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NP EN 1993-1-2

Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço


Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Paulo Vila Real


Prof. Catedrático da Universidade de Aveiro

Seminário Eurocódigos Estruturais - LNEC, 17 a 19 de Maio de 2010


NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

2
NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Anexo A – Endurecimento do aço carbono a temperaturas elevadas


Anexo B – Transmissão de calor para estruturas de aço exteriores
Anexo C – Aço Inoxidável
Anexo D – Ligações
Anexo E – Secções transversais de Classe 4

Anexo Nacional NA

3
NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

4
Preâmbulo

Métodos alternativos de verificação da resistência ao fogo

θ
‰ Acções térmicas:
curvas de incêndios nominais t

Tipos de Valores Métodos Métodos


análise tabelados simplificados de Avançados de
cálculo cálculo
Análise por
elementos Não se aplica sim sim
isolados
Análise de
partes da Não se aplica sim sim
estrutura (caso existam)
Análise global
da estrutura Não se aplica não se aplica sim

5
Preâmbulo

Métodos alternativos de verificação da resistência ao fogo

‰ Acções térmicas: θ
curvas de incêndios naturais
t

Tipos de Métodos Métodos


Valores
análise simplificados de avançados de
tabelados cálculo cálculo
Análise por
elementos Não se aplica sim sim
isolados (caso existam)
Análise de
partes da Não se aplica Não se aplica sim
estrutura
Análise global
da estrutura Não se aplica não se aplica sim

6
NP EN 1992-1-2
Eurocódigo 2: Projecto de estruturas de betão
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

7
1- Generalidades
Campo de aplicação - 1

(1)A EN 1993-1-2 trata do projecto de estruturas de aço em


situação acidental de exposição ao fogo e destina-se a ser
utilizada em conjunto com a EN 1993-1-1 e a EN 1991-1-2.
A EN 1993-1-2 identifica apenas as diferenças, ou os requisitos
suplementares, em relação ao cálculo à temperatura normal.

(2)A EN 1993-1-2 trata apenas dos métodos passivos de


protecção contra incêndio.

8
1- Generalidades
Campo de aplicação - 2
(6) Os métodos indicados são aplicáveis às classes de aço de
construção S235, S275, S355, S420 e S460 da EN 10025 e a todas
as classes da EN 10210 e da EN 10219.

(7) Os métodos indicados são também aplicáveis a elementos


e chapas de aço enformados a frio abrangidos pela EN 1993-1-3.

(8) Os métodos indicados são aplicáveis a qualquer classe de


aço para a qual estejam disponíveis as propriedades materiais a
temperaturas elevadas, com base nas normas europeias
harmonizadas.

(9) Os métodos indicados são também aplicáveis a elementos


e chapas de aço inoxidável abrangidos pela EN 1993-1-4.
9
NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

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2. Bases para o projecto
Curvas de incêndio nominais - 1
(1)Para a exposição ao fogo padrão, os elementos devem satisfazer os
critérios R:

- elementos unicamente com resistência estrutural: critérios R.


(2)Considera-se que o critério “R” é satisfeito quando a função de
resistência estrutural se mantém durante o tempo especificado de
resistência ao fogo.
R, E

Rfi,d – Resistência (M, V, N ou combinações)


Rfi,d
12 Efi,d
Efi,d – Efeito da acção (M, V, N ou combinações) 1

t fi,requ t fi,d t

(3) Com a curva de incêndio de hidrocarbonetos aplicam-se os mesmos


critérios, mas a referência a esta curva específica deverá ser 11
identificada por meio das letras "HC".
2. Bases para o projecto
Curvas de incêndio nominais - 2

NOTA: Contrariamente a outros Eurocódigos, o Eurocódigo 3 e o


Eurocódigo 9 não referem a curva de incêncio para elementos
exteriores no conjunto das curvas nominais. Para elementos
exteriores deve ser utilizado o Anexo B (normativo):
Transmissão de calor para estruturas de aço exteriores.

2h/3

z 2h/3

Coluna

Rectângulo frontal
Coluna equivalente
Rectângulo frontal
equivalente

corte
planta

12
2. Bases para o projecto
Curvas de incêndio paramétricas

(1) A função de resistência estrutural é assegurada se o colapso for


impedido durante todo o incêndio, incluindo a fase de declínio do
fogo, ou durante um período de tempo especificado.

R, E R, E

Rfi,d, t Rfi,d, t
Efi,d Efi,d

t t1fi,requ t fi,d t2fi,requ t

Colapso impedido Colapso impedido durante


durante todo o um período de tempo
incêndio especificado, t1fi,req
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2. Bases para o projecto
Acções

(1)P As acções térmicas e mecânicas devem ser obtidas da


EN 1991-1-2.

(2) Para além da EN 1991-1-2, a emissividade relacionada com a


superfície de aço deverá ser igual a 0,7 para o aço carbono e a 0,4
para os aços inoxidáveis .

