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A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos
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A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos

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About this ebook

Em 1920, o monge dominicano Sertillanges escreveu "A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos", uma obra-prima que propunha abordar os Dezesseis Preceitos de São Tomás, mas que ganhou corpo prático para a preparação durante e o momento posterior ao estudo. A Vida Intelectual vai além de observações para os estudos. São métodos completamente perenes e fundamentais para o desenvolvimento do humano enquanto ser dotado de inteligência. Elogiado por intelectuais, críticos e jornalistas especializados, como Olavo de Carvalho, Felipe Moura Brasil, entre inúmeros outros, o sucesso duradouro de "A Vida Intelectual" é a prova maior de seu valor.
LanguagePortuguês
Release dateApr 8, 2019
ISBN9788583863090
A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos

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    É uma obra incomum. A. D. Sertillanges escolhe cada palavra, emoção e valor para descortinar a condição do intelectual genuíno. Da sua cátedra magistral ensina como aquele que sente o chamado da vida contemplativa deve elevar o seu caráter e a sua disposição para conseguir se igualar a si mesmo, destino natural daqueles que se prendem em amor e alegria à busca da verdade.

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A Vida Intelectual - A.D. Sertillanges

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Sertillanges

A VIDA INTELECTUAL

Seu Espírito, suas Condições e seus Métodos

1a Edição

img1.png

ISBN; 9788583863090

São Paulo SP

A LeBooks Editora publica obras clássicas que estejam em domínio público. Não obstante, todos os esforços são feitos para creditar devidamente eventuais detentores de direitos morais sobre tais obras.  Eventuais omissões de crédito e copyright não são intencionais e serão devidamente solucionadas, bastando que seus titulares entrem em contato conosco.

Tendo tudo contra si, que ele preserve a si mesmo e que isso lhe baste.

As qualidades do caráter assumem em relação a todas as coisas um papel preponderante. O intelecto não é mais que uma ferramenta e a manipulação determinará seus efeitos.

A. D. Sertillanges

PREFÁCIO

Prezado leitor

O livro A Vida Intelectual foi escrito em 1920 por Antonin-Gilbert Sertillanges, um monge dominicano reconhecido pelos seus estudos sobre São Tomás de Aquino.

Trata-se uma pequena obra-prima que inicialmente propunha abordar os Dezesseis Preceitos de São Tomás, mas que ganhou corpo prático para a preparação, o durante e o momento posterior ao estudo. O objetivo da obra é mostrar ao intelectual métodos eficazes para a aprendizagem e despertar a maior virtude: a busca sistemática do conhecimento aliada a temperança.

O enorme sucesso deste texto, que resiste à passagem do tempo e continua auxiliando e encantando seus leitores, é a prova maior de seu valor.

Boa leitura

LeBooks Editora

Sumário

APRESENTAÇÃO

Sobre A Vida Intelectual

CAPÍTULO I - A vocação intelectual

I - O intelectual é um consagrado

II - O intelectual não é um isolado

III - O intelectual pertence ao seu tempo

CAPÍTULO II - As virtudes do intelectual Cristão

I - As virtudes comuns

II - A virtude própria do intelectual

III - O espírito de oração

IV - A disciplina do corpo

CAPÍTULO III - A organização da vida

I - Simplificar

II - Guardar a solidão

III - Cooperar com os seus iguais

IV - Cultivar as relações necessárias

V - Conservar a dose necessária de ação

VI - Manter o silêncio interior

CAPÍTULO IV - O tempo do trabalho

I - O trabalho permanente

II - O trabalho noturno

III - A madrugada e os serões

IV - Os instantes de plenitude

CAPÍTULO V - O campo do trabalho

I - A ciência comparada

II - O tomismo, quadro ideal do saber

III - A especialidade

IV - Os sacrifícios necessários

CAPÍTULO VI - O espírito do trabalho

I - O ardor da investigação

II - A concentração

III - A submissão à verdade

IV - Alargamentos

V - O senso do mistério

CAPíTULO VII - A preparação do trabalho

A - A LEITURA

B - A ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA

C - AS NOTAS

CAPÍTULO VIII - O trabalho criador

I - Escrever

II - Desapegar-se de si e do mundo

III - Constância, paciência e perseverança

IV – Fazer tudo bem feito e até ao fim

V - Não ir além das próprias forças

CAPÍTULO IX - O trabalhador e o homem

I - Guardar o contato com a vida.

II - Saber distrair-se

III - Aceitar as provações

IV - Saborear as alegrias

V - Gozar antecipadamente os frutos

APRESENTAÇÃO

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Antonin-Gilbert Sertillanges foi um filósofo e teólogo francês nascido aos 16 de novembro de 1863 e falecido aos 26 de julho de 1948.

