Você está na página 1de 7
se frente a um gra dano ao mers © alho desembaragado em portos brasileiros era ven- ddido muito abaixo do pra- ticado em solo. nacional Neste caso-a concorréncia setia no minimo desleal, foi @ que aconteceu. No Brasil, cabe aos produtores © efctive ‘cumprimento da le gislacio trabalhista, adequagio sanicéria a6 cul investimen- tw em tecnologia © insumos e protcgio ao meio ambiente, © que gera Li fora? A China, em sua historia ru- tal, revela cimbio desvalorizado, bakxissimo custo de producia, precariedade no controle de qualidade, poluigiio ¢ principa io da mia de obra, Ao produtor no dade de competiqde de mercado ra insuste ‘As importagées de alho daquele pais tornaram-se extremamente danasas & produgio nacional. Razio pela qual foi pleiteada a fixagio de uma medida que excluisse a pritica do dumping, possibilitande a imporragio scm a concorréncia desleal ¢ sem prejulzos aos produto- tes brasileitos. A medida ideal ¢ legitima, que nossa ordenamento juridico recepcionou ¢ o direito arnidumping, o qual impe 0 paga- nto de um adicional para o desembarago da mercadoria ito, a fim de ‘0 prega praticado pelos importadores seja inferior ao ponto de extinguir a concorréneia interna, Assim, cm 1996 foi fixado de mancira defini va, o direito antidumping em face a0 alo chines, sendo certo que tal medida fosse renovada a cada cinco anos. A partir de entio a referido dircito vem sendo insticuido mediante pedido de revision da Associagio Nacional dos Produrores de Alho ANAPA, 4 Camara de Coméreio Exteri CAS MEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indis- tia € Comercio Exterior, Em 2001 esta renovacio ocorreu apés a Resolu- gio da CAMEX instituida sob 0 niimero 41, ¢ 0 direite antidiemping foi fixado na forma de aliquo~ ra especifica fixa de US$ 0,48/kg (quarenra e oft centavos de délar estadunidense por quilograma). Na renovagdo seguinte, em 2007, definida por meio da Resolugio CAMEX 1,52, fai fixado a va- lor de USS 0,52/kg. ‘Ou seja, gracasd atuacto da ANAPA ficou deter- minado 0 recolhimenta eo pagamento de eaxas: autidtumping Tarifa Externa Comum — TEC. Porém isso nao bastou para mudanga de cend- rio, Algumas empresas importadoras conseguiam na justiga liminares de juizes federais concedendo- -lhes © dircita a0 nao pagamento dessas taxas. Para conter esta nova altemativa criada, a ANAPA, por meio dessus Diretoria Juridica cassots mais de 50 Timinares que vigoravam em favor dos importadores ¢ contra a classe produtora. Poréin, mesmo cassando as liminares, isso njo impedia que nowas fossem proferidas, ¢ a que € pior, ni repara- va dano crusado pelo desembaragn de mercadaria sem o devido recolhimento do direito auridumping. as mesmas ji haviam sido comercializadas a prego bem abaixo do valor praticada no mercado, Dados do Departamento de Defesa Comercial DECOM indicam que entre 2001 © 2006, em mé- dia, 23% do alho importado da China sofreu in- cidéncia do recolhimento, ou scja, 08 outros 779% ingressaram cm solo nacional sem o pagamento da taxa ansicumping. Em 2008, a Coordenagia Geral de Administragio Aduancita - COANA revelou que 50% do alho chinés ingressaram no pais sem o efetivo pagamento da mesma taxa, ‘Um dado alarmante, visto que-akém de gerar dano 30 mercado intemo, promover a decadéncia de mi- Ihares de produrores de alho ¢ o fim dos empregos que essa cultura gera, o gaverno deixa de arecadar milhoes de reais a titulo de antichemping. Para combater essa situagao extremamente cam- pkexa do ponto de vista juridico ¢ lesiva do ponto de vista da producio nacional, a Direroria Juridica da ANAPA ingressou, em julho de 2009, com uma Agdo Censtirucional no Supreme ‘Tribunal Fede- ral, denominada de Arguicio de Descumprimento de Preceito Fundamental — ADPF. ADPF 177 jgresso da ADPE 177 teve por objetiva duas questoes principais: cassar as liminares em v impedir que novas devises fssem proferidas. Ali cergada sob os fiundamentos de ofensa & soberania econémics; ofensa i concoreéncia desleal; ofenst 20 principio da separacio dos podere foi dado prosseguimento 4 agio. oe Conforme determina a legislagio em vigor, a Procuradoria Geral da Repiblica— PGR-ea Ad- vocacia Geral da Unitio — At devem se mani- festar sobee a agio © 8 pleites nela contidas. No caso da ADPF 1 tanto a PGR quanto a AGU manifestaram-se fivoravelmente a agio, tendo in clusive for de cassagio das lecido o pedi liminares ¢ 0 impedimento dec Fas. Apés as duss manifestagies, o Ministre Relator oe Carlos Ayres Britto, respons:ivel pela tramicagio do. processo, despachau no semtide de eonferir legii de a ac além de solicitar informagées aes Tribunais Fede mi leterminando seu rit:

Você também pode gostar