14
2. Bases para o projecto
Valores de cálculo das propriedades dos materiais

(1)P Os valores de cálculo das propriedades mecânicas (resistência e


deformação) dos materiais, Xd,fi, são definidos como se segue:

Xd,fi = kθ Xk / γM,fi
em que:
Xk valor característico de uma propriedade de resistência ou
de deformação (geralmente fk ou Ek) para o cálculo à temperatura
normal, de acordo com a EN 1993-1-1;
kθ coeficiente de redução para uma propriedade de
resistência ou de deformação (Xk,θ / Xk), dependente da temperatura
do material;
γM,fi coeficiente parcial de segurança para a propriedade
considerada do material, em situação de incêndio [γM,fi = 1] .
15
2. Bases para o projecto
Métodos de verificação da resistência ao fogo

(2)P Para a duração especificada de exposição ao fogo, t, deve ser:


R, E

Ed,fi ≤ Rd,t,fi 12
Rfi,d
Efi,d
1

t fi,requ t fi,d t
em que:
Ed,fi valor de cálculo dos efeitos das acções para a situação de
incêndio, determinado de acordo com a EN 1991-1-2, incluindo os
efeitos das dilatações e das deformações térmicas;
Rd,t,fi correspondente valor de cálculo da resistência em situação de
incêndio.
NOTA: Para verificar os requisitos de resistência ao fogo padrão é
suficiente uma análise por elementos.
16
2. Bases para o projecto
Grau de discretização da estrutura
Três tipos de discretização da estrutura
1. Estrutura Global.
As acções indirectas
são tidas em conta.

2. Sub-estrutura (SE).
Consideram-se as acções
indirectas na SE, mas nenhuma
interacção com o resto da estrutura.

3. Elementos. Viga Pilar

Sem acções indirectas com excepção


do efeito dos gradientes térmicos.

17
2. Bases para o projecto
Análise por elementos -1

(4) Só é necessário considerar os efeitos das


deformações térmicas resultantes de gradientes
térmicos na secção transversal. Poderão ser
desprezados os efeitos das dilatações térmicas axiais ou
no próprio plano.

(5) Poderá admitir-se que as condições de fronteira nos


apoios e nas extremidades dos elementos se mantêm
inalteradas durante toda a exposição ao fogo.

18
2. Bases para o projecto
Análise por elementos - 2
Regras de combinação para as acções mecânicas

• À temperatura ambiente (20 ºC)


∑γ G + γ ⋅ Q + ∑γ ψ ⋅ Q
j ≥1
G, j k,j Q ,1 k ,1
i >1
Q ,1 0 ,i k ,i

• Em situação de incêndio
1. O fogo deve ser considerado como uma acção de acidente.

∑ G + (ψ ou ψ ) ⋅ Q + ∑ψ ⋅ Q + A
j ≥1
k ,1 1,1 2 ,1 k ,1
i >1
2 ,i k ,i d

1.0 x carga permanente


ψ1 x acção variável de base (valores frequentes) (Recomendado no Anexo Nacional)
ψ2 x outras acções variáveis (valores quase permanentes)
Ad – valor de cálculo das acções indirectas de incêndio.
O EC3 permite desprezar o efeito da dilatação térmica.
19
2. Bases para o projecto
Análise por elementos - 3
Regra simplificada
Em vez de usar:

∑G
j ≥1
k ,1 + ψ 1,1 ⋅ Qk ,1 + ∑ψ 2,i ⋅ Qk ,i
i >1

Pode obter-se o efeito


das acções por:
Valor de cálculo do
E fi ,d = η fi Ed efeito das acções
à temperatura ambiente

com Combinação em situação de incêndio


γ GAGk + ψ 1,1Qk ,1
η fi =
γ G Gk + γ Q ,1Qk ,1 Combinação a 20 ºC

Para edifícios correntes, por exemplo, pode adoptar-se η fi = 0.65 20


NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

21
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 1
Diagrama Tensão-Extensão do Aço Carbono a
temperaturas elevadas

Tensão σ

f y,θ

f p,θ

E a,θ = tan α
α
εp,θ ε y,θ ε t,θ ε u,θ Extensão ε
= 2% = 15% = 20%

Para fins numéricos deverá adoptar-se um ramo descendente.


22
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 2
Diagrama Tensão-Extensão do Aço a temperaturas
elevadas

Tensão (N/mm2)
‹A capacidade
resistente do aço 300 20°C
diminui a partir de 100- 250 200°C
200 ºC. 300°C
200 400°C
‹Apenas 23% da
500°C
capacidade resistente
150
do aço permanece a
700 ºC. 600°C
100
‹A 800 ºC aquela
50 700°C
capacidade reduz-se a
800°C
11% e a 900 °C a 6%.
0 0.5 1.0 1.5 2.0
Extensão (%)
23
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 3
Diagrama Tensão-Extensão do Aço a temperaturas
elevadas

Tensão (N/mm2)
300
20°C
250 200°C
‹ Módulo de Elasticidade
300°C
a 600°C reduz cerca de 400°C
70%. 200
500°C
‹ Tensão de Cedência a 150
600°C reduz cerca de 600°C
50%. 100

50 700°C
800°C
0 0.5 1.0 1.5 2.0
Extensão (%)
24
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 4
Factores de redução da tensão de cedência e do módulo
de elasticidade com a temperatura

Factores de redução k y ,θ e k E ,θ
Factores de redução à temperatura θ a relativamente ao valor de f y ou Ea a 20 ºC
Temperatura do
Aço Factor de redução (referência a f y ) para a Factor de redução (referência a Ea ) para
θa tensão de cedência efectiva o declive do domínio elástico linear
k y ,θ = f y ,θ / f y k E ,θ = Ea,θ / Ea

20 ºC 1.000 1.000
100 ºC 1.000 1.000
200 ºC 1.000 0.900
300 ºC 1.000 0.800
400 ºC 1.000 0.700
500 ºC 0.780 0.600
600 ºC 0.470 0.310
700 ºC 0.230 0.130
800 ºC 0.110 0.090
900 ºC 0.060 0.0675
1000 ºC 0.040 0.0450
1100 ºC 0.020 0.0225
1200 ºC 0.000 0.0000

Nota: Para os valores intermédios da temperatura do aço pode utilizar-se a interpolação linear.