É conhecido por seus estudos sobre São Tomás de Aquino, fez parte da Ordem de São Domingos (Ordem Dominicana ou Ordem dos Pregadores) tendo seu ingresso no ano de 1883.

Além de ter sido professor de Ética pelo Instituto Católico de Paris (1990 e 1922), também lecionou Ética Social no Convento Dominicano de Le Saulchoir (1923).

Principais obras

As Grandes Teses da Filosofia Tomista

A Vida Intelectual

El Problema Del Mal

Las Fuentes de La Creencia en Dios

O Milagre da Igreja

O Mito Moderno da Ciência

O que Jesus via do alto da Cruz

Sobre A Vida Intelectual

Em 1920, o monge dominicano Sertillanges escreveu A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos, uma pequena obra-prima que propunha abordar os Dezesseis Preceitos de São Tomás, mas que ganhou corpo prático para a preparação, o durante e o momento posterior ao estudo.

O objetivo da obra é mostrar ao pretenso intelectual métodos eficazes para a aprendizagem e despertar a maior virtude: a estudiosidade, aliada da temperança.

O ato de estudar não deve ser em vão, disperso. Por isso, conhecer-nos, saber quais são nossos propósitos, é uma das melhores formas de adquirir essa qualidade.

O intelectual é um consagrado, possui uma vocação. Estudar é cooperar pelo Bem e tudo deve elevar para Deus, pois tudo Dele procede. A leitura desordenada é tara, como outra qualquer. Dessa forma, após definir o objeto, devemos cuidar do corpo, já que é a partir dele que é feita a passagem da ignorância para a ciência. O autor chama a atenção à observação, silêncio, absorção e repulsa a maus comportamentos, características básicas do estudioso.

A prudência exerce grande papel nessa tarefa, pois é escusado abrir mão da vida em sociedade para viver em teoria, correndo o risco de cair em mera abstração. O conhecimento deve ter aplicação na vida prática. A disciplina é a chave para o bom desempenho. O ideal é manter a concentração durante algumas horas e depois levar o resultado aos outros, sem ambição ou soberba. Levar conhecimento é levar Deus. Há quatro espécies de leitura: de fundo, de ocasião, de estímulo ou de edificação e de repouso. Cada uma tem uma exigência e um objetivo. Cabe a nós distingui-la e fazer uso da interligação de conteúdos. Seria o que hoje chamamos de interdisciplinaridade. Afina, um conhecimento isolado é vazio.

O autor fala que é primordial filtrar os livros e nos livros. Apesar de, à primeira vista, parecerem coisas iguais, não são. Filtrar os livros significa diferenciar as fontes de formação das fontes de informação. Aquelas são a base de quem somos. Estas, os fatos que podem ser descartados e devem ser selecionados. Já filtrar nos livros é filtrar a leitura stricto sensu, requer experiência e orientação, o que nos leva ao problema de se tomar uma vida intelectual sem o devido norte. Para isto, o padre aconselha que estejamos reunidos sempre que possível com pessoas com objetivo em comum.

A Vida Intelectual vai além de observações para os estudos. São métodos completamente perenes e fundamentais para o desenvolvimento do humano enquanto ser dotado de inteligência.

CAPÍTULO I - A vocação intelectual

I - O intelectual é um consagrado

Falar de vocação equivale a designar os que pretendem fazer do trabalho intelectual a sua vida, ou porque dispõem de vagar para se entregarem ao estudo, ou porque, no meio de ocupações profissionais, reservam para si, como feliz suplemento e recompensa, o profundo desenvolvimento do espírito. Digo profundo, para descartar a ideia de tintura superficial. Uma vocação não se satisfaz com leituras vagas nem com pequenos trabalhos dispersos. Requer penetração continuidade e esforço metódico, no intuito duma plenitude que responda ao apelo do Espírito e aos recursos que lhe aprouve comunicar-nos.

Este apelo não se deve conjecturar. Quem se aventura a um caminho, que não pode trilhar, com pé firme, conte de antemão com decepções. O trabalho pesa sobre todos e, após a primeira formação sempre custosa, seria loucura deixar descambar o espírito na primitiva indigência. Uma coisa é a conservação pacífica do que se adquiriu, e outra coisa é retomar pela base uma instrução puramente provisória e que se considera simples ponto de partida. Este último estado de espírito é o de um chamado. Implica uma resolução grave, porque a vida de estudo, sendo austera, impõe duros encargos. Paga, e abundantemente; mas exige uma entrada de capital de que poucos são capazes. Os atletas da inteligência, como os atletas do desporto, têm de prever privações, longos treinos e tenacidade por vezes sobre-humana. Precisam de se dar de alma e coração à conquista da verdade, visto que a verdade só presta serviços a quem a serve.

