempo en que se elaborou o Catastro de Ensenada os Sarmiento-Soutomaior


dominaban as xurisdiccións de Porriño, Sobroso, Salvaterra e Arbo, desde que as
dúas familias se fundiran nunha sola; anteriormente eran inimigos acérrimos e
protagonizaron multitude de loitas polo control do sur da provincia de Pontevedra.
Abarcaban un territorio de 435,7 Km.2 habitado por 15.190 familias, co que
estaban no sexto lugar no ranking de señores do reino de Galiza, aínda que dentro
desde territorio había tamén pequenas xurisdiccións pertencentes a outros señores
como o caso das Oliveiras (Santiago, S.Lourenzo e S.Mateo) que eran de señorío
eclesiástico, en concreto do Bispo de Tui.

Entre os dereitos do Señorío dos Sarmiento-Soutomaior estaba a percepción de


gavelas (impostos indirectos) tanto polas vendas como polo dereito de peso,
medida e vara na feira de Ponteareas, o cobro por pasar pola ponte sobre o río
Tea na mesma localidade, a metade do recadado pola barca que pasaba o Miño en
Salvaterra e a outra de Setados. Tamén desde 1620 tiña o dereito de recadar as
Alcabalas que enaxenara ó rei Felipe III.

Precisamente a recadación das Alcabalas faría saltar a faísca que deu lugar a unha
revolta antiseñorial na comarca do Condado coñecida como o “Motín dos
Matutos”; aínda que o seu orixe estivo no descontento popular polos métodos
antixurídicos e violentos con que os criados e esbirros do Señorío, auxiliados por
unha rede de caciques parroquiais trataban ós indefensos labregos, obrigándolles a
pagar as rendas forais, Alcabalas ou deudas, foran estas reais ou supostas,
mediante extorsións ou mesmo botando abaixo as portas das casas. Tamén había
un grande descontento pola apropiación por parte do Señorío de sitios comunais
como lugares de libre paso, bebedeiros de gando ect.

A situación voltóuse particularmente tensa a partir de 1680 cando se revisaron os


impostos reais, tendo como resultado unha diminución das Alcabalas, pero como na
Comarca do Condado estaban enaxenadas polo Señorío, este non as rebaixou, polo
que os labregos non se beneficiaron desta medida. A súa única saída era recorrer a
xustiza real ante a Real Audiencia de Galicia, feito que fixeron, e gañaron o
preito obrigando ó Señorío a deixar de cobrar as Alcabalas durante tres anos e
devolver o diñeiro cobrado de mais. Nembargantes a resposta do Señorío foi
prender en Salvaterra os representantes dos labregos no preito e a incautación da
copia da sentencia. Seguidamente o Señorío, atendendo o seu dereito de nomear
Xuíz para causas relacionadas con cobranzas, concedido ó tempo que se lle cedeu a
recadación das Alcabalas, trasladou o preito ós “Reales Consejos”, organismo
máis favorable as causas nobres.

Con este escenario, e despois de varios xuízos e recursos, en Decembro de 1687


comezan as revoltas; as súas accións diríxense fundamentalmente contra os
criados, caciques e esbirros do Señorío. Entre elas destacan o asalto a cadea de
Ponteareas e o palacio que posuían os Condes en Canedo. En S. Lourenzo de

X.M.David (Nelos) 57
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

Oliveira asaltaron a casa de Rodrigo de Troncoso, Xuíz de Salvaterra así como a de


Francisco de Castro, rexedor da mesma localidade, que quedou completamente
destruída e matáronlle tódalas ovellas. Tamén foi saqueada a casa de Antonio
Mariño Falcon, Xuíz do Sobroso, na parroquia de Alxén. Os escribáns dos concellos
tamén foron obxecto dos iras dos amotinados ós que acusaban de cobrar dereitos
indebidos e manipular documentos legais, así tamén foi asaltada a casa de Pedro
Mariño escribán do Sobroso. O clero tampouco se librou das accións dos
participantes na revolta, e segundo contan as crónicas da época foron asaltadas e
saqueadas as casas dos abades de Xinzo e Mouriscados. Aparte dos asaltos e
saqueos tamén foi plantado lume a numerosos bens, montes, casas, ect.

Durante o tempo que durou o motín houbo feridos e sábese que morreron polo
menos catro persoas. Calculase que participaron polo menos 1000 persoas e en
algúns ataques puideron participar ata 200 amotinados.