25
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 5
Factores de redução da tensão de cedência e do módulo
de elasticidade com a temperatura

% do valor a 20 ºC

• Redução da tensão 1
de cedência e do Tensão de
módulo de cedência
.8
elasticidade do aço k y ,θ = f y ,θ / f y
carbono
.6

.4

.2 Módulo Young
k E ,θ = Ea ,θ / Ea
0 300 600 900 1200
Temperatura (°C) 26
Propriedades Mecânicas do Aço Carbono - 6
Função aproximada do factor de redução da tensão de
cedência e sua inversa
k y ,θ 1,2 −1
⎧⎪ ⎛ θ a − 482 ⎞⎫ 3 , 833

= ⎨ 0 ,9674 ⎜ e 39 .19 + 1 ⎟ ⎪⎬ ≤1

θ a ,cr = (k y ,θ )
k y ,θ
⎪⎩ ⎜ ⎟⎪
1 ⎝ ⎠⎭
−1
0,8
Tabela EC3
0,6
Aproximação
0,4

0,2
[ºC] 1200
0 ⎡ 1 ⎤
0 200 400 600 800 1000 1200 1000 θ a ,cr = 39.19 ln ⎢ − 1⎥ + 482
⎢⎣ 0,9674k y ,θ ⎥⎦
3,833

[ºC]
800

Tabela EC3
600
Aproximação
⎡ 1 ⎤ 400
θ a ,cr = 39.19 ln ⎢ − 1⎥ + 482
⎢⎣ 0,9674k y ,θ ⎥⎦
3,833
200

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 k y ,θ 27
Propriedades Mecânicas do Aço Inoxidável - 1
Diagrama Tensão-Extensão do Aço Inoxidável a
temperaturas elevadas

Anexo C da NP EN 1993-1-2

28
Propriedades Mecânicas do Aço Inoxidável - 2
Diagrama Tensão-Extensão do do Aço Carbono e do Aço
Inoxidável a temperaturas elevadas
σ (MPa) 20 ºC Stainless steel
Carbon steel
300

S235 vs. 1.4301 (ou 304)


250
235
210 200

150

100

50

0 ε
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
(0.2%)
σ (MPa) 600 ºC Stainless steel
Carbon steel
160
146.6
140

120
110.5
100

80

60

40

20

0 ε
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
(2.0%)
29
Propriedades Mecânicas do Aço Inoxidável - 3
Factores de redução do Aço Inoxidável a temperaturas
elevadas

Factor de redução da tensão de cedência


k y, θ Grade 1.4301
1.4 Grade 1.4401/1.4404
Grade 1.4003
Grade 1.4571
1.2
Grade 1.4462
Carbon Steel
1.0

0.8

0.6 Factor de redução do módulo de


0.4
k E,θ
elasticidade
1.0
Stainless steel
0.2
0.8 Carbon steel
0.0 θ (ºC)
0 200 400 600 800 1000 1200
0.6

0.4

0.2

0.0 θ (ºC)
0 200 400 600 800 1000 1200
30
Propriedades Térmicas do Aço Carbono e
Inoxidável - 1
Condutibilidade térmica e calor específico

C a (J/kgK)
λ a (W/mK) 5000 Carbon steel
60 Stainless steel
Stainless steel
Carbon steel
50 4000

40 3000

30
2000
20
1000
10

0 θ (ºC) 0 θ (ºC)
0 200 400 600 800 1000 1200
0 200 400 600 800 1000 1200

Aço carbono
e
Aço inoxidável
31
Propriedades Térmicas do Aço Carbono e
Inoxidável - 2
Extensão térmica relativa

Extensão térmica Δl/l [x10-3] Extensão térmica Δl/l [-]


-3
20 25 x 10

18
-3
16 20 x 10
14
-3
15 x 10
12
10
-3
8 10 x 10

6
-3
4 5 x 10
2
0 0
0 200 400 600 800 1000 1200 0 200 400 600 800 1000 1200
Temperatura [°C]
Temperatura [°C]

Aço carbono Aço inoxidável

32
NP EN 1993-1-2
Eurocódigo 3: Projecto de estruturas de aço
Parte 1-2: Regras gerais
Verificação da resistência ao fogo

Preâmbulo
1. Generalidades
2. Bases para o projecto
3. Propriedades dos materiais
4. Verificação da resistência ao fogo

33
4. Verificação da resistência ao
fogo

1. Métodos simplificados de cálculo. (Secção 4.2 do EC3-1-2)

2. Métodos avançados de cálculo. (Secção 4.3 do EC3-1-2)

34
4.2 Modelos simplificado de cálculo
Domínios de Verificação da Resistência ao Fogo, com
curvas nominais - 1