Tal orientação deve ser precedida de maduro e longo exame. A vocação intelectual é como as demais vocações: está inscrita nos nossos instintos, nas nossas capacidades, em um não sei que entusiasmo interior sujeito ao exame da razão. As nossas disposições são como as propriedades químicas que determinam, para cada corpo, as combinações em que pode entrar. Não é coisa que se dê. Vem do céu e da natureza primeira. O ponto está em ser dócil a Deus e a si próprio, depois de ter escutado estas duas vozes.

Assim compreendida, a máxima de Disraeli: Fazei o que vos agrada, contanto que isso verdadeiramente vos agrade, encerra profundo sentido. O gosto, que se encontra em correlação com as tendências íntimas e com as aptidões, é esplêndido juiz. S. Tomás, afirmando que o prazer qualifica as funções e pode servir para classificar os homens, deve naturalmente concluir que o prazer também pode trair as nossas vocações. Mas é mister esquadrinhar até às profundidades em que o gosto e o ardor espontâneo se encontram com os dons e a providência de Deus.

O estudo duma vocação intelectual comporta, além da vantagem incalculável de o homem se realizar plenamente a si próprio, um interesse geral a que ninguém pode renunciar. A humanidade cristã compõe-se de personalidades diversas, e nenhuma destas pode abdicar daquela sem empobrecer o grupo e privar o eterno Cristo de parte do seu reino. Jesus Cristo reina pelo seu desdobramento. A vida de qualquer dos seus membros é um instante qualificado da sua duração; qualquer caso humano e cristão é um caso incomunicável, único e, por conseguinte, necessário, da extensão do corpo espiritual. Se sois porta-luz, não escondais, debaixo do alqueire, o brilho pequeno ou grande que de vós se espera na casa do Pai de família. Amai a verdade e os seus frutos de vida, para bem vosso e dos outros; consagrai ao estudo e à sua utilização o principal do vosso tempo e do vosso coração.

Todos os caminhos, exceto um, são maus para vós, visto que todos se apartam da direção onde se espera e se requer a vossa ação. Não sejais infiéis a Deus, nem a vossos irmãos, nem a vós próprios, rejeitando um apelo sagrado.

Isto supõe que se abraça a vida intelectual com intenções desinteresseiras e não por ambição ou vã gloríola. Os guizos da publicidade só tentam os espíritos fúteis. A ambição, que quisesse subordinar a si a verdade eterna, ofendê-la-ia. Brincar com as questões que dominam a vida e a morte, com a natureza misteriosa, talhar-se um destino literário e filosófico à custa da verdade ou fora da dependência da verdade, constitui um sacrilégio. Tais intentos, sobretudo o primeiro, não conseguiriam manter o investigador; depressa o esforço esmoreceria e a vaidade haveria de entreter-se com bagatelas, sem curar das realidades.

Mas isto supõe igualmente que se junta, à aceitação do fim, a aceitação dos meios, sem o que não se deve tomar a sério a obediência à vocação. Quantos há que desejariam saber! Uma vaga aspiração impele as multidões para horizontes que a maior parte admira de longe, como o doente de gota admira, desde a planície, as neves eternas que cobrem o cimo das montanhas. Obter sem gastar, eis o desejo universal; mas desejo de corações cobardes e de cérebros enfermos. O universo não acorre ao primeiro sussurro e para que a luz de Deus baixe a vossas lâmpadas, é necessário que as vossas almas a peçam instantemente.

Sois um consagrado: tendes de querer o que a verdade quer; consenti, por causa dela, em vos mobilizardes, em vos fixardes nos seus domínios, em vos organizardes e, porque vos falta a experiência, em vos firmardes na experiência alheia.

Ah, se a juventude soubesse!... Mais do que ninguém, precisam os jovens deste aviso. A ciência é conhecimento pelas causes; mas ativamente, quanto à sua produção, é criação pelas causas. É preciso conhecer e adotar as causas do saber, depois coaduná-las e não adiar o cuidado de lançar os alicerces até ao momento de assentar o telhado.

Que belas culturas se podiam empreender nos primeiros anos de liberdade após os estudos, revolvida ainda de fresco a gleba intelectual com as sementes confiadas ao solo! É esse um tempo que não volta mais, o tempo de que se há de viver mais tarde. Qual ele tiver sido, tal será o homem, porque não há maneira de arrepiar o caminho andado. Se viverdes superficialmente, sofrereis o castigo de ter descurado, em seu tempo, o porvir que vive sempre de esperança. Pense cada qual nisto na hora em que o pensar pode servir.