A revolta comezará a extinguirse cando en marzo de 1687, tres meses despois do


inicio das hostilidades, o Conde de Amarante chega a Salvaterra ó fronte dunha
tropa que acabará dominando a situación. A maioría dos amotinados acabaron
presos na cadea de Salvaterra, e os que non morreron alí puideron saír tempo
despois previo pago dunha fianza. Os poucos bens que tiñan foron expropiados e
acabaron en mans de fidalgos locais ou algún eclesiástico.

A nosa aldea, como practicamente o resto da comarca, estaba baixo o Señorío dos
Sarmiento-Soutomaior, en concreto do Conde de Salvaterra, a quen se debía
vasalaxe. Despois de ler o Interrogatorio pode constatarse como a maior parte da
xente adícase a tarefas relacionadas coa agricultura e gandería, ou a algunha
pequena actividade comercial ou artesán. Tamén se fala no documento dun
aproveitamento das terras “do común”, e dicir, comunais libres de cargas de foros e
patrimonio de todos.

O viño, millo, trigo e horta eran os cultivos que mais extensión ocupaban, habendo
tamén unha importante explotación dos montes, tanto de madeira como de toxo.
Na altura da elaboración do Catastro xa chegara o millo americano que debeu
supoñer unha autentica revolución xa que esta planta permitía un aproveitamento
completo da mesma, así como un aumento do gran obtido. O que aínda non
chegara e a pataca, xa que en ningún intre se cita. O aproveitamento das terras
debía ser moi intensivo xa que non producían só para os mesmos labregos, se non
que tamén para pagar as cargas e gardar a semente para o ano vindeiro.

Existían na nos a aldea catro tabernas e unha carnicería así como cinco mercerías,
dez ferreteiros, vinte e dous tratantes da gando, catro alfaiates, dous zapateiros,
tres tendas de panos e lenzos, catro muiñeiros e cinco eclesiásticos.

A poboación estaba conformada por 237 veciños (tendo en conta que nesa época
chamábase veciño só os cabeza de familia), dos que ningún era pobre de
solemnidade, e había 242 casas. Segundo o censo de Floridablanca feito en 1787
(30 anos despois do Catastro de Ensenada) Guillade tiña unha poboación composta
por 798 persoas, sendo a aldea mais habitada de Ponteareas distribuídos do
seguinte xeito: 369 homes e 429 mulleres, sendo 408 solteiros/as, 316 casados/as
e 74 viuvos/as.

Dunha lectura entreliñas do Catastro pódese entrever as miserias e humillacións as


que estaban sometidas as xentes da nosa aldea, que como as do resto do País,
impúñanlles unha serie de impostos e cargas abusivas e inxustas a pagar ó
Señorío, Igrexa e Rei, sen que deles recibiran ningún servicio ou axuda. Un ano de

X.M.David (Nelos) 58
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 4.Conclusions

mala colleita non significaba unha diminución dos mesmos, e pola contra traia
fame, miseria e enfermidade a persoas, que como se pode comprobar observando
os apelidos da Táboa nº2 (paxinas 40, 41 e 42), son os nosos devanceiros. Mais a
pesares de tódalas dificultades foron quen de traballar a Terra, conservar a nosa
Lingua e transmitir a nosa Cultura; a eles vai adicado este pequeno traballo,
esquecelos e as circunstancias que lles obrigaron a vivir sería a mais infame das
covardías, a renuncia a entender o presente, e o abandono da loita por un futuro
mellor.

X.M.David (Nelos) 59
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 5.Bibliografía

5. BIBLIOGRAFÍA

X.M.David (Nelos) 60
O Catastro do Marques de Ensenada na Freguesía de Guillade 5.Bibliografía

- P.AR.ES. Portal de archivos españoles (Ministerio de Cultura).

- Juan Miguel González Fernández. El motín de los Matutos, acercamiento a una


revuelta antiseñorial en las tierras del Condado. SOBEROSUM.Revista de
estudios do museo municipal de Ponteareas Nº1.

- Clodio González Pérez. O Concello de Ponteareas no censo de Floridablanca.


SOBEROSUM. Revista de estudios do museo municipal de Ponteareas Nº1.

X.M.David (Nelos) 61

Você também pode gostar