R, E

Rfi,d,t
22 Efi,d
11 1. Tempo:
tfi,d > tfi,requ
t fi,requ t fi,d t

θ 2. Capacidade de carga:
θd
Rfi,d,t > Efi,d,t
θ cr,d
3. Temperatura:
33
θd < θcr,d
t
35
4.2 Modelos simplificado de cálculo
Domínios de Verificação da Resistência ao Fogo, com
incêndio natural - 2

R, E R, E

Rfi,d, t Rfi,d, t
Efi,d Efi,d

t t1fi,requ t fi,d t2fi,requ t

θ θ

θ cr,d θ cr,d

θd θd
t t1fi,requ t fi,d t2fi,requ t

36
4.2.2 Classificação das secções transversais - 1

As secções transversais classificam-se à custa do parâmetro

235 E
ε= com fy e E em MPa
f y 210000

Como no aço carbono o módulo de Young é à temperatura normal


vale 210 GPa, vem:
235
- À temperatura normal ε=
fy

235
- A temperatura elevada ε = 0.85
fy
37
4.2.2 Classificação das secções transversais - 2

235 Eθ 235 k E ,θ E k E ,θ 235 E


εθ = = = =
f y ,θ 210000 k y ,θ f y 210000 k y ,θ f y 210000
k E ,θ 235 235
= ≈ 0.85
k y ,θ fy fy

k E ,θ
1,2
k y ,θ
1
0,85
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 200 400 600 800 1000 1200
[ºC]
38
4.2.2 Classificação das secções transversais - 3

Elemento Classe 1 Classe 2 Classe 3


Banzo c/t=9ε c / t = 10 ε c / t = 14 ε
Alma
d / t = 33 ε d / t = 38 ε d / t = 42 ε
comprimida
Alma flectida d / t = 72 ε d / t = 83 ε d / t = 124 ε

235
ε = 0.85
fy

39
4.2.3 Resistência
4.2.3.1 Elementos traccionados

% do valor a 20 ºC
γ M , 0 = 1 .0 e γ M , fi = 1.0 1 Factor de
redução
.8 k y ,θ = f y ,θ / f y
• Valor de cálculo do esforço de tracção .6
resistente no instante t à temperatura
.4
uniforme θa é:
.2

N fi ,t , Rd = k y ,θ Af y / γ M , fi
0 300 600 900 1200
Temperatura (°C)

ou
N fi ,t , Rd = k y ,θ N Rd [ γ M ,0 / γ M , fi ]
NRd = valor de cálculo da resistência Npl,Rd 40

à temperatura ambiente
4.2.3 Resistência
4.2.3.2 Elementos Comprimidos da Classe 1,2 ou 3

• Valor de cálculo da resistência à


Encurvadura à máxima temperatura
1
θa é N b , fi ,t , Rd = Ak y ,θ f y χ fi
γ M , fi
Com
1
χ fi =
φθ + φθ − λθ
2 2 Contraventamento

φθ =
1
2
[1 + α λθ + λθ
2
] lfi=0,7L

α = 0.65 235 / f y (Curvas a, b, c, d, a0)

• Esbelteza normalizada lfi=0,5L

λ θ = λ k y ,θ / k E ,θ 41
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 s/ encurvadura lateral - 1

• Valor de cálculo do momento


flector resistente no instante t à ⎛ γ M ,0 ⎞
temperatura uniforme θa é: M fi ,t , Rd = M Rd k y ,θ ⎜ ⎟
⎜γ ⎟
⎝ M , fi ⎠

MRd = Mpl,Rd – Secções de Classe 1 e 2

MRd = Mel,Rd – Secções de Classe 3

γ M , 0 = 1 .0 e γ M , fi = 1.0
42
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 s/ encurvadura lateral - 2

Factores de adaptação para ter em conta


a não uniformidade da temperatura
Momento Resistente:

⎛ γ M ,0 ⎞ 1
M fi ,t , Rd = M Rd k y ,θ ⎜ ⎟
⎜γ ⎟κ κ
⎝ M , fi ⎠ 1 2

κ1=1,0 para temp. unifor. na s/r, ou


Temp seja, viga exposta nos 4 lados
κ1=0,7 para viga não protegida com
laje no banzo sup.
κ1=0,85 para viga protegida com laje
no banzo sup.
43
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 s/ encurvadura lateral - 3

Factores de adaptação para ter em conta


a não uniformidade da temperatura
Momento Resistente:

⎛ γ M ,0 ⎞ 1
= M Rd k y ,θ ⎜ ⎟
Temp Temp Temp
M fi ,t , Rd
⎜γ ⎟κ κ
⎝ M , fi ⎠ 1 2

κ2=0,85 nos apoios de vigas hiperestáticas, 1,0 nos outros


casos (distribuição da temperatura ao longo da viga).