Quantos jovens, que nutrem a pretensão de vir a ser trabalhadores, malbaratam miseravelmente os dias, as forças, a seiva intelectual! Ou não trabalham, quando lhes sobra tempo de o fazer, ou trabalham mal, caprichosamente, sem saberem o que são, nem para onde querem ir, nem como se anda. Cursos, leituras, frequentações, dosagem do trabalho e do descanso, da solidão e da ação, arte de extrair e de utilizar os elementos adquiridos, realizações provisórias que anunciam o trabalho próximo, virtudes a alcançar e a desenvolver, nada se prevê, nada será satisfeito.

No entanto, em igualdade de recursos, que diferença entre o que sabe e prevê e o que corre à aventura! O gênio é longa paciência, mas paciência organizada, inteligente. Não se requerem faculdades extraordinárias para realizar uma obra; basta uma média superior; o resto, fornece-o a energia e a arte de a aplicar. Sucede aqui o que sucede a um operário honrado, poupado e fiel ao trabalho: chega ao termo, quando muitas vezes o inventor fracassa por causa de irritações e pressas.

O que digo aplica-se a todos, dum modo especial aos que só sabem dispor duma parte da vida, da mais fraca, para se entregarem aos trabalhos da inteligência. Mais do que os outros, devem estes ser consagrados. Terão de amontoar, em reduzido espaço, o que lhes não é dado distribuir em vasta extensão. O ascetismo especial e a virtude heroica do trabalhador intelectual deverão ser, para eles, o pão de cada dia. Se, porém, consentirem nesta dupla oferta de si próprios, não desanimem.

Se para produzir não faz falta o gênio, menos falta ainda faz a plena liberdade, tanto mais que esta tem armadilhas, e para as vencer pode concorrer imenso o estar adstrito a rigorosas obrigações. Uma corrente apertada entre margens estreitas irromperá mais longe. A disciplina do ofício é forte escola que aproveita aos lazeres estudiosos. O homem, quando constrangido, concentra-se mais, aprende a avaliar o tempo, refugia-se com ardor nas horas raras em que, satisfeito o dever, se torna a encontrar o ideal e se goza da calma da ação escolhida, após a ação imposta pela dura existência.

O trabalhador que no esforço novo encontra a recompensa do esforço antigo, que dele faz o seu tesouro, é de ordinário um apaixonado; não há meio de o desapegar do que assim é consagrado pelo sacrifício. O seu andar, na aparência mais lento, dispõe de recursos para ir por diante. Pobre tartaruga laboriosa, não perde o tempo em ninharias, porfia, e ao fim de poucos anos, ultrapassa a lebre indolente, cuja marcha desimpedida lhe causava inveja, enquanto se arrastava lentamente.

Pensai o mesmo do trabalhador isolado, sem dotes intelectuais, nem facilidade de frequentações que o estimulem, enterrado nalgum canto de província onde parece condenado a estagnar-se, longe das ricas bibliotecas, dos cursos brilhantes, do público vibrante, possuindo-se unicamente a si e obrigado a tudo haurir deste fundo inalienável.

Não desanime. Se tem tudo contra si, guarde-se a si próprio, e que isso lhe baste. Um coração ardente dispõe de maiores probabilidades de vencer, embora em pleno deserto, do que um estúrdio do Bairro latino que não sabe aproveitar as facilidades que tem à mão. Também aqui, da dificuldade pode brotar a força. Sobre a montanha, só nos especamos nas passagens difíceis; nos caminhos planos avançamos folgados, e a folga, não vigiada, depressa se toma funesta.

O querer vale mais do que tudo: querer ser alguém; chegar a ser alguma coisa; ser já, pelo desejo, esse alguém qualificado pelo ideal. O resto sempre se alcança. Livros, há-os em toda a parte; além disso, poucos bastam. Frequentações, estímulos, encontramo-los em espírito na solidão: os grandes seres estão lá, presentes a quem os invoca, e por detrás do pensador ardente erguem-se os grandes séculos. Os que têm a facilidade de assistir a cursos, ou os não seguem ou os seguem mal, se, em caso de necessidade, não tiverem em si recursos para deles prescindirem. Quanto ao público, por vezes anima-vos, ordinariamente perturba-vos e dispersa-vos. Não vos arrisqueis a perder uma fortuna por uma colher de mel coado. Mais vale a solidão apaixonada, onde qualquer semente rende cem por um e um simples raio de sol

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