44
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 c/ encurvadura lateral - 4

Encastramento

Após
Posição
encurvadura Descarregada
lateral
Cargas aplicadas

Encurvadura Lateral

45
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 c/ encurvadura lateral - 5

• Valor de cálculo do Momento Wel , y (se Classe 3)


resistente à Encurvadura Lateral à
máxima temperatura do banzo
1
θa.com é M b. fi.t . Rd = χ LT . fiW pl . y k y.θ .com f y
γ M . fi
• Redução da tensão de cedência à
temperatura θa.com χ LT , fi =
1
φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2

• Factor de redução χLT.fi para


encurvadura lateral baseado na
esbelteza normalizada :
φ LT ,θ ,com =
1
2
[
1 + αλLT ,θ ,com + (λ LT ,θ ,com ) 2 ]
λLT .θ .com = λLT k y .θ .com / k E .θ .com α = 0.65 235 / f y

(Curvas a, b, c, d) 46
4.2.3 Resistência
4.2.3.3/4 Vigas da Classe 1,2 ou 3 (esforço transverso) - 6

Esforço Transverso Resistente

⎛ γ M ,0 ⎞
V fi ,t , Rd = VRd k y ,θ,web ⎜⎜ ⎟

γ
⎝ M , fi ⎠
VRd é o esforço transverso resistente à
temperatura ambiente
θwebé a temperatura média na alma da
secção

47
4.2.3 Resistência
4.2.3.5 Flexão composta, Classe 1,2 ou 3 - 1

Sem encurvadura lateral

Classe 1 e 2

N fi , Ed k y M y , fi , Ed k z M z , fi , Ed
+ + ≤1
fy fy fy
χ min, fi A k y ,θ W pl , y k y ,θ W pl , z k y ,θ
γ M , fi γ M , fi γ M , fi
Classe 3

N fi , Ed k y M y , fi , Ed k z M z , fi , Ed
+ + ≤1
fy fy fy
χ min, fi A k y ,θ Wel , y k y ,θ Wel , z k y ,θ
γ M , fi γ M , fi γ M , fi
48
4.2.3 Resistência
4.2.3.5 Flexão composta, Classe 1,2 ou 3 - 2

Com encurvadura lateral

Classe 1 e 2

N fi , Ed k LT M y , fi , Ed k z M z , fi , Ed
+ + ≤1
fy fy fy
χ z , fi A k y ,θ χ LT , fi W pl , y k y ,θ W pl , z k y ,θ
γ M , fi γ M , fi γ M , fi

Classe 3

N fi , Ed k LT M y , fi , Ed k z M z , fi , Ed
+ + ≤1
fy fy fy
χ z , fi A k y ,θ χ LT , fi Wel , y k y ,θ Wel , z k y ,θ
γ M , fi γ M , fi γ M , fi
49
4.2.3 Resistência
4.2.3.6 Elementos com secções transversais de Classe 4 - 1

Dois procedimentos:

1. Na ausência de cálculo considerar uma temperatura crítica


de 350 ºC (resultados conservativos).

2. Em alternativa, considerar a respectiva secção efectiva


(determinada como na EN 1993-1-3 e NP EN 1993-1-5) e
como tensão de cedência a tensão limite convencional de
proporcionalidade a 0.2% (ver Anexo E da norma) em vez
da tensão correspondente a uma extensão total de 2%
utilizada para os elementos de classe 1, 2 e 3.

50
4.2.3 Resistência
4.2.3.6 Elementos com secções transversais de Classe 4 - 2

Para secções de Classe 1, 2 e 3

Tensão σ

f y,θ
fp0.2, θ

Para secções f p,θ


de Classe 4

Anexo E da
NP EN 1993-1-2 E a,θ = tan α
α
0,2% εp,θ ε y,θ ε t,θ ε u,θ Extensão ε
= 2% 51
Noção de Temperatura
crítica
ou de colapso

Cabe ao projectista
o cálculo da
temperatura crítica.

θcrit,1 θcrit,2 θcrit,2 < θcrit,1

Nota: a adopção de uma


temperatura crítica
implica admitir que a
temperatura na secção
tranversal é uniforme.

52
Noção de temperatura crítica
Exemplo: Tracção
R, E

Nfi,Rd,t Nfi,Rd,t = Nfi,Ed Colapso

Nfi,Ed

tfi,d t

θ
θcr,d

t Nfi,Ed 53

tfi,d
Noção de temperatura crítica
Exemplo: Tracção

- Resistência à temperatura normal:

NRd = Afy/γM0

- Resistência em situação de incêndio:

Nfi,Rd = Aky,θfy/γM,fi

<1

Nfi,Ed 54
Noção de temperatura crítica
Exemplo: Tracção
O colapso ocorre quando:
R, E

Nfi,Rd,t = Nfi,Ed Nfi,Rd,t Nfi,Rd,t = Nfi,Ed Colapso

Nfi,Ed

tfi,d t

Aky,θfy/γM,fi = Nfi,Ed ky,θ = Nfi,Ed / (Afy/γM,fi)

% do valor a 20 ºC
1 Factor de ou
Redução,
ky,θ .8
ky,θ = fy,θ / fy
.6
.4
⎡ 1 ⎤
θ a ,cr = 39.19 ln ⎢ − 1⎥ + 482
.2 ⎢⎣ 0,9674k y ,θ
3,833
⎥⎦

0 300 600
θa, cr
900 1200 Nfi,Ed
55
Temperatura (°C)
4.2 Modelos simplificados de cálculo
4.2.4 Temperatura crítica - 1

Excepto quando se consideram os critérios de deformação (dependentes


do módulo de eslasticidade, E) ou quando é necessário ter em conta os
fenómenos de instabilidade, a temperatura crítica θa,cr do aço carbono
pode ser dada por:
⎡ 1 ⎤
θ a ,cr = 39.19 ln ⎢ − 1⎥ + 482
⎢⎣ 0,9674μ 0
3,833
⎥⎦

% do valor a 20 ºC Em que:
E fi ,d
1 Factor de μ0 = (grau de utilização)
R fi ,d ,0
Redução,
ky,θ .8
ky,θ = fy,θ / fy
θ a ,cr = (k y ,θ )
.6 −1

.4
⎡ ⎤
≈θ
1
.2 a ,cr = 39.19 ln ⎢ − 1⎥ + 482
⎢⎣ 0,9674k y ,θ ⎥⎦
3,833

0 300 600 900 1200


θa, cr Temperatura (°C)
56
4.2 Modelos simplificados de cálculo
4.2.4 Temperatura crítica - 2

Anexo Nacional
NA.4 – Informações complementares

NA.4.3 – Informações específicas


a) NA–4.2.4(2)
O cálculo da temperatura crítica para elementos sujeitos a fenómenos de
instabilidade, como por exemplo a encurvadura em elementos comprimidos
e a encurvadura lateral em elementos sujeitos a flexão, em que a resistência
do elemento não é directamente proporcional à tensão de cedência do aço,
é um cálculo iterativo, devendo a expressão (4.22) ser sucessivamente
utilizada até se atingir a convergência. Nos elementos traccionados e nos
elementos sujeitos a flexão simples sem risco de ocorrência de encurvadura
lateral, em que a resistência é directamente proporcional à tensão de
cedência do aço, a expressão (4.22) é de aplicação directa.

57
4.2 Modelos simplificados de cálculo
4.2.4 Temperatura crítica - 3

Anexo Nacional
b) NA–4.2.4(2)
Na ausência do cálculo da temperatura crítica, deve ser considerado,
para elementos das Classes 1, 2 e 3 utilizados em edifícios
correntes, que a condição de estabilidade (4.1), da secção 4.2.1(1), é
satisfeita, no instante t, se a temperatura do aço não ultrapassar os
seguintes valores limites:
– Para todos os elementos traccionados e para vigas em que a
encurvadura lateral não é um potencial modo de colapso:
– 540 ºC para todas as categorias de edifícios excepto os da
categoria E;
– 525 ºC para os edifícios da categoria E.
– Para todas as outras situações e em particular para elementos
em que possam ocorrer fenómenos de instabilidade: 500 ºC.
58
4.2 Modelos simplificados de cálculo
4.2.4 Temperatura crítica - 4

Projecto de Estabilidade - 1
O projecto de estabilidade deve fornecer a temperatura crítica, que
pode ser obtida de duas formas:
1. Por via do cálculo como se mostrou;
2. Utilizando as temperaturas críticas fornecidas por defeito no
Anexo Nacional:
– Para todos os elementos traccionados e para vigas em que a
encurvadura lateral não é um potencial modo de colapso:
– 540 ºC para todas as categorias de edifícios excepto os da
categoria E;
– 525 ºC para os edifícios da categoria E.
– Para todas as outras situações e em particular para elementos
em que possam ocorrer fenómenos de instabilidade: 500 ºC.

59
4.2 Modelos simplificados de cálculo
4.2.4 Temperatura crítica - 5

Projecto de Estabilidade - 2

Conhecida a temperatura crítica, o dono da obra pode optar por


a) solicitar ao projectista o dimensionamento (por via do cálculo)
da protecção passiva contra incêndio (tinta intumescente,
argamassa projectada, placas rígidas de gesso, etc.) ou;
b) solicitar a um fornecedor que utilizará as temperaturas críticas
fornecidas no projecto de estabilidade para, à custa de tabelas,
indicar as espessuras necessárias.

Nota: Se quer a resposta térmica quer a resposta mecânica forem


obtidas por Modelos Avançados de Cálculo não faz sentido falar
em temperatura crítica.

60
4.2.5 Desenvolvimento da temperatura no aço
4.2.5.1 Estruturas de aço interiores sem protecção - 1

Aumento da temperatura no intervalo


de tempo Δt: Temperatura de
Temperatura
incêndio
Am V & do aço
Δθ a.t = k sh hnet .d Δt (4.25)
ca ρ a
Aço
Fluxo de calor hnet.d tem 2 parcelas:

Radiação:

(
h&net .r = 5,67 x10 −8 Φε f ε m (θ r + 273)4 − (θ m + 273)4 )
Convecção:

(
h&net , c = α c θ g − θ m ) 61
4.2.5 Desenvolvimento da temperatura no aço
4.2.5.1 Estruturas de aço interiores sem protecção - 2

Factor de forma ou massividade Am/V – PERFIS NÃO PROTEGIDOS

Am V &
Δθ a.t = k sh hnet .d Δt
ca ρ a
b

perimetro Perimetro exposto 2(b+h)


Área s/r Área s/r Área s/r 62
4.2.5 Desenvolvimento da temperatura no aço
4.2.5.1 Estruturas de aço interiores sem protecção - 3

Factor de correcção para o efeito de sombra, ksh


Secções I: ksh = 0.9 [Am/V]b/[Am/V]
Outras secções: ksh = [Am/V]b/[Am/V]
[ A m / V ] b - factor de forma calculado como se o perfil tivesse protecção em caixão

b b

h
h

2h+b
2(b+h)
Área s/r 63
Área s/r
4.2.5 Desenvolvimento da temperatura no aço
4.2.5.2 Estruturas de aço interiores com protecção - 1

Temperatura
• A protecção armazena calor.
do incêndio
Temperatura
do aço
• A quantidade de calor
armazenada na protecção é:

cp ρ p Ap Aço
φ= dp
ca ρ a V Protecção

• O aumento da temperatura do aço dp


no intervalo de tempo Δt:
λ p / d p Ap ⎛ 1 ⎞
Δθ a .t = ⎜⎜ ⎟⎟(θ g .t − θ a .t )Δt − (eφ / 10 − 1)Δθ g .t (4.25)
ca ρ a V ⎝ 1 + φ / 3 ⎠ 64
4.2.5 Desenvolvimento da temperatura no aço
4.2.5.2 Estruturas de aço interiores com protecção - 2

Factor de forma ou massividade Ap/V – PERFIS PROTEGIDOS

λ p / d p Ap ⎛ 1 ⎞
Δθ a .t = ⎜⎜ ⎟⎟(θ g .t − θ a .t )Δt − (eφ / 10 − 1)Δθ g .t
ca ρ a V ⎝ 1 + φ / 3 ⎠
b

Perímetro do perfil (b+2h) 2(b+h) 65


Área s/r do perfil Área s/r do perfil Área s/r do perfil
Procedimento de cálculo (Modelos simplificados)
Método da temperatura crítica: Curvas nominais

Temperatura

θfi,t Secção não


ISO 834 protegida

θcrit

θfi,t Secção
protegida

treq = 60 min tempo

θfi,t ≤ θcrit ! Por exemplo R60 66


Procedimento de cálculo (Modelos simplificados)
Método da temperatura crítica: Incêndio natural

Temperatura Incêndio
natural

Secção não
θmáx protegida
θcrit *
θmáx Secção
protegida

tempo

θmáx ≤ θcrit ! * - Ou com medidas


activas de protecção 67
4.2 Modelos simplificados de cálculo
Ligações sujeitas à acção do fogo - 1

4.2.1 generalidades

(6)Poderá admitir-se que a resistência ao fogo de uma ligação aparafusada


ou soldada é suficiente desde que sejam satisfeitas as seguintes
condições:
1. A resistência térmica (df / λf )c da protecção contra incêndio da ligação
deverá ser igual ou superior ao valor mínimo de resistência térmica
(df / λf )m da protecção contra incêndio aplicada a qualquer dos elementos
ligados;
em que:
df espessura do material de protecção contra incêndio (df = 0 para os
elementos não protegidos);
λf condutibilidade térmica efectiva do material de protecção contra
incêndio.
2. O nível de utilização da ligação deverá ser igual ou inferior ao valor
máximo do nível de utilização de qualquer dos elementos ligados.
(7)Como alternativa ao método dado em 4.2.1(6), a resistência ao fogo de
uma ligação poderá ser determinada utilizando o método dado no Anexo D.68
4.2 Modelos simplificados de cálculo
Ligações sujeitas à acção do fogo - 2

40
N N
70

40

40 60 60 40 40 60 60 40
5

N 12 N
24
12

tirante cobre-juntas

Anexo D
D1 – Ligações aparafusadas
D2 – Resistência de cálculo das soldaduras
D3 – Temperatura das ligações em situação de incêndio

69
4.2 Modelos simplificados de cálculo
Ligações sujeitas à acção do fogo - 3

Anexo D
Resistência dos parafusos ao corte: γM2
Fv ,t , Rd = Fv , Rd kb,θ
γ M , fi

Resistência da placa ao esmagamento: γM2


Fb ,t , Rd = Fb , Rd kb ,θ
γ M , fi

Resistência dos parafusos à tracção: γM2


Ften,t , Rd = Ft , Rd kb ,θ
γ M , fi
70
4.2 Modelos simplificados de cálculo
Ligações sujeitas à acção do fogo - 4

Anexo D
Soldadura de ângulo:

γM2
Fw,t , Rd = Fw, Rd k w,θ
γ M , fi
Soldadura de topo:
Soldadura com penetração total (θ < 700ºC): a resistência da
soldadura deverá ser considerada igual à resistência da parte ligada
mais fraca
Soldadura com penetração total (θ > 700ºC):
γM2
Fw,t , Rd = Fw, Rd k w,θ
γ M , fi 71
4.2 Modelos simplificados de cálculo
Ligações sujeitas à acção do fogo - 5

Anexo D
Temperaturas das ligações em situação de incêndio

Perfil de Perfil de
Temperaturas Temperaturas
D < 400 mm D > 400 mm

0,62θ 0 0,70θ 0

D 0,75θ 0 0,88θ 0
h
0,88θ 0 0,88θ 0

θ0 - é a temperatura do banzo inferior da viga de aço, numa zona


afastada da ligação calculada com as equações simplificadas para
elementos protegidos ou não protegidos
72
4.3 Método de cálculo avançados - 1
Anexo Nacional da NP EN 1993-1-2

a) NA–4.1(2)
A utilização de modelos de cálculo avançado é permitida, desde
que devidamente validados e justificados, nomeadamente no que
se refere aos parâmetros adoptados, ao método de cálculo
utilizado e a eventuais comparações com outros modelos.

73
4.3 Método de cálculo avançados - 2
4.3.2 Resposta térmica

Equação de Condução de calor Distribuição de


temperaturas num perfil
Diamond 2007 for SAFIR
FILE: HEA240
NODES: 166
ELEMENTS: 108

∂ ⎛ ∂θ ⎞ ∂ ⎛ ∂θ ⎞ ∂θ
TEMPERATURE PLOT

⎜λ ⎟ + ⎜⎜ λ ⎟⎟ = ρc p
TIME: 3970 sec
442.20
440.68
439.15

∂x ⎝ ∂x ⎠ ∂y ⎝ ∂y ⎠ ∂t
437.63
436.10
434.58
433.05
431.53
430.00

Condições de fronteira
X Z

qc = hc (θ − θ∞ ) convectiva

qr = βε (θ4 − θa4 ) = βε (θ2 + θa2 )(θ + θa )(θ − θa ) = hr (θ − θa ) radiativa


14442444 3
hr 74
4.3 Método de cálculo avançados - 3
4.3.3 Resposta mecânica

O processo de cálculo deve ter em consideração a variação da


resistência e da rigidez da estrutura em função da temperatura

t0 = 0 θ0 = 20°C t1 = 20 min θ1 = 710°C t2 = 27 min θ2 = 760°C

Carregamento

Pfi t0 = 0 t1 t2

θ1 θ2

θ0

Deslocamento U

75
Processo de resolução iterativo e incremental
4.3 Método de cálculo avançados - 4
4.3.3 Resposta mecânica
Diamond 2007 for SAFIR
FILE: PavFCPv12
NODES: 621
BEAMS: 326
TRUSSES: 0
DIAMOND 2007 for SAFIR
SHELLS: 0
SOILS: 0
FILE: Bl ocoD2.trel2
IMPOSED DOF PLOT NODES: 519
DISPLACEMENT PLOT ( x 10) BEAM S: 268
T RUSSES: 0
TIME: 3968.448 sec
SHELLS: 0
SOILS: 0

BEAM S PLOT
F0 F0 DISPLACEMENT PLOT ( x 1)
F0 F0
F0 F0 T IME: 4639.848 sec

F0 F0
Beam Element

Z X
5.0 E-01 m

Z DIAMOND 2007 for SAFIR


Y 5.0 E+00 m
X
FILE: Bl ocoD2.trel1
NODES: 843
BEAM S: 425
T RUSSES: 0
SHELLS: 0
SOILS: 0

BEAM S PLOT
DISPLACEMENT PLOT ( x 1)

T IME: 4225.329 sec


Beam Element

Z 76
Y
X
5.0 E+00 m
4.3 Método de cálculo avançados - 5
4.3.3 Resposta mecânica
Pilar de classe 4 com secção de inércia variável
272 14 DIAMOND 2007 for SAFIR DIAMOND 2007 for SAFIR
FILE: pil arClasse4-2010 FILE: pil arClasse4-2010
NODES: 4502 NODES: 4502
BEAM S: 0 BEAM S: 0
T RUSSES: 0 T RUSSES: 0
SHELLS: 4496 SHELLS: 4496
SOILS: 0 SOILS: 0

SHELLS PLOT SHELLS PLOT


DISPLACEMENT PLOT ( x 10) DISPLACEMENT PLOT ( x 10)
h
T IME: 3863.182 sec T IME: 7106.25 sec
Shel l El ement ME.tsh
piso1-1mp60.tsh
piso2-9mp60.tsh
piso1-2mp60.tsh

8 8 piso1-3mp60.tsh
piso1-4mp60.tsh
piso1-5mp60.tsh
piso1-6mp60.tsh
[mm]
piso1-7mp60.tsh
piso2-8mp60.tsh
8mm.tsh

Cenário de 12mm .tsh

Cenário de
piso2M9-8mm.tsh
piso2M9-12mm.ts

incêndio 4
incêndio 2

Z Z

5.0 E-01 m 5.0 E-01 m


X Y X Y

Sem protecção - colapso aos 14 min


Colapso aos 64 min
Com protecção de R60 nos primeiros 9 m de
altura - não ocorreu colapso 77
Bibliografia

•Jean-Marc Franssen and Paulo Vila Real – Fire Design of steel


structures, ECCS ed and Ernst & Sohn ed., 2010.
•Paulo M. M. Vila Real – Incêndio em Estruturas Metálicas – Cálculo
Estrutural, Edições Orion, 2003.
•NP EN 1993-1-1: Projecto de estruturas de aço. Regras gerais e regras
para edifícios
•NP EN 1993-1-2: Projecto de estruturas de aço. Regras gerais.
Verificação da resistência ao fogo.
•DIFISEK +, Dissemination of Fire Safety Engineering Knowledge +,
2008.
•SSEDTA - Structural Steelwork Eurocodes Development of a Trans-
national Approach.

78
ECCS Eurocode Design Manuals

Fire Design of Steel Structures


Jean-Marc Franssen
Paulo Vila Real
Este livro explica e ilustra as regras fornecidas nos
Eurocódigos para a concepção de estruturas de aço
sujeitas ao fogo. Esta publicação apresenta os processos
de cálculo de uma maneira lógica, dando conselhos práticos
e úteis e fornecendo exemplos práticos fáceis de seguir. Ao
adquirir o livro o leitor receberá a licença do programa
informático “Elefir-EN”.

Guia oficial da ECCS para a aplicação dos Eurocódigo 1,


Parte 1-2 e Eurocódigo 3, Parte 1-2, co-publicado pela
ECCS e pela Ernst&Sohn (Grupo Wiley).

452 pag.
Publicado em Abril de 2010
79
Disponível em: www.eccspublications.eu | www.cmm.pt
Obrigado pela Vossa atenção

